sábado, 1 de outubro de 2011

Académica-F.C. Porto (antevisão): tão bem que eles se conhecem


Portistas de visita ao ex-adjunto num terreno historicamente favorável mas em contexto de alto risco. Um duelo sem segredos para esconder.


O Momento

Académica:

Espantoso início de época sob a batuta de mais um jovem técnico «made in» F.C. Porto, um pouco à semelhança do ano passado, com Jorge Costa. A equipa respira confiança em casa, onde tem por hábito golear e ainda não sofreu golos. No primeiro confronto com um grande, foi «despachada» por 4-1 na Luz mas mostrou atitude e tentou discutir o jogo. Falta saber se irá repetir a dose este domingo ou adoptar uma postura mais pragmática.

F.C. Porto:

Ao fim do terceiro jogo sem ganhar, coisa rara no reino do Dragão, o desconforto tornou-se evidente e tudo aquilo que os portistas não querem é ver prolongado o jejum por influência directa de um antigo homem da casa. No ano passado, Vítor Pereira e Pedro Emanuel faziam parte da mesma equipa; agora, estão frente-a-frente, num duelo onde dificilmente terão segredos para esconder um do outro.

Ausências:

Académica: Fábio Santos, Hélder Cabral, Orlando, Diogo Gomes e Jerry Sitoe, lesionados.

F.C. Porto: Sapunaru, Alex Sandro e Kléber, todos lesionados; Maicon e Varela, por opção.

Discurso directo:

Pedro Emanuel: «É especial por ser frente ao campeão nacional e não vou negar a ligação ao clube. Mas agora estou na Académica e vou defender intransigentemente os seus interesses. Vantagem? Sim, de os conhecer um pouco mais em termos individuais e colectivos. O Porto é muito forte e é isso que vamos tentar contrariar em duas ou três situações que temos de controlar, dentro dos nossos princípios, e procurando, com a bola, ser acutilantes em termos ofensivos. Respeito sim, medo nunca.»

Vítor Pereira: «Quando não se ganha não ficamos satisfeitos, mas sabemos que vamos dar uma reposta à Porto e que os nossos adeptos vão dar também uma resposta à Porto, de certeza absoluta. Sei exactamente o que quero para o F.C. Porto e sei que as críticas e os elogios fazem parte da profissão.»

Histórico de confrontos:

O F.C. Porto é o grande que mais dissabor causa à Académica. É, simplesmente, o adversário a quem não ganha há mais tempo em casa: quase 41 anos. Foi a 15 de Novembro de 1970 que os portistas perderam pela última vez em Coimbra. Ao todo, foram apenas 10 derrotas contra 38 triunfos e ainda 13 empates. A Académica ficou ainda ligada ao facto de ter sido a equipa, na altura liderada por André Villas Boas, que permitiu a Jesualdo Ferreira, no derradeiro ano de consolado (2009/10), colocar um ponto final à última sequência portista de três jogos sem vitórias. Será que se repete a história?

Equipas prováveis:


ACADÉMICA: Peiser; Cédric, João Real, Abdoulaye e Nivaldo; Pape Sow; Adrien e Danilo; Sissoko, Éder e Rui Miguel.

Outros convocados: Ricardo, João Dias, Flávio Ferreira, Júlio César, Marinho, Fábio Luís e Diogo Valente.

F.C. Porto: Helton; Fucile, Rolando Otamendi e Álvaro Pereira; Fernando; Guarín e Moutinho; Hulk, Walter e James.

Outros convocados: Bracali, Mangala, Belluschi, Souza, Defour, Djalma e Cristian Rodriguez.



in "maisfutebol.iol.pt"

«Não há neste país equipa melhor do que o F.C. Porto»

As perguntas sucediam-se, falava-se de três jogos sem ganhar, numa fase negra que já não acontecia no Porto há mais de ano e meio. Vítor Pereira sentiu então necessidade de parar e puxar dos galões. «Se nos basearmos em factos concretos, não há equipa neste país melhor do que o F.C. Porto neste momento.»

«Ganhámos uma Supertaça, estamos em primeiro lugar no campeonato e estamos a um ponto do primeiro lugar na Liga dos Campeões, sabendo que o próximo adversário é o Apoel e que o podemos ultrapassar já no próximo jogo em caso de vitória, estando por isso o primeiro lugar ao nosso alcance.»

Pelo meio falou-se também de Fucile. O uruguaio é o único lateral-direito disponível para Coimbra, por isso terá a titularidade garantida depois da asneira em São Petersburgo que colocou em cheque a possibilidade da equipa conseguir melhor do que a derrota. Vítor Pereira disse estar com ele.

