sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Rafa estreia-se nas convocatórias

A estreia de Rafa é a principal novidade da convocatória do FC Porto para o desafio da 6.ª jornada do campeonato. A equipa de André Villas-Boas defronta o Olhanense este sábado, às 21h15, no Estádio do Dragão.

Em relação à partida anterior, saem Cristian Rodríguez e Sapunaru.

O plantel fechou a preparação do encontro frente aos algarvios esta sexta-feira, no Olival. Mariano voltou a fazer treino condicionado.

Lista de convocados: Helton, Maicon, Alvaro, Belluschi, João Moutinho, Falcao, Hulk, Fucile, Rolando, Rafa, Varela, Walter, Souza, Beto, Fernando, Ukra, Rúben Micael e Otamendi.
 
in "fcp.pt"

Dragão remata muito e evita que os adversários o façam

As estatísticas oficiais da Liga garantem que, em termos absolutos, o FC Porto é a equipa mais rematadora do campeonato, mas não é aí que se quer chegar. Ou, dito de outra forma, não foi só aí que André Villas-Boas quis chegar ontem na conferência de Imprensa. "Estamos satisfeitos com a nossa organização, que é suficiente para criar um número importante de oportunidades e reduzir as do adversário. Se não me engano, o Nacional teve quatro, o Braga seis remates à baliza, a Naval também e o Beira-Mar pouco mais do que isso". As estatísticas oficiais da Liga - repita-se: estatísticas oficiais da Liga - garantem que Villas-Boas está enganado, porque o saldo das oportunidades criadas pelo adversário é-lhe ainda mais favorável do que aquele que apresentou de cabeça. Basta espreitar o quadro aqui ao lado.

Naval, Beira-Mar, Rio Ave, Braga e Nacional, por esta ordem, enfrentaram uma verdadeira força de bloqueio quando se cruzaram com o FC Porto. Como também se pode ver no quadro, e no que toca a remates à baliza, ficaram quase todos abaixo do que foi normal nos outros jogos que já fizeram. O Braga é a excepção, porque, conforme se percebe pelos números oficiais, rematou ainda menos em Setúbal. Em todo o caso, convém lembrar que Domingos poupou nesse jogo cinco jogadores da estrutura nuclear por causa da eliminatória de acesso à Champions, com o Sevilha.

Mesmo que se ache natural um adversário rematar menos contra o FC Porto, que costuma ter a iniciativa de jogo, do que contra outras equipas, não deixa de ser curioso isolar o caso do Nacional: não fez um único remate à baliza no jogo com os portistas (embora tenha tentado acertar 10 vezes com o alvo) quando, contra o Benfica, tinha conseguido oito disparos bem enquadrados com o alvo.

No balanço dos equilíbrios da equipa, o FC Porto tem conseguido uma eficácia em dois sentidos: a rematar, embora esteja longe de acertar sempre onde quer, e a evitar que os outros o façam. E, numa conclusão óbvia, evitar os remates dos outros é garantir meio caminho para uma vitória. Aliás, em cinco jogos, os portistas sofreram apenas dois golos...

Tendência crescente para acertar na baliza

A estatística oficial da Liga faz uma distinção entre remates, independentemente de acertarem no alvo ou no quintal da vizinha, e remates à baliza. Neste particular, o dos remates à baliza, a tendência do FC Porto tem sido melhorar na pontaria. A regra encravou em Vila do Conde mas recompôs-se, conforme se percebe pelos números das jornadas: Naval (4), Beira-Mar (6), Rio Ave (3), Braga (8) e Nacional (10). Em golos: Naval (1), Beira-Mar (3), Rio Ave (2), Braga (3), Nacional (2

Números

A leitura do quadro aqui ao lado é simples: em cima, estão os adversários que já se cruzaram com o FC Porto, e na vertical os remates à baliza que fizeram nos respectivos jogos, com natural destaque para o confronto com o FC Porto. Por exemplo: o Nacional, o último a enfrentar os dragões, não fez um único remate à baliza portista, quando, por exemplo, tinha conseguido 8 contra Benfica e Rio Ave; 3 com o Guimarães e 6 com o Leiria. Está tudo aqui ao lado.

in "ojogo.pt"

