sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Defour é remédio santo

Pode ser só um pormenor, mas também pode fazer toda a diferença. Defour é sinónimo de vitória e, se for supersticioso, Vítor Pereira não o voltará a tirar da equipa depois de o ter lançado em Donetsk.
Sempre que o belga é titular, a equipa ganha. Foi assim agora, tal como noutros cinco jogos anteriores, três para o campeonato (Setúbal, Nacional e Paços de Ferreira), um para a Taça de Portugal (Pêro Pinheiro) e outro para a Liga dos Campeões (Shakhtar). Defour não fazia parte do onze há três jogos, precisamente os mesmos que o FC Porto levava sem vencer. Curiosamente, o último regresso à equipa (Nacional e depois Paços de Ferreira) tinha sido após um empate e redundou em duas vitórias consecutivas, com oito golos marcados e nenhum sofrido.
Explicação científica para o porquê de a equipa crescer com o belga, não há. Belluschi, João Moutinho e Guarín têm mais bola do que Defour e também são mais expeditos a recuperá-la. Além disso, são mais interventivos no jogo e tentam o golo com maior frequência. Defour vale-se essencialmente do sentido posicional e da facilidade com que ocupa os espaços. Além disso, corre muito; segundo a UEFA, foi o segundo na equipa que maior distância percorreu nos dois jogos da Champions que começou de início.
Resumindo, o jogador acaba por se tornar muito útil no processo defensivo, daí se explicando que, consigo em campo, a equipa só tenha sofrido dois golos. E já lá vão 586 minutos, o que é manifestamente muito.
Como primeira escolha, o médio jogou ao lado de Moutinho e Belluschi. Falta-lhe experimentar Guarín.

Dupla que melhor se conhece é a que resulta pior

À frente do trinco, Vítor Pereira já usou este ano cinco duplas diferentes de médios de construção. Curiosamente, a que melhor se conhece é que aparece nos piores resultados da época: João Moutinho-Belluschi, ambos bem entrosados desde que Villas-Boas os elegeu como indiscutíveis no início da época passada. Por incrível que pareça, o FC Porto só ganhou uma vez com os dois em campo de início, e logo na primeira vez, em Leiria. Depois, dois empates (num deles, com Guarín também no onze) e três derrotas, 75% do total das já registadas esta temporada.
De todos os médios, João Moutinho é claramente o preferido do treinador. Foi titular 15 vezes, contra dez de Belluschi, sete de Guarín e seis de Defour. Mas apesar destes números, não é Moutinho-Belluschi a dupla mais usada, mas sim Moutinho-Guarín - uma que agora, com a lesão do colombiano, não se repetirá tão cedo.
De todos os médios, só o belga apresenta balanço positivo, neste caso cem por cento vitorioso. Moutinho e Guarín contam menos vitórias do que a soma de empates e derrotas; Belluschi está nos 50/50.

in "ojogo.pt"


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