terça-feira, 21 de junho de 2011

Jogadores sentirão menos a saída do que os adeptos


Os efeitos colaterais gerados pela eventual saída de André Villas-Boas são difíceis de medir à distância, mas prometem não afectar os jogadores. Esta é pelo menos a opinião de Silvio Sandri, empresário de James Rodríguez, que recentemente prolongou o contrato com o FC Porto até 2016, com uma cláusula de rescisão que elevou a fasquia para os eventuais interessados até aos 45 milhões de euros - superada apenas pelos 100 milhões de Hulk.
"Não acredito que acabe por influenciar os jogadores, porque são profissionais. O James, por exemplo, está a jogar bem, tem crescido desde que veio para o FC Porto e quer continuar a crescer", garantiu. Do que o empresário não duvida é que, venha quem vier, a herança será das mais pesadas e apontou o sector onde ela poderá fazer mais estragos: "Penso que os adeptos é que vão sofrer mais com essa mudança, porque não é fácil substituir um treinador como André Villas-Boas".
De resto, o representante de James nem deixou transparecer grande surpresa com a eventual mudança de técnico, até porque os jogadores estão habituados a isso. "Depois de ganhar tanta coisa é natural que se tenha tornado difícil para o clube conseguir segurar André Villas-Boas. Mas isso é natural, porque o trabalho dele vem sendo seguido por vários clubes e a vitória na Liga Europa teve repercussões enormes", sustentou. Para o empresário torna-se difícil comentar o contexto actual do FC Porto, por vários motivos: "Primeiro, porque ainda será cedo para falar sobre os efeitos que isso possa ter no clube, depois porque se o André Villas-Boas sair, o FC Porto até pode escolher um treinador que consiga limitar os efeitos das mudanças. Mas é sempre difícil abordar o assunto sem se conhecer bem o clube e saber quem vai pegar na equipa e o que um treinador novo será capaz de fazer com os jogadores". Mas enquanto não tiver a confirmação da saída do técnico, Sandri prefere não se adiantar muito mais: "É prematuro falar mais sobre isso, porque ainda nada é oficial".
Em relação a James Rodríguez, o empresário acredita que a atitude será a mesma, com ou sem André Villas-Boas à frente da equipa: "Ele é um profissional e quando chegar ao Porto será para dar continuidade ao seu trabalho. James está tranquilo, atravessa uma fase muito boa, respira confiança e vai continuar com a mesma disposição".

in "ojogo.pt"

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