«Neste clube estamos habituados a assumir as nossas responsabilidades e o Fucile não foge à regra. Ganhámos como equipa e perdemos como equipa, não apontamos o dedo a ninguém e eu não o vou fazer. Nos momentos bons e nos momentos maus respondemos sempre colectivamente.»




Vítor Pereira: «Vamos dar uma resposta à Porto»

Treinador repetiu sem parar a mesma ideia em resposta a todas as perguntas: em Coimbra vai ver-se a resposta da equipa


No fim de três jogos sem ganhar, Vítor Pereira sente o peso da pressão. O treinador fez esta manhã a antevisão do jogo com a Académica e durante minutos pareceu um homem a lutar sozinho contra o mundo: repetiu incansavelmente a mesma resposta, as mesmas palavras, a mesma tónica no discurso.

Cada pergunta terminava na mesma reacção. «Vamos dar uma resposta à Porto», «vamos dar uma resposta concreta», «o F.C. Porto joga sempre para ganhar» e «vamos dar uma resposta que orgulhe os nossos adeptos». Sem receio de cair numa repetição que soava a estranha, Vítor Pereira não parou.

Fez-se a primeira pergunta sobre o estado de espírito da equipa, Vítor Pereira reagiu rápido. «O F.C. Porto joga sempre para ganhar e amanhã não vai ser diferente: vai jogar para ganhar. Está com um estado de espírito de quem quer amanhã corresponder completamente às exigências do jogo.»

Logo a seguir recordou-se os maus resultados e quis saber-se se o jogo de Coimbra assumia uma capital importância. «Independentemente de virmos ou não de uma sequência de bons resultados, o Porto joga sempre para ganhar e joga para ganhar sem olhar para os resultados que ficaram para trás.»

O discurso repetia-se a cada pergunta. «Quem está neste clube esta sujeito à crítica positiva e à crítica negativa. Neste clube a exigência é grande e estamos preparados para ela, fundamentalmente a exigência dos nossos adeptos que são quem nos faz correr, porque trabalhámos para eles.»

«Quando não se ganha não ficamos satisfeitos, mas sabemos que vamos dar uma reposta à Porto e que os nossos adeptos vão dar também uma resposta à Porto, de certeza absoluta. Sei exactamente o que quero para o F.C. Porto e sei que as críticas e os elogios fazem parte da profissão», adiantou.

«Compreendemos os adeptos que criticam, criticam porque gostam do clube, porque estão do nosso lado. Os adeptos querem o melhor para o F.C. Porto. Estamos todos no mesmo barco. Tanto a equipa quanto os adeptos vão dar uma resposta à Porto, e nós sabemos o que é uma resposta à Porto.»

Referindo que sabe o que está a fazer e sabe para onde vai, Vítor Pereira lembrou que o caminho faz-se andando e que ele quer traçar um percurso de sucesso. Quer fazê-lo a olhar para a frente e sem pensar no que ficou para trás. «O F.C. Porto joga sempre para comportamentos de qualidade», referiu.

«Se há um momento ou outro em que as coisas não saem, acontece a todas as equipas. Já tivemos momentos de grande qualidade. Todas as equipas têm momentos menos bons ao longo da época, nós estamos focados no jogo de amanhã, é amanhã que vamos dar uma resposta concreta.»




«Pedro Emanuel? Vou querer ganhar e só isso»

Vítor Pereira não evita um sorriso perante as perguntas sobre o colega da Académica e lembra que agora estão de lados opostos.


Vítor Pereira já tinha contornado a primeira pergunta sobre o confronto com Pedro Emanuel, um treinador que está a fazer um bom trabalho em Coimbra e que muitos adeptos do F.C. Porto apreciam. À segunda questão, e perante a insistência dos jornalistas, o treinador portista não evitou um sorriso.

«Reencontro um amigo que é treinador da Académica, eu sou treinador do F.C. Porto, amanhã vou querer ganhar e é só isso», respondeu. Antes disso, quando se fizera a tal primeira pergunta, Vítor Pereia já tinha ignorado a ideia do confronto directo. «Vai ser um jogo complicado», começou por dizer.

«A Académica está bem organizada, vem de uma sequência de bons resultados, está moralizada, mas sinceramente o F.C. Porto amanhã vai jogar para ganhar. Neste clube habituamo-nos desde cedo a jogar para ganhar. Vamos fazer um jogo que orgulhe os nossos adeptos», finalizou.



in "maisfutebol.iol.pt"

F.C. Porto: Kleber e Varela de fora, Fucile mantém lugar


Vítor Pereira chama Guarín e Walter, que voltam aos convocados. Sapunaru junta-se a Kléber no lote de ausentes por lesão, e deixa Fucile como único lateral-direito.


