quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Villas-Boas: «Vítor Pereira abriu um grave precedente»

O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, criticou a tomada de posição de Vítor Pereira. O presidente da Comissão de Arbitragem convocou uma conferência de imprensa na passada terça-feira para analisar os lances mais polémicos até à 5.ª jornada da Liga Zon Sagres e admitiu alguns erros de arbitragem no V. Guimarães-Benfica, um encontro muito contestado pelos encarnados.

"Abrir um precedente tão grave parece-me muito perigoso. Chegará o dia em que nos sentiremos injustiçados e iremos exigir o mesmo. Mas quem diz o FC Porto, diz outro clube qualquer. É melhor que se prepare para o fazer mais vezes", apontou o timoneiro dos dragões em conferência de imprensa.

"Não me parece que esse jogo tenha sido tão mau quanto isso e que seja suficiente para abrir um precedente. Que se faça também à 10.ª jornada um levantamento e que se tratem todos os clubes da mesma maneira", acrescentou, desafiando as águias a pedir a repetição do jogo na Cidade Berço.

"Se calhar, caíndo um pouco no ridiculo, será que o Benfica se sente suficientemente injustiçado para mandar repetir o jogo? Estarão com vergonha de o pedir?", questiona o jovem técnico.

4 penáltis

Os campeões nacionais reclamam também de quatro penáltis perdoados ao FC Porto. No entender de Villas-Boas, foram lances sem influência no desfecho final.

"Mesmo nesses erros que o Benfica aponta, o FC Porto acabaria sempre por ganhar esses jogos", sublinhou, rematando em seguida. "O refúgio será sempre o mesmo e convém dar-lhe sustentação. O FC Porto refugia-se na sua organização, que é forte."

Villas-Boas: «Coloquei-me à disposição de Paulo Bento»



VILLAS-BOAS ELOGIA O NOVO SELECIONADOR
 
André Villas-Boas mostrou-se disponível para prestar toda a ajuda ao novo selecionador nacional, Paulo Bento. "Foi uma ótima escolha. Já tive oportunidade de o saudar e dar-lhe os parabéns. Coloquei-me à sua disposição e ele fez o mesmo", contou o técnico do FC Porto.

Sobre a situação de Portugal no apuramento para o Euro'2012, Villas-Boas não esconde que a situação é difícil mas acredita que a Seleção Nacional estará presente na Polónia e na Ucrânia. "Ainda estamos numa fase prematura, tal como sucede na Liga e Liga Europa. Mas concordo com ele quando diz que o espaço de manobra é pequeno", referiu.

Na sua apresentação, Paulo Bento afirmou que a seleção "tem de dar mais antes de pedir apoio", opinião corroborada por Villas-Boas. "Está numa fase em que tem de dar mais do que receber e acredito que terá de ganhar todos os jogos", frisa.

Villas-Boas: «Defendo um determinado tipo de espetáculo»



GOSTAVA QUE O OLHANENSE JOGASSE AO ATAQUE
 
Na antevisão ao jogo com o Olhanense, da 6.ª jornada da Liga, André Villas-Boas comentou a possibilidade de os algarvios trazerem o autocarro para o Dragão para defrontar a formação da Invicta.

"Acho que o jogo vai depender muito da forma como eles vierem jogar. Ou chegam de olhos nos olhos, a querer jogar para o espetáculo, ou com a organização que levaram para Alvalade. Qualquer esquema é valido, agora eu defendo um determinado tipo de espetáculo. Gosto de equipas que se defrontam olhos nos olhos", referiu o jovem treinador, citando o seu exemplo.

"Fiz assim na Académica, umas vezes saiu bem, outras mal. Pode ser um jogo extremamente difícil para nós se a abordagem for esperar pelo adversário. Mas não critico esse estilo de jogo", assegura.

In "record.pt"
 

Primeiro jogo para acertar contas passadas

Sem adversários directos por perto na frente do campeonato, o confronto do FC Porto faz-se com ele próprio, por comparação com a época passada. Nesse contexto, o jogo deste sábado apresenta-se como a primeira vez que André Villas-Boas parte para um desafio da Liga com o objectivo de melhorar um resultado conquistado na temporada transacta. Passa-se a explicar: o FC Porto repetiu as vitórias do ano passado com os quatro adversários que já defrontou durante a actual edição do campeonato - e nesta comparação não entra o Beira-Mar, que jogou na segunda Liga - e até está menos concretizador na comparação: marcou 13 golos, contra os oito desta época, e os mesmos dois sofridos.

