João Santos e Carlos Andrade estavam no Campo Pequeno, mas fora de combate, o que, perante um Benfica cheio de soluções e com todos os elementos operacionais, fazia antever um clássico desequilibrado naquele que era o prato forte do primeiro dia da Supertaça Compal. Assim não aconteceu. Quando o resultado se "inclinou", já dentro do último tempo de jogo, foi favorável ao FC Porto, que abriu para 12 pontos e sentenciou a partida.
Jogando em campo neutro, mas ainda assim bem mais "fora de casa" do que adversário, os dragões assentaram numa defesa muito forte esta segunda vitória da temporada sobre os encarnados - a outra foi para a Liga, em casa, por 91-74, num total de quatro jogos entre ambos.
O conjunto de Henrique Vieira, com a maioria dos adeptos presentes no Campo Pequeno a ajudar na recuperação, mostrava poucas soluções, especialmente ofensivas, terminando com percentagens de lançamento muito baixas. Nos minutos finais, os bicampeões nacionais e detentores da Supertaça Compal revelaram enorme desorientação, especialmente Ekjersey Viana, que protagonizou alguns lances bastante duros.
Mas, mais do que a derrota, a Henrique Vieira certamente preocupará a lesão de Ben Reed. Porque terça-feira tem jogo europeu, bem importante, com o Ventspils.
A FIGURA
GREG STEMPIN
Personificou garra portista
Mais uma boa actuação do extremo/poste, que personificou a garra e a entrega dos homens do FC Porto. Fez 15 pontos, quatro assistências e ainda ganhou oito ressaltos, bem divididos entre defesa e ataque.
Declarações
Henrique Vieira Treinador do Benfica
"Ofensivamente não existimos"
Henrique Vieira começou por fazer uma crítica à escolha da equipa de arbitragem, "pois no ano passado eram equipas mistas dos dois países e agora eram só angolanos, o que podia ter prejudicado, pois lá a dinâmica é diferente". A derrota, no entanto, deveu-se à sua equipa. "O Benfica ofensivamente não existiu. Falhar 30 lançamentos de dois pontos frente ao FC Porto é muito mau", disse. "A ânsia de recuperar acabou por prejudicar. Perdemos este jogo, mas não o torneio. Vamos rectificar", completou o técnico.
Moncho Lopez Treinador do FC Porto
"Melhor do mundo e arredores"
"Estou muito satisfeito. Fomos bem organizados defensivamente e este, além de um jogo físico, foi sobretudo intelectual. Conseguimos ser superiores e entrámos com muito combustível", comentou Moncho Lopez, treinador do FC Porto. Obrigado a mudanças devido a lesões, Moncho gostou dos seus "jogadores novos, que tiveram uma boa prestação, mas isso para mim não foi surpresa". O técnico destacou ainda a exigência do FC Porto, "que tem grandes adeptos e é o melhor clube do mundo e arredores".
in "ojogo.pt"
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