sábado, 15 de outubro de 2011

Taça: Pêro Pinheiro-F.C. Porto, 0-8 (crónica)


Com o peso de «Bigorna» a muralha cedeu rapidamente.


O detentor da Taça de Portugal começa a defender o troféu com «chapa oito». De forma inteligente e nada precipitada, o F.C. Porto arrumou cedo com as esperanças do Pêro Pinheiro. A equipa da 3ª divisão cedeu precocemente, sobretudo em termos físicos, e os «dragões» caminharam tranquilamente para a goleada.

Vítor Pereira estreou três jovens, mas a grande figura do encontro acabou por ser Walter, autor de quatro golos e uma assistência.

Circular, circular e circular, até aparecer o espaço

Tal como se previa, Vítor Pereira apresentou um «onze» renovado, com destaque para as estreias de Alex Sandro e Iturbe. Mesmo com o relvado sintético a queimar os pés, e perante um adversário naturalmente fechado no seu meio-campo, o F.C. Porto procurou sempre circular a bola pelo chão.

Os primeiros minutos revelaram alguma dificuldade para encontrar espaço no ataque, mas Walter começou cedo a testar o guarda-redes do Pêro Pinheiro. Marco Pinto teve de se aplicar um pouco mais ao minuto 14, para negar o golo ao estreante Alex Sandro, que aproveitou a ausência do lateral direito (Serginho estava a receber assistência), para aparecer isolado.

Mas a resistência da equipa da 3ª divisão durou menos de trinta minutos. Nessa altura já era notório o desgaste físico de alguns jogadores, acentuado pela elevada temperatura. Assim se explica que o primeiro golo do F.C. Porto, apontado por Defour (29m), tenha surgido em transição rápida, aproveitando um erro da equipa da casa, na saída para o ataque.

Nestes jogos é só o primeiro golo que custa, já se sabe, e até ao descanso os «dragões» festejaram mais quatro tentos. Walter marcou dois de rajada (33 e 35m), sendo que o primeiro golo do avançado brasileiro nasce de um lance fantástico de Belluschi. Djalma aproveitou mais um erro defensivo do Pêro Pinheiro para fazer o quarto (41m), com Walter a chegar ao «hat trick» ainda antes da pausa (45m).

Velocidade moderada, mas sempre sentido único

Com o Pêro Pinheiro de braços caídos, a segunda parte continuou com sentido único (agora para a baliza contrária), ainda que o F.C. Porto tenha reduzido gradualmente o ritmo. O «dragão» revelou-se, acima de tudo, eficaz: quase sempre que chegou à baliza, marcou. A excepção terá sido uma bola à trave de Defour (76m), já com o guarda-redes sentado, e um remate ao lado de Walter (84m).

Djalma e Varela foram mais certeiros, e elevaram a goleada para os 7-0, com Vítor Pereira a aproveitar a ocasião para estrear também o jovem guarda-redes Kadu. Já ao cair do pano apareceu o último tento da tarde. Walter completou o «poker» e fechou as contas. O Pêro Pinheiro despediu-se da Taça de Portugal com uma derrota pesada, mas com memórias eternas de um dia especial.



in "maisfutebol.iol.pt"

3 comentários:

dragao vila pouca disse...

O Walter é o Bigorna ou o Maciço?

Calor, campo e um adversário que nunca saiu muito do seu meio campo, foram tardando o golo de um F.C.Porto, lento, pouco contundente e que ia trocando a bola, tentando adaptar-se, consciente que surgindo o primeiro tudo seria mais fácil. Foi. Aos 29 minutos, numa rápida jogada de contra-ataque, Walter colocou Defour na cara do guarda-redes e o belga não perdoou. A partir daí a resistência do Pêro Pinheiro diminuiu, acabou, melhor dizendo e num espaço de seis minutos, o Campeão e Tri-vencedor da Taça de Portugal, matou o jogo, marcando mais dois golos. O segundo aos 32 de autoria de Walter, após, utilizando a terminologia da Queimada, obra prima de Belluschi, que fez tudo, colocou na cabeça do Bigorna que só teve de tocar para a baliza.