Com Jesualdo Ferreira, os portistas também venceram o Braga no Dragão, a Naval na Figueira, o Rio Ave em Vila do Conde e o Nacional na Madeira. Mas não venceram o Olhanense, o adversário que se segue. A formação algarvia foi ao Estádio do Dragão empatar (2-2) no dia 6 de Março, com Castro e Ukra do outro lado e Jorge Costa a comandar uma equipa que terminou o campeonato no 13º lugar. Pois bem, este ano o Olhanense apresenta-se moralizado pelo terceiro lugar, ainda sem derrotas e com um empate (0-0) arrancado em Alvalade ainda bem fresquinho na memória.

Curiosamente, o Olhanense foi também o último adversário a impedir que o FC Porto vencesse um jogo no campeonato; e já lá vão 13 consecutivos desde que os algarvios foram ao Dragão roubar dois pontos...

Mais de seis meses depois, o FC Porto parte para este encontro motivado pela tentativa de conquistar o 20º triunfo seguido em todas as competições, juntar a 10ª vitória da época em outros tantos jogos, mas também para ganhar dois pontos relativamente à última época.

Meio ano, meia equipa nova

Em pouco mais de meio ano, porque a última vez que FC Porto e Olhanense se cruzaram, no Dragão, foi a 6 de Março, muito mudou no onze principal dos dragões. Na verdade, sobreviveram apenas cinco jogadores, transitando directamente para a espinha dorsal da equipa que tem sido mais vezes utilizada por Villas-Boas.

É justo lembrar, em todo o caso, que no tal jogo de Março último Jesualdo Ferreira não pôde contar com Rolando e Fernando, para além de Hulk, que ainda cumpria castigo. Maicon, agora indiscutível, foi titular, fazendo dupla com Bruno Alves; Tomás Costa substituiu Fernando e Mariano desempenhava o papel de Hulk.

Mesmo que André Villas-Boas tenha algumas surpresas na manga, porque há jogadores cansados e considerando o bom rendimento de alguns dos que habitualmente começam no banco, dando-lhe margem para mudar, é certo que, comparando com o último jogo, será um FC Porto diferente. Da defesa ao ataque.

André Villas-Boas também encalhou com o Olhanense

O FC Porto empatou na recepção ao Olhanense, mas André Villas-Boas também. Na última temporada, ainda em Coimbra, a equipa algarvia conseguiu arrancar um empate (1-1) frente à Académica de Villas-Boas. Para além da "vingança" colectiva, haverá também a tentativa de um acerto de contas mais pessoal, uma vez que o Olhanense é uma das equipas que o jovem treinador do FC Porto ainda não conseguiu vencer em Portugal.

in "ojogo.pt"

Castro e Ukra mudam de lado

Castro e Ukra são duas referências óbvias na semana do jogo com o Olhanense. Afinal de contas, durante dois anos eles fizeram parte dos alicerces da equipa liderada por Jorge Costa. Subiram de divisão e ajudaram a aguentar os algarvios no escalão principal à custa de um rendimento que valeu a ambos uma entrada directa para o plantel de Villas-Boas. Os números não enganam: Castro e Ukra foram os jogadores do Olhanense mais utilizados no último campeonato. Os dois estiveram em 28 dos 30 jogos e foram sempre titulares, com o médio a acumular 2440 minutos de rodagem e o extremo a ficar-lhe atrás por apenas sete minutos (2433). Outro número reforça a importância de ambos: Castro marcou seis golos, Ukra um, sobressaindo, porém, nas assistências.

Apesar dos registos da última época e de exibições que lhes garantiram elogios frequentes, os dois esperam ainda por uma oportunidade a sério para mostrar o mesmo no Dragão. Ukra já foi titular em dois jogos - na Bélgica, com o Genk, e em casa com o Beira-Mar. Mas aquela que poderia ter sido uma rampa de lançamento acabou por ser interrompida por uma lesão logo no primeiro minuto do jogo com os aveirenses. Um azar que obrigou o extremo a uma intervenção cirúrgica e a partir novamente do zero, tendo reentrado agora nas convocatórias.

