Sem adversários directos por perto na frente do campeonato, o confronto do FC Porto faz-se com ele próprio, por comparação com a época passada. Nesse contexto, o jogo deste sábado apresenta-se como a primeira vez que André Villas-Boas parte para um desafio da Liga com o objectivo de melhorar um resultado conquistado na temporada transacta. Passa-se a explicar: o FC Porto repetiu as vitórias do ano passado com os quatro adversários que já defrontou durante a actual edição do campeonato - e nesta comparação não entra o Beira-Mar, que jogou na segunda Liga - e até está menos concretizador na comparação: marcou 13 golos, contra os oito desta época, e os mesmos dois sofridos.
Com Jesualdo Ferreira, os portistas também venceram o Braga no Dragão, a Naval na Figueira, o Rio Ave em Vila do Conde e o Nacional na Madeira. Mas não venceram o Olhanense, o adversário que se segue. A formação algarvia foi ao Estádio do Dragão empatar (2-2) no dia 6 de Março, com Castro e Ukra do outro lado e Jorge Costa a comandar uma equipa que terminou o campeonato no 13º lugar. Pois bem, este ano o Olhanense apresenta-se moralizado pelo terceiro lugar, ainda sem derrotas e com um empate (0-0) arrancado em Alvalade ainda bem fresquinho na memória.
Curiosamente, o Olhanense foi também o último adversário a impedir que o FC Porto vencesse um jogo no campeonato; e já lá vão 13 consecutivos desde que os algarvios foram ao Dragão roubar dois pontos...
Mais de seis meses depois, o FC Porto parte para este encontro motivado pela tentativa de conquistar o 20º triunfo seguido em todas as competições, juntar a 10ª vitória da época em outros tantos jogos, mas também para ganhar dois pontos relativamente à última época.
Meio ano, meia equipa nova
Em pouco mais de meio ano, porque a última vez que FC Porto e Olhanense se cruzaram, no Dragão, foi a 6 de Março, muito mudou no onze principal dos dragões. Na verdade, sobreviveram apenas cinco jogadores, transitando directamente para a espinha dorsal da equipa que tem sido mais vezes utilizada por Villas-Boas.
É justo lembrar, em todo o caso, que no tal jogo de Março último Jesualdo Ferreira não pôde contar com Rolando e Fernando, para além de Hulk, que ainda cumpria castigo. Maicon, agora indiscutível, foi titular, fazendo dupla com Bruno Alves; Tomás Costa substituiu Fernando e Mariano desempenhava o papel de Hulk.
Mesmo que André Villas-Boas tenha algumas surpresas na manga, porque há jogadores cansados e considerando o bom rendimento de alguns dos que habitualmente começam no banco, dando-lhe margem para mudar, é certo que, comparando com o último jogo, será um FC Porto diferente. Da defesa ao ataque.
André Villas-Boas também encalhou com o Olhanense
O FC Porto empatou na recepção ao Olhanense, mas André Villas-Boas também. Na última temporada, ainda em Coimbra, a equipa algarvia conseguiu arrancar um empate (1-1) frente à Académica de Villas-Boas. Para além da "vingança" colectiva, haverá também a tentativa de um acerto de contas mais pessoal, uma vez que o Olhanense é uma das equipas que o jovem treinador do FC Porto ainda não conseguiu vencer em Portugal.
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