Falcão é o grande trunfo do FC Porto para a finalização. O camisola 9 dos azuis e brancos rapidamente conquistou os adeptos na época passada e, às ordens de André Villas-Boas, também não demorou a apresentar o seu cartão-de-visita, registando já 4 golos em 6 jogos. No entanto, essa importância no onze tem como consequência uma relevante sobrecarga no leque de minutos que vai ter de disputar nas competições mais importantes, Liga e Champions, onde a rotatividade será mínima.
Sem um concorrente direto para o seu posto, dado que Walter ainda se encontra em fase de adaptação, ninguém imagina que Villas-Boas possa poupar El Tigre no ciclo de 6 partidas que se estende até à próxima paragem para os compromissos da seleções: Sp. Braga (c), Rapid (c), Nacional (f), Olhanense (c), CSKA Sofia (f) e V. Guimarães (f).
Em teoria, essa exploração intensiva dos recursos goleadores de Falcão poderia tornar-se preocupante, aumentando o risco de lesão ou quebra de forma. Agravado ainda mais pelo facto de, esta época, o antigo dianteiro do River ser sujeito a um desgaste muito maior ao serviço da Colômbia, onde se assumiu como titular indiscutível, fruto da qualidade demonstrada no Dragão.
No entanto, o registo demonstra que, na época passada, Falcão aguentou bem a carga de trabalhos que lhe desabou em cima, apesar de ainda estar a integrar-se na realidade europeia. Se olharmos para os encontros de campeonato e Liga dos Campeões, o R9 apenas falhou duas partidas em 38 possíveis. A única ausência que se verificou por opção técnica foi contra o V. Setúbal, em casa, após o triunfo no Vicente Calderón (0-3) para a Champions. Falcão ficou no banco, Farías foi titular e o FC Porto triunfou com naturalidade (2-0).
Cartão
A outra situação em que Falcão deixou a equipa órfã derivou do polémico cartão amarelo visto no Sado e que o deixou de fora de uma receção ao Benfica que se antevia escaldante. Sem lesões graves, e mantendo uma regularidade notável na faturação, esse espírito “sempre em pé” que marca a personalidade desportiva do colombiano é uma garantia para qualquer treinador.
Como Villas-Boas tem pouco de Quinito, dificilmente alguma vez dirá que a sua equipa é composta por “Falcão e mais 10”, mas a realidade dificilmente desmentirá o chavão.
in "record.pt"
Sem comentários:
Enviar um comentário