Castro espera pela estreia no campeonato, mas já saltou duas vezes do banco, ambas no Dragão e a contar para a Liga Europa, primeiro com o Genk e depois com o Rapid Viena.

Um e outro reencontram agora o Olhanense do outro lado depois de em Março terem contribuído para um empate que afastou o FC Porto do título e também da Champions.




Beira-Mar, uma vítima nova

Nos cinco jogos já disputados, o Beira-Mar foi o único adversário novo em comparação com a época passada. Os aveirenses, que este ano subiram de divisão, visitaram o estádio do FC Porto à segunda jornada e acabaram goleados. Falcao bisou, pelo meio Belluschi também marcou num jogo que começou acidentado: Ukra, que substituía Hulk no onze, lesionou-se no primeiro minuto e acabou mesmo operado.

in "ojogo.pt"

Villas-Boas já avista o pódio

REGISTO DE JESUALDO PODE SER ULTRAPASSADO
 
O fulgurante arranque do FC Porto na corrente edição da Liga tem sido alvo de muitas análises. Contudo, o que começou por ser um mero pormenor estatístico vai tornar-se agora num objetivo ou, se preferirem, numa motivação extra para jogadores e equipa técnica. Caso o FC Porto vença o Olhanense no próximo sábado, o arranque neste campeonato terá entrada direta no pódio dos melhores da história do clube.

Partindo do pressuposto de vitória sobre o clube algarvio, os dragões de André Villas-Boas somam o 6.º triunfo consecutivo na Liga e juntam-se aos de Artur Jorge (1990/91), no 3.º lugar. No horizonte, mas ainda ao alcance, só ficarão os registos conseguidos por Jesualdo Ferreira (2007/08) e Miguel Siska (1939/40).

Resta agora saber até onde vai esta campanha vitoriosa do FC Porto no campeonato, sendo certo que para conseguir o melhor registo da história do clube, a equipa liderada por André Villas-Boas terá de, entre outros, vencer o Benfica no Dragão (10.ª jornada) e o Sporting em Alvalade (12.ª). Por outro lado, o 2.º lugar deste ranking, que pertence a Jesualdo Ferreira, poderá ser ultrapassado ainda antes dos confrontos com os eternos rivais. “Basta” vencer Olhanense (c), V. Guimarães (f), U. Leiria (c) e Académica (f).

De resto, e já depois de ter ultrapassado os arranques de José Mourinho – empatou na 1.ª ronda de 2002/03 e na 2.ª de 2003/04 –, a vitória na Choupana permitiu a Villas-Boas igualar o seu mestre. Em 1994/95, o FC Porto de Bobby Robson só cedeu pontos na 6.ª jornada. O aluno vai superar o mestre? As dúvidas serão desfeitas em breve.

in "record.pt"

O sector das danças

É NO MIOLO QUE VILLAS-BOAS MAIS MEXE NOS JOGOS
 
Souza e Ruben Micael são os jogadores que partilham o estatuto de suplentes mais vezes utilizados por André Villas-Boas. É, portanto, no meio-campo que o treinador mais vezes mexe no decorrer dos jogos, apesar da confiança cega que deposita no trio composto por Fernando, Belluschi e João Moutinho.

Esteja o FC Porto empatado ou a vencer – Villas-Boas só esteve em desvantagem no jogo com o Sp. Braga, mas nesses momentos não fez qualquer substituição –, está mais do que visto que é a partir do miolo que o treinador tenta melhorar a equipa ou torná-la mais compacta para segurar o resultado. Outro fator que faz com que o meio-campo seja o sector das danças tem diretamente a ver com a tendência do técnico em trocar o 4x3x3 pelo 4x4x2 losango, no decorrer das partidas.

