As principais casas de apostas colocam o F.C. Porto como o grande favorito a vencer a Liga Europa. A equipa de André Villas-Boas beneficiou dos deslizes de Zenit e Manchester City, nos jogos da primeira mão, mas escalar até ao topo das preferências, o que mostra o respeito com que a equipa portista é vista nesta competição. Um dado que não aquece nem arrefece os ânimos azuis e brancos.
«Por nós, morre à nascença. Se formos eliminados, deixámos de ser favoritos. Para sermos uma realidade em termos de apostas temos de continuar a ganhar. Temos de ganhar amanhã e depois consecutivamente. Dá-nos igual a previsão que fazem», confidenciou o treinador do F.C. Porto.
Villas-Boas falou ainda de outros potenciais candidatos, que têm difíceis missões pela frente, para mostrar que os favoritos se constroem aos poucos.
«O Leverkusen também tem o jogo que tem com o Villareal e pode seguir em frente. O Manchester City a mesma coisa. Há grandes equipas europeias nos oitavos-de-final. Temos de respeitar isso e vamos passo a passo», frisou.
Para isso, os dragões não podem perder. A acontecer, seria a quarta derrota da época, todas elas no Dragão. Um dado curioso que encontra explicação simples.
«Contra o Benfica não jogámos bem. Contra o Nacional e o Sevilha fomos dominadores e acabámos por perder. Normalmente bastam três ou quatro remates para ganhar e nesses fizemos mais de vinte e perdemos», lembrou.
«Pode vir o Honda, o Kawasaki, o Mitsubishi...»
Fucile bem-disposto na antevisão do duelo com o CSKA Moscovo
A boa disposição de Jorge Fucile no contacto com os jornalistas já não é novidade. O lateral uruguaio voltou a mostrar isso mesmo na conferência de imprensa de antevisão do encontro com o CSKA Moscovo, na Liga Europa. Questionado sobre o japonês Honda, que estará muitas vezes no seu raio de acção no jogo do Dragão, Fucile respondeu...ao seu estilo.
«O Honda? Por acaso até já brinquei com isso no final do outro jogo. Pode vir o Honda, o Kawasaki, o Mitsubishi...É um bom jogador, claro. Já me tinham dito que era bom. Vou ter de ter cuidado, como tenho sempre com qualquer jogador», explicou.
O defesa portista espera ter pela frente uma «equipa forte», com perigos que vêm «de todo o lado» e lembrou as palavras de Vágner Love, que, à chegada ao Porto, mostrou toda a confiança. «O Vágner Love já disse que vêm aqui ganhar. E a vitória que conseguimos na Rússia não nos dá nada, ainda. Temos de ter os olhos abertos para seguir em frente», atirou.
O discurso calculista não mudou quando confrontado com possíveis adversários nas próximas fases. Raul Meireles manifestou desejo de enfrentar o F.C. Porto na final. Fucile avisou o amigo que ainda é cedo.
«O Liverpool primeiro tem de ganhar ao Sp. Braga. E nós temos de vencer amanhã. Toda a gente vive do sonho, mas é preciso trabalhar para conseguir esse sonho. Amanhã, se vencermos, vamos ver quem nos pode sair. Para já ainda não pensamos em mais que isso», garantiu.
Ainda assim, não esconde o valor que teria conquistar um título europeu. «O nosso primeiro objectivo é o campeonato e, à medida que vamos passando, a Liga Europa é um sonho. Falta um jogo importantíssimo. Temos de ganhar. A nossa ideologia é sempre a mesma, sempre tentar ganhar. Amanhã vai ser a mesma coisa. A partir do momento que a bola começa a rolar, queremos marcar. A nossa mentalidade é ganhar», explicou.
Villas-Boas: «CSKA ganha em qualquer campo»
Técnico quer um F.C. Porto alerta para os perigos do rival
André Villas-Boas está ciente das dificuldades que vai encontrar nesta quinta-feira, quando o F.C. Porto enfrentar o CSKA Moscovo, nos oitavos-de-final da Liga Europa. Apesar da vantagem que a equipa trouxe da capital russa, o técnico lembra que é preciso estar alerta.
«É preciso fazer uma constatação real do que é o CSKA. É uma equipa de top mundial, com jogadores pagos a peso de ouro. É uma equipa competitiva que tem sonho de ganhar competições e já venceu esta. É uma grande equipa europeia e as grandes equipas europeias ganham em qualquer campo», frisou.
Os dragões estão, por isso, alerta. A garantia é do treinador, que espera ver um estádio cheio, na quinta-feira, embora peça que o público compareça para ajudar a equipa a seguir em frente e não para dificultar a tarefa.
«É um jogo extremamente perigoso. Um golo do CSKA cria um estado de ansiedade importante. É preciso que os adeptos apoiem a equipa e não mostrem eles a ansiedade. Esta equipa tem o percurso que tem porque os jogadores são especiais. Deixando que a equipa faça o trabalho normalmente, em princípio, passamos. Gerar ansiedade é que não. Espero que encham o estádio porque esta equipa merece e haja empatia total entre todos para passar um dos adversários mais difíceis da Liga Europa», afirmou.
A história dá o apuramento ao F.C. Porto, mas por uma nesga. Em dois confrontos com o rival da capital russa, a equipa azul e branca nunca sofreu qualquer golo, mas também nunca marcou. Resultado: dois empates a zero. Uma reedição desses duelos servia o F.C. Porto, mas Villas-Boas lembra que também se pode analisar por outro lado. É que o CSKA nunca perdeu no Dragão.
«É um pormenor que revela a força do CSKA. É uma equipa extremamente competitiva. Ainda não perdeu neste estádio. Mas amanhã [quinta-feira], o empate não lhes serve e têm que ir à procura do golo», lembrou.
in "maisfutebol.iol.pt"
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