O triunfo do FC Porto frente à Oliveirense, ontem à tarde, significou não só a conquista do décimo título consecutivo do hóquei em patins portista, mas também a concretização do pleno nas modalidades - andebol, basquetebol e hóquei - a que se juntam os quatro títulos conquistados pela equipa de André Villas-Boas no futebol e ainda os triunfos nos juniores A e C. Um ano ímpar, mesmo para um dirigente tão habituado a grandes épocas como é Pinto da Costa. O JOGO falou com o presidente do FC Porto, que se encontra no estrangeiro, e confirmou que, até para ele, que já ganhou tudo, "este pleno tem um significado muito especial". "Tem um grande significado que não se esgota nos títulos conquistados. Desde logo porque significa que consegui transmitir a todos, dentro do clube, aqueles que são os pilares do nosso sucesso: competência, rigor, ambição e paixão. O resultado da aplicação destes princípios base, que todos interiorizaram, foi este conjunto impressionante de vitórias. Com toda a competência, rigor e ambição ganhámos e com toda a paixão pudemos festejar", frisou.
Pinto da Costa fez questão de aproveitar a conversa com O JOGO para "felicitar todos os dirigentes, técnicos e jogadores que contribuíram para este ano", que considerou "um dos melhores de sempre na história do FC Porto". Em particular, e porque o hóquei foi o último, mas também porque conseguiu um feito ímpar ao atingir o décimo título consecutivo, o presidente portista fez questão de dedicar "um abraço especial ao Ilídio Pinto [n.d.r. responsável máximo pelo hóquei em patins], que esteve ao meu lado desde sempre e que é o grande responsável por mais esta grande vitória". De resto, Pinto da Costa não negou que o triunfo de ontem foi "especial" para ele, que mantém uma ligação privilegiada com a modalidade. "Embora esteja no estrangeiro, sei que o jogo foi transmitido pelo Porto Canal e foram-me informando de todas as suas incidências do princípio ao fim que, felizmente, ficou marcado por mais uma festa".
Também os treinadores responsáveis pelo pleno portista mereceram uma referência particular de Pinto da Costa. "São treinadores especiais", começou por sublinhar. "Tanto o André e o Franklim, que aliam a competência o rigor e a ambição à paixão de serem adeptos do FC Porto, como o Moncho e o Obradovic que, sem serem adeptos e sem terem a mesma consciência da hostilidade que alguns nos dedicam, apreenderam rapidamente o que é o FC Porto e passaram a vivê-lo da mesma forma intensa".
Em contrapartida, o presidente portista fez questão de relativizar o seu próprio contributo para o pleno alcançado ontem. "Não há um pouco de Pinto da Costa nestas vitórias, há um pouco de todos os que trabalham no clube e são muitos. A mim cabe-me assumir a responsabilidade, tanto nos bons como nos maus momentos, e, neste caso, manifestar o meu orgulho e satisfação por um conjunto de vitórias que fica para a história do desporto português. Aliás, terão de inventar muitas taças latinas para conseguirem ignorar o pleno de títulos que o FC Porto alcançou esta época".
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