sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

André Villas Boas arrasa em (quase) toda a linha

Já campeão de Inverno ainda com algum Outono pela frente, André Villas Boas surge destacadíssimo à cabeça do Dragão.

Na tabela de todos os comparativos do milénio, o “rookie” impõe-se com uma inesperada urgência, celebrando com improvável antecedência (13.ª jornada!) esse título intercalar que nada significa com a carruagem ainda distante do ponto de viragem, mas que, na prática, deixa sem cor toda a concorrência e, objectivamente, oferece, em oposição interna neste milénio, um domínio de parciais quase, quase absoluto!

É, de facto, uma inesperada e escaldante afirmação de personalidade, a que André Villas Boas consegue transmitir para o FC Porto logo à sua primeira época no dragão, também a primeira época que iniciou à frente de um clube, ou de um grande clube, neste caso!

Mas não há travão: neste milénio, e em oposição aos seus antecessores no cargo, que vão de Fernando Santos a Jesualdo Ferreira... passando por José Mourinho, os indicadores parciais não poderiam ser mais efusivos e significativos para André Villas Boas: o FC Porto marca que se farta, defende como ninguém, mantém-se imbatível e reserva para descanso próprio uma margem pontual também quase insuperável.

Mais pontos, mais tudo!

Numa síntese aberta, é realmente assim: mais pontos, mais vitórias, maior diferença de golos, zero derrotas. Um flagrante apanhado de superioridades que apenas perde vago fulgor em diferenças mínimas para os dois maiores ganhadores da década, no dragão, Mourinho e Jesualdo. Mas Villas Boas, que já tem um troféu (Supertaça), ainda pode melhorar muito os seus números, antes de se começar a falar das coisas realmente importantes: os grandes troféus.

No entanto, e com os avaliadores intermédios alinhados à base do precoce título de campeão de Inverno, Villas Boas mostra de facto serviços máximos, em comparação com Fernando Santos, Octávio, Mourinho, Fernandez, Couceiro, Adriaanse e Jesualdo: meio ano depois de entrar no Dragão sob uma nuvem de interrogações, já ninguém lhe pode chamar fanfarrão. Anunciou que queria marcar o seu território, que é um obcecado pelo método e pelo estilo, que só sobreviria com vitórias.

E de facto, face às expectativas, parece ter muito mais para oferecer ao FC Porto do que uma maioria significativa esperava, desarmando com extraordinária facilidade os que ousaram duvidar das suas capacidades.

in "abola.pt"

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