É possível que, hoje, André Villas-Boas faça parte do boletim clínico do FC Porto. Diagnóstico: tendinite depois de responder a dezenas de mensagens que lhe encheram as caixas dos telemóveis assim que terminou o jogo da Luz. Não lhe foi fácil adormecer, porque a festa se prolongou até às tantas e também porque, apesar de ter vivido tudo ao vivo e a cores, não conseguiu resistir à tentação de espreitar os resumos televisivos para processar melhor uma festa que, a determinados momentos, sentiu de forma estranha: estava lá, não havia dúvidas, mas numa euforia serena, como que a contemplar de fora uma experiência que lhe parecia demasiado perfeita para ser real. Se fez ou não algo de verdadeiramente especial ontem, não o disse a ninguém. Deixou passar a ideia de que estava a digerir tudo nas calmas, dedicando-se inteiramente à família e aos amigos mais próximos. Agora, é possívelque alguém se lembre de o convidar a colocar as emoções em livro, a contar a caminhada de 25 passos até à glória final no palco perfeito. A realidade também dava um bom livro e a primeira frase é muito fácil de antecipar. Começaria assim: "Era uma vez..."
in "ojogo.pt"
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