segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Tribunal de O JOGO

Sem casos polémicos

A arbitragem de Hugo Miguel não suscitou controvérsia, sobretudo nos lances decisivos de um jogo que decorreu tranquilamente, embora tenha pecado pela passividade no contexto disciplinar. Se faltou o cartão amarelo a João Moutinho (37'), no entender de Jorge Coroado e Paulo Paraty, houve outros lances semelhantes (pelos lados do V.Guimarães) que foram também atenuados pelo árbitro, que, no geral, teve uma actuação sem prejuízos.

Momento mais complicado

75' Houve razão para considerar grande penalidade a acção de Toscano sobre James?

Jorge Coroado

+
Toscano, com o pé esquerdo, tocou na perna esquerda de James e com as mãos empurrou-o. Grande penalidade que não deixa dúvidas.

Pedro Henriques

+
Toscano não controla o seu movimento e com a perna esquerda toca em James, há contacto que o jogador do FC Porto aproveita para cair no chão. Lance de difícil análise, mas com claro benefício para a equipa de arbitragem.

Paulo Paraty

+
Toscano primeiro com a coxa e depois com o pé esquerdo impede a progressão de James Rodríguez, que força a situação; mas não deixa de haver falta.


Outros casos

19' Rolando está em posição legal quando faz o 1-0?
37' Faltou amarelo numa entrada dura de João Moutinho sobre El Adoua?
59' Fernando fez falta para o livre de que resulta do golo de Faouzi?

Jorge Coroado

+
Não houve qualquer irregularidade; a posição era a correcta e a movimentação da bola, e o modo de a jogar, não feriu os preceitos legais.
-
João Moutinho chegou atrasado ao lance e, de modo imprudente, por trás rasteirou El Adoua. Faltou o cartão amarelo.
-
Não houve qualquer infracção de Fernando sobre Toscano - mal assinalado o livre. Momentos antes, uma obstrução sobre Varela não foi assinalada.


Pedro Henriques

+
O golo é legal. No momento do passe de James, Rolando tem dois adversários entre ele e a linha de baliza, não havendo infracção.
-
João Moutinho entra de forma imprudente sobre El Adoua. Foi uma infracção passível de livre directo e cartão amarelo.
+
Toscano foi rasteirado de forma deliberada e imprudente por Fernando, sendo uma infracção para livre directo e cartão amarelo.


Paulo Paraty

+
A única irregularidade possível seria a existência de fora-de-jogo, o que não se verificou, pois Rolando estava em linha com penúltimo defensor.
-
João Moutinho é claramente imprudente no seu "tackle", o que parecia ajustar-se a exibição do cartão amarelo - o árbitro ficou-se pela advertência verbal.
+
Na dúvida que tenho deixo-a para o árbitro, embora me pareça que Fernando atinja primeiro a bola e só depois o oponente.


Apreciação global

Jorge Coroado

Jogo intenso entre os 36' e 59', não exigindo muito do árbitro, que não esteve nos seus melhores dias. Na disciplina, foi demasiado condescendente.

Pedro Henriques

Actuação sem influência no resultado, contando com uma boa colaboração dos seus assistentes.

Paulo Paraty

Com ou outro lance controverso, a equipa de arbitragem foi coerente deixou uma imagem de competência e segurança.

in "ojogo.pt"

O FC Porto um a um

A ESTRELA: João Moutinho 8

Tem o mesmo brilho que as estrelas da Catalunha

Está para o FC Porto como Xavi para o Barcelona. Encheu as medidas com o seu futebol a meio-campo, passes rasgados e distribuição de jogo como só jogadores de grande nível como ele conseguem. Marcou um golo que veio dar tranquilidade, numa das melhores jogadas de todo o encontro, penetrando na defesa para receber a bola de Kléber e coroar a sua exibição da melhor forma. É indiscutível que com ele a jogar ao seu melhor nível a equipa consegue momentos de domínio difíceis de contrariar, porque sai muito futebol daquele metro e setenta de jogador. Mas Moutinho não tem só traços próprios dos artistas, porque quando é necessário, sabe ir à luta pela bola como uma verdadeira praga para o adversário.Helton 6
Defendeu para a frente uma bola que Faouzi aproveitou para marcar, porque esta sofreu um desvio em James. Respondeu à altura durante o jogo.

Maicon 5
Não sobe no terreno e deixa a equipa manca a atacar. A defender foi prático.

Rolando 7
Fez um golo à ponta-de-lança, parando a bola no peito e rematando de primeira. Aliás, está um especialista a marcar ao V. Guimarães, depois do bis na Supertaça. Excelente na defesa.

