segunda-feira, 18 de abril de 2011

NUNO GRILO E A INVENCIBILIDADE EM CASA: «MOTIVAÇÃO-EXTRA»


O FC Porto Vitalis ainda não perdeu em casa para o campeonato esta época, um facto que Nuno Grilo quer aproveitar como motivação-extra para a recepção ao Madeira SAD (quinta jornada da fase final), marcada para esta quarta-feira, às 18h30, no Pavilhão Dragão Caixa.

Vitória importante num campo difícil
«Alcançámos mais uma importante vitória, desta feita sobre o ABC, num terreno onde nunca é fácil ganhar. Estivemos muito bem em Braga, sobretudo o nosso guarda-redes [Alfredo Quintana], que se apresentou a um nível altíssimo [15 remates defendidos em 26, com uma eficácia de 58 por cento].»

A contar com o apoio dos adeptos
«Faltam seis jogos, sendo que os três próximos se realizam em casa, podendo ditar muita coisa. Estamos na frente, portanto são as outras equipas que têm de estar preocupadas; além disso, continuamos invictos no Dragão Caixa, o que nos confere uma motivação-extra. Contamos com o apoio habitual dos nossos adeptos.»

Jogar como um verdadeiro colectivo
«O Madeira SAD tem sido uma equipa bastante regular, e entrou bem nesta fase. Vêm de uma derrota e vão querer, com certeza, vencer. Vão dar tudo por tudo, pelo que não vai ser um jogo fácil. Teremos de defender bem e jogar como um verdadeiro colectivo.»


in "fcp.pt"

Alvaro Pereira: «Queremos continuar invictos até final»

Lateral fala sobre o desfecho do clássico e as meias-finais da Taça.


Alvaro Pereira esteve de novo em destaque no F.C. Porto. O lateral uruguaio contabilizou mais uma assistência, servindo Falcao no primeiro golo dos dragões no clássico, frente ao Sporting. A equipa portista operou a reviravolta (3-2) e conserva a invencibilidade da Liga.

«Os espectadores que vieram hoje ao Dragão ficaram certamente satisfeitos, viram um jogo com dois sentidos. Queremos continuar neste caminho, de forma invicta», começou por dizer o jogador, no rescaldo do encontro.

O F.C. Porto prepara agora a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. O Benfica vence no Dragões (0-2) mas a equipa azul e branca não perde as esperanças: Acho que a equipa respondeu bem, estamos num processo de crescimento, esta equipa está habituada a ganhar e queremos fazer isso na quarta-feira.

«Nós traçamos muito objectivos para este final de época: queremos continuar invictos até final, temos de pensar agora no jogo com o Benfica, depois na meia-final da Liga Europa. Bem, temos de pensar jogo a jogo, para continuar com este percurso de vitórias», concluiu Alvaro Pereira.

in "maisfutebol.iol.pt"

F.C. Porto joga como segundo melhor campeão de sempre

Dragões superaram registo do Benfica 09/10 e perseguem Hagan


O F.C. Porto continua a quebrar recordes e posiciona-se para um registo histórico no campeonato português. Com o triunfo frente ao Sporting, os dragões ultrapassaram a marca pontual do Benfica 2009/10 e procuram agora conservar a segunda melhor percentagem de pontos.

As contantes mudanças no número de equipas e jornadas, bem como a alteração no número de pontos atribuído a uma vitória, permitem múltiplas interpretações.

Em termos absolutos, o F.C. Porto pode igualar o campeão mais eficaz de sempre, ou seja, o Benfica de Jimmy Hagan, em 1972/73, com apenas dois empates. Matematicamente, contabilizando a percentagem de pontos conquistados, a equipa de Villas-Boas corre para a segunda posição, ultrapassando várias formações com peso histórico.

Nesta altura, os dragões têm 95,1 por cento dos pontos possíveis (25 vitórias e 2 empates). O Benfica da época passada terminou com 84,3 por cento. O melhor registo do milénio já passou para este F.C. Porto que irá terminar, no mínimo, com 85,5 por cento. 

O jovem treinador do F.C. Porto superou igualmente um técnico com peso na sua carreira: Mourinho garantiu «apenas» 84,3 por cento dos pontos em 2002/03. Nesse ano, os dragões contabilizaram 86 pontos, em 34 jogos. Com 30 jornadas, AVB pode aspirar ao mesmo. Bobby Robson, o seu mentor, também está ao alcance: o inglês terminou com 91, 2 por cento dos pontos possíveis em 1994/95.

