quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cultura de vitória na Taça é trunfo do onze portista

Mesmo num mundo imprevisível como o futebol, há dados que ajudam a perceber porque certas coisas acontecem de determinada maneira. A bola bate no poste e depois pode ou não entrar na baliza, mas é um facto que se o plantel de uma equipa for estável esta terá maiores probabilidades de forçar a bola a entrar nem que seja na jogada seguinte ou dez lances depois. Do mesmo modo, ter no plantel jogadores que sabem como se ganha determinadas competições é meio caminho andado para o sucesso, em particular nas provas a eliminar, nas quais um mero detalhe pode significar o adeus à competição.
O FC Porto tem hoje a complicada missão de virar a seu favor a meia-final da Taça de Portugal, após uma derrota por 2-0, em casa, com o Benfica. E se a estatística nos diz tratar-se de uma missão quase impossível - para começar, os azuis e brancos nunca venceram na Luz nos 12 confrontos anteriores desta competição; depois, reviravoltas destas só aconteceram três vezes em 39 confrontos entre ambos os clubes em provas a eliminar -, outros dados garantem que André Villas-Boas não poderia ir melhor acompanhado para a "selva". Do onze provável do FC Porto, são nada menos do que dez os jogadores que já ganharam a Taça. Apenas Otamendi desconhece esse sabor, ao passo que o Benfica é uma espécie de negativo da "foto" portista - entre os titulares só o capitão Luisão pode gabar-se de ter este troféu no palmarés.
Se Villas-Boas pode apelar à experiência dos seus comandados, já Jorge Jesus terá de argumentar junto dos seus com a possibilidade de aumentarem a vitrina de troféus. É que tendo muito menos vitórias na Taça de Portugal, as contas aos triunfos em competições a eliminar até são equilibradas. Graças a Aimar, Saviola e ao próprio Luisão, os encarnados compensam a maior dispersão de troféus dos portistas. O resultado final de 35-34 favorável ao FC Porto é insignificante quando comparado com os 14-1 que dá ao Benfica em Taças de Portugal.

Curiosidades

Benfica leva a melhor nas taças do plantel

Alargando o leque do somatório de êxitos em todo o tipo de taças a todos os elementos de ambos os plantéis, o Benfica ultrapassa o FC Porto. Por pouco, é certo, mas ainda assim o suficiente para apresentar um saldo favorável de vitórias: 68-64. Mesmo nesse âmbito alargado, porém, o FC Porto mantém a primazia na Taça de Portugal: 26-7.


FC Porto apresenta cinco tipos de taças...

O onze que o FC Porto deverá apresentar hoje na Luz tem outros troféus além de Taça e Supertaça portuguesa. Graças a Sapunaru e Álvaro Pereira, os dragões contam ainda com Taça e Supertaça da Roménia, bem como um campeonato Sul-Americano de sub-20, ganho pela Colômbia em 1995, onde pontificava Falcao.


...Águias 15 diferentes

Na questão da variedade de taças, o Benfica ganha claramente: são nada menos de 15 diferentes. Além de Taça e Supertaça nacionais, há a Taça da Liga, Copa do Brasil, Copa Sul-Minas, Copa América, Taça das Confederações, campeonato da Europa de sub-19, Supertaça de Espanha, Supercopa Libertadores, Taça UEFA/Liga Europa, Supertaça Europeia, Sul-Americano de sub-20, Mundial de sub-20 e Jogos Olímpicos.


O peso dos levezinhos Aimar e Saviola

Aimar e Saviola são, depois de Luisão, os que mais provas a eliminar têm no haver - oito e seis, respectivamente. O palmarés conjunto contempla Taça UEFA (2), Mundial sub-20 (2), Taça da Liga portuguesa (3), Supertaça de Espanha (2), Supertaça Europeia (1), Sul-Americano de sub-20 (2), Supercopa Libertadores (1) e até um ouro olímpico, em Atenas'2004.


Os ausentes Helton, Peixoto e Nuno Gomes

Sete é o número comum ao trio, o dos triunfos de cada um em competições a eliminar. 3 Taças de Portugal, 3 Supertaças e uma Mercosul para o guarda-redes portista; 2 Taças de Portugal, 1 de Itália, 1 Supertaça nacional, 2 Taças da Liga e 1 Europeu sub-18 para Nuno Gomes; 2 Taças de Portugal, 1 UEFA, 1 Champions, 1 Intertoto, 1 Supertaça e 1 Taça da Liga para César Peixoto.

in "ojogo.pt"

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