quinta-feira, 5 de setembro de 2013

«Quando me pisam é quando me levanto mais depressa» - Fucile

«Passei um período feio, muito feio» - lembra Jorge Fucile um episódio que quer esquecer e que teima em não lhe sair da cabeça por ter perdido um ano e meio da sua carreira no consulado de Vítor Pereira.

Nas duas temporadas que o atual treinador dos sauditas do Al Ahli esteve no FC Porto, o uruguaio só cumpriu metade da primeira, pois as fortes divergências entre ambos obrigaram-no a sair na janela de mercado de inverno (2012), tendo rumado ao Santos, do Brasil. Meia dúzia de meses negros e um exílio pacífico de um ano do outro lado do Atlântico antes do regresso, em janeiro - para a equipa B -, ao emblema azul e branco, onde cumpre a sua oitava época.

«Mas eu sou uma pessoa que luta sempre», reage logo Fucile, agora novamente no quadro principal e na seleção uruguaia, de quem está ao serviço desde a passada segunda-feira.

«Quando me pisam é quando me levanto mais depressa e saio ainda mais forte», mostra a sua identidade e raça aquele que é caracterizado como o bom rebelde.

Um combinado explosivo de sentimentos num jogador que mostra o que é em todas as situações, dentro e fora das quatro linhas de jogo. 

«Sporting e Benfica estão fortes» - Fucile

 
FC Porto soma nove pontos em seis jogos. Não podia ter começado melhor a época. «Estamos de parabéns», é espontâneo Fucile.

«O importante é que estamos a liderar a classificação da Liga, que é o nosso objetivo». Mas não só... «Agora há que manter a distância para os rivais e, se possível, tentar aumentá-la».

Os rivais são os habituais, em condições normais, e a diferença pontual, de dois pontos para a equipa leonina e cinco para os encarnados, não querem dizer nada para o uruguaio:

«O Sporting e o Benfica estão fortes, o campeonato também só agora começou.» 

«Renovação? Sabem onde me encontro» - Fucile

 
Fucile já faz parte da casa azul e branca desde a época de 2006/07. A 30 de junho de 2014 expira o seu contrato com o FC Porto, que apenas detém 20 por cento dos seus direitos económicos. A caminho dos 29 anos, o uruguaio ainda não teve qualquer sinal para renovar.

«Não vou falar desse tema. Tenho contrato e até ao último dia não gostaria de tocar nesse assunto. A minha obrigação é cumprir com os meus deveres e dar-me a 100 por cento, pelos adeptos e pelas pessoas», é o seu compromisso. Não deixa de revelar algum desconforto, talvez até mágoa. «Se é possível renovar?», não ignora a insistência.

«Não sei. Há outras pessoas a quem compete fazer isso. Eu trabalho até que termine o meu contrato. E se quiserem falar comigo já sabem onde me encontro», não perde a oportunidade...

«Iturbe é um fenómeno» - Fucile



 Iturbe não está outra vez no Dragão. A promessa argentina teima em não convencer os treinadores portistas. Foi emprestado mesmo em cima no fecho do mercado ao Verona, de Itália, depois de ter passado por idêntico processo na época passada.

Quem está convencido que é um equívoco o que se está a passar com Iturbe é Fucile.

«É um craque, um jogador espetacular», rotulou desta forma entusiástica.

«Se tiver oportunidade, vai mostrar as virtudes e talento, pois trata-se de um fenómeno», disse. 

in "abola.pt"

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