segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pinto da Costa: "Podem apagar a luz que sabemos o caminho"

No final do jogo com o Sporting, Pinto da Costa falou sobre o próximo confronto com o Benfica. Por entre a sua ironia habitual, o presidente do FC Porto admitiu que vai ser complicado dar a volta à eliminatória, mas recordou também que a Taça de Portugal está longe de ser uma prioridade para os portistas. "Benfica tem a vantagem de estar mais folgado, na medida em que hoje pôde poupar alguns jogadores, e admito que não será fácil. Mas isso não servirá de desculpa. Se não conseguirmos, paciência. Toda a gente sabe que a grande prioridade era o campeonato; preferia ganhar o campeonato a tudo o resto. Também já temos uma Supertaça, estamos nas meias-finais da Liga Europa. É uma época fantástica". Depois, novamente o apagão. "Foi uma coisa boa, para recordar, não é nada negativo. Foi giríssimo. Mas se quiserem apagar outra vez a luz não há problema nenhum, porque nós sabemos o caminho, apesar de haver por lá uns túneis. É preciso ter cuidado com isso". Pinto da Costa afirmou ainda que não tem "acompanhado bem" a carreira do Benfica, quando lhe perguntaram se o clássico de quarta-feira seria o jogo da época para o rival da Luz: "Para nós não será de certeza. O nosso jogo da época foi aquele que lá disputámos para o campeonato".

Pinto da Costa considerou ainda que o jogo de ontem foi "normal" e que "não merecia grandes comentários", tendo sido importante apenas para manter a invencibilidade do FC Porto no campeonato. Quanto às críticas à arbitragem feitas por Carlos Freitas, a história foi outra. "Estive com os dirigentes do Sporting e não me disseram nada. O senhor Carlos Freitas não é propriamente um dirigente, mas é a opinião dele...". José Couceiro também se queixou da pressão que o banco do FC Porto terá feito sobre Bertino Miranda, auxiliar de Artur Soares Dias. Uma vez mais, houve resposta. "Ele vai deixar de ser treinador do Sporting dentro de três jornadas e, se calhar, depois vai treinar para Espanha. Lá deverá ficar mais satisfeito com a posição dos bancos".

A concluir, o presidente portista exaltou as qualidades de André Villas-Boas - "tem pela frente uma grande carreira de treinador" -, mas não admitiu a sua saída no final da época. "Não compreendo o que querem dizer quando falam em segurar o treinador... O André Villas-Boas veio para o FC Porto, fez um contrato de dois anos, e já quando se falava que estava a ser requisitado por clubes assinou de livre vontade por mais um. Ainda agora disse, na Rússia, que não quer ouvir falar de outros clubes, porque nasceu no Porto e é do FC Porto", concluiu.

in "ojogo.pt"

2 comentários:

M disse...

Es um senhor!

P. Ungaro disse...

e que senhor ... "só" escolheu o AVB para ser o obreiro desta excelente campanha ... nem vale a pena falar do passado !!!

Um abraço