No ar paira um aroma familiar. É estranho, mas é verdade. Mesmo que o F.C. Porto esteja numa prova que não disputa há sete anos (na última vez até o nome era diferente), há pontos, aqui e ali, que tornam este regresso confortável. A começar pelo adversário no arranque.
O F.C. Porto vai medir forças com o Rapid Viena esta quinta-feira (20h05). Será a primeira vez que os dois emblemas se confrontam, o que não quer dizer que os dragões não tenham boas recordações de Viena. Mesmo ignorando a óbvia referência à final da Taça dos Campeões europeus ganha naquela cidade, o F.C. Porto pode usar outro facto histórico para sorrir: a única vez que enfrentou uma equipa austríaca, precisamente da capital, foi o Áustria de Viena, na caminhada para...a vitória da Taça UEFA de 2003. Sete anos depois, o regresso à competição e pela frente uma nova valsa. Coincidência feliz?
Por ventura. Mas há mais. O técnico dos dragões, André Villas-Boas, era o observador, na época ainda secreto, de José Mourinho na caminhada que haveria de terminar em Sevilha. Agora, como timoneiro, quer compensar a traumática, porque rara, ausência da Liga dos Campeões com novo triunfo europeu. O desejo foi anunciado logo a pré-eliminatória que o F.C. Porto passou sem grande dificuldade e reiterada na abertura da fase de grupos. Os dragões querem tocar o céu europeu.
Fucile volta ao onze, mas será só ele?
O Rapid Viena tem vindo a fazer um campeonato modesto, mas, na Europa, a equipa parece transfigurar-se. Para estar na fase de grupos, ultrapassaram equipas modestas como o Suduva e o Beroe Stara Zagora, mas, sobretudo, o colosso Aston Villa eliminado no seu próprio covil. Um óptimo cartão-de-visita para uma equipa com problemas no meio-campo. Os lesionados Heikkinen e Pehlivan ficaram em Viena e Peter Pacult, que está com a equipa há quatro anos, terá de improvisar no miolo, ciente de que o alemão Hofmann, que joga como «joker» na frente da linha média, pode ser uma das chaves do jogo.
André Villas-Boas, esse, atravessa um dilema. Com o calendário a apertar seria natural iniciar a gestão de recursos, mas os resultados têm sido tão bons que uma mexida mais calculada pode trazer mau resultado. O lado direito da defesa é que será, necessariamente, retocado. Sapunaru não entrou nos eleitos e Fucile saltará para a titularidade. Ficarão as mudanças por aqui? Ou poderão elementos em crescendo como Ruben Micael ou Souza, ou outros a necessitar de minutos, como Otamendi ou Walter, entrar no esquema portista? Dúvidas que só serão desfeitas pouco antes das 20h05 desta quinta.
E para terminar, concluindo o leque de familiaridades do jogo desta quinta, o árbitro, Douglas McDonald, escocês de nascimento, poderá lembrar aos mais atentos o rival da mítica final de Sevilha. E não é que o Rapid também equipa de verde e branco...
Equipas prováveis:
F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Maicon e Alvaro Pereira; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Hulk, Varela e Falcao.
RAPID VIENA: Hedl; Kayhan, Soma, Sonnleitnir e Kazter; Kavlak, Kulovits, Hinum e Saurer; Hofmann; Nuhiu.
in "maisfutebol.iol.pt"
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