sábado, 7 de abril de 2012

Sp. Braga-F.C. Porto, 0-1 (crónica)

A estranha noite em que o pé direito de Hulk foi rei


Sp. Braga vs FC Porto (José Coelho/LUSA)A atração pelo hostil impulsiona o F.C. Porto para um sítio melhor. É no grau máximo da dificuldade que a equipa se transcende: Luz e Braga são argumentos convincentes e frescos na memória. Grande resposta do dragão na pedreira, liderança consolidada e Hulk a resolver 90 minutos de história riquíssima.

Há uma pulsão que mexe a alma azul e branca, agita-lhe o orgulho e torna-a melhor. Sempre em campos de tormenta e sangue. Porquê? Os bons mistérios levam anos a serem decifrados. Mais fácil é registar o adeus minhoto ao título. 

A quatro jornadas do fim, o Sp. Braga desaparece do retrovisor azul e branco. Os minhotos terão adiado, certamente, um sonho legítimo e ajustado. Duas derrotas consecutivas perante os dois mais sérios contendores evocam uma limitação que, por certo, Leonardo Jardim já terá sinalizado. 

A palavra passa para o Benfica. Segunda-feira, em Alvalade, a margem de erro da águia é zero.

Voltemos aos entes estranhos do jogo. Hulk tudo solucionou da forma menos esperada. De pé direito, apenas pela terceira vez desde que está no Dragão. 

Para se perceber o pasmo, podemos dizer que foi o mesmo que ver Guilherme Tell a acertar na maça de G3, Zorro desembainhar um lança-misseís ou Dirty Harry gritar «make my day, punk» de fisga na mão. 

Uma impossibilidade, afinal, tão real. O golo surgiu aos 55 minutos, nasceu torto e acabou debruado da maneira menos previsível. Passe errado de Hugo Viana, que minutos antes falhara um golo certo, assistência soberba de James Rodríguez e arrancada estoica de Hulk até definir como lhe contávamos. 

E se a forma poderá surpreender, o conteúdo não. O golo foi, aliás, a lógica de uma atuação autoritária, a fremir ardências e a delirar uma e outra vez amostras de beleza apreciável. 

Exceção feita a um período inicial de registo xadrezista - Karpov e Kasparov pensativos numa mesa sensaborona - o F.C. Porto teve mais arrojo, mais ambição, mais qualidade. Lucho, de resto, anunciou por duas vezes no primeiro tempo o que aí vinha. Dois passes de Hulk, dois remates para defesa de Quim. 

Isto, ainda antes do guarda-redes do Sp. Braga voar para a defesa do ano, da época, da vida. Bomba de Hulk e estirada extraordinária do internacional português. 

Tudo isto eram indicadores preciosos do acosso azul e branco, interrompido apenas de longe a longe e quase sempre sem grandes motivos de alarme. A exceção será o tal falhanço de Hugo Viana, mesmo antes do único golo do jogo. 

Sejamos claros: o F.C. Porto sai de Braga muito mais favorito ao título do que na hora da chegada. O desabrido de Hulk, o talento de James e a surpresa agradabilíssima de Steven Defour encobriram a queda física de Lucho, a noite fraca de Alvaro Pereira, a ausência de Fernando e um equívoco chamado Kléber. 

Claro que o Sp. Braga tentou, arriscou na fase do desespero e teve fases interessantes. Tudo insuficiente para quem jogava a decisiva cartada na candidatura ao título. A cidade engalanou-se, o estádio exultou e esperou uma resposta que não surgiu. 

Faltou a letalidade de Lima, a inteligência de Mossoró, a liderança de Alan. Faltaram demasiadas coisas para um jogo só. Restam as promessas e os sintomas animadores de uma temporada brilhante, ainda assim. 

A noite foi do pé direito de Hulk e a arbitragem de Olegário Benquerença esteve em bom nível. Esta Liga é mesmo um lugar estranho.

in "maisfutebol.iol.pt"

Sp. Braga-F.C. Porto, 0-1 (destaques portistas)

Hulk voltou a ser decisivo na noite em que Defour foi gigante


A figura: Hulk

Voltou a ser decisivo. Figura maior do campeão nacional, encaminhou o F.C. Porto para o «bi», num lance mortífero sem arma mortal. O pé esquerdo que o mundo conhece de pouco lhe servia naquela posição. Hulk não hesitou, como outras vezes, e mostrou que o direito também serve para alguma coisa. Se o F.C. Porto conservar a vantagem e chegar ao fim campeão não deixará de ser estanho que, por ventura, o maior carimbo, tenha sido tirado do pé imperfeito do «Incrível». Atípico. Mas se calhar este estranho campeonato estava a pedir uma imagem assim...

A desilusão: Álvaro Pereira

Desconcentrado. Deu espaço de mais a Alan e Miguel Lopes e foi pelo seu flanco que o Sp. Braga criou mais perigo. Lima aproveitou o avanço do uruguaio e rematou perto, depois de entrar por aquele lado. Miguel Lopes arrancou amarelo a Defour, num lance no limite da grande penalidade. Onde andava Alvaro? E a atacar não salvou a noite. Dificuldades incomuns no controlo de bola, descoordenação com os companheiros, desacerto nos cruzamentos. Uma noite que correu verdadeiramente mal. Por isso (e pelo amarelo) deu o lugar a Defour a meia hora do fim. Não gostou de sair, mas parecia estar mesmo a pedir.

Outros destaques

Defour
Enorme. Realizou a sua melhor exibição em Portugal, mostrando aos portistas mais descrentes que pode ser uma peça muito importante na equipa. Numa posição que não é a sua, demorou um pouco a entrar no jogo e o amarelo que viu no primeiro tempo, num lance em que arriscou de mais e que deixa algumas dúvidas, ameaçou bloqueá-lo. Ilusão apenas. Cresceu com o tempo e fez um segundo tempo extraordinário, acompanhando de perto Moutinho, roubando inúmeras bolas, saindo a jogar com classe e sem receio. Lavrou o campo de um lado ao outro, entregou-se totalmente. Cumpriu, em suma. Como nunca até agora. 

Otamendi
Impecável. Brilhante na antecipação, claramente o seu ponto forte, e certinho a fechar e a tapar o espaço aos avançados bracarenses. Não conseguiu o brilharete da época passada, quando fez dois golos em Braga, mas leva, de novo, nota bem positiva. Rolando vai ter de esperar mais um pouco. 

João Moutinho
Só a inesperada ascensão de Defour no jogo lhe tirou parte do protagonismo que vem gozando. O momento de forma é soberbo e consegue contagiar os companheiros. Como se os fizesse acreditar num futuro risonho que, afinal de contas, o F.C. Porto tem à distancia de quatro jogos. Esteve bem. Muito bem. Foi enorme. Melhor dizendo. Foi Moutinho, do primeiro ao último minuto.

Lucho
Que tem pezinhos de lã já todos os adeptos portugueses, mais ou menos atentos ao futebol, sabiam. