domingo, 21 de agosto de 2011

Laboratório a fervilhar


Seis golos marcados em três jogos não se pode considerar uma má média para um arranque de temporada no FC Porto, sobretudo quando teve de jogar num terreno difícil como o de Guimarães e de disputar um troféu. Porém, há um dado que salta à vista: todos os golos nasceram de lances de bola parada, dois de grande penalidade, dois na sequência de cantos e dois de livre indirecto, todos com Hulk como denominador comum, seja na conclusão ou na assistência.

Vendo a questão pelo lado positivo, o laboratório do Olival parece fervilhar de soluções e Vítor Pereira tem conseguido ensaiar bem esse tipo de lances. Por outro lado, é evidente que o FC Porto só marca de bola parada porque ainda lhe falta velocidade na circulação de bola, profundidade de jogo nas alas, e clarividência na hora de atirar à baliza contrária.
A filosofia de jogo é a mesma da época passada, mas a ausência de alguns jogadores e o menor rendimento de outros ajudam a justificar este problema. Antes de mais considerações, convém falar do primeiro golo oficial deste FC Porto: o lance em Aveiro foi desenhado de uma forma brilhante, com toque de calcanhar de Moutinho para Hulk e cruzamento deste de letra para a conclusão de Rolando. Dito desta forma nada tem de bola parada, só que o central só estava na área dos vimaranenses porque no lance anterior os portistas beneficiaram de um canto e o golo surge numa segunda vaga de ataque.

Não há Falcao, o goleador-mor da equipa nas últimas duas épocas, não tem havido Álvaro Pereira, o principal municiador no lado esquerdo, e Varela está claramente em sub-rendimento. Três atenuantes de peso, sem dúvida. Só que o problema pode ser maior se atendermos a que El Tigre já está em Madrid e Palito ainda não fez qualquer minuto, enquanto se acentuam os rumores de mercado que o apontam ao Chelsea e ao PSG.

Golos sofridos também nascem de bola parada

Se a atacar o FC Porto tem sentido dificuldades para marcar em lances de bola corrida, a defender tem sabido encontrar o antídoto para parar os avançados contrários. Um dado a reter tendo em vista o jogo com o Barcelona na sexta-feira, conhecida que é a forma como os catalães gostam de circular a bola e assim encontrar espaços para a finalização. Os dois golos sofridos pelos portistas - um do Gil Vicente e outro do Guimarães, na Supertaça Cândido de Oliveira - têm origem em lances específicos. Um foi de grande penalidade, a castigar falta de Otamendi sobre Hugo Vieira e o outro na sequência de um canto batido por Barrientos e que Toscano conseguiu emendar.

in "ojogo.pt"

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