Ao vencer o Sporting, a três jornadas do final da competição, o F.C. Porto de Villas-Boas reforçou o segundo lugar entre os campeões com melhor aproveitamento de sempre, superando outra figura do clube. Mihaly Siska, outro jovem campeão com 33 anos, contabilizou 94,4 por cento dos pontos. 

O Benfica de Giovanni Trapattoni continua a ser o campeão com pior aproveitamento (63,7 por cento). Nunca houve uma equipa em Portugal que precisasse de render tão pouco para festejar.

Contas feitas, o cenário actual é este: o F.C. Porto segue com 77 pontos em 81 possíveis (95,1 por cento) e, se vencer as últimas três jornadas da Liga, terminará com 95,6 por cento. Mesmo empatando ou perdendo um dos jogos, garantirá um lugar no «top ten». 

Campeões com melhor aproveitamento de pontos:

1º Benfica 1972/73 (96,7 por cento dos pontos conquistados)
2º F.C. Porto 1939/40 (94,4)
3º Benfica 1962/63 (92,3)
4º Benfica 1971/72 (91,7)
5º F.C. Porto 1984/85 (91,7)
6º F.C. Porto 1994/95 (91,5)
7º Benfica 1990/91 (90,8)
8º Sporting 1946/47 (90,4)
9º Benfica 1960/61 (88,5)
10º Benfica 1963/64 (88,5)
11º Sporting 1969/70 (88,5)

in "maisfutebol.iol.pt"

Villas Boas recusou proposta da Roma

Thomas DiBenedetto, empresário que liderou a compra da Roma por parte de um grupo de investidores norte-americanos, quer contratar André Villas Boas para a próxima época. Mas o treinador portista terá recusado...
De acordo com o site italiano calciomercato, DiBenedetto terá entrado em contacto com o treinador do FC Porto mas a resposta terá sido negativa.
in "rr.pt"

Arrancou a "Operação Benfica"

HELTON E GUARÍN AUSENTES NO TREINO


Além dos lesionados já conhecidos -Emídio Rafael, Belluschi e Fucile -, André Villas-Boas também esteve privado dos serviços de Helton e Guarín, no treino desta manhã. No arranque da preparação para o jogo com o Benfica, marcado para quarta-feira, o treinador portista dirigiu apenas 19 dos 24 elementos do plantel.
A novidade acaba por ser a que diz respeito à ausência do médio colombiano, uma vez que o guarda-redes brasileiro já havia sido substituído no decorrer do clássico com o Sporting, devido a lesão. Resta saber se poderão ser opção na deslocação ao Estádio da Luz.
Amanhã de manhã, o plantel volta a reunir-se no Olival, numa sessão que será integralmente fechada a olhares curiosos. No final, André Villas-Boas apresenta-se perante os jornalistas, fazendo a sua antevisão a novo confronto com o Benfica.
in "fcp.pt"

AC Milan segue Hulk


Melhor marcador do campeonato português, Hulk tem vindo a despertar o interesse de vários emblemas europeus. A imprensa italiana coloca hoje o incrível na mira do AC Milan.
O jornal italiano Corriere dello Sport coloca Hulk como possível reforço do AC Milan. Segundo o referido jornal, os rossoneri pretendem manter o sueco Zlatan Ibrahimoviæ, emprestado pelo Barça aos italianos e juntar à frente de ataque um avançado possante, surgindo, à cabeça, Hulk, do FC Porto, e Lukaku, do Anderlecht.
Recorde-se que Silvio Berlusconi referiu novamente e há poucos dias o sonho de poder contar com Cristiano Ronaldo no plantel do AC Milan.
Hulk tem contrato com o FC Porto até 2014 e tem uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.´
in "zerozero.pt"

INTERIOR DE LUXO


Se a fama dos Dragões ao longo de toda a fase regular cresceu em torno da qualidade do seu jogo exterior, os playoffs e, em particular, a vitória na segunda partida dos quartos-de-final, revelam a exuberância do seu interior, onde não falta espaço para pormenores de requinte e detalhes inesperados. Foi com eles que o FC Porto Ferpinta somou a segunda vitória (81-62) ao segundo encontro com o CAB.

