Seis golos marcados em três jogos não se pode considerar uma má média para um arranque de temporada no FC Porto, sobretudo quando teve de jogar num terreno difícil como o de Guimarães e de disputar um troféu. Porém, há um dado que salta à vista: todos os golos nasceram de lances de bola parada, dois de grande penalidade, dois na sequência de cantos e dois de livre indirecto, todos com Hulk como denominador comum, seja na conclusão ou na assistência.
Vendo a questão pelo lado positivo, o laboratório do Olival parece fervilhar de soluções e Vítor Pereira tem conseguido ensaiar bem esse tipo de lances. Por outro lado, é evidente que o FC Porto só marca de bola parada porque ainda lhe falta velocidade na circulação de bola, profundidade de jogo nas alas, e clarividência na hora de atirar à baliza contrária.
A filosofia de jogo é a mesma da época passada, mas a ausência de alguns jogadores e o menor rendimento de outros ajudam a justificar este problema. Antes de mais considerações, convém falar do primeiro golo oficial deste FC Porto: o lance em Aveiro foi desenhado de uma forma brilhante, com toque de calcanhar de Moutinho para Hulk e cruzamento deste de letra para a conclusão de Rolando. Dito desta forma nada tem de bola parada, só que o central só estava na área dos vimaranenses porque no lance anterior os portistas beneficiaram de um canto e o golo surge numa segunda vaga de ataque.
Não há Falcao, o goleador-mor da equipa nas últimas duas épocas, não tem havido Álvaro Pereira, o principal municiador no lado esquerdo, e Varela está claramente em sub-rendimento. Três atenuantes de peso, sem dúvida. Só que o problema pode ser maior se atendermos a que El Tigre já está em Madrid e Palito ainda não fez qualquer minuto, enquanto se acentuam os rumores de mercado que o apontam ao Chelsea e ao PSG.
Golos sofridos também nascem de bola parada
Se a atacar o FC Porto tem sentido dificuldades para marcar em lances de bola corrida, a defender tem sabido encontrar o antídoto para parar os avançados contrários. Um dado a reter tendo em vista o jogo com o Barcelona na sexta-feira, conhecida que é a forma como os catalães gostam de circular a bola e assim encontrar espaços para a finalização. Os dois golos sofridos pelos portistas - um do Gil Vicente e outro do Guimarães, na Supertaça Cândido de Oliveira - têm origem em lances específicos. Um foi de grande penalidade, a castigar falta de Otamendi sobre Hugo Vieira e o outro na sequência de um canto batido por Barrientos e que Toscano conseguiu emendar.
in "ojogo.pt"
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