Freddy Guarín chegou ao FC Porto em 2008 e, mais do que fãs, foi ganhando lugar no lote de ódios de estimação dos adeptos portistas. Poucos percebiam a razão de o médio colombiano estar no plantel da equipa. Alguns terão começado a mudar de ideias no final da época passada e agora já serão poucos a não reconhecer o papel importante de Guarín nos mais recentes resultados do FC Porto.
Com o golo em Leiria, que desbloqueou um jogo que ameaçava tornar-se complicado, o médio colombiano escancarou as portas do título à equipa de Villas-Boas e aumentou para cinco a sua conta pessoal de golos.
Guarín iniciou-se a marcar nesta temporada em Janeiro, frente ao Marítimo, com um remate de muito longe e outro à entrada da área. Depois voltou a mostrar pontaria na Liga Europa, em Sevilha (no único golo dentro da área) e Moscovo. E em Leiria acertou mais uma vez de longe. Dos 53 golos do FC Porto nesta Liga, apenas nove foram apontados de fora da área. E três deles foram do colombiano, que neste capítulo surge à frente de Hulk e Belluschi (dois cada um).
Guarín é mesmo o segundo melhor marcador do FC Porto em 2011, apenas atrás de Hulk. “Tiro-lhe o chapéu, porque conseguiu resistir a uma pressão terrível. Houve uma altura em que todos lhe caíam em cima, iam matando o homem”, disse ao “Record” Jesualdo Ferreira, antigo treinador do FC Porto. “Felizmente, aí estão à vista todas as qualidades que ele tem: força, potência no remate e uma atitude perante o jogo que não lhe permite desistir de nenhuma bola.”
Contratado em 2008 ao Saint-Étienne, num negócio em que o FC Porto emprestou Paulo Machado e pagou um milhão de euros por 50 por cento do passe, Guarín está a afirmar-se na equipa azul e branca. Em 2009-10, marcou sete golos na recta final, naquela que foi a temporada mais profícua da sua carreira. Agora faltam-lhe apenas dois remates certeiros para ultrapassar esse registo. Algo bem possível se mantiver a pontaria afinada.
Nascido em Puerto Boyacá, este médio possante (1,84m) iniciou-se no Envigado, antes de se mudar para o Boca Juniors, em 2005-06. Esteve na Argentina apenas uma temporada e mudou-se para França, onde o FC Porto o foi buscar. Agora, renovou contrato com os portistas até 2014 e já parece ter caído no esquecimento o desabafo de há um mês no Twitter, em que se queixou de não saber o que mais fazer para ser titular na equipa de Villas-Boas.
in "publico.pt"
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