Revolta do plantel começou no discurso do capitão, passou pelo treinador e pelo presidente e terminou com Sapunaru aos pulos.
Os grandes jogos ganham-se no pormenor e, aí, o FC Porto não tem por hábito falhar. Antes mesmo de o jogo começar, ainda a equipa estava no balneário, Helton puxou dos galões e pediu para falar. "Este é o jogo das nossas vidas", atirou, entre outras frases, numa mensagem curta, mas suficientemente forte para que os colegas percebessem o que o Dragão estava a viver.
A seguir foi Lucho González, o outro capitão e o dono da braçadeira, a tomar a palavra para reforçar a mensagem do colega e enfatizar também o discurso de Vítor Pereira. O plantel aqueceu e subiu ao relvado ainda mais moralizado, ao ponto de nem sequer ter desconfiado do triunfo no intervalo, quando Pinto da Costa desceu para visitar o grupo. A passagem do presidente foi discreta: não houve gritos de ordem e muito menos reparos ao que estava a ser feito no primeiro tempo. A sua presença valeu, sobretudo, pelo que Pinto da Costa representa: autoridade, responsabilidade e cultura de vitória. A confiança mantinha-se em alta e nem foi preciso Vítor Pereira pedir algo de muito diferente. "Atenção aos lançamentos", pediu apenas, já depois de o golo do Benfica ter surgido dessa forma.
E se o ambiente nessa fase era de concentração absoluta, no final do jogo ninguém segurava a euforia. Especialmente de Sapunaru, o único corpo estranho a passar pelo balneário nessa fase, já depois de Pinto da Costa, Antero Henrique e outros diretores portistas o terem feito. "Não te metas entre o dragão e a sua ira", lembrou o clube no seu Facebook oficial, a citar Shakespeare, mas também uma espécie de conduta interna.
in"ojogo.pt"
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