A lista de convocados de Vítor Pereira para a deslocação a Coimbra, onde este domingo o F.C. Porto defronta a Académica, destaca duas novidades: além de Kleber, que já se sabia não estar disponível nas próximas semanas à custa da lesão no ombro, o treinador deixou de fora o central Maicon e o extremo Varela.

A situação de Varela será até mais surpreendente, uma vez que com a ausência forçada de Kléber as opções para o ataque ficam diminuídas. Em compensação, Walter e Guarín regressam aos eleitos, sendo que o primeiro volta por não poder jogar na Liga dos Campeões e o segundo regressa após cumprir castigo.

Para além de Kléber, Vítor Pereira continua sem contar com Alex Sandro também por lesão. A estes junta-se agora Sapunaru, que repete a ausência da lista de convocados mas devido a uma mialgia de esforço. Sapunaru e Alex Sandro fizeram treino integrado condicionado, Kleber apenas tratamento.

Lista de convocados:

Guarda-redes: Helton e Bracali;
Defesas: Fucile, Mangala, Otamendi, Rolando e Alvaro Pereira;
Médios: Belluschi, João Moutinho, Souza, Fernando, Guarín e Defour;
Avançados: James, Djalma, Hulk, Walter e Cristian Rodriguez.



in "maisfutebol.iol.pt"

Colômbia quer que James seja engenheiro


Herman José celebrizou, em torno de personagens da Invicta, o chavão "este homem é um engenheiro". James ainda não tem o canudo, mas na Colômbia há uma Universidade que tenta aliciá-lo para uma licenciatura em Engenharia de Sistemas. As notícias dão a plataforma de entendimento como adquirida, mas O JOGO apurou que o esquerdino ficou de avaliar a sua disponibilidade para o curso e a possibilidade de o conciliar com a agenda do FC Porto e, agora, da selecção.
A UNAD (Universidade Nacional Aberta e à Distância) até anuncia, na sua página oficial, a "contratação" de James, dando conta de contactos adiantados com o reitor Jaime Alberto Afanador para que pudesse, confortavelmente e a partir do Porto, cumprir a licenciatura. Um cenário que, segundo nos explicaram, ainda não é definitivo, apesar de James não ter enjeitado a possibilidade de completar a sua formação.
A história ganha pertinência porque não é frequente vermos futebolistas profissionais a complementarem a sua actividade com estudos superiores. Não se pense, porém, que os jogadores desprezam a sua formação e basta lembrar que João Moutinho e Emídio Rafael reforçaram as suas habilitações literárias, no ano passado, ao abrigo do programa "Novas Oportunidades".
No plantel dos dragões, recordemos ainda que Rafael Bracali é doutor, sendo licenciado em Educação Física, tal como o pai. E James também não será o primeiro colombiano a interessar-se por uma graduação superior, até porque o nosso bem conhecido Falcao chegou a estar inscrito em Jornalismo pela Universidade de Palermo, na Argentina.
James tem a cabeça no FC Porto, mas não descarta que um dia lhe digam: "Este homem é um engenheiro..."

"Há preconceitos quanto à inteligência dos jogadores"

Nos anos mais recentes, serve de exemplo o caso de Nuno Piloto, médio do Olhanense que, enquanto jogou na Académica, conciliou o futebol com os estudos. Entre a licenciatura e o mestrado em Bioquímica foram sete anos de esforço. "É possível conciliar as coisas, mas exige espírito de sacrifício. Há, sobretudo, algum prejuízo ao nível do descanso, mas com determinação tudo se consegue", sustenta.
Nuno Piloto é, acima de tudo, contra a ideia de que um futebolista é vazio de ideias e que tem uma agenda pessoal pobre quando não está a treinar ou a competir. "Há preconceitos quanto à inteligência dos jogadores, mas os estudos são importantes, porque a carreira é curta e é bom termos uma ferramenta a que nos possamos agarrar", insistiu.
Nuno Piloto, o verdadeiro estudante, usa o seu exemplo para motivar os colegas e aconselha James a aproveitar a oportunidade para reforçar a sua formação. "Pode nem chegar a precisar dela, mas é conhecimento que fica", salienta este médio de 29 anos, já calçado para o futuro.

in "ojogo.pt"

