terça-feira, 24 de maio de 2011

André Villas-Boas: O adepto sentado na cadeira de sonho

Perfeccionista, ambicioso, bem-disposto, apaixonado por futebol, mas também amante de jantares, de bom vinho e da velocidade. André Villas-Boas é o novo menino bonito do futebol europeu. Discípulo de Bobby Robson e Mourinho, o treinador do FC Porto é o exemplo de como em 15 anos se pode passar de jovem fascinado por futebol a líder de uma equipa de sucesso.


André era um miúdo “pacato, discreto, afável” e um aluno mediano, que “tirava positivas, mas não investia muito nos estudos”. O que realmente o fascinava era o futebol. Às segundas-feiras, não só discutia sobre os jogos do fim-de-semana com os amigos, como levava para “a escola um relatório exaustivo da equipa do FC Porto, com dados sobre os jogadores, as substituições e a táctica”, recorda à Pública José Eiró, que foi professor de Educação Física e director de turma de André Villas-Boas, no Colégio do Rosário, no Porto. 

Nesses tempos do 7.º ao 9.º ano, “o menino de boas famílias” ganhou a alcunha de “cenourinha” (por causa dos cabelos ruivos) e saltava para a ribalta quando o tema era a bola. Na família Villas-Boas não havia qualquer ligação à modalidade, mas seguiam-se os passos do maior clube da cidade, a ponto de André ser sócio dos “dragões” desde os dois anos e meio: foi inscrito a 4 de Julho de 1980 e actualmente é o associado número 11.428. E era frequente ir ao Estádio das Antas assistir a jogos. “Sabia tudo sobre o FC Porto”, sublinha José Eiró, para retratar a paixão de André pelo clube e pelo futebol. 

Esse rapaz, esse adepto fervoroso, está agora “sentado na cadeira de sonho”, como ele próprio lhe chamou. E a fazer história. Nesta semana, deu ao FC Porto a quarta vitória numa final europeia. 

in "publico.pt".




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