Otamendi 6
Foi melhorando com o jogo, acabando por interceptar (39') no momento certo, um remate de Paulo Sérgio.

Álvaro Pereira 8
Correu todo o corredor esquerdo sem descanso e produziu imenso jogo para a equipa em cruzamentos e tabelas. Tentou o golo (49') de ângulo difícil.

Fernando 8
O cartão amarelo afasta-o do próximo jogo, mas neste deu tudo o que tinha, recuperando tudo e mais alguma coisa no meio-campo, acelerando ainda as transições da ofensivas com uma entrega rápida da bola.

Defour 7
Tem pormenores deliciosos, mas destacou-se a abrir espaços, linhas de passe e a desequilibrar a defesa com entradas nas costas.

James Rodríguez 8
Foi brilhante na bola metida para Rolando, na área. Apareceu com muito perigo na área, no lance da grande penalidade.

Varela 6
Confirmou o que vem demonstrando com nova boa exibição. Cruzou melhor e infiltrou-se bem na defesa, só faltou o golo.

Kléber 6
Excelente na assistência para Moutinho. Em crise de confiança, não arriscou para não falhar e voltou a ser assobiado por isso, em cima do intervalo.

Danilo 6
Entrou muito bem no jogo, rematando logo ao lado. Depois (72') ganhou um livre perigoso, antes de cruzar com muita pimenta, já nos descontos.

Belluschi 5
A bola metida de calcanhar em Danilo (90'+1') partiu os rins à defesas e podia ter feito estragos...

Souza 5
Quase marcava numa boa iniciativa a terminar o jogo.

in "ojogo.pt"

Este operário joga com fato de gala

Haverá uma larga maioria que lhe dará conta do desconforto que seria carregar pianos vestido de fato e gravata, mas já tocar piano vestido assim não parece incomodar ninguém. Este FC Porto, com a evidente marca de água de Vítor Pereira, é carregador e pianista durante o mesmo jogo, alternando a função conforme os acontecimentos dentro do relvado. Os que só apreciam sinfonias talvez regressem a casa algo desiludidos, quem espera, antes de mais, vitórias inequívocas nem sequer se lembrará dos pontapés para a bancada de Maicon, os cortes na raça de Fernando e Álvaro Pereira, ciente de que a sua importância está ao mesmo nível dos passes com que ontem João Moutinho, acompanhado em grande parte do encontro por James, destroçou o processo defensivo do Guimarães, dando água pela barba, por exemplo, a Alex. Razões suficientes para o lateral-direito, por exemplo e não por penalização, ficar a pensar que mal terá feito a esses médios para tantas vezes conduzirem a bola para aquele lado, onde Álvaro Pereira e Varela reeditaram a ala de sucesso da temporada passada.
O Vitória de Guimarães obrigou o FC Porto à melhor exibição da época no Estádio do Dragão. Rui Vitória lançou um onze que da bancada de Imprensa se imaginou em 4x3x3, mas que em poucos minutos se percebeu, deixava Edgar sozinho contra Rolando e Otamendi, porque os aparentes extremos tinha mais ordens para ajudar a defender no meio-campo, afinal de contas, o modelo de jogo que garantira o triunfo, na jornada anterior, em Coimbra. Este desenho e estas preocupações exigiram ao meio-campo portista o tal misto de carregador de piano e pianista - Defour é e foi também um bom exemplo disso e talvez por isso titular, ao contrário da arte de Belluschi -, qualidade e profundidade de passe, lugares de comuns que ainda fazem do futebol um belo espectáculo.
Não houve Vitória no ataque até ao 1-0 dos dragões, devendo então esse mérito ser atribuído a um FC Porto a quem todos, antes do apito inicial, se referiam como órfão de Hulk. Quem? Exacto, não foi neste jogo que o brasileiro somou pontos como essencial, mas foi nestes 90 minutos que o Incrível deixou de ser o melhor marcador da equipa, ultrapassando nesse particular estatístico por James, engenheiro e operário dos golos que não deixaram a ansiedade tomar conta da equipa - o 1-0 surgiu aos 19 minutos - e que a afastou com o 3-1 aos 75 minutos. É que depois do 2-1, houve uma fase em que o V. Guimarães conseguiu confundir o FC Porto onde ele é mais vulnerável, o longo espaço que a pressão alta cria entre o meio-campo e o quinteto mais defensivo portista. Um risco de que Vítor Pereira não abdica e que, no outro lado do "cobertor", permite um sem número de roubos de bola dentro do meio-campo adversário. É aí que a dupla personalidade do FC Porto é mais notória, foi aí que o Vitória de Guimarães nunca foi capaz de se superiorizar, nem mesmo quando, por coincidência, as palmas (coisas de um passado comum) à entrada do experiente Pedro Mendes quase se confundiram com a monumental assobiadela que acompanhou o golo de Faouzi, também ele acabado de ser lançado no jogo. Assobios explicados pelo erro de julgamento do árbitro Hugo Miguel, que no mesmo minuto apitou à inglesa junto da área vitoriana - houve, de facto, falta de Anderson Santana sobre Varela - mudando para a habitual sinfonia portuguesa do apito num corte sem falta de Fernando nas imediações da baliza guardada por Helton. Um momento aproveitado pelo Guimarães para reduzir a desvantagem, o suficiente para abalar por alguns minutos um FC Porto que antes envergava com orgulho o fato de gravata, mas que teve de vestir a roupa de operário, reduzindo a pó as tentativas de ataque de um Vitória que ganhara mais qualidade com Pedro Mendes e velocidade com Faouzi.
Foi uma miragem esta melhoria dos vitorianos, até porque o pianista James voltou a reaparecer no jogo, desempenhando o papel que tantas vezes Hulk protagoniza: desequilibrar a balança, exactamente quando o adversário julga estar mais perto do que nunca de ser tão forte como o FC Porto. Ontem, sem Hulk, houve a melhor exibição da época e, ao contrário de outros bons jogos, três pontos a somar ao total azul e branco.