A ambição tem patente em notário


A renovação contratual de Álvaro Pereira é o último exemplo do enorme esforço da SAD para não deixar cair psicologicamente alguns jogadores decisivos na manobra da equipa e que, por um ou outro motivo, estiveram na iminência de sair. Em 12 meses foram já sete os atletas a ter direito a um contrato melhorado, todos membros habituais do onze titular e sujeitos a forte assédio do mercado (Helton será a excepção nesse capítulo). Os dragões sabem compensar quem acaba por permanecer e ao mesmo tempo responsabilizam os jogadores e atestam, em notário, o direito a uma exigência desportiva elevada.
Se às sete renovações juntarmos os casos de Sapunaru, João Moutinho e Otamendi, cujos passes são agora maioritariamente dragões depois da compra de partes em falta ou alienadas anteriormente, constatamos um investimento ímpar na equipa, ao longo de um ano em que não houve receitas de Liga dos Campeões mas que foi fértil em grandes resultados. Manter o nível não depende apenas de contratar bons reforços, mas também de acarinhar os mais antigos. E é nesse sentido que o investimento tem sido feito. Ao melhorar as condições dos seus activos e ao reforçar a posição junto dos seus contratos, o FC Porto reserva-se automaticamente ao direito de exigir que a bitola se mantenha e, sem ter de o pedir, os próprios jogadores entendem isso perfeitamente.
Ainda que nesta fase não se possa falar de crise, é pois de entender que a estrutura azul e branca não possa estar satisfeita com os últimos resultados. O investimento na equipa tem sido assinalável e persupõe uma rentabilidade ainda não vista.

Revisões não disparam cláusulas

As revisões contratuais são quase sempre melhores para os jogadores do que para a SAD. E isto não é dito de cor. A verdade é que das sete renovações registadas no último ano, quatro só beneficiaram de foma directa os jogadores. Nos casos de Hulk, Guarín e James Rodríguez, o FC Porto aproveitou para aumentar o valor das respectivas cláusulas de rescisão, para valores mais próximos daquilo que espera ganhar com transferências futuras. Mas, no que respeita a Helton, Fucile, Rolando e Álvaro Pereira, as cláusulas mantiveram-se inalteráveis, o que significa que a SAD não fez mais do que premiar o empenho e valor desportivo de cada um deles, sabedora de que a um investimento maior pode não significar uma mais valia superior.

Fernando e Belluschi na lista em falta

Dos jogadores que entram no onze titular de forma recorrente só Fernando e Belluschi não renovaram contrato recentemente. Kléber também não, mas de quem chegou há três meses outra coisa não se podia esperar. O seu antecessor - Falcao - sim, renovou pouco antes de sair. Do Samurai chegou a falar-se insistentemente sobre a possibilidade de prolongar vínculo até 2015, ano em que vai completar 32 anos de idade. O assunto chegou a ser discutido com o seu empresário, mas ainda não teve fim. Quanto a Fernando, que renovou em 2009, passou por um Verão delicado. A vontade de sair impediu claramente qualquer aproximação no sentido da revisão contratual, mas resolvida que está essa questão - e o jogador até já se disse feliz por continuar - não seria de estranhar que, como Álvaro Pereira, fosse também premiado brevemente.

in "ojogo.pt"

Vítor Pereira segura Fucile


No futebol como na vida, os erros têm consequências, mas também há oportunidades para quem quer emendar a mão. Literalmente, é isso que acontece com Fucile e Vítor Pereira faz questão de não deixar cair o uruguaio num momento particularmente difícil. O erro do lateral não caiu bem e o treinador até foi, numa primeira reacção, bastante contundente. "Não pode acontecer", disse após o jogo.
A frio, porém, vincou a urgência de não expor ainda mais o defesa, anunciando uma reacção colectiva a um desvario individual. Com Sapunaru recuperado e em condições de ser utilizado, tudo aponta, todavia, para que o FC Porto se coloque do lado de Fucile, concedendo-lhe nova oportunidade e permitindo-lhe apagar a imagem que ficou depois dos jogos com o Benfica e com o Zenit. Em vésperas de uma paragem longa, entende-se que seria negativo passar a mensagem de que Fucile pagaria o preço pelos erros cometidos.
No momento mais conturbado do último ano e meio, os dragões contam espingardas. Fucile tem currículo na casa e, desde que a época começou, foi titular em todos os jogos e só não cumpriu os 90 minutos na Rússia. Aliás, Vítor Pereira quer estabilizar um núcleo duro e é até natural que insista com o quarteto defensivo que tem actuado nos últimos jogos, ainda que sem a consistência desejada.
A cumprir a sexta época no clube, Fucile vai completar a sua 100ª presença no campeonato, tornando-se assim no oitavo centenário do plantel. Numa data marcante, o uruguaio assume um desígnio que é extensível ao colectivo: recuperar a rota dos sucessos e apagar a imagem mais recente.