Em todo o caso, apesar de serem os médios que mais saltam do banco para o campo, isso não quer dizer que o contrário se verifique. Fernando, por exemplo, é um dos totalistas do plantel. Muitas vezes, nessa mudança tática que tem vindo a operar, Villas-Boas opta por tirar um avançado para colocar um centro-campista.

in "record.pt"

Dragão não faz por menos de três


O FC Porto vai enfrentar o Olhanense com o melhor ataque da Liga, o que por si só é um bom prenúncio para construir um resultado que lhe permita manter a vantagem confortável na liderança da prova. O jogo é no Dragão e aí os azuis e brancos têm feito valer a condição de favoritos para levar a melhor sobre os adversários. Uma marcha vitoriosa que já vem desde a época passada e que se traduz numa série de oito triunfos consecutivos. Mais do que isso, os dragões não fazem a coisa por menos de três golos...

O ciclo começou com o Marítimo, em abril, e teve continuidade diante do Rio Ave, V. Guimarães e Benfica. O treinador era Jesualdo Ferreira e foi nessa fase que o FC Porto deu início ao ciclo positivo que atravessa nos dias de hoje sob o comando de André Villas-Boas. Na presente campanha, os portistas nunca marcaram menos do que três vezes nos quatro encontros disputados perante os seus adeptos. Beira-Mar e Rapid Viena foram despachados sem hipótese de resposta, ao passo que Genk e Sp. Braga deram muito que fazer aos azuis e brancos. Isso significa que, no total, a equipa de Villas-Boas já possibilitou à sua massa associativa festejar 13 golos dentro de portas.

in "record.pt"

Maicon é trunfo forte no F. C. Porto


Foi jogador de futsal antes de ser futebolista. No Brasil, jogava no meio-campo, mas depois foi adaptado a defesa central. E o resultado está à vista. Maicon é um dos indiscutíveis do F. C. Porto e tem sido o substituto de Bruno Alves. Por isso, Otamendi tem de esperar.

Na época passada, Maicon apenas contabilizou quatro jogos no campeonato ao serviço do F. C. Porto. Um número magro que agora está a ter uma expressão mais gorda. Em apenas cinco jornadas, regista outros tantos desafios na prova. Aliás, é dos jogadores mais utilizados pelo treinador André Villas-Boas e foi titular nos nove encontros oficiais do F. C. Porto. Está seguro como uma rocha no eixo da defesa e a feroz concorrência de Otamendi até tem servido como estímulo no processo de afirmação.

O jogador tem sido o substituto de Bruno Alves, formando com Rolando uma dupla de centrais muito coesa. E os números são claros: dois golos sofridos na Liga, a segunda melhor defesa da prova, atrás do Olhanense. “O Bruno Alves é um excelente jogador e foi muito competente, mas o Maicon está no mesmo caminho. A prova disso são os resultados do F. C. Porto, que têm correspondido às competências do jogador”, avança Manuel Machado, treinador do Guimarães, que o lançou há duas épocas, no Nacional.

Maicon tem 22 anos, jogou futsal durante a adolescência e é por isso que tem um sentido técnico apurado. E quando chegou ao Cruzeiro com a idade de júnior actuava a trinco, mas depressa foi adaptado a defesa-central, por ter um perfil físico mais indicado para aquela posição. “Esta ascensão não me surpreende. Já no Nacional tinha as qualidades que hoje apresenta. Agora tem vindo a confirmá-las numa equipa com a grandeza do F. C. Porto. Está perfeitamente integrado e mais maduro”, explica o treinador.

Em nome de Michael Jackson

Maurides Roque, pai de Maicon, segue atentamente a carreira do filho e sente-se “orgulhoso” pela ascensão do jogador com a camisola do F. C. Porto. O segredo foi a perseverança de quem nunca desistiu, mesmo quando tinha os caminhos tapados: “Ensinei-o a ser humilde e paciente e ele nunca desistiu. Agradeço a Jesualdo Ferreira, porque ajudou-o a evoluir, e a André Villas-Boas, que lhe deu esta oportunidade. Quando o Bruno Alves saiu do F. C. Porto, disse-lhe ‘filho, o cavalo só passa uma vez perto de casa’ e ele agarrou a oportunidade”, conta, ao JN, Maurides Roque.

