quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Marcar é sempre o melhor argumento contra os críticos"

Janko não esconde a ansiedade pelo final do campeonato. "Faltam apenas quatro jogos, temos de dar o máximo. Espero que possam vir ao jogo para nos apoiar", afirmou ontem à tarde o goleador austríaco através da sua conta no Twitter, convocando os adeptos para a receção de sábado à noite ao Beira-Mar.
Depois de ter ficado no banco em Braga, Janko espreita o regresso à titularidade, por forma a poder voltar aos golos, ajudar o FC Porto e continuar a responder aos críticos que o perseguem. O austríaco procura abstrair-se dessas opiniões, conforme revelou numa entrevista concedida ao site oficial do Twente. "Sei que algumas pessoas não estavam satisfeitas com a minha forma de jogar, mas também já nos jornais austríacos a crítica era normal. Se olhar para a minha carreira, os críticos estiveram sempre lá, mas o que importa é que marquei sempre golos e esse é o melhor argumento que posso usar. Isso não me afeta, porque faz parte do jogo. E foi por causa do que produzi no Twente que cheguei ao FC Porto. Por isso, nem sempre eles estavam corretos", atirou.
Numa entrevista emotiva, Janko conta um episódio vivido nas horas que antecederam o último jogo pelo clube. "Quando anunciei no balneário que aquele era provavelmente o meu último jogo, todos me vieram abraçar. Não aguentei e comecei a chorar. Mas mostrar as nossas emoções também é um sinal de força. Foi bom libertar essas emoções e a rapaziada não se riu de mim, porque tínhamos uma grande ligação. Nessa altura, ninguém sabia que as negociações com o FC Porto já estavam tão adiantadas, apenas Joop Moonsterman [presidente] estava a par de tudo. Todos ficaram surpreendidos, alguns chocados, mas desejaram-me a melhor sorte do mundo e disse-lhes o mesmo", referiu.

Vitória na Taça da Holanda é a melhor recordação


Janko fez um balanço positivo da sua passagem pelo Twente. "Vencemos a Taça da Holanda ao Ajax, ficamos em segundo na liga e quase conseguíamos a dobradinha", lembrou. Em termos pessoais, também não correu mal. "Marquei golos muito importantes, e a minha estatística não é nada má", atirou, apontando o acidente com a cobertura do Estádio De Grolsch Veste, no qual duas pessoas morreram e várias ficaram feridas, como "algo bastante negativo".
Voltando aos golos, Janko nunca esquecerá o que apontou ao Ajax no prolongamento da final da Taça da Holanda, que garantiu o triunfo. "Foi um momento fantástico, não só o golo que nos ajudou a vencer, mas também por toda a emoção na viagem de regresso de Roterdão, com os adeptos à nossa espera na auto-estrada. Nunca tinha vivido algo semelhante", admitiu, mostrando-se orgulhoso por "ter feito parte da história" do Twente: "Quando tiver filhos, vou poder dizer-lhes que fui um tukker."


3 questões


Michel, jogador do Paços de Ferreira
"Janko dá espaço a Hulk"


1
Um jogador com as características de Hulk gosta de jogar ao centro?

Preferimos ter mais liberdade, precisamos de embalar para armar o remate, que é a nossa maior qualidade. Se jogarmos de costas, fica mais difícil, mas Hulk faz bem o que lhe pedirem para fazer, disso não tenho dúvidas.

2
A presença de Janko favorece o estilo de Hulk?

Janko fica lá no meio, faz parede e arrasta adversários - é a sua especialidade. Hulk beneficia disso, porque divide atenções e ganha espaço para que o seu futebol respire.

3
Consegue explicar que os golos estejam tão distribuídos no FC Porto? James é o melhor marcador no campeonato...

O futebol está diferente, mais corrido. O FC Porto tem sido um feliz exemplo disso: todos conseguem chegar ao golo e a equipa sai beneficiada, porque não é previsível. É um trunfo do FC Porto.

in "ojogo.pt"

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