terça-feira, 15 de março de 2011

U. Leiria-F.C. Porto, 0-2 (destaques)

A serenata de Belluschi e a raiva de Guarin


Belluschi

Guarin foi novamente herói, com o golo que valeu mais uma vitória, mas o argentino foi a estrela maior de uma partida em que foi preciso ter paciência e ir tentando, tentando, como ele o fez. Foi o construtor do jogo ofensivo da equipa, soube ser abnegado quando era preciso recuar para a posição seis, e libertar Guarin, e ainda travou um intenso diálogo com Gottardi,

Hulk

Dele se espera sempre algo de extraordinário. A genialidade esteve lá mas a eficácia só da linha de 11 metros. Ora por exagerar nas acções ou porque não houve quem aproveitasse as suas iniciativas, como aquele centro de letra, ainda na primeira parte, a verdade é que o brasileiro subiu de rendimento após o primeiro golo. Gottardi ficou de mãos a arder e, logo a seguir, uma aceleração quase rendeu o segundo. Conseguiu-o de grande penalidade. E lá deu um pontapé na crise de golos, que durava há oito jogos.

Guarín

Depois da excelente exibição rubricada a meio da semana, na gélida Moscovo, voltou a merecer a confiança de Villas Boas, e, mais uma vez, disparou uma fulgurante chama de dragão, que só parou depois de queimar as redes de Gottardi. Apesar de ter aparecido como o médio mais recuado, nunca se coibiu de aparecer a construir jogo, e a tentar usar o seu poderosíssimo, e cada vez mais certeiro, remate. Voltou a mostrar que merece jogar mais vezes.

Fucile 

Com tanta gente a povoar o último terço leiriense, as subidas do lateral uruguaio foram muito úteis para criar desequilíbrios, sobretudo, na primeira parte. Nas tarefas defensivas não teve grandes dificuldades em anular Rúben Brígido e, mais tarde, Pateiro.

Gottardi

Quando tudo parece perdido para os leirienses, quando a arte e engenho dos adversários permite romper a defesa, há Gottardi. A tradição de bons guarda-redes brasileiros continua bem viva no Lis, de onde veio justamente Helton. O guardião da União só não defendeu o petardo de Guarin, uma daquelas bombas que dificilmente têm defesa, e o remate de Hulk, da linha de 11 metros. 

Cacá 

Foi uma pena que o seu treinador o tenha «atado» à linha defensiva da equipa. Sempre que pôde, tentou soltar-se das amarras, e nas subidas, fez notar-se pela qualidade técnica. Aos 60 minutos construiu a melhor jogada atacante da turma do Lis, que Brígido não conseguiu aproveitar. Defensivamente, sempre que não complicou, mostrou-se eficaz, mas não devia ser essa a sua tarefa.

in "maisfutebol.iol.pt"

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