Esquerdino admite erros e deslumbramento após os golos marcados frente ao Sp. Braga
O nome de Kelvin ficará perpetuado na história da Liga 2012/13 e no tricampeonato do F.C. Porto. Ainda assim, o jovem brasileiro admite ao Maisfutebol que nem tudo foi ouro sobre azul.
A última imagem conta mas não apaga as anteriores. O esquerdino apareceu com maior regularidade na segunda metade da época e surpreendeu ao bisar frente ao Sp. Braga, a 8 de abril. Saltou da cartola, marcou aos 83 e 86, evitou um empate caseiro (3-1).
Vítor Pereira mostrava-se satisfeito, Kelvin agarrava a oportunidade para a largar pouco depois. Seguiu-se meia hora na final da Taça da Liga, perdida para o mesmo Sp. Braga, e um par de incidentes.
A 20 de abril, não saiu do banco frente ao Moreirense. Ganharia ritmo no dia seguinte, ao serviço do F.C. Porto B, frente ao Leixões. Porém, reagiu mal quando Rui Gomes decidiu substituí-lo, ao minuto 54.
Alguns dias mais tarde, foi apanhado ao volante sem carta de condução, por volta das sete da manhã. Passou do céu ao inferno.
«Errei. Fiz os golos contra o Sp. Braga e foi tudo abaixo. Cometi erros, acho que continuarei a cometer alguns erros no futuro porque faz parte, mas já aprendi e quero deitar isso para trás das costas.»
Seguiu-se nova chamada à equipa B, correspondida com um golo no embate com o Feirense e o regresso às opções de Vítor Pereira. Entrou e decidiu no clássico. O F.C. Porto inverteu a situação e arrancou para o título nacional.
Será suficiente para garantir a continuidade no plantel? «Quero continuar a ajudar o F.C. Porto, mas se decidirem ceder-me, para ter mais ritmo de jogo, irei respeitar. A minha vontade é clara: quero ficou, estou mais crescido e espero dar mais na próxima época.»
«Nesta altura, penso em curtir as férias. Passei o ano na luta, na luta pelo espaço e pelo F.C. Porto, e felizmente terminou com o título de campeão. Foi muito bom receber os parabéns dos amigos e da família neste regresso ao Brasil», salientou o esquerdino.
À distância, Kelvin vai acompanhando a atualidade do F.C. Porto. Já sabe, por exemplo, que Vítor Pereira está de partida para a Arábia Saudita e que Paulo Fonseca é o seu sucessor.
«Só tenho de agradecer ao Vítor Pereira, como ele agradecerá a nós pelo que fizemos este ano, todos juntos. Se a saída foi boa para ele e para o F.C. Porto, espero que seja feliz, merece e creio que ainda terá muito sucesso, ainda conquistará muitos títulos», remata o jovem esquerdino.
Kelvin: «Golo ao Benfica ainda não saiu da cabeça»
Brasileiro recorda vitória do clássico, afasta-se do número 92 e explica as declarações polémicas
Kelvin terminou a época como herói do F.C. Porto. Garantiu dois triunfos decisivos frente a Sp. Braga e Benfica, no espaço de um mês, contribuindo para a reconquista do título nacional. Tudo mudou em poucas semanas.
«Ainda na terça-feira, recebi várias mensagens de pessoas a lembrar que fazia um mês desde o golo ao Benfica. Eu só pensava: já um mês? Parece que foi ontem. É algo que ainda não me saiu da cabeça e não vai sair por muito tempo», diz o esquerdino, aoMaisfutebol.
O golo da vitória no clássico permitiu a Kelvin reescrever a sua história, uma vez mais. Saltara do banco para bisar frente ao Sp. Braga mas deitara tudo por terra nas semanas seguintes.
O jovem brasileiro apareceu em abril, marcou à formação arsenalista e entusiasmou-se. Voltou à equipa B, reagiu mal a uma substituição, pagou por isso e regressou a tempo do clássico. Entrou ao minuto 79, marcou ao minuto 92.
A liderança passou para o F.C. Porto. Os adeptos não esquecem Kelvin e esse momento. Alguns deles subscreveram uma petição para ver o esquerdino com o número 92 na próxima época.
«Eu vi isso na internet, sim», diz Kelvin entre sorrisos. De qualquer forma, afasta-se de mais um foco de polémica. «Quem decide isso dos números nas camisolas é o F.C. Porto, não os jogadores. Se fosse eu a decidir? Acho que não tem nada a ver, não vou por aí, foi algo que ficou na história e irei sempre lembrar, apenas isso.»
Ainda assim, os benfiquistas recordam uma afirmação forte do brasileiro em entrevista a um jornal do seu país, após o clássico. «Disse que ia torcer pelo Chelsea na final da Liga Europa, como disse que ia torcer pelo V. Guimarães na final da Taça, mas não tenho nada contra o Benfica.»
«Foi apenas a minha opinião, tenho o direito de ter as minhas preferências», frisa.
in "maisfutebol.iol.pt"
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