in "ojogo.p"

Guarín à espera de «forcing» da Juventus

AINDA NÃO HÁ ACORDO COM ITALIANOS



A transferência de Guarín para a Juventus pode estar por horas, mas ainda não se concretizou. O site Tuttomercato avançou que o negócio estava fechado nestes termos: o FC Porto receberia já 3 milhões euros, pagando a Juventus os restantes 9 no final da temporada. Feitas as contas, Guarín sairia do Dragão por 12 milhões. Esses podem ser os números, mas o acordo está por consumar. A Juventus insiste, mas há ainda diferenças substanciais entre aquilo que os italianos dão e o que o FCPorto quer. Guarín, por sua vez, assistiu ontem ao jogo com o V. Guimarães, tendo no final escrito no seu Twitter – @fguarin13: “Grande vitória do Porto.”
Quem esteve também no Dragão foi o Bolonha que está interessado na contratação de Varela. Não é de acreditar que a SAD portista esteja disposta a deixar sair o jogador. De acordo com informações, a Roma e o Marselha também estão atentos a Varela. Além do Bolonha, marcaram presença no estádio em missão de observação: Atalanta, Manchester United, Everton, Lille, Copenhaga, Beira-Mar, Nacional e Santa Clara.
in "record.pt!"

Quebrado ciclo sem sofrer

FORAM QUATRO JOGOS CONSECUTIVOS NO DRAGÃO



O FC Porto já não sofria um golo no Estádio do Dragão desde 27 de novembro. Foram nada menos que quatro jogos consecutivos mantendo a baliza inviolável, a contar para todas as competições. Faouzi quebrou esta série positiva dos dragões a jogar em casa, depois de clubes como o Zénit (0-0) para a Liga dos Campeões, o Marítimo e Rio Ave (ambos por 2-0), a contar para a Liga Zon Sagres, e o Estoril (1-0), para a Taça da Liga.
Os dragões somaram ontem a sua 12.ª vitória da temporada, apenas em encontros para o escalão principal, somando-se a este número quatro empates e ainda nenhuma derrota, o que dá o 2.º lugar na classificação, a 2 pontos do líder, que continua a ser o Benfica.
in "record.pt"

Guarín na Juventus por 12 milhões de euros


Médio colombiano ruma a Itália por empréstimo, mas o negócio prevê a compra obrigatória por parte da Juve no final da temporada.
Freddy Guarín será oficializado esta segunda-feira como reforço da Juventus, à boleia de um negócio que vai permitir ao FC Porto encaixar 12 milhões de euros com a venda do internacional colombiano.
Marcelo Ferreyra, empresário do médio de 26 anos, já esteve na cidade do Porto em conversações com os dirigentes do FC Porto e o negócio, segundo o sítio desportivoTuttomercato, carece apenas de confirmação oficial, reservada para as próximas horas.
Os dragões vão receber três milhões de euros a pronto pelo empréstimo de Guarín à Juventus até ao final da temporada, mas o clube de Turim terá de comprar a totalidade dos direitos económicos do colombiano no final da próxima temporada, por nove milhões de euros.
O Inter Milão ainda tentou desviar Guarín para o Giuseppe Meazza, mas a operação não foi bem sucedida. O médio colombiano, de mal amado a jogador muito querido entre os adeptos portistas, despede-se do clube no qual ingressou em 2008, a troco de um milhão de euros.

in "dn.pt"