Sete anos depois, o Estádio do Dragão volta a engalanar-se para uma meia-final europeia, e outra vez com um adversário espanhol: depois do Corunha, agora é o Villarreal o último obstáculo para o sonho de chegar à final, em Dublin. José Mourinho escreveu a última página dourada na Europa e cabe a Villas-Boas, que até fazia parte dessa equipa técnica, dar seguimento a essa obra. Coincidências...
Na conferência de antevisão, o treinador portista transmitiu uma mensagem de compromisso e cautela, não acreditando que seja possível afundar o submarino amarelo à primeira tentativa, lembrando que as coisas só se resolvem em Espanha. Mesmo sendo o FC Porto a equipa mais rematadora (um total de 175 remates) e mais concretizadora (29 golos) da Liga Europa; tem também o dobro da experiência nesta fase das provas europeias, porque o clube de Vila-Real (assim mesmo) tenta, à terceira vez, atingir a primeira final europeia.
A eliminatória é a duas mãos - e os dragões agradecem, uma vez que perderam a única meia-final disputada num só jogo, em Barcelona. Hoje, não sendo possível destruir o submarino, a ideia passa por causar-lhe danos significativos na estrutura. Os espanhóis trataram de afastar a pressão, atribuindo todo o favoritismo aos donos da casa. Uma jogada estratégica que o treinador do FC Porto entende, mas que contestou, dizendo que este era o adversário mais difícil que podia calhar. Estratégia com estratégia se paga...
Depois da "remontada" na Taça de Portugal, Villas-Boas recuperou Helton e Guarín (volta ao onze), mas continua sem Belluschi e Fucile, duas baixas que não comprometem a ambição dos portistas, que chegam a esta fase com 12 vitórias em 14 jogos e com o melhor marcador da prova: Falcao. Um alerta também: foi no Dragão que o FC Porto cedeu um empate e uma derrota, esta precisamente com o outro rival espanhol que defrontou. O Villarreal trouxe na bagagem um currículo que impõe respeito. Marcou seis golos fora de casa nos últimos dois jogos, ainda que só por uma vez não os tenha sofrido.
in "ojogo.pt"
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