Depois das dificuldades experimentadas no primeiro jogo e, sobretudo, no período inicial, os azuis e brancos não se deixaram surpreender no reencontro. O antídoto para a defesa agressiva do adversário, talhada para desafiar os limites da legalidade e testar a atenção do trio de arbitragem, foi cuidadosamente preparado, distinguindo-se, em especial, na pressão incessante sob o base opositor e, melhor ainda, na definição exemplar dos lances de ataque.

No final do primeiro quarto, os Dragões, que interpretaram com êxito uma série de súbitas combinações, anunciavam uma eficácia notável de 83% no lançamento interior, enquanto um parcial de 23-9 confirmava a inversão absoluta em relação a idêntico período do primeiro jogo (12-22).

No outro extremo do terreno, junto à tabela defensiva, e na mesma lógica de um jogo quase perfeito, que chegava ao ponto de dispensar o recurso ao «tiro» exterior, a equipa de Moncho López obrigava o adversário a lançar em situações limite e, não raras vezes, a esgotar o tempo sem o executar.

Depressa os Dragões se habituaram a lidar com vantagens superiores a 20 pontos, que resistiam à rotatividade de intérpretes e soluções, expondo a especial propensão de João Santos para afundar e a competência de alternativas ao cinco inicial que acrescentou 29 pontos à contabilidade global.

Depois de dois triunfos no Dragão, fica a faltar a terceira vitória para que o vencedor da fase regular atinja as meias-finais, o que pode acontecer já à terceira partida, agendada para sexta-feira, no Funchal, embora Moncho López tenha alertado, precisamente, para a capacidade de o opositor se manter no jogo e na eliminatória.

«O CAB é uma equipa competitiva, lutadora e bem orientada, mas hoje, se fosse outra equipa, teria perdido por mais», observou o treinador galego. «A nossa entrada de hoje foi muito diferente da de sexta-feira, sobretudo porque nos mostrámos determinados em marcar o ritmo defensivo zonal, de forma a pararmos os contra-ataques e pressionarmos os lançadores. A equipa esteve muito bem, apresentamos qualidade nas rotações e um jogo intenso, à Porto».

O norte-americano Julian Terrell, com um «duplo-duplo» de 17 pontos e 10 ressaltos, foi o MVP da partida.

FICHA DE JOGO

III Campeonato da Liga, playoffs, quartos-de-final, jogo 2
17 de Abril de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 1.111 espectadores

Árbitro principal: Sérgio Silva (Lisboa)
Árbitros auxiliares: Paulo Marques e Pedro Maia

FC PORTO FERPINTA (81): José Costa (7), Carlos Andrade (5), Nuno Marçal (9), Greg Stempin (14) e Julian Terrell (17); Sean Ogirri (4), Diogo Correia (0), João Soares (12), Pedro Catarino (0), Miguel Miranda (8), David Gomes (1), Miguel Cardoso (4)
Treinador: Moncho López

CAB MADEIRA (62): Nathan Menefee (18), Jaime Silva (0), Fred Gentry (4), Shawn Jackson (3) e Jorge Coelho (13); Jorge Freitas (3), Fábio Lima (12), Francisco Fernandes (6), André Boavida (3)
Treinador: João Freitas

Ao intervalo: 49-30
Por períodos: 23-9, 26-21, 12-12 e 20-20


in "fcp.pt"

Pinto da Costa: "Podem apagar a luz que sabemos o caminho"

No final do jogo com o Sporting, Pinto da Costa falou sobre o próximo confronto com o Benfica. Por entre a sua ironia habitual, o presidente do FC Porto admitiu que vai ser complicado dar a volta à eliminatória, mas recordou também que a Taça de Portugal está longe de ser uma prioridade para os portistas. "Benfica tem a vantagem de estar mais folgado, na medida em que hoje pôde poupar alguns jogadores, e admito que não será fácil. Mas isso não servirá de desculpa. Se não conseguirmos, paciência. Toda a gente sabe que a grande prioridade era o campeonato; preferia ganhar o campeonato a tudo o resto. Também já temos uma Supertaça, estamos nas meias-finais da Liga Europa. É uma época fantástica". Depois, novamente o apagão. "Foi uma coisa boa, para recordar, não é nada negativo. Foi giríssimo. Mas se quiserem apagar outra vez a luz não há problema nenhum, porque nós sabemos o caminho, apesar de haver por lá uns túneis. É preciso ter cuidado com isso". Pinto da Costa afirmou ainda que não tem "acompanhado bem" a carreira do Benfica, quando lhe perguntaram se o clássico de quarta-feira seria o jogo da época para o rival da Luz: "Para nós não será de certeza. O nosso jogo da época foi aquele que lá disputámos para o campeonato".