De raízes humildes, sempre revelou ter um espírito determinado: “Aos 13 anos, disse-me que ia sair de casa e só voltava como jogador profissional”. O sonho concretizou-se. Maicon tem dois irmãos futebolistas e um deles chama-se Muller “em homenagem ao antigo avançado do São Paulo”. E Maicon? “Baptizei-o com esse nome porque sempre fui fã do Michael Jackson”. O sucesso no F. C. Porto de Maicon junta-se a alegria pessoal de ter sabido, há pouco, que vai ser pai.

in "jn.pt"

F.C. Porto: Maicon, o «caçula» da linhagem de centrais canarinhos

Olhar para terras de Vera Cruz e descobrir um estanque. Um guardador de rebanhos com sotaque, físico imponente e capacidade de tapar os caminhos da baliza azul e branca. Foi esta a forma que o F.C. Porto, ao longo de vários anos, usou na procura de defesas centrais. Não são muitos, mas, salvo raras excepções, são centrais de classe reconhecida, aqueles que os dragões pescaram, desde que a equipa é dirigida por Pinto da Costa.


O último deles, numa altura em que a aposta parece ter mudado de rumo, é Maicon. Chegou do Nacional, com pezinhos de lá e envolto em desconfiança. Passou discreto pelo primeiro ano e foi lançado às feras para tapar a ferida aberta pela saída de Bruno Alves. Deu-se bem.

A chegada de Otamendi parecia traçar-lhe o destino, mas aos poucos a dúvida mudou. Já não se questiona quando o argentino entrará na equipa, mas o que terá de fazer para o conseguir. Maicon tem a palavra. Num lugar que outrora foi de nomes de Celso, Geraldão ou Aloísio, é este último a deixar uma palavra de incentivo ao compatriota. «Não me surpreende esta afirmação do Maicon. Dos jogos que vi, gostei bastante e parece-me que tem condições para segurar o lugar. É verdade que o F.C. Porto se reforçou forte para o sector, mas o Maicon dá todas as garantias ao André [Villas-Boas]», afirmou Aloísio, em conversa com o Maisfutebol.

O antigo defesa, ainda hoje o estrangeiro com mais jogos realizados com a camisola dos dragões, é um defensor da escola «canarinha» no que a defesas-centrais diz respeito. E lembra que o F.C. Porto raramente se deu mal. «O F.C. Porto sempre teve bons centrais brasileiros. Mesmo depois de eu sair apareceu o Pepe, que acabou por se naturalizar. É verdade que já há alguns anos não tinham um brasileiro naquele lugar, mas penso que foi apenas uma excepção, porque há muitos valores e é um mercado que o clube costuma ter sempre em atenção», afirma.

Maicon: será mais Celso ou mais Argel?

Desde que Pinto da Costa assumiu o clube, o F.C. Porto teve oito defesas-centrais brasileiros (contanto o naturalizado Pepe). Aos 22 anos, Maicon é o nono e ainda tem algum caminho a percorrer para se perceber se seguirá as pisadas de luxo deixadas por Celso ou Aloísio ou, pelo contrário, irá enveredar pelo caminho sinuoso de Lula ou, mesmo, desastrado de Argel, a experiência portista menos bem sucedida.

As primeiras impressões têm sido positivas, ainda para mais quando a equipa tinha pela frente o desafio de render um valor seguro como o de Bruno Alves: «A saída do Bruno [Alves] já era esperada, por isso o clube tinha opções em carteira. A aposta no Maicon vem nesse sentido e felizmente o jogador está a retribuir. Não é o primeiro caso de um central no F.C. Porto que tem de passar por muita desconfiança para se impor. Ele está a jogar bem e não vai ser fácil perder o lugar. »

in "maisfutebol.iol.pt"

Otamendi, Walter e Castro por estrear

É desta! Pelo menos, assim devem pensar Otamendi, Walter e Castro, aqueles que estarão à bica para se estrearem num jogo de campeonato.

Tanto mais que o FC Porto defronta este sábado o Olhanense e joga cinco dias depois em Sofia, na Bulgária, com o CSKA, o segundo adversário dos portistas na fase de grupos da Liga Europa.

Razão suficiente para, no mínimo, André Villas Boas proceder a algumas alterações na equipa, nem que seja no decorrer do próprio desafio, se assim os algarvios o permitirem...

À partida, abrem-se desde já boas perspectivas para os jogadores que ainda estão em branco na Liga, nove ao todo: Beto, Kieszek (ambos guarda-redes), Otamendi, Sereno, Emídio Rafael, Castro, James Rodriguez, Walter e Mariano.

