Depois de um mês de maio com registos históricos, junho trouxe novos máximos em páginas vistas e visitas - estas quase duplicaram em relação a 2012
Como é que se mede a diferença que vai de uma maçã podre a um dragão de ouro? Em títulos, talvez. Afinal, foi com a reiterada vontade de "ganhar títulos" que João Moutinho trocou o Sporting pelo FC Porto em 2010. Em três épocas ganhou outros tantos campeonatos, uma Taça de Portugal, duas Supertaças e uma Liga Europa. Mas ganhou mais, ele que tinha acabado de perder o comboio do Mundial'2010 quando chegou ao Dragão. Internacionalizações, por exemplo. A esta distância, e numa altura em que Paulo Bento não o dispensa sequer dos jogos particulares da Seleção, é preciso um considerável esforço de memória para recordar que Carlos Queiroz o deixou de fora dos convocados para a África do Sul e que essa nem sequer foi uma das decisões mais polémicas do então selecionador nacional. O facto é que, em 2010, João Moutinho já não tinha mais nada para dar ao Sporting, nem o Sporting tinha grande coisa para oferecer a Moutinho. Até por isso, e ao contrário do que alguma propaganda possa repetir agora, vendê-lo ao FC Porto por 11 milhões de euros naquela altura - mais 25 por cento das mais-valias de uma futura transferência - foi um excelente negócio para todas as partes. Para Moutinho, que encontrou espaço para crescer e reaparecer; para o FC Porto, que garantiu um dos melhores médios da sua geração; e para o Sporting, que rentabilizou um ativo desvalorizado. Má, só mesmo a escolha de palavras que José Eduardo Bettencourt usou para justificar o negócio, inquinando tudo o que veio a seguir.
Jorge Maia in "ojogo.pt"
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