O terceiro, mais uma vez por Walter e mais uma vez, após uma belíssima jogada de ataque: Iturbe, passe a rasgar para Djalma e o angolano, muito bem, mesmo sozinho na cara de Marco Pinto, preferiu o passa para o jovem brasileiro bisar. Depois do 3 a 0 a questão era saber quantos mais golos marcaria o conjunto de Vítor Pereira. Até ao intervalo, mais dois, Djalma e Walter que fez hat trick em 45 minutos, o que é digno de registo.
Com tudo resolvido, a segunda-parte tinha apenas como motivo de interesse saber se o F.C.Porto iria continuar motivado, concentrado, à procura de mais golos ou se pelo contrário, tenderia a descomprimir, relaxar, deixar passar o tempo, sem se preocupar em aumentar a vantagem.
Foi a segunda possibilidade que vingou e o resultado foi para os números que se adivinhavam, graças a um Porto sério, profissional e competente.
Marcaram Djalma aos 57, o sexto, Varela aos 62, o sétimo e Walter fechou a conta, marcando o seu quarto golo, aos 90.
O Pêro Pinheiro é uma equipa simpática, mas muito frágil e portanto, não devemos fazer uma análise muito aprofundada aos que se estrearam, Bracali, Alex Sandro e Iturbe, Kadú, nem aos que já tendo jogado, o fizeram em poucas ocasiões, Mangala, Defour e Djalma.

Assim, nada a dizer sobre a exibição dos guarda-redes que não tiveram quase nada que fazer.
Gostei de Alex Sandro, que vale o que vale, me pareceu melhor para a frente que atrás, mas tem qualidade.
Iturbe: talvez se esperasse mais e até esteve desaparecido durante perto de 30 minutos, mas despertou nos últimos 15 minutos finais e mesmo tendo em conta o campo, o pouco espaço para jogar e ser o primeiro jogo, mostrou um pouco da grande qualidade que o transformaram num jovem muito badalado e pretendido - espero que a lesão não seja nada de grave.
Gostei tem muito de Mangala. Forte no despique, rápido, com um belo pé esquerdo e sabe sair a jogar. Precisa de algum tempo, não muito, para ser dono de um lugar no centro da defesa.
Defour: tem qualidade, sabe ocupar os lugares, jogar e até marcar. Um jogador de qualidade que tem contra si o facto do F.C.Porto jogar em 4x3x3 e os seus concorrentes serem Guarín e Moutinho.
Djalma: esteve muito activo, marcou dois golos e mostrou serviço.

Walter: como disse anteriormente, o adversário era fraco e por isso não podemos, nem devemos, embandeirar em arco com os quatro golos que marcou. Mas o Bigorna tem coisas muito interessantese e motivado, com acabeça limpa, a jogar regularmente, acho que Walter ainda vai calar algumas más línguas. Não foi em vão que no mundial de juniores de há dois anos deu nas vistas e foi muito pretendido.

Nota final:
Recuperar e preparar bem a Champions, o jogo com o Apoel - não há Walter, vai ter de haver Kléber - onde as responsabilidades são maiores e as dificuldades serão muitas.

Abraço

100% Dragão disse...

Boas

Não dá para tirar muitas conclusões já que o adversário foi muito fraquinho. O Porto foi sério, com os jogadores menos utilizados a aproveitarem para mostrar serviço. Belo jogo e grande resultado.

PS: Como é bonito ver futenol ao inicio da tarde...

Abraço

http://100porcentodragao.blogs.sapo.pt/

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem apesar do adversário ser de divisão secundária, os jogadores do FC Porto tiveram uma atitude séria, respeitaram o adversário, e com um futebol positivo conseguiram com naturalidade golear o Pêro Pinheiro.

Os jogadores que menos jogam, tais como Djalma, Alex Sandro, Defour, Iturbe e Mangala mostraram ao seu treinador que pode contar com eles.

O FC Porto cumpriu a sua obrigação e impôs o seu poderio.

Nota positiva para o fairplay dentro do campo e para a festa dos nossos adeptos que coloriram a festa.
Nota negativa para alguns benfiquistas que foram assistir ao jogo para insultar alguns atletas, como é o caso de Cebola.

Agora venha a Liga dos Campeões. Temos de vencer para aspirar seguir em frente.

Abraço e bom domingo

Paulo

pronunciadodragao.blogspot.com