Seis deles a zero em toda a linha, porque não participaram neste início de época em nenhum encontro oficial dos dragões, três com a folha de serviços confinada a curtas prestações de serviço na Liga Europa, casos de Castro (dois jogos e 21 minutos em campo no total) e Walter (outros tantos encontros e 20 minutos de utilização), enquanto Beto defendeu a tempo inteiro frente aos belgas do Genk, no Dragão.

Com um jogo pela frente que, em princípio, poderá dar alguma margem de manobra para o treinador dos azuis e brancos fazer uma gestão dos seus recursos humanos mais cuidada, mesmo tendo em conta que o Olhanense é, por enquanto, o terceiro classificado da Liga, sobrará tempo e espaço para até poder poupar as suas segundas escolhas, como Ruben Micael, Souza e Cristian Rodriguez, os suplentes de luxo a quem Villas Boas mais tem recorrido.
 
in "abola.pt"

Nuno Fernandes lamenta suspensão da secção do FC Porto


O ex-atleta do FC Porto e dirigente da Associação de Atletas de Alta Competição, Nuno Fernandes, lamentou hoje a suspensão da secção de atletismo dos “dragões”, que o colocou numa situação “ingrata”.

“A Associação de Atletas de Alta Competição de Atletismo votou a favor da alteração dos regulamentos, em prol da defesa dos atletas portugueses, pelo que, em parte, contribuímos para esta situação”, disse.

Nuno Fernandes não escondeu a sua decepção com o evoluir de todo o processo, dado que o FC Porto suspendeu a secção na sequência da alteração aos regulamentos no que respeita à utilização de atletas estrangeiros, pelo que o ex-saltador ficou numa situação “ingrata”.

“Não estava à espera deste desfecho. A vida dá muitas voltas”, disse Nuno Fernandes, recordando que o objectivo da medida era “privilegiar os atletas portugueses”, pois “a vinda de estrangeiros de qualidade é sempre positiva”.

Apesar de ter votado favoravelmente a alteração aos regulamentos, que limitam a utilização de estrangeiros nos nacionais, Nuno Fernandes negou a autoria da proposta.

“A ideia deve ter sido da federação, por força dos clubes do Sul”, acrescentou, considerando que a alteração foi um pouco apressada. “A época estava a começar e era preciso decidir”.

Enquanto sócio e ex-responsável pelo atletismo do FC Porto, Nuno Fernandes - principal impulsionador do reactivar da secção em 1996 - ficou triste pela situação e pela diferença de tratamentos em relação a outros clubes.

“O FC Porto está a ser prejudicado em relação ao clubes do Sul. Se há uma lei que já existe há vários anos e as coisas correm bem porque é que quando o FC Porto ganha vão a correr mudar os regulamentos”, questiona.

Nuno Fernandes disse ainda que na altura foi questionado se a alteração era legal e a resposta foi que sim e que já estava a vigorar num país europeu, mas “não parece que esteja tão legal como isso”, defendeu.

“O Sporting, como o clube que com mais atletas mete na selecção, tenta ditar as sua leis, mas isso são outras questões que não são para aqui chamadas e podíamos falar muito disso, bem como de ética”, adiantou.

O ex-atleta explicou que, “dado que o Sporting tem mais dinheiro do que todos os clubes juntos em Portugal, consegue os três ou quatro melhores atletas nacionais por disciplina, o que deixa ao FC Porto pouco espaço de manobra”.

Nuno Fernandes esclareceu que o recurso ao estrangeiro foi a solução encontrada pelo FC Porto para tentar, com êxito, a oposição ao Sporting e que culminou no último ano com a conquista dos nacionais de pista e ar livre (femininos).

O ex-saltador apontou ainda incongruências à lógica federativa, no que toca à limitação de estrangeiros, uma vez que “é a própria federação a naturalizar atletas para lutarem pelas medalhas por Portugal”.

“A própria federação consegue naturalizar atletas que não nasceram em Portugal, como Naide Gomes, Nelson Évora e Francis Obikwelu. Todos com uma história diferente, mas todos naturalizados por interesse da federação. A vida não é justa”, disse.

in "desporto.sapo.pt"