Reincidente como mau da fita

Fucile saiu muito beliscado dos últimos dois jogos do FC Porto, sendo que os erros ganharam dimensão porque coincidiram com um empate e uma derrota. Primeiro, ficou ligado ao segundo golo do Benfica no Dragão, surpreendido pela entrada de Gaitán nas suas costas. Também no clássico, esteve associado ao caso com Cardozo, queixando-se de uma agressão que o árbitro Jorge Sousa entendeu não ter existido. Mas se Fucile usou créditos no clássico, queimou-os em São Petersburgo, quando um erro flagrante deixou a equipa reduzida a dez jogadores já nos descontos da 1ª parte. Erros que podiam esgotar-lhe a margem de manobra na equipa, mas Vítor Pereira parece apostado na reabilitação do lateral.

Guarín está de volta às opções

O FC Porto reforça-se com Guarín para fugir em Coimbra à sequência de maus resultados. Antes de uma paragem de três semanas no campeonato, o resultado assume particular urgência e o regresso do colombiano, que cumpriu o segundo jogo de castigo nas provas da UEFA, é um trunfo a que Vítor Pereira não deixará de recorrer.
Belluschi foi o eleito para compor o meio-campo em São Petersburgo, tendo Defour entrado para o seu lugar já na segunda parte. Desta feita, porém, tudo aponta para que Guarín recupere o lugar no onze, fechando o sector com Fernando e João Moutinho.
Apesar da oscilação exibicional, Vítor Pereira tem revelado predilecção pelo colombiano nas suas opções iniciais, sendo que a linha de continuidade e até as condições físicas recomendam Guarín à equipa a apresentar em Coimbra.
De resto, e apesar do resultado negativo na Rússia, não se perspectiva que o treinador opere qualquer revolução no onze, respeitando aquelas que têm sido as principais opções.
As dúvidas subsistem sobretudo no ataque, onde a dificuldade de recuperação de Kléber redunda num dilema entre Hulk a ponta-de-lança ou a aposta em Walter, que, como se sabe, não tem sido opção muito regular desde que foi contratado.

in "ojogo.pt"

Momento de viragem


Um título, a liderança da Liga e aspirações intocáveis na Liga dos Campeões. Esta é a sinopse que sustenta, internamente, a convicção de que o FC Porto não se desviou um milímetro dos seus objectivos. No dia do regresso aos trabalhos, depois da folga acrescentada pelo atraso no regresso da Rússia, foi criado um enfoque no futuro, num debate interno que projectou mais a inversão de ciclo do que a atribuição de culpas pela fase recente. O toque a reunir visa um clique imprescindível para a retoma.
Com uma ressalva importante: há que inverter a situação no imediato e essa é uma responsabilidade do balneário. A mensagem que passa é que a série negativa morreu em São Petersburgo, mas há também a consciência interna de que é inevitável que todos dêem mais. Num treino à porta fechada, como sempre acontece na antevéspera de um jogo, abordou-se naturalmente o último resultado. Sem dramas.
Helton já o vincara na Rússia e é essa a mensagem que tanto o brasileiro como os restantes capitães têm incutido no balneário: está na hora de o grupo puxar dos galões, vincando a sua personalidade e o seu comprometimento para com os objectivos traçados. Este é um ponto absolutamente consensual.
O cenário de crise nem se põe nesta altura e a confiança que a SAD tem devolvido a Vítor Pereira comprova-o. Para todos os efeitos, o FC Porto "apenas" empatou dois jogos no campeonato, perdendo mais tarde na Liga dos Campeões em casa de um adversário igualmente poderoso. A expulsão de Fucile justifica parte dessa derrota e ameniza as responsabilidades colectivas, que não são, e este é um reconhecimento importante, excluídas pelo grupo.
Coimbra é uma excelente oportunidade para reencontrar o caminho da vitória e o debate de ontem também não chegou a outra conclusão. E mesmo que a importância do momento seja sempre um cliché quando se trata de vencer, esta é a hora indicada. Segue-se um jogo acessível, para a Taça de Portugal contra o Pêro Pinheiro, e três jogos consecutivos em casa (APOEL, Nacional e Paços de Ferreira), numa série única que pode relançar os dragões em todas as frentes.

in "ojogo.pt"

Falcao à TVI: «Vítor Pereira está muito capacitado»


Colombiano defende o treinador e avisa os adeptos que épocas como a do ano passado são quase irrepetíveis


O momento do F.C. Porto não é o melhor, e alguns adeptos começam a duvidar dos méritos de Vítor Pereira. Ora Falcao, à distância, vem dar um voto de confiança ao treinador que conheceu bem na última época, quando o mesmo era adjunto de André Villas-Boas na época de grande sucesso.

O colombiano lembrou que é um homem da casa e que assumiu uma transição tranquila entre treinadores. «Está muito capacitado e conhece o plantel», garantiu Falcao em entrevista à TVI. «Conhece o plantel, os jogadores, a instituição e não tem problemas nenhuns em adaptar-se ao que é o F.C. Porto.»

