Nuno Capucho é um treinador mais do que orgulhoso, defensor dos seus atletas. O líder dos Sub17 não ficou completamente satisfeito com o empate alcançado em Alcochete (1-1), mas acredita a 100% "nas capacidades dos jogadores e da equipa" para chegar ao título. Para isso, muito contribuirá um bom resultado frente ao Benfica (domingo, 11h00, CTFD PortoGaia).
Começou, no último fim-de-semana, a fase de apuramento de campeão. O FC Porto defrontou o Sporting e trouxe um empate de Lisboa. Ficou satisfeito com o resultado?
Esse jogo já passou e não é importante falar disso agora. O resultado não foi tão bom como gostaríamos e já estamos focados no próximo encontro. Rectificámos os aspectos em que falhámos e queremos voltar ao nosso melhor já no próximo jogo, regressando ao futebol positivo, ao futebol alegre. Os miúdos estão numa fase de formação, mas também têm que se divertir. Mais importante do que os resultados é sentirmos que crescemos e que evoluímos e, felizmente, isso tem acontecido.
O próximo adversário é o Benfica, rival directo na luta pelo título. O que espera deste clássico?
O próximo jogo é contra uma equipa organizada, que nos vai tentar criar dificuldades, à semelhança do que fez o Sporting. Certamente vão tentar pressionar-nos, até porque já têm uma vitória nesta fase, mas é importante que a nossa equipa se adapte a qualquer adversário e seja capaz de lidar com todas as dificuldades. Sabemos que vamos ter alguns momentos difíceis durante o jogo, mas temos que os ultrapassar se queremos ser campeões. Só podemos fazer isso se, colectivamente, acreditarmos no nosso jogo. Diante do Benfica temos que nos apresentar com confiança. E vamos fazê-lo.
Espera, então, um FC Porto dominador ao longo dos 80 minutos?
Espero um jogo equilibrado. O Benfica também tem excelentes jogadores e é uma equipa organizada. Já tenho dito que os quadros competitivos deveriam ser revistos para serem mais equilibrados ao longo do ano e não só nesta fase. As dificuldades têm que aparecer mais vezes e não só nestes quatro jogos finais, porque aí, se falhas num ou em dois jogos, mesmo que não percas, lá se foi o campeonato. Mesmo que tenhas sido o melhor no resto do ano... Acho que deveria haver jogos difíceis com mais regularidade para que os atletas se sintam a crescer.
Mas já referiu que, como técnico, sente a equipa a evoluir...
Sim, sentimos que os primeiros oito meses de trabalho permitiram à equipa evoluir, mas talvez eu tenha criado expectativas demasiado altas para eles. Eles estavam a atingir um patamar futebolístico excelente, o que levou a uma maior ansiedade e retirou um bocado de inteligência no jogo. O que para mim foi mais marcante na última partida foi o facto de não conseguirmos controlar o jogo e termos sentido tantas dificuldades sem bola. A nossa equipa não se sente confortável sem bola e perdeu um pouco da sua identidade, mas os jogadores têm que perceber que, por vezes, isso acontece no futebol. Nós acreditamos no nosso valor individual e colectivo. Os jogadores têm que ter noção que o que fizemos nestes oito meses é muito mais importante do que o que aconteceu neste último jogo em Alcochete.
Assim sendo, e porque contra o Benfica se trata de mais jogo decisivo, que mensagem vai passar aos jogadores no balneário?
Temos neste grupo jogadores com grande margem de progressão mas já com qualidades óptimas. Há que aproveitá-las. Se funcionarmos colectivamente e conseguirmos controlar o jogo, as qualidades individuais vão evidenciar-se. Acredito neles e nas suas capacidades. Eles sabem perfeitamente que para mim o mais importante é divertirmo-nos, e nós divertimo-nos com bola e a ganhar. É isso que nós queremos na formação do FC Porto. É essa a mensagem que procuro transmitir-lhes no dia-a-dia.
in "fcp.pt"
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