Selecção e Taça de Portugal permitem período de gestão

Com uma recta final de Setembro sobrecarregada com dois jogos (Olhanense e CSKA de Sófia), mais um início de Outubro complicado com a deslocação do FC Porto a Guimarães, André Villas-Boas vai aproveitar o período de paragem do campeonato - entre 4 e 16 de Outubro - para os compromissos da Selecção Nacional na fase de apuramento para o Euro'2012, para gerir o desgaste do plantel. Nesse sentido, se pensarmos nos jogadores mais utilizados (Helton, Álvaro Pereira, Maicon, Rolando, Fernando, João Moutinho, Hulk e Falcao) esta será a oportunidade ideal para que alguns possam "levantar o pé" no jogo da Taça de Portugal previsto para 16 de Outubro e cujo adversário só será conhecido após o sorteio marcado para 27 de Setembro. Villas-Boas não tem mexido numa equipa que vem vencendo há nove jogos consecutivos, esta época, pelo que a Taça de Portugal deverá ser uma janela de oportunidade para muitos como Beto, Sereno, Otamendi, Emídio Rafael, Guarín, Fucile, Rúben Micael, Souza, Castro, Ukra, James e Walter, cujo tempo de jogo é ainda nulo ou pouco significativo. Nos casos de Otamendi, Sereno, Emídio Rafael e James, a Taça poderá ser palco para uma estreia de azul e branco em jogos oficiais, se o técnico não recorrer a eles até lá. No caso de Guarín, que regressou recentemente de lesão, e até de Mariano que, tudo aponta, poderá regressar em Outubro, esta também poderá ser uma oportunidade a agarrar.

in "ojogo.pt"

Uruguai: Fucile, Álvaro Pereira e Rodriguez convocados

Os portistas Fucile, Álvaro Pereira, e Cristian Rodriguez, foram esta quinta-feira convocados para representar a selecção do Uruguai nos dois jogos particulares que a Celeste vai realizar em breve. A selecção uruguaia defronta a Indonésia, a 8 de Outubro, e a China, 12 de Outubro.

O lote de convocados do seleccionador Os portistas Fucile, Álvaro Pereira, e Cristian Rodriguez, mais o benfiquista Maxi Pereira foram esta quinta-feira convocados para representar a selecção do Uruguai nos dois jogos particulares que a Celeste vai realizar em breve. A selecção uruguaia defronta a Indonésia, a 8 de Outubro, e a China, 12 de Outubro.

O lote de convocados do seleccionador Óscar Tabarez inclui 25 jogadores e os quatro atletas a actuar em Portugal repetem a convocatória do final de Julho, logo após o Mundial, para o amigável com Angola. A maior surpresa é a estreia do jovem médio Gastón Ramírez, que esta temporada defende o Bologna.

Lista de convocados:

Guarda-redes: Muslera (Lázio) e Castillo (Deportivo Cali);

Defesas: Fucile (F.C. Porto), Maxi Pereira (Benfica), Martín Cáceres (Sevilha), Diego Godín (At. Madrid), Lugano (Fenerbahçe), Andrés Scotti (Colo Colo), Carlos Valdez (Siena), Mauricio Victorino (Univ. Chile) e Álvaro Pereira (F.C. Porto).

Médios: Eguren (Sp. Gijón), Gargano (Nápoles), Álvaro González (Lázio), Ignacio González (Levante), Diego Pérez (Bologna), Gastón Ramírez (Bologna), Cristián Rodríguez (F.C. Porto) e Jorge Rodríguez (Jaguares).

Avançados: Sebastián Abreu (Botafogo), Cavani (Nápoles), Sebastián Fernández (Málaga), Diego Forlán (At. Madri), Abel Hernández (Palermo) e Luis Suárez (Ajax).


As boas vibrações do treinador do F. C. Porto

Villas-Boas vive os jogos de forma intensa: grita, gesticula, procura o melhor ângulo para ver as jogadas e corrige os posicionamentos. Nunca está com as mãos nos bolsos. E esse comportamento irreverente já mereceu um conselho do antecessor Jesualdo Ferreira.