O avançado que agora representa o At. Madrid garantiu de resto que é importante os adeptos não pressionarem demasiado a equipa. Até porque, acrescenta, não é possível ser sempre perfeito. «O ano passado tudo nos saía bem, e em todos os jogos», refere Falcao. «Estávamos muito fortes.»

«O que se passou no ano passado não se repete: até é possível repetir-se, mas demorará muitos anos. Nem sempre se pode repetir essas coisas, ser campeões invictos, ganhar um título europeu, ter o melhor goleador. Mas este ano o F.C. Porto mantém o mesmo plantel e pode voltar a ganhar o título português.»

No entanto, avisa Falcao, a luta pelo campeonato vai mais renhida. «O Benfica está melhor, está a ter bons resultados, o Sporting reforçou-se muito bem, com jogadores que deram alguma qualidade à equipa e que vão necessitar de tempo para adaptar-se, mas acredito que também vai lutar pelo título.»



in "maisfutebol.iol.pt"

Beto: «Vitor Pereira é fortíssimo no plano motivacional»


Guarda-redes português do CFR Cluj recorda o técnico com quem trabalhou no F.C. Porto. «Tem sede de títulos», partilha ao Maisfutebol


Duas temporadas de dragão peito pintaram de azul o coração de Beto. À distância, limitado pelas transmissões televisivas e pelas conversas telefónicas, o guarda-redes continua «a sofrer, a apoiar e a seguir tudo o que diz respeito ao F.C. Porto». «É a minha casa e hei-de lá voltar. É um clube marcante, oferece condições de trabalho únicas e devo-lhe toda a projecção que consegui», diz ao Maisfutebol.

Conhecedor profundo de Vitor Pereira, com quem trabalhou ao longo da época 2010/11, Beto defende a qualidade do seu trabalho e acalma as ondas de desconfiança e animosidade. «É um treinador muito ambicioso, tem sede de títulos e vai ao detalhe na preparação de cada jogo», assegura Beto, instado a dissecar as valências do sucessor de André Villas-Boas.

«Já no ano passado, como adjunto, era muito influente. Falava bastante com o grupo, era fortíssimo no plano motivacional e uma pessoa próxima de todos os atletas. Tínhamos bastante confiança nele», recorda o internacional português.

Os últimos três resultados menos bons não lhe retiram o optimismo. «O F.C. Porto ainda é o mais forte candidato ao título. O clube tem algo que não se consegue explicar e que os outros não têm. É isso que lhe permite superar os momentos menos bons, dar a volta e ficar novamente num plano superior.»

Beto fez 23 jogos oficiais em duas temporadas no F.C. Porto. 




Beto na selecção: «Já valeu a pena ter vindo para o Cluj»

Guarda-redes português reage através do Maisfutebol ao regresso aos planos de Paulo Bento. «Estou extraordinariamente satisfeito»


Tudo por um sonho ou a felicidade amantizada longe de casa. A história de Beto, paginada por um sacrifício e recompensada com o regresso à Selecção Nacional. O guarda-redes reabre o seu espaço na luta pela baliza, amplia as possibilidades de chegar ao Euro-2012 e recupera a prontidão competitiva.

Um mês na lendária Transilvânia, um mês nas terras outrora dinamitadas pela crueldade de Vlad, o Empalador, um dos maiores facínoras da história. O dogma do horror não podia estar mais afastado da experiência de Beto. É precisamente nessa região que a sua carreira reencontra a luz.

«A presença no Europeu é um dos faróis da minha época, por isso estou extraordinariamente satisfeito», revela aoMaisfutebol, no primeiro contacto após conhecer os eleitos de Paulo Bento para a dupla-operação Islândia/Dinamarca.

«Se os minutos de competição forem mesmo um argumento determinante para ser convocado, então já valeu a pena ter vindo para o CFR Cluj. O meu grande objectivo é jogar, fazer uma grande época e ser recompensado com a chamada ao Europeu», refere Beto, emprestado pelo F.C. Porto depois de duas temporadas no Estádio do Dragão.

«Esta mudança para a Roménia é um esforço-extra, por isso gostava de partilhar com a minha mãe o regresso à selecção. Tem sido o meu maior apoio. Cheguei há um mês e só posso dizer bem da experiência. Estamos no segundo lugar, já fiz três jogos e o objectivo é chegar ao título. Já estava habituado a isso no F.C. Porto e quero continuar a estar.»

