O duelo entre o FC Porto e o Benfica pelo título vai mesmo durar até ao último minuto do campeonato... incluindo prolongamentos
É praticamente impossível resistir ao simbolismo do golo marcado por Kelvin, um minuto para lá dos 90 regulamentares do clássico de ontem, como que a sublinhar que este campeonato, este título, este fabuloso, vibrante e dramático duelo entre o FC Porto e o Benfica só acaba mesmo no fim. Aliás, era sensato que, depois da compreensível explosão de alegria de ontem, os adeptos portistas retirassem do jogo, de tudo o que aconteceu nas últimas semanas e até das avisadas palavras de Vítor Pereira, a certeza de que o campeonato não acabou com o último apito de Pedro Proença no Dragão. Há mais uma hora e meia de futebol para disputar e, na Mata Real, um Paços de Ferreira descomprimido, com o terceiro lugar e os milhões da Champions no bolso, é um adversário que merece, no mínimo, todo o respeito. Dito isto, também é praticamente impossível não apontar o dedo ao cinismo com que Jesus abordou o jogo do título. O Benfica foi ao Dragão defender os dois pontos de vantagem com que chegou lá e apenas conseguiu provar, mais uma vez, que esse é um papel no qual não se sente confortável. Pelo caminho hipotecou o jogo, com ele o campeonato e também uma parte considerável do fôlego que quis poupar para a final da Liga Europa. E o pior é que, desta vez, só se pode queixar de si próprio.
Jorge Maia in "ojogo.pt"
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