Quando a equipa do F. C. Porto está a jogar, André Villas-Boas nunca está sentado no banco de suplentes. Mantém-se de pé, quase colado à linha técnica e sempre em movimentos frenéticos. Vibra com as jogadas e as incidências do desafio, não pára quieto um segundo, está sempre a intervir, a falar com os jogadores e a dar conselhos. “Tem a ver com a minha frescura física e irreverência. Aos 32 anos, posso correr mais um bocadinho. São modos de expressão. O mais importante é manter a clarividência de pensamento e, se calhar, não ser deixado levar pela emoção”, explicou o técnico. E é isso que tenta fazer.

Na época passada, quando estava na Académica, o comportamento do treinador mereceu um conselho de Jesualdo Ferreira. Na altura, o F. C. Porto jogava em Coimbra, onde os estudantes estiveram a vencer por um golo. Mas os dragões empataram e, ao intervalo, houve uma discussão acesa entre o ex-adjunto portista, José Gomes, e o então treinador da Académica. A três minutos do fim, os dragões garantiram o triunfo, por 2-1, graças à pontaria Rodríguez, o que provocou um profundo sentimento de frustração no técnico.

“Recordo, amigavelmente, as palavras que Jesualdo Ferreira partilhou comigo, na época passada, depois desse jogo entre a Académica e o F. C. Porto. Disse-me que, para se manter a clarividência, é importante não se deixar levar pela emoção do jogo. São palavras válidas que registei”, conta Villas-Boas, sobre a conversa com o seu antecessor e agora treinador do Málaga. “Não é que me deixasse levar pela emoção, mas nesse jogo vi-me com hipóteses de aguentar aquele resultado de 1-1 até ao fim”. Amanhã, frente ao Olhanense, há novo espectáculo na linha lateral...

in "jn.pt"

Carrossel competitivo abre equipa

Mobilização geral no dragão. É chegado o tempo de André Villas Boas accionar de vez o plano de rotatividade na equipa, dado o calendário começar a apertar.

Não tanto para já, embora os próximos três desafios - antes do interregno do campeonato para mais uma jornada das selecções para o Europeu de 2012 - tenham entre si um tempo de recuperação extremamente curto, resumido a três dias, mas sobretudo a partir do dia 17 de Outubro, na terceira eliminatória da Taça de Portugal, onde o FC Porto, e não só, entra já em competição, desconhecendo-se por enquanto o adversário que irá defrontar.

«Vem aí um mês complicado», admitiu ontem na conferência de Imprensa Villas Boas, sem esquecer que neste, em Setembro, depois de defrontar amanhã o Olhanense, a equipa portista tem duas complicadas deslocações aos estádios do CSKA de Sofia e do V. Guimarães. «Vamos fazer mudanças, e em todos os sectores, sob pena de a equipa poder vir a acusar algum cansaço». Quando é que começará a operar as mudanças é que não revelou. É segredo, tão secreto como as combinações que terá já em mente.

A partir de 17 de Outubro, e até 7 de Novembro, data em que tem lugar no Dragão o palpitante duelo com o Benfica, a formação de Villas Boas terá de fazer 22 jogos, também com três dias de intervalo entre os respectivos encontros, um deles em Istambul, com o Besiktas, a 21 de Outubro, daí que da partida da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal possa vir a ser antecipada.

E é este carrossel diabólico de jogos que obrigará o treinador portista a abrir mão das suas habituais escolhas, o que poderá comprometer o processo de mecanização do novos processos de jogo. Em contrapartida, também permitirá (re)descobrir diferentes combinações e soluções, assim como oferecer novas oportunidades a jogadores que estão longe de se constituírem como segunda linha, pelotão de elite que tem ficado de fora ou é ainda pouco utilizado, como Rúben Micael, Souza, Rodriguez, Guarín, Fucile, Ukra.

E depois ainda sobram os outros, aqueles que nem sequer ainda se estrearam na Liga: Otamendi, Walter, Castro, James. Só para referir os nomes mais sonantes, porque estão ainda de prevenção Sereno, Emídio Rafael e, lá mais para a frente, quando se encontrar em condições, Mariano...