Pinto da Costa considerou ainda que o jogo de ontem foi "normal" e que "não merecia grandes comentários", tendo sido importante apenas para manter a invencibilidade do FC Porto no campeonato. Quanto às críticas à arbitragem feitas por Carlos Freitas, a história foi outra. "Estive com os dirigentes do Sporting e não me disseram nada. O senhor Carlos Freitas não é propriamente um dirigente, mas é a opinião dele...". José Couceiro também se queixou da pressão que o banco do FC Porto terá feito sobre Bertino Miranda, auxiliar de Artur Soares Dias. Uma vez mais, houve resposta. "Ele vai deixar de ser treinador do Sporting dentro de três jornadas e, se calhar, depois vai treinar para Espanha. Lá deverá ficar mais satisfeito com a posição dos bancos".

A concluir, o presidente portista exaltou as qualidades de André Villas-Boas - "tem pela frente uma grande carreira de treinador" -, mas não admitiu a sua saída no final da época. "Não compreendo o que querem dizer quando falam em segurar o treinador... O André Villas-Boas veio para o FC Porto, fez um contrato de dois anos, e já quando se falava que estava a ser requisitado por clubes assinou de livre vontade por mais um. Ainda agora disse, na Rússia, que não quer ouvir falar de outros clubes, porque nasceu no Porto e é do FC Porto", concluiu.

in "ojogo.pt"

FC Porto 3 - 2 Sporting (Declarações)

Falcao

"Tantos talentos fazem-nos melhores"

A fórmula não resulta sempre, mas, quando da soma dos talentos se obtém uma equipa a valer, o resultado é um campeão que desafia recordes e vai mostrando sempre mais forças, mesmo quando já atingiu a meta. Foi assim que Falcao explicou o triunfo no clássico de ontem. "Traduz o momento que estamos a atravessar", afirmou, dando como exemplo da personalidade do campeão a forma como soube reagir ao golo mais rápido da curta história do Dragão. "Começámos em desvantagem no marcador e o facto de termos conseguido dar a volta ilustra o valor desta equipa", declarou, quando se esperava que falasse mais dele do que dos outros. O colombiano, que, diante do Sporting, chegou aos 14 golos no campeonato e saiu, aos 79 minutos, debaixo de um fortíssimo aplauso, com o estádio a agradecer-lhe, de pé, os dois cabeceamentos que permitiram ao campeão dar a volta ao resultado, não se deslumbrou com a sua própria exibição. Voar sobre os centrais não tem segredos, explicou Falcao, para quem tudo se resume "dedicação, intuição para procurar a bola, posicionamento", e o resto é mérito dos outros. "Temos na equipa jogadores muito dotados, tanto no um para um como a centrar, e isso facilita", afirmou: "Quando uma equipa tem assim tantos talentos, ao juntá-los, consegue ser melhor do que as outras". Na Luz, terá de anular a vantagem de dois golos do Benfica, na meia-final da Taça de Portugal. "Dos objectivos que tínhamos para esta temporada, o principal já o conseguimos, que era vencer o campeonato", recordou Falcao, sem perder a ambição de um final feliz na eliminatória: "Esperamos ganhar, na quarta-feira. Tentamos sempre fazer o melhor possível".


Walter torce pela venda de Falcao

Walter voltou aos golos, o oitavo da época, e aproveitou a zona mista para dizer que foi um erro ter manifestado, a meio da semana, a vontade de voltar ao Brasil. "Não vou sair do FC Porto tão cedo porque é um grande clube e não digo isso só porque fiz um golo. A minha esposa está muito feliz, conversei com ela e vamos continuar aqui. Quem é que não quer ficar na Europa e jogar num grande clube? Não vou dar um passo atrás e voltar para o Brasil. Posso ser o terceiro ou quarto suplente, mas estou numa grande equipa", atirou.
Explicado este assunto, Walter abordou outro tema sensível: o do excesso de peso, revelando uma conversa que Villas-Boas teve consigo à frente de todo o grupo. "Disseram que fiquei de fora por causa da noite, mas a verdade não é essa. O mister disse-me: 'se não chegares ao teu peso certo, não jogas, nem és convocado'. E fiquei dois meses sem jogar. Consegui emagrecer e ele está a dar-me as chances que me prometeu", frisou, lembrando que foi Villas-Boas que o contratou. "Se me trouxe para cá é porque confia em mim".
O brasileiro entende que as razões pelas quais não tem muitos minutos nas pernas a cerca de um mês do final da época e manifestou um desejo curioso. "Lá na frente está um grande atacante, o Falcao, e não tenho como chegar a ele. Resta torcer para que as coisas lhe saiam bem e se ele for vendido, aí abre uma vaga".