Rui Patrício e Eduardo, colegas de posto e obstáculos à titularidade. Beto está disponível para «tudo o que o seleccionador Paulo Bento precisar». «Posso ser titular, suplente ou ir para a bancada. O mais relevante é fazer parte do grupo. A partir daqui, vou dar o máximo para ser uma opção importante.»

A situação da equipa na corrida para o Euro-2012 é agora bem mais confortável. Beto acredita «a 300 por cento» na qualificação e nas vitórias «convincentes» nos dois próximos jogos. «A Dinamarca é uma equipa sempre difícil e que conhecemos bem. Aliás, fomos lá jogar na corrida para o Mundial [empate a uma bola]. São intensos e fisicamente fortes. Quanto à Islândia, sabemos que nunca desistem e que tudo farão para nos incomodar.»

Beto tem 29 anos e uma internacionalização, assinalada frente à Estónia em Tallinn. 




Uma baliza para três portugueses na Roménia: «É estranho»

Beto, Nuno Claro e Daniel Fernandes lutam pela titularidade no CFR Cluj. «Respeitamos o espaço de cada um», diz o primeiro ao Maisfutebol


Inédito, seguramente inédito. Três portugueses lutam pela mesma baliza no campeonato romeno. A epifania ocorre em Cluj e deixa os próprios de boca aberta. De espanto e frustração, na verdade. Mais do que uma opção de carreira, a raridade discorre do espaço exíguo disponível na principal liga nacional.

Beto, Daniel Fernandes e Nuno Claro. Mãos lusitanas em redes romenas. «Isto, de facto, nem em Portugal», desabafa Beto aoMaisfutebol. «Entendemo-nos todos muito bem e respeitamos o espaço de cada um. A vantagem é que no trabalho diário a comunicação é perfeita, não qualquer barreira. Mas, admito, não deixa de ser estranho chegar à Roménia e encontrar mais dois portugueses da minha posição.»

Oito jornadas disputadas, quatro guarda-redes utilizados [sim, há um romeno na luta]: Nuno Claro fez três jogos, Daniel Fernandes e Mihai Minca actuaram uma vez cada um, Beto foi dono e senhor nas últimas três partidas.

«A mentalidade dos clubes portugueses privilegia a aposta em atletas de outros países. Respeito. Eles preferem ir por esse caminho e nós somos obrigados a tentar a nossa sorte noutro lado. Basta olhar para o número oficial para perceber aquilo que estou a dizer», sublinha Beto.

Apenas cinco dos 16 clubes da I Liga têm um português com o estatuto de titular na baliza: Sporting (Rui Patrício), Sp. Braga (Quim), Feirense (Paulo Lopes), Beira-Mar (Rui Rego) e Rio Ave (Paulo Santos).

«Jorge Costa foi determinante para eu vir»

Cluj, 400 mil habitantes, cidade universitária, urbe de pessoas «afáveis e loucas por um clube muito organizado». A adaptação de Beto à Roménia «não podia ser mais simples». Além dos vários colegas portugueses (Nuno Claro, Daniel Fernandes, Cadu, Camora, Rui Pedro e Nuno Diogo), há ainda uma dupla técnica muito especial: Jorge Costa e Jaime Magalhães.

«Esse foi um dos motivos que me levou a aceitar o desafio. Foi mesmo determinante, aliás. O Jorge Costa conhece-me bem, sabe aquilo que posso dar à equipa e isso faz toda a diferença», confessa o guardião português.

E nem a língua romena é uma barreira limitadora. «No F.C. Porto o meu colega de quarto era o Sapunaru, por isso já conhecia algumas palavras. Ainda por cima, ao contrário do que se possa pensar, há muitas palavras parecidas com o português. Sinto-me perfeitamente integrado.» 



in "maisfutebol.iol.pt"

Aumenta a pressão

MAIS DO QUE 3 DUELOS SEM GANHAR SÓ EM 2004



Igualada a sequência de três maus resultados consecutivos da última temporada de Jesualdo Ferreira no FC Porto, a pressão sobre os campeões nacionais vem agora de 2004/05.
Desde então, quando o espanhol Víctor Fernández empatou nas primeiras quatro jornadas do campeonato nacional já depois de ter perdido a Supertaça Europeia para o Valencia, que os dragões não consentem que seja superado o trio de duelos sem vitórias.
in "record.pt"

Sem rédea

DRAGÃO EXPÕE-SE E NÃO CONTROLA ADVERSÁRIOS NA FASE CRÍTICA



Diz o adágio popular português que quem anda à chuva... molha-se. E este dragão, contrariamente ao intento de Vítor Pereira, tem dado o flanco.
A ambição de ter uma equipa mais pressionante, mais agressiva e mais controladora está longe de ser uma aposta ganha e, neste momento, o atual campeão nacional não tem mão nos seus adversários, especialmente na fase crítica dos jogos, após o intervalo.
in "record.pt"

Fucile pode somar 100.º jogo pelo dragão

Fucile na perspectiva de somar 100 jogos pelo dragão no campeonato frente à Académica. Normalmente, estaria garantido no onze. Mas tem a sombra da expulsão na Rússia.