Portanto, e mesmo que a gestão de uma equipa seja sempre algo muito complexo, que mexe com tudo e com todos, Villas Boas nem se pode queixar por aí além nesta hora de abrir a equipa à rotação de jogadores. É que nem sequer tem uma segunda linha definida. São quase todos de primeira!
 
in "abola.pt"

Moutinho. Finalmente, o lugar de Deco entregue numa bandeja


"Vou dar o máximo no FC Porto, tal como nos clubes onde passei." Depois da vitória frente ao Nacional, foi com esta ideia que João Moutinho limpou o seu passado recente no Sporting. Os últimos tempos foram obscuros; o capitão estava lá mas não estava, parecia uma cópia daquele miúdo imparável que José Peseiro lançou em 2004/05 e Paulo Bento, depois, tornou o mais sério caso de regularidade no futebol nacional - para falhar um jogo tinha de estar castigado e com febre (2008/09, Belenenses). Agora, na selecção, Moutinho voltará a ter a mesma importância, e só não será o dez indiscutível no novo núcleo se não agarrar a oportunidade que Paulo Bento lhe vai oferecer numa bandeja.

O novo seleccionador - passou ontem na Federação para assinar contrato e será hoje apresentado - saiu do Sporting em Novembro de 2009 e com ele levou um pedaço de Moutinho. A partir daí o médio ofensivo entrou em descrença e deu instruções ao seu empresário para lhe encontrar um clube no estrangeiro. Voltava a ganhar força aquele desejo de ir para qualquer lado, até para a Rússia (Zenit, onde já estava o amigo Danny), ou então encontrar um clube do segundo pelotão de Inglaterra, como o Everton. Aliás, o Everton tinha sido a razão do único confronto Bento vs. Moutinho, depois de o jogador ter surpreendido com o desejo de saída para os Toffees, mas até isso o implacável Paulo Bento lhe perdoou, em consequência de uma admiração que vinha do tempo dos juniores, onde coincidiram e desenvolveram a confiança suficiente para, mais tarde, o técnico ordenar o jovem futebolista algarvio num dos mais jovens capitães de sempre do clube. Moutinho era a extensão de Bento dentro do campo e sem ele o miúdo sentiu-se um órfão.

Com ou sem razão, a verdade é que João Moutinho baixou de rendimento e, com Carlos Carvalhal, conseguiu ficar fora da convocatória para o Mundial da África do Sul. Scolari até o tinha tornado titular no Euro'2008, mas Carlos Queiroz não viu o mesmo jogador dois anos mais tarde. Moutinho bateu no fundo e só se ergueu com a estrondosa transferência para o FC Porto, onde reencontrou o rendimento e as condições para voltar à selecção. Esse regresso veste agora as condições perfeitas para ser bem sucedido, porque ocorre na presença do treinador melhor o conhece.

A BASE Portugal perdeu Deco - número dez que assegurou o Euro'2004, o Mundial-2006, o Euro'2008 e o Mundial-2010 - e o plano Bento passa por fazer de João Moutinho o sucessor. É ele que é considerado o principal playmaker no novo núcleo duro que se desenha, onde estão nomes incontornáveis para o futuro: Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Pepe são os defesas mais importantes; Raul Meireles e João Moutinho assumem-se como os médios indiscutíveis; no ataque, Nani e Cristiano Ronaldo são os nomes incontornáveis. Nesta base nasce a equipa que se pretende capaz de assegurar duas vitórias no imediato (Dinamarca e Islândia - até amanhã Paulo Bento tem já de enviar a pré-convocatória para esta dupla operação) e depois garantir o apuramento para o Europeu da Polónia e Ucrânia, em 2012.

Paulo Bento tem um defesa esquerdo escolhido - Fábio Coentrão -, mas precisa de resolver o problema à direita. Paulo Ferreira e Miguel abandonaram, Bosingwa continua indisponível e apenas Sílvio (Sporting de Braga) parece ser opção. Mas irá nascer uma oportunidade para João Pereira (Sporting)? No meio-campo, a estrutura pode ser composta com Tiago (A. Madrid) e Manuel Fernandes (Valência), mas é conhecida a admiração que Paulo Bento tem por Miguel Veloso, de quem fez um trinco em Alvalade. No ataque, Quaresma, Liedson e Danny estão à espera de uma chamada. Quem não deve ter oportunidade, está visto, é Carlos Martins. Ao contrário de Moutinho, para este nada podia ser pior que Paulo Bento.
 
in "ionline.pt"