
«O abraço do Kléber foi uma manifestação espontânea de um jogador que tem trabalhado muito, que tem muita qualidade, que é um jovem que vai evoluir para níveis superiores e que sentiu naquele momento que a confiança mútua merecia aquele abraço. É uma cumplicidade fruto de quem trabalha para um objectivo colectivo, de quem dá tudo o que tem e merece as oportunidades que tem disputado. Fiquei feliz pelo golo e satisfeitíssimo.»
[Sobre o «frango» de Helton:] «Houve logo um perdão da parte do público, da parte da equipa e de toda a gente. Sabemos o profissional e o grande guarda-redes que ele é. Só quem não está por dentro deste fenómeno não entende este momento infeliz. A resposta da equipa é a prova evidente de que estamos unidos, fortes e confiantes e que vamos sofrer como equipa e ganhar como equipa. O Hulk também foi infeliz no penalty, mas não é qualquer equipa que depois de falhar um penalty e de sofrer um golo daqueles dá a resposta que o F.C. Porto deu contra uma equipa com a dimensão do Shakhtar.»
«O meu papel é não estragar o talento que tenho em mãos»
Vítor Pereira sintetiza qual é, para si, a missão de um treinador: conduzir jogadores e deixá-los crescer.
Na conferência de imprensa de rescaldo do F.C. Porto-Shakhtar Donetsk (2-1), foi perguntado ao técnico dos dragões, Vítor Pereira, qual o momento que definiu para a equipa estar no momento mais alto de forma. O treinador respondeu que é um tema que não pode ser encarado dessa forma:
«Treinar é uma descoberta constante. Eu não me iludo com o táctico, julgo que treinar é conduzir jogadores. Quem vai dar a dinâmica são os jogadores, são eles que promovem o modelo do jogo. É algo que vai acontecendo, são os jogadores que nos levam para um caminho de posse ou de transições. Eu não acredito em «futebóis» em que o treinador assume o papel fundamental. Acredito no talento dos jogadores e que quanto mais qualidade tivermos e se o treino estiver à altura da qualidade deles, eles próprios vão à procura do jogo em que se sentem mais confortáveis e mais acreditam. Se eles não acreditarem é o treinador que está a impor e se o treinador impõe é o jogo do treinador e não o jogo dos jogadores.»
[Qual o sector que está melhor?] «O meu conceito de jogo é colectivo, não é sectorial. Evoluímos como equipa, não é o sector A, B ou C que está melhor ou pior...Temos de ter consciência que estamos numa fase prematura, inicial, mas estamos a crescer para dominarmos mais e sermos mais agressivos. Agora, não consigo dizer se será contra o Feirense, se será no próximo jogo da Liga dos Campeões. Não sei dizer se a criança já caminha ou corre aos dois ou aos três meses.»
[Sobre James Rodríguez]: «O James tem um talento muito grande e vai ser um futebolista de nível mundial. Mas é ainda um menino que está a crescer e que tem um talento acima da média. Temos muitos jogadores de qualidade. O meu papel é não estragar o talento que tenho em mãos e deixá-los desfrutar do jogo e crescer como equipa, sem muitas amarras tácticas. Espero não estragar o talento que tenho em mãos.»
in "maisfutebol.iol.pt"