sábado, 10 de dezembro de 2011

Beira Mar - F.C. Porto, 1-2 (crónica)

Dragão vinga saída da Liga dos Campeões no campeonato, como de costume, em jogo que meteu cambalhota no resultado.


Mais uma prova (interna) superada pelo Dragão soluçante, este sábado, em Aveiro, no terreno do aguerrido Beira Mar. Depois do fracasso na Liga dos Campeões, os portistas voltaram a redimir-se no Campeonato e estão, de novo, isolados no comando da classificação. Com algum suor e muita persistência à mistura. 

Os campeões nacionais estiveram a perder, responderam de imediato, e consumaram a reviravolta na segunda parte, numa consequência lógica daquilo que se passava em campo, uma vez vencida a resistência local, nada menosprezável ou não tivesse o Beira Mar a melhor defesa da Liga. Ganhou o melhor ataque. À tangente. Faz sentido. 

Vítor Pereira optou pela versão conservadora para suprir a falta de Defour, apostando numa troca directa com Belluschi, em vez de colocar James a 10 e abrir uma vaga num flanco para Varela. O argentino foi, de resto, o primeiro portista a estar perto do golo mas Rui Rego defendeu para canto, numa das várias intervenções valorosas de um dos menos batidos guarda-redes da Liga.

Cedo se percebeu que os campeões nacionais teriam, em Aveiro, um jogo muito semelhante ao último, diante do Zenit, para a Liga dos Campeões. Iniciativa total na partida perante uma autêntica muralha auri-negra, muito bem posicionada mas longe de ser estática ou inofensiva: sempre que podiam, os aveirenses davam corda aos jogadores mais rápidos e aceleravam até à baliza de Helton, mostrando que também podiam fazer estragos.

Prova disso, foi o golo de Zhang, numa fase em que os portistas já justificavam a vantagem. O golpe, todavia, não derrubou os pupilos de Vítor Pereira, que continuaram a fazer o que estavam a fazer até então, metendo velocidade, desmarcações e não hesitando nos remate à mínima nesga. O sufoco acabou, de forma natural, por dar frutos. Hulk amorteceu à ponta-de-lança para James e este, com um disparo fortíssimo, restabeleceu a igualdade.

Muralha perde alicerce e Hulk volta a ser Incrível

O Incrível deu o mote para a segunda parte, com um remate rasteiro, que passou a centímetros do poste direito da baliza aveirense, numa altura em que a principal referência defensiva da equipa da casa, Hugo, estava fora de combate, por lesão. Entrou Bura para substituir o capitão. Não é a mesma coisa. Viu-se. 

O Beira Mar, ainda assim, conseguiu responder bem na frente, aproveitando o balanceamento portista, com Douglas a desperdiçar uma soberana oportunidade, mas, na sequência, Hulk puxou dos galões e consumou a pirueta no marcador. Derrubada, pela segunda vez, a muralha aveirense, o Dragão embalou para um jogo mais descansado e pensado. Em suma, uma versão mais económica, mas nem por isso menos eficiente.

Não fosse um susto, quase mortal, no último lance da partida, quando Élio não conseguiu acerta correctamente na bola com a baliza aberta, e a segunda metade da partida teria sido quase um passeio para os portistas.

O jogo a meio da semana, com todas as despesas assumidas, teve, obviamente, consequências na frescura da equipa e o mais difícil, em abono da verdade, estava feito. Tem agora a palavra o Benfica, nos Barreiros. Será que lhe queima as mãos a batata quente?

in "maisfutebol.iol.pt"

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Entrando com a equipa e com o sistema que tão boa conta do recado tinha dado frente aos russos do Zenit, a única excepção foi a entrada de Belluschi para o lugar do lesionado Defour, o F.C.Porto, tirando os primeiros 10 minutos em que o jogo esteve equilibrado e os amarelos de Aveiro atrevidos, tomou conta da partida, dominou totalmente, pressionou, circulou bem, encostou o autocarro à parede e quando se esperava o golo do Campeão, que Rui Rego foi evitando, num lance de bola parada e numa falha de marcação de Rolando, adiantado e Maicon, atrasado, o Beira-Mar adiantou-se no marcador, contra a corrente do jogo. Reagiu bem o conjunto de Vítor Pereira, continuou a procurar as melhores soluções e empatou, com um belo golo de James, após uma magnífica assistência, de cabeça e à ponta-de-lança de Hulk. O intervalo chegou pouco tempo depois, com um resultado que se aceita, embora um pouco lisonjeiro para a equipa de Rui Bento.

O início da etapa complementar foi mais do mesmo. Com Fernando e Moutinho lado a lado, Belluschi mais subido, James mais vagabundo e tirando partido da profundidade dada por Alvaro na esquerda, o F.C.Porto foi armando a teia, aparecendo sempre com perigo, até que Hulk, muito bem a aparecer no espaço vazio e dar seguimento a uma boa abertura de Palito, adiantou o Campeão no marcador, justamente, consumando a reviravolta. O mais difícil estava conseguido. Depois a equipa portista continuou a jogar bem, a dominar, a criar, mas não foi capaz de matar o jogo e no fim, podia deitar tudo a perder e deixar 2 pontos em Aveiro, o que seria uma grande injustiça.

Resumindo:
era fundamental ganhar, ganhamos e vamos em 51 jogos sem perder para o campeonato, Liga Zon Sagres. Manteremos, a não ser que aconteça uma anormalidade na Madeira, a liderança. Estamos a subir, há mais qualidade, confiança , embora algumas desconcentrações, como a que deu o golo e podia, no fim, ter dado outro, têm de acabar. Só falta um jogo, frente ao Marítimo, até à pausa natalícia. É um jogo que temos de ganhar. Depois, com calma, sem ondas, trataremos de fazer os ajustamentos que forem necessários para que o principal objectivo da época, o campeonato, seja conseguido.

Notas finais:
Xistra: errou em vários lances e se no lance da mão ou melhor, das mãos de Hugo lhe dou o benefício da dúvida, já num lance aos 56? na área do Beira-Mar, derrube a Hulk foi penalty. Também o amarelo ao Incrível nasce de uma reclamação por Xistra não ter assinalado uma falta clara. Um jogador não deve reclamar, mas que diabo, aquela falta foi tão nítida...

Impressionante! Na dúvida, os comentadores da SporTv eram sempre contra o F.C.Porto...

Iturbe estreou-se no campeonato. Foi pouquinho, mas deve saudar-se a estreia de um jovem em quem depositamos grandes esperanças.

Abraço

100% Dragão disse...

Boas

A vitória é justíssima o Porto dominou quase o jogo todo, foi o único que tentou ganhar, mas em condições normais hoje teríamos goleado, este Beira Mar não joga nada. Continuo a não perceber a aposta do Hulk no centro do ataque... e Iturbe merece mais minutos.

Nota final para os ENORMES adeptos Portistas que foram ver o jogo (a chuva) em Aveiro... Grande Apoio.

Abraço

http://100porcentodragao.blogs.sapo.pt/