Pinto da Costa tirou-lhe as medidas

Enquanto Walter revelava que torce para que Falcao continue a marcar muitos golos até final da época para ser valorizado e surjam interessados na sua contratação, para que possa aproveitar a vaga que o colombiano deixaria na equipa, Pinto da Costa passou por trás do jogador na zona mista e não resistiu a um comentário. "O Falcao está valorizado e o Walter também. E mais magrinho, e se ele estiver magrinho é outro Falcao".


Rúben Micael

"Queremos ganhar todos os jogos"

Um campeonato sem derrotas começa a deixar de ser pura ficção para o FC Porto. A vitória sobre o Sporting confirmou as suspeitas, e Rúben Micael até prometeu mais. "O mais importante foi termos vencido hoje [ontem]. Foi a 25ª vitória, faltam quatro jornadas e vamos fazer de tudo para ganhar todos os jogos. Na pré-época fomos muito criticados e creio que já alcançámos o maior número de pontos de sempre no campeonato. Vamos tentar ganhar o resto dos jogos para conseguir fazer o pleno."

in "ojogo.pt"






André Villas-Boas: "Só está ao alcance de grandes talentos"

A quente, na "flash interview", André Villas-Boas apenas falou de futebol. Fê-lo para ilustrar o tremendo mérito do triunfo portista no clássico. Depois de confrontado com as declarações de José Couceiro, porém, o discurso endureceu. A sugestão de que as equipas troquem de banco de suplentes, para a da casa não pressionar os árbitros, nem mereceu grandes comentários. "Dá-me igual", atirou, sem se rever na crítica e contrapondo à prática espanhola, citada pelo treinador leonino, o exemplo inglês para afastar uma "ideia estapafúrdia". "Reparem na proximidade dos bancos ingleses. As pessoas tratam-se com respeito, e isso é muito melhor para a modalidade." Mais importante para o jovem campeão nacional foi o discurso de Couceiro antes do jogo. "Quis quebrar a invencibilidade do FC Porto como se fosse a coisa mais fácil do mundo, não teve o respeito devido pelo que está a ser feito aqui. É muito fácil dizê-lo da boca para fora", criticou. "Agradeço-lhe as palavras", acrescentou, irónico, para concluir que, perante a derrota, "é natural" que Couceiro "se mostre relativamente frustrado". O que André Villas-Boas não vê com naturalidade é que os adversários coloquem a ânsia de derrotar o campeão invicto à frente dos seus próprios objectivos. "Levamos este compromisso a sério", explicou, sem valorizar o facto de ter igualado os 15 triunfos consecutivos de António Oliveira, mas destacando o de, no jogo de ontem, o FC Porto ter feito história no campeonato. "Foi batido o recorde de pontos para 16 equipas, o que é um grande orgulho nosso", sublinhou, decidido a manter este rumo sem que isso se torne a obsessão que observa nos adversários. "Faltam três jogos; se acontecer, aconteceu. O nosso compromisso é tentar ganhar todos os jogos, temos criado um número elevadíssimo de oportunidades que nos têm levado ao sucesso, mas pode perfeitamente acontecer. Não vemos isso como uma obsessão: o FC Porto foi campeão sem derrotas e o objectivo é terminar assim." Haja o que houver, André Villas-Boas não podia estar mais orgulhoso do "leque de talento inacreditável" que tem para gerir e que ontem venceu o adversário que faltava à história do título. Depois de ter estado em desvantagem no marcador, o FC Porto mostrou-se "capaz de responder novamente, com grande controlo emocional e agressividade mental", sem deixar perceber o esforço desta caminhada: "Não importa os números em que se traduz, é uma vitória clara da equipa que mais quis ganhar, que mais atacou de forma concisa e clara. Foi um grande esforço destes jogadores, tendo em conta a sobrecarga que levam do calendário. Ter esta resposta, com o campeonato resolvido, só está ao alcance de jogadores com um talento impressionante." Pelo orgulho que sempre dá, o triunfo no clássico é o tónico ideal para a Luz.