Desde que chegou ao FC Porto, Fucile sempre vestiu a camisola 13. É a sexta temporada que usa o número que muitos jogadores não querem mas o uruguaio encontra nessa superstição um motivo de força, logo não será por aí que a carreira do lateral portista tem sido marcada desde 2006 por oscilações apreciáveis, entre o muito bom e o péssimo. O capricho do número, portanto, não conta quando se assinala o lado negro...

O último pecado de Fucile aconteceu em S. Petersburgo, quando foi expulso em cima do intervalo por tocar na bola com a mão num lance inofensivo para a defesa. O uruguaio já recebera antes um cartão amarelo, o árbitro Howard Webb não teve contemplações e exibiu-lhe o segundo. Perante este pormenor, que deixou a equipa a jogar com 10 elementos durante segunda parte, será fácil será responsabilizar Fucile pelo descalabro portista na Rússia. Um argumento muito conveniente e com validade na crueldade dos números, antes da expulsão o resultado era 1-1...

A verdadeira dimensão deste acto cometido em S. Petersburgo no jogo da Liga dos Campeões será conhecida hoje, quando Vítor Pereira divulgar os convocados para o jogo com a Académica.

Se o lateral for punido pela falha será castigo, se houver tolerância estará no mínimo entre os convocados. Vítor Pereira, no rescaldo do encontro com o Zenit, assumiu que no FC Porto os erros individuais são sempre assumidos pelo colectivo, talvez estivesse a abrir-lhe quarta-feira à noite uma porta para o manter na equipa. Mas isso não é claro.



in "abola.pt"

Kléber faz hoje teste decisivo

Kléber foi ausência notada, mas esperada, no treino de ontem, que marcou o regresso aos trabalhos, depois da derrota em S. Petersburgo, de que ainda muito se fala, mas que ontem esteve arredada da conversa com os jogadores.

Olhar posto na Académica, e particularmente por este avançado brasileiro, que ainda não está fora do jogo com os estudantes, porque a lesão até poderá ser muito menos grave do que se imaginou no início. E muito desejará ser chamado, porque estar nos eleitos para o jogo de depois de amanhã significa, também, ter passaporte para vestir a camisola do Brasil.

Aos 21 anos, Kléber viveu a felicidade de qualquer brasileiro profissional de futebol ao ver o seu nome na lista de Mano Menezes para os amigáveis com a Costa Rica e com o México (7 e 11 de Outubro próximos). Um azar bateu-lhe à porta de forma ingrata, a ele e ao FC Porto: lesionou-se no jogo com o Zenit, saiu ao intervalo, mas não se confirmou depois o pior dos cenários. Não há qualquer fractura no ombro esquerdo; tal como ontem referimos, há uma sub-luxação na clavícula. Está afastado o pior dos cenários, a intervenção cirúrgica, e o curioso da história é a questão do ombro de Kléber está nas mãos do jogador, passe a expressão...



in "abpla.pt"

«Vítor Pereira é um bom treinador» - Sereno

Sem espaço no FC Porto, Sereno optou por trocar os dragões pelos alemães do Colónia, emprestado até final da época, e está a dar-se bem na Bundesliga. O defesa-central tem sido titular e isso permitiu-lhe estrear-se na lista de convocados da Selecção, anunciada hoje por Paulo Bento.

Apesar da distância, Sereno continua a acompanhar a realidade do futebol português e em particular do clube azul e branco, que atravessa um momento delicado, depois de dois empates no Campeonato e a derrota na Champions, com o Zenite. O defesa chegou a trabalhar com o actual plantel portista e não tem problemas em elogiar os jogadores e Vítor Pereira, para além de ter a certeza de que o jogo em Coimbra vai marcar a viragem.

«O encontro na Rússia não correu bem e também lhes faltou um pouco de sorte, mas o FC Porto tem uma grande equipa e um bom treinador. Só necessitam de ganhar à Académica e regressa tudo ao normal», refere.

Relativamente à aposta de mudar-se para a liga alemã, confessa ter sido a melhor escolha: «Tinha consciência de que seria difícil jogar no FC Porto, porque o plantel desta temporada é ainda mais forte. Surgiu esta oportunidade, que foi boa para todas as partes, e eu aceitei. Desta forma, passei a jogar com regularidade e esse era o principal objectivo.»



in "abola.pt"