sábado, 3 de março de 2012

O Tribunal de O JOGO

Unanimidade no lance do terceiro golo, o da vitória do FC Porto.

O trio de especialistas diz que Maicon estava adiantado, logo havia razões para assinalar fora de jogo. Pelo contrário, não reconhecem razão às reclamações quanto a uma alegada falta de Maicon sobre Witsel na jogada que dá origem ao contra-ataque e ao segundo golo portista.

Momento mais complicado

87' Maicon está em posição irregular antes de fazer o terceiro golo?

Jorge Coroado

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No momento em que o livre é executado, Maicon e o seu colega já estão adiantados em relação ao penúltimo defensor. Não havia dúvidas. O assistente distraiu-se e dormir no sobrado é a morte do artista. Fora de jogo não assinalado.

Pedro Henriques

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As repetições que o assistente não tem mostram que Maicon, no momento em que o livre é marcado, já está adiantado em relação ao penúltimo adversário, obtendo assim um golo em posição irregular.

Paulo Paraty

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Verifica-se - com a ajuda da televisão - que Maicon se encontra meio corpo avançado em relação ao penúltimo defesa do Benfica. Os assistentes têm instruções para na dúvida não interferir, mas a verdade é que se constata a falha.

Outros casos

47' É bem assinalada a falta a Djalma e o livre de que nasce o segundo do Benfica?
59' Existem motivos para penálti no lance em que a bola vai ao braço de Maicon?
63' Witsel sofre falta na jogada que culmina com o segundo golo do FC Porto?
76' Emerson comete falta sobre Hulk e vê o segundo amarelo. É bem expulso?
81' Hulk marca canto e a bola vai aos braços de Cardozo. Ficou penálti por marcar?
90'+4' Maxi Pereira tem uma entrada dura sobre James. Devia ter visto um cartão?

Jorge Coroado

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Djalma não cometeu qualquer infração, disputou o lance com vigor, próprio do futebol, nos limites do admissível. O adversário não suportou e caiu.
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A bola ressaltou no braço de Nolito e posteriormente no de Maicon, foram ressaltos objetivos, não houve razão para reclamar infração.
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Witsel, de forma intempestiva, saltou para dominar a bola e na sequência chocou com Maicon. Não houve falta que justifique os muitos dizeres.
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Não havia razão para o segundo amarelo. Emerson entrou em esforço para jogar a bola e, chocou com o adversário. A zona do terreno não justificava.
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Grande penalidade por assinalar. Com o braço direito, embalou a menina, com o esquerdo, sem querer, deu-lhe aconchego.
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Maxi havia-se desentendido com Janko, justificando ação disciplinar. Neste reincidiu mas saiu-lhe a taluda não vendo no mínimo o segundo amarelo.

Pedro Henriques

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Embora a reposição não seja completamente evidente, fica a ideia que Djalma toca e derruba por trás o jogador do Benfica.
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Nolito primeiro e Maicon depois, tocam na bola com o braço na mesma jogada, mas de forma não deliberada pelo que não havia motivo para qualquer infração.
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Witsel choca e cai sobre Maicon, não há nenhuma infração do jogador portista.
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Emerson rasteira Hulk de forma imprudente junto à linha lateral, mas acaba por impedir um contra-ataque. A advertência é correta e consequente expulsão.
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É a bola que vai ao encontro dos braços de Cardozo, não havendo ação deliberada por parte do jogador do Benfica.
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A infração que Maxi Pereira comete sobre James era passível de cartão amarelo pela forma imprudente como foi cometida.

Paulo Paraty

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Fica alguma dúvida se Djalma toca primeiro Aimar ou a bola. Concedo o benefício da dúvida à equipa da arbitragem.
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Maicon tem o braço perfeitamente encostado ao corpo, não tem como evitar que a bola o atinja. Bem Pedro Proença ao não interferir.
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Witsel desequilibra-se ao controlar a bola e choca com Maicon. O árbitro deixou seguir o lance, aplicando bem a lei da vantagem.
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Pedro Proença aplicou o mesmo critério ao longo do jogo, nomeadamente na primeira parte, nos cartões aos jogadores do FC Porto. Não tinha outra solução.
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A bola atinge os braços de Cardozo. Na sequência de uma carambola, a bola bate-lhe na face e cai sobre os braços que ocupam uma posição natural.
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Se o árbitro considerasse a falta, poderia ter considerado o segundo cartão amarelo. Mas entendeu que a ação ocorreu no final do jogo.

Apreciação global

Jorge Coroado

Referi que podia integrar-se no jogo ou exigir que o jogo fosse com ele. Optou pela segunda situação. Falhou no critério e na interpretação. Não basta ser considerado o melhor. Tem de ser consistente e afirmativo.

Pedro Henriques

O golo validado em posição de fora de jogo acaba por prejudicar uma arbitragem que na sua globalidade foi positiva e assertiva.

Paulo Paraty

O jogo acabará marcado por uma só decisão da equipa de arbitragem. Mas tal não é justo pois não poderá esquecer-se um trabalho seguro, criterioso e personalizado, num jogo intenso e emotivo.

in "ojogo.pt"

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