Daqui a precisamente um mês, FC Porto e Barcelona defrontam-se no Mónaco. É o mote para um primeiro olhar sobre o Barça 2011/12, ainda em fase embrionária, mas com um código genético sobejamente conhecido e que não sofrerá revoluções. É o que nos garante Rúben Lima, lateral português do Hajduk Split que defrontou os catalães no primeiro particular disputado pela equipa de Pep Guardiola na pré-época.
Os dragões que se cuidem, porque o Barça continua a fazer da posse uma obsessão. "Há vários craques que ainda não se apresentaram, mas os princípios de jogo são transversais e todos os jogadores os assumem. Sentimos imensas dificuldades, porque tivemos de correr atrás deles. É uma posse que desgasta, porque parece que estão a mastigar o jogo até que entra um passe de ruptura. É um castigo psicológico", comenta.
Em Split, o Barça empatou sem golos. Sem Messi, Dani Alves, Xavi ou Piqué, mas com Valdés, Iniesta, Busquets, Villa e uma promessa de alto rendimento a meio-campo. "O Villa foi um perigo constante no ataque, mas destacaria a exibição do Thiago Alcântara, que assumiu o comando da equipa e que tem muita qualidade no meio-campo ofensivo. Vê-se que está apostado em vincar um espaço entre o Xavi e o Iniesta depois do que fez no Europeu de sub-21", realça Rúben Lima, que deixa dicas ao FC Porto. "Têm de estar preparados para jogar sem bola, mantendo níveis de concentração elevados e sabendo muito bem o que fazer quando a recuperarem", apontou, denotando um défice. "Pode ser injusto, mas o lado esquerdo da defesa é o mais fraco e, pelo que sei, o mais forte do FC Porto, através do Hulk. Maxwell está abaixo dos outros e Abidal foi central contra nós. Pode ser um ponto a explorar", nomeou Rúben Lima.
O Barça joga hoje com o Inter de Porto Alegre e tem o primeiro desafio oficial a 14 de Agosto, frente ao Real Madrid.
"Iniesta é impressionante"
Se Thiago está a jogar muito, é Andrés Iniesta quem mais encanta Rúben Lima. Além do perfume futebolístico, o motor do meio-campo campo blaugrana é o líder de todo o conjunto. "Uma coisa é vê-lo jogar pela televisão. Outra é jogar contra ele", constata. "A sua presença no campo é impressionante", prossegue, rendido à sua magia. "Tem uma classe enorme, mostra categoria em cada lance e nota-se que toda a equipa o respeita e segue", explica.
No fundo, o terceiro melhor do mundo para a FIFA em 2010 é apenas um ícone do modelo implementado e a seguir. "É o símbolo de uma cultura instalada e que é transversal a todo o Barcelona. A obsessão pela posse é algo que todos os seus jogadores sabem interpretar", descreve. Uma boa nota para Vítor Pereira recolher, embora isto não seja propriamente uma novidade.
Pep adorou ambiente
Guardiola gostou do primeiro particular da época, mas gostou sobretudo do ambiente da festa do centenário do Hajduk Split. Quadros adversos, está bom de ver, não são problema para o técnico do Barcelona. Rúben Lima enquadra o cenário. "É impressionante. Posso viver 100 anos que nunca verei adeptos tão fervorosos como os da Torcida", comenta sobre a claque dos croatas.
No Mónaco, já se sabe, os catalães estarão em maioria. É que o jogo está a provocar grande entusiasmo em Barcelona, onde os bilhetes esgotaram. Um salto enorme face ao impacto que teve a Supertaça de 2009.
in "ojogo.pt"
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