sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

FC Porto-V. Guimarães, 1-0 (crónica)


Passo um: check. 

O FC Porto entrou com o pé direito num ciclo que muitos adivinham como decisivo para a disputa do campeonato. Vitória sobre o V. Guimarães por 1-0, um resultado curto face ao que se viu em campo, sobretudo até ao intervalo. O FC Porto não chegou, verdadeiramente, a sofrer, porque manteve, quase sempre, o controlo do encontro, mas ficou a dever a si próprio um resultado mais folgado. 
  
Entre outros motivos, porque a diferença entre as duas equipas nos primeiros 45 minutos foi gigante. O FC Porto teve pela frente um Vitória encolhido, que praticamente não rematou nesse período. Dominou. Jogou a seu bel-prazer, com nota artística a espaços. 
  
Só marcou um golo e esse foi o seu pecado. Produziu futebol para mais e desceu para o descanso com a ideia de que o rival pouco fizera para continuar tão perto de somar um ponto. 
  
O golo, esse, foi marcado por Brahimi, novidade no onze de Lopetegui, que apenas fez uma troca em relação a Moreira de Cónegos: entrou o argelino, saiu Tello. A inteligência de Oliver vale meio golo, rodando no coração da área e entregando a Brahimi que encarou Assis e colocou a bola pelo buraco da agulha. Justiça no marcador à meia hora de jogo. 
  
Antes, já Jackson desperdiçara um par de lances para marcar, em minutos constantes de pressão portista. O V. Guimarães tinha imensa dificuldade para passar a linha de meio campo. Rematar, então, era uma utopia. Foi Cafu, com um tiro por cima já na reta final do primeiro tempo, a mostrar que era possível ver baliza. 
  
FC Porto adormece e só acorda quando Lopetegui mexe 
  
O início da segunda parte foi a pior fase do jogo do FC Porto. Lento, previsível, a dar a ideia de algum comodismo. O Vitória percebeu e cresceu. Rui Vitória empurrou as linhas e deu ordem para tentar algo mais. Afinal, se a equipa sobrevivera à pressão da primeira parte só com um golo encaixado, poderia fazer mais frente a este FC Porto mais amorfo. Faltou ser, verdadeiramente, perigoso, pese a intenção. 
  
Isto porque Lopetegui viu o mesmo e quando Brahimi perdeu uma bola possibilitando um contra-ataque perigoso ao Vitória, que Bouba desperdiçou com remate fraco, esgotou a paciência e quis acabar com aquele FC Porto. 

Tirou, precisamente, o argelino e também Herrera, lançando Tello e Ruben Neves. O FC Porto espevitou. Sem a euforia da primeira metade, é certo, mas foi mais vivaço. O jogo ficou mais duro, também, o que não ajudou. Cafu, por exemplo, poderia muito bem ter sido expulso numa entrada arrepiante, de sola, sobre Casemiro, que Nuno Almeida contemplou com amarelo. 
  
O próprio Casemiro viu, mais tarde, o amarelo que o tira do dérbi com o Boavista, que também já não tinha Alex Sandro e, depois, Danilo, todos pelo mesmo motivo. O árbitro voltou a ser protagonista nos últimos dez minutos, quando considerou que um corte de carrinho de Josué, foi um atraso para Assis que, também é certo, poderia ter evitado o risco. O livre, contudo, acabou nos pés do guardião, após remate de Danilo. Foi assim muitas vezez: Assis foi o melhor esta noite, mantendo a equipa ligada ao resultado. 
  
Até ao final, houve tempo para estrear Hernâni, que ficou muito perto de marcar, de cabeça, após centro de Alex Sandro, e nada mais. Vitória confirmada e missão cumprida para o FC Porto. 
  
O Benfica está a um ponto, embora à condição. Mas a tarefa portista para esta ronda está consumada: vencer. Agora é ver no que dá, com a certeza que tudo o que for inesperado será lucro. 


in "maisfutebol.iol.pt"

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