Um mau jogo acontece a qualquer equipa, duas exibições fraquinhas também podem suceder aos melhores clubes, mas este FC Porto começa a desiludir e a abusar da paciência dos seus adeptos com uma regularidade surpreendente, quase chocante. Ontem viu-se uma equipa portista quase sempre desordenada, sem chama e sem ideias. Os jogadores são os mesmos da época passada (trocando Falcao por Kléber), mas parecem outros, abúlicos, como se tivessem sido mordidos por uma mosca tsé-tsé. Ao fim de apenas 12 jogos oficiais, pode até ser injusto relacionar a baixa de produção apenas com a troca de treinadores. Mas salta à vista que a margem de manobra de Vítor Pereira se reduziu muitíssimo nos últimos tempos.
O APOEL é uma equipa arrumadinha e harmónica, tem alguns jogadores dotados e um treinador sérvio que é sagaz tacticamente e que ontem montou uma teia capaz de reduzir os espaços ao FC Porto. Mas, tudo somado, não deixa de ser apenas uma formação de médio plano, independentemente de ter batido o Zenit e empatado em Donetsk. Está agora, surpreendentemente, numa posição muito confortável, até porque realizará em casa dois dos três jogos que lhe restam disputar. Ao invés, o FC Porto passou a ter uma margem de erro reduzidíssima e tem a obrigação de vencer o próximo jogo em Chipre, se não quiser correr riscos de ficar pelo caminho.
Ontem, a exibição portista foi ainda pior do que o resultado. Não se viu uma ideia colectiva de jogo e não houve pinta da intensidade que já se lhe viu noutros momentos. Individualmente, nem é bom falar... Salvou-se apenas Helton, que evitou o descalabro. Hulk foi bem marcado, mas ainda criou três ou quatro lances com a sua chancela. O resto foi um deserto de ideias e um conjunto de disparates, designadamente defensivos, que ajudam a explicar os vários golos sofridos esta época. Até disciplinarmente se notam diferenças: oito cartões amarelos, sendo que toda a defesa acabou "amarelada". Rolando continua numa fase de delírios permanentes (começa a justificar-se uma aposta no jovem francês Mangala) e até Otamendi parece afectado.
Ao intervalo, já se justificavam mudanças, porque o futebol portista continuava sem unidade nem coerência. Mas Vítor Pereira decidiu esperar pelos últimos 20 minutos. Justificou-se dizendo que o FC Porto até veio melhor do balneário. Mas não foi isso que se viu (Ailton só não se isolou porque foi derrubado por Rolando e, depois, foi Helton a impedir que Nuno Morais marcasse). Acabou por inverter o triângulo a meio-campo, com Belluschi nas costas de Kléber, uma estratégia que já foi ensaiada. Estranho é que, depois da saída de Fernando, não tenha escolhido Moutinho e Defour para formarem o duplo pivot, optando antes por substituir o primeiro pelo segundo. Enquanto isso, Guarín parecia uma barata tonta em campo, mas manteve-se no relvado até ao fim.
Vítor Pereira estava muito condicionado nas suas opções, porque é anormal não ter um ponta-de-lança como alternativa no banco de suplentes. A não inscrição de Walter continua sem uma explicação razoável.
Ontem, a exibição portista foi ainda pior do que o resultado. Não se viu uma ideia colectiva de jogo e não houve pinta da intensidade que já se lhe viu noutros momentos. Individualmente, nem é bom falar... Salvou-se apenas Helton, que evitou o descalabro. Hulk foi bem marcado, mas ainda criou três ou quatro lances com a sua chancela. O resto foi um deserto de ideias e um conjunto de disparates, designadamente defensivos, que ajudam a explicar os vários golos sofridos esta época. Até disciplinarmente se notam diferenças: oito cartões amarelos, sendo que toda a defesa acabou "amarelada". Rolando continua numa fase de delírios permanentes (começa a justificar-se uma aposta no jovem francês Mangala) e até Otamendi parece afectado.
Ao intervalo, já se justificavam mudanças, porque o futebol portista continuava sem unidade nem coerência. Mas Vítor Pereira decidiu esperar pelos últimos 20 minutos. Justificou-se dizendo que o FC Porto até veio melhor do balneário. Mas não foi isso que se viu (Ailton só não se isolou porque foi derrubado por Rolando e, depois, foi Helton a impedir que Nuno Morais marcasse). Acabou por inverter o triângulo a meio-campo, com Belluschi nas costas de Kléber, uma estratégia que já foi ensaiada. Estranho é que, depois da saída de Fernando, não tenha escolhido Moutinho e Defour para formarem o duplo pivot, optando antes por substituir o primeiro pelo segundo. Enquanto isso, Guarín parecia uma barata tonta em campo, mas manteve-se no relvado até ao fim.
Vítor Pereira estava muito condicionado nas suas opções, porque é anormal não ter um ponta-de-lança como alternativa no banco de suplentes. A não inscrição de Walter continua sem uma explicação razoável.
bruno prata in "publico.pt"
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