in "ojogo.pt"

O FC Porto um a um

A ESTRELA: Falcao 8

E vão seis golos ao Sporting, em duas épocas, e sete nos últimos quatro jogos do FC Porto. Incrível, também ele. Ontem bisou, mas podiam ter sido três ou quatro se Rui Patrício não estivesse numa noite inspirada e o poste direito não tivesse devolvido o primeiro cabeceamento. O goleador do FC Porto assinou a reviravolta no marcador com dois voos que resultaram em dois golaços: o primeiro pela capacidade de impulsão e colocação da bola; o segundo pela velocidade na antecipação a Polga. Dois lances que os olheiros dos muitos clubes presentes terão seguramente sublinhado no bloco de notas. O colombiano continuou o festival de finalizações até que saiu, aos 79', para a merecida ovação dos mais de 47 mil espectadores presentes.


Helton 6
Ficou pregado ao relvado, traído pelo desvio de bola em Valdés, após o remate de André Santos. Ou seja, ainda não fora chamado a intervir e já tinha sofrido um golo. Até ao intervalo, só teve de segurar, sem dificuldade, um remate de longe de Abel e agradecer que um cabeceamento de Djaló tenha saído por cima. Depois fez a mancha para encurtar o ângulo de remate a Valdés e saiu lesionado.

Sereno 7
Bastante atrevido, foi subindo no flanco, ainda que os lances não tivessem grande sequência. Parecia que ia ter uma noite complicada à custa de Valdés, a quem permitiu alguns cruzamentos, mas ganhou aos pontos esse duelo. Aos 56' quase marcou, num desvio de cabeça e, no lance seguinte, fez uso da velocidade para correr dezenas de metros e incomodar Valdés.
O espelho da tranquilidade.

Rolando 6
Sem esbracejar, sem correrias loucas, procurou estar no sítio certo, antecipando os lances. É certo que podia ter feito um pouco mais no segundo golo do Sporting e também que cortou, de forma involuntária, uma bola com a mão dentro da área já nos descontos.

Maicon 6
Aos 38', um lapso ao deixar que Yannick Djaló se antecipasse e cabeceasse com muito perigo. Teve outro já perto do final quando entregou a bola ao mesmo adversário, redimindo-se ao oferecer o corpo ao remate. De resto, esteve simplesmente impecável. Não inventou, mesmo que para isso tivesse de atirar a bola para fora, e esteve particularmente inspirado nos passes longos.

Álvaro Pereira 7
Fartou-se de recuperar bolas, impedindo que o Sporting criasse perigo pelo seu lado. Andou sempre muito subido no terreno e não parou de cruzar para a área do Sporting, variando no estilo e na intensidade, e foi assim que Falcao fez o empate.

Guarín 6
O centésimo jogo pelo FC Porto podia ter sido melhor se a bomba que enviou à baliza do Sporting, aos 18', não fosse direitinha às luvas de Rui Patrício. Andou muito atrás de Matias Fernández, mas abusou das subidas no terreno, criando alguns desequilíbrios que o Sporting aproveitou.

Rúben Micael 7
Uma exibição a reclamar mais minutos. A visão de jogo e a qualidade do passe foram excelentes, decidindo bem quase todos os lances e dando dinâmica ao jogo. Assistiu Guarín para a bomba à entrada da área e repetiu o movimento mais tarde, tendo Hulk como destinatário do passe. Com sorte à mistura, num remate enrolado permitiu o 3-1 a Walter. Antes podia ter assinado esse golo, mas não foi egoísta e tentou oferecê-lo a Hulk.

João Moutinho 7
Um erro tremendo - e pouco habitual - na recepção de bola permitiu que Valdés conduzisse o contra-ataque que resultou no golo do Sporting. O seu único erro em todo o jogo. Tentou compensar logo a seguir num grande cruzamento a que Falcao respondeu atirando ao poste. Foi o aviso para o brilhante lance que resultou no 2-1 do colombiano.

Hulk 7
Tão cedo não deve querer ouvir falar de Rui Patrício, que duas vezes lhe negou o golo com intervenções do outro mundo. Primeiro foi numa bomba para aí a 35 metros da baliza, depois num remate em jeito. Demorou um pouco a aparecer em jogo, mas privilegiou o jogo colectivo em vez do brilho individual, o que só lhe ficou bem.

Varela 6
Fintas desconcertantes, sprints entusiasmantes, mas, feitas as contas, pouco perigo conseguiu criar junto da defesa do Sporting. Até a finalização lhe saiu mal. Não se estranhou que tenha sido o primeiro a sair.

Mariano 5
Um bom cruzamento para Falcao e um remate disparatado de muito longe, entre a entrega que lhe é característica.

Beto 6
Entrou muito seguro, voando para afastar o perigo numa série de cruzamentos. Nada podia fazer no segundo golo do Sporting.

Walter 6
Continua com uma eficácia incrível: 11 minutos em campo (fora os descontos) e mais um golo, num desvio na cara de Patrício.

in "ojogo.pt"

Não se vendem gravatas na loja do mestre André

VILLAS-BOAS IGUALA RECORDE DE OLIVEIRA E COUCEIRO CONFIRMA TRADIÇÃO DE DERROTAS MÍNIMAS


Um dia, quando treinava o V. Setúbal, José Couceiro foi surpreendido pela oferta de uma gravata. Foi uma prenda de Pinto da Costa. O presidente do FC Porto deu-lhe a gravata azul que usou num V. Setúbal-FC Porto que os dragões venceram. A mesma gravata foi usada por Couceiro no dia em que se apresentou como treinador do FC Porto, onde teve um percurso que não fez história com a tal gravata azul que lhe foi oferecida pelo presidente do FC Porto, terminando na 3.ª posição, atrás de Benfica e Sporting.
Os anos passaram e hoje Couceiro é treinador transitório do Sporting e continua sem conseguir vencer o FC Porto e sempre a perder pela margem mínima. Na loja do mestre André Villas-Boas não há lugar para gravatas. O seu portismo tem origem na pia batismal. O laço que o une ao FC Porto é apertado e fica cada vez mais forte.
in "record.pt"

F.C. Porto-Sporting, 3-2 (crónica)

Leões ficaram no clássico até ao fim sem mudar o destino

O Sporting ficou no clássico até ao fim. José Couceiro falará de uma equipa ambiciosa, que discutiu o encontro enquanto não escutou o derradeiro apito de Artur Soares Dias. Talvez. Foi curto, ainda assim. O F.C. Porto mantém a invencibilidade e derrota um dos empatas da primeira volta. 3-2, num duelo interessante.


Matías Fernández marcou primeiro, antes da reviravolta azul e branca. Faltou algo ao Sporting na segunda parte, na meia-hora que antecedeu o tento de Walter. Os leões reapareceram nos últimos minutos, apostando na boa imagem, a prometer um futuro mais risinho. Atitude digna, melhor que o passado recente, mas insuficiente. Patrício foi o melhor em campo.

O F.C. Porto entrou com pose de campeão, feito celebrado nas bancadas com pompa e circunstância, regressando rapidamente à terra, com uma estocada letal de um leão ferido no orgulho. Tudo não passaria, no entanto, de um conjunto de boas intenções.


Sinal de alarme a despertar o campeão


Com menos de uma dezena de minutos, Matías Fernández silenciou o Dragão. O chileno inventou um lance, insistiu e foi bafejado pela fortuna, ao ver a bola rematada por André Santos seguir na sua direcção. Desvio providencial, enganando Hélton.


O sinal de alarme despertou o campeão, ainda sonolento. Como em tantas outras ocasiões, São Patrício defendeu a baliza leonina para lá do limite da razoabilidade. O poste também deu uma ajuda, mas nada vale quando uma equipa com grandes pretensões tem dois centrais de média dimensão.


Torsiglieri e Anderson Polga encolheram-se para assistir aos voos de Falcao, contribuindo em larga escala para a missão falhada do Sporting, neste clássico. À quarta, quinta investida, o F.C. Porto marcou. Alvaro Pereira cruzou na esquerda, Evaldo procurou compensar os centrais, chegando tarde para evitar o cabeceamento do goleador colombiano. 1-1, tudo em aberto.


Faltou bagagem na viagem do leão


José Couceiro pedia mais, a mesma postura inicial, um leão sem complexos de inferioridade. Isso aconteceu, é certo, durante alguns períodos. Os adeptos azuis e brancos viram um rival atrevido. Faltou, talvez, bagagem para suportar tamanha carga ofensiva do líder.


O tempo arrastava-se, à espera do segundo golo do F.C. Porto. Com uma ponta de ironia, sempre presente num jogo de múltiplas possibilidades. Logo ele, João Moutinho, a criar o lance que derrubaria a sua antiga equipa. 


Rui Patrício desviou para canto uma bomba de Hulk. O brasileiro foi à bandeirola e tocou para o médio. Este agigantou-se, fintou na linha e cruzou para Falcao, claro. De novo, o goleador pareceu ser mais alto que as torres leoninas. Golo, festejo exuberante de Moutinho, um triunfo particular logo ali.


Valdés fugiu da felicidade


O clássico chegava ao fim, pensaram os portistas. Passou o susto, normalidade reposta. Ou então não. Ao minuto 55, vinda do nada, uma oportunidade do tamanho do Mundo para o Sporting. Matías Fernández voltou a inventar algo, algo ao alcance dos predestinados, isolando Jaime Valdés.


O esforçado Valdés, com meio-campo ao seu dispor, correu, correu e correu mais um pouco. A cada toque de bola, a sensação de incerteza, como que um medo de ser feliz. Sereno, aposta pessoal de Villas-Boas, foi herói momentâneo ao recuperar terreno até incomodar o chileno. Remate ao lado, suspiros no Dragão.


A última meia-hora trouxe duas notícias. A boa, com o regresso de Izmailov à competição, e a má, com a lesão de Hélton a preocupar os dragões, levando à entrada de Beto. 


No mais, um Sporting esforçado, bem-intencionado e invariavelmente curto. Ainda não chega. Matías só marcou o segundo após o terceiro portista, apontado por Walter. Não chega. Nota para um lance duvidoso de Rolando, na área. Desvio não intencional com a mão, ajuizou o árbitro.

in "maisfutebol.iol.pt"

F.C. Porto-Sporting, 3-2 (destaques do F.C. Porto)

Falcao, imparável, sem dúvida
Há factos que dispensam adjectivos: marcou dois golos em dois bons cabeceamentos, atirou uma bola no poste e pregou um susto à defesa do Sporting de cada vez que uma bola era colocada na área. Falcao provou ser o melhor cabeceador do futebol português em muitos anos e um avançado temível.

Álvaro Pereira, mais uma assistência
Fez a quinta assistência na Liga, subindo ao quinto lugar desse ranking particular. O que já diz alguma coisa sobre a influência no futebol portista. Mais do que isso, porém, esticou o jogo da equipa pela esquerda, trouxe profundidade ofensiva e cruzou bem: numa outra bola dele, Falcao atirou ao poste.

Sereno, uma aposta ganha
Voltou a ser uma adaptação, desta vez a lateral-direito, perante as necessidades, e a verdade é que correspondeu inteiramente. Impossível ignorar aquele longo sprint para pressionar Valdés quando este surgiu isolado perante Helton. Pelo meio ainda cabeceou para grande defesa de Rui Patrício.

Ruben Micael, outra vez bem
A política de rotatividade, e as boas impressões deixadas na segunda parte do jogo em Moscovo, valeram-lhe a titularidade, à qual Ruben Micael respondeu bem. Como sempre, aliás. Esteve activo, circulou o jogo e deu dinâmica ao futebol. Já na parte final foi dele o remate que deu a Walter o terceiro.

João Moutinho, aquele festejo diz tudo
Nem estava a ter um jogo inspirado, ele que encontrou desta vez um ambiente mais favorável no reencontro com o Sporting. Na segunda parte, porém, passou por André Santos e cruzou para o segundo golo de Falcao. Depois festejou: um festejo que diz tudo sobre este Moutinho, insaciável de vitórias.


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F.C. Porto: Helton reavaliado esta segunda-feira

Guarda-redes é para já dúvida para o clássico da Luz


O guarda-redes Helton lesionou-se este domingo, no Estádio do Dragão, no clássico com o Sporting, e está em dúvida para o jogo da Taça de Portugal com o Benfica, no Estádio da Luz na próxima quarta-feira. O brasileiro teve de ser substituído por Beto durante a segunda parte do encontro.

Os responsáveis portistas ainda não deram nenhuma informação sobre o estado clínico de Helton, dizendo que o mesmo só é possível após a reavaliação a que vai ser sujeito esta segunda-feira. De qualquer das formas é normal que haja alguma preocupação antes do jogo decisivo.

Confrontado com este facto, o treinador André Villas-Boas garantiu que está tranquilo. «Não há qualquer tipo de ansiedade, porque os outros dois guarda-redes são guarda-redes de topo e que nos dão totais garantias. Confio no Beto e no Kieszek plenamente e sem limites», disse.

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