Mais do que vincar uma posição, a continuidade da aposta em Sapunaru e Maicon é um prémio de André Villas-Boas aos referidos atletas, pela disponibilidade e qualidade que revelaram num período de grandes indefinições. Recorde-se que Fucile esteve com um pé fora do Dragão até ao dia do fecho do mercado e Bruno Alves já saiu para o Zenit na semana que antecedeu o arranque oficial nesta temporada.
O romeno e o brasileiro assumiram as despesas, não vacilaram naquilo que lhes foi pedido e, agora, colhem os frutos: têm a confiança dos colegas e da equipa técnica e continuam seguros no onze. Fucile e Otamendi, os candidatos às posições de defesa-direito e central, vão mesmo ter de esperar.
Como diria Bobby Robson, o grande mentor de André Villas-Boas, esta concorrência é uma boa dor de cabeça para qualquer treinador. Sapunaru e Maicon têm dado garantias, mas os seus concorrentes diretos também estão a um nível elevado e podem substituí-los a qualquer momento. Não será já frente ao Rapid Viena, mas quando surgir algum imprevisto ou uma fase em que o cansaço seja por demais evidente. Certo é que o piscar de olho ao onze por parte de Fucile e Otamendi faz com que Sapunaru e Maicon não facilitem, sob pena de serem relegados para as segundas opções. E quem ganha com tudo isto é... o FC Porto.
De resto, esta situação só vem mostrar que, com André Villas-Boas, a hierarquia dos titulares é feita pelo momento dos jogadores e não por aquilo que já fizeram ou podem vir a fazer. E nada nem ninguém ameaça esta estratégia do treinador. Basta ver que Fucile é um dos jogadores mais antigos no FC Porto – chegou em 2006 – e Otamendi o mais caro defesa-central da história do clube – 4 milhões de euros por 50 por cento do passe
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