Ex-selecionador foi apontado como possível sucessor de André Villas-Boas no FC Porto mas recusa voltar enquanto não tiver processos com a FPF resolvidos.
"Voltar a Portugal, agora? Não obrigado...". Carlos Queiroz, atual selecionador do Irão e também responsável pela equipa olímpica e camadas jovens, foi um dos primeiros nomes apontados à sucessão de André Villas-Boas no FC Porto mas, ao Expresso, o técnico refuta esse cenário... para já.
"A primeira audiência no Tribunal de Trabalho, a propósito do meu despedimento da Federação, vai ser apenas em setembro de 2012, é só mais um episódio humorístico do nosso país... Por isso, enquanto não estiver tudo resolvido não vou fazer nada para Portugal. Se Pinto da Costa é capaz de me demover? Já disse, voltar agora não", explicou.
Em estágio com a seleção olímpica, Carlos Queiroz adiantou ainda que viaja em breve para Portugal... mas com outro objetivo: "Vou fazer tudo para falar olhos nos olhos com Gilberto Madaíl, porque mantenho a confiança nele. Mas seja na Federação, em casa dele, em Aveiro ou na Suíça, vou falar com ele porque quero que me explique algumas coisas".
"A colonização tentacular"
Carlos Queiroz continua apostado em levar a "guerra" com a FPF até às últimas consequências. "E não tem a ver com dinheiro nem com nada, é apenas uma questão de limpar a honra e o bom nome", acrescenta.
"Vários argumentos relacionados com a questão do doping caíram por terra com a decisão do TAS (Tribunal Arbitral do Desporto). O que sobra é a questão do outro processo disciplinar que me foi levantado e é por isso que quero confrontar Madaíl. Cerqueira Alves, que é diretor federativo, disse à minha frente que tinha sido aliciado para votar contra mim ainda antes de ter vindo a público todo o processo a propósito do controlo anti-doping na Covilhã. Agostinho Oliveira também ouviu e confirmou-o à frente de mais onze treinadores. E depois não me deixam ser ouvido?", insiste Carlos Queiroz.
"Ouvi a atual ministra da Justiça falar da colonização tentacular do PS e o próprio Francisco Assis, candidato à liderança do partido, admitir com muita surpresa que algumas pessoas se queixavam do pouco controlo democrático no partido. Só agora é que se percebe isso? O PS não tem culpa nenhuma mas alguns elementos ligados sob a capa do partido é que são a tal colonização tentacular. Esses tentáculos que já tinha referido antes estão na direção da FPF, na administração dos sponsors da Federação, nas assessorias de imprensa... Como já não me podem fazer mais mal, posso apontar tudo isso, quem são e onde estão", completa.
in "expresso.pt"
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