terça-feira, 15 de março de 2011

FC Porto. Agora é só contar até seis. Dragão projecta chama para a Luz

Guarín e Hulk conseguiram furar a muralha de Caixinha em Leiria. 11.ª vitória consecutiva na liga deixa FC Porto a 13 pontos do Benfica


Pronto, já só faltam mais dois. Triunfos, pois claro. A Académica de Coimbra não deverá ser adversário muito complicado para o FC Porto, que joga em casa na próxima jornada. Diante do Benfica, a conversa espera-se outra, mas três pontos no Estádio da Luz, algures num dos dias do fim-de-semana de 2 e 3 de Abril – a Liga ainda não definiu o calendário da 25.a jornada –, são sinónimo de título de campeão para os dragões. A conclusão tem explicação simples: após o empate do Benfica com o Portimonense (1-1) e a vitória dos azuis-e-brancos diante da U. Leiria já são 13 os pontos de vantagem do líder sobre as águias.
Contas feitas, vamos ao jogo. Enquanto a greve dos pesados andava a fazer das suas por esse país fora, em Leiria só apetecia gritar "Assim não vale, Caixinha!", tal o camião TIR que o treinador leiriense estacionou no Dr. Magalhães Pessoa para impedir o avanço dos dragões. Puxar o travão de mão até resultou, porque o FC Porto encontrou dificuldades para atravessar e criar perigo com a naturalidade habitual.

Safou-se Gottardi
Mas a estratégia de Caixinha, com três centrais e cinco homens no meio-campo, não dignificou o espectáculo (qual espectáculo?). E quem arcou com as consequências foi Gottardi, que não conseguiu parar quieto entre os postes da baliza da U. Leiria. Do outro lado, Helton quase adormecia – só passado um quarto de hora de jogo é que o guarda-redes brasileiro conseguiu ver a bola a poucos metros, após uma cabeçada de Fabrício, a responder a um centro de Cacá.
Na primeira parte, só deu FC Porto e, já agora, Cosme Machado (o árbitro de Braga parece não ter visto duas cargas sobre Belluschi na área leiriense). A U. Leiria, simplesmente, não existiu. Mas, repita-se: excepção seja feita a Gottardi, que bem defendeu e negou aquele que seria o primeiro golo da noite a Belluschi, aos 17 minutos. Até ao regresso aos balneários, foi só ver o FC Porto a tentar furar a muralha como podia, mas nem a bonita jogada de Hulk na área leiriense deu resultado aos 44 minutos.

furou de longe Mesmo a jogar feio (ou a não jogar, como se preferir), Caixinha insistiu no figurino, a achar que lhe assentava bem. Já André Villas-Boas aproximou mais a sua táctica de um 4x4x2 para conseguir o justo, a vitória. Hulk bem tentava seguir as instruções do técnico a fintar tudo e todos na frente, mas Gottardi não cedia.
Ora, não foi de perto, foi de longe. Ufa! O colombiano Guarín, herói de Moscovo que deixou o FC Porto em vantagem na eliminatória dos oitavos-de-final da Liga Europa, frente ao CSKA, também apareceu em Leiria e, com um remate de longe abriu caminho para a 11.a vitória seguida na Liga.
Sem marcar há oito jogos, Hulk acabou depois por ter o prémio merecido. Gottardi, que até aos descontos tinha feito (quase) tudo bem, travou o brasileiro na área, viu o obrigatório amarelo e foi batido no penálti. Pena que o festejo do seu 20.o golo na Liga lhe tenha valido um amarelo. Ainda assim, ficou para o mundo a mensagem que o avançado do FC- Porto escreveu na camisola (interior) às vítimas do sismo do Japão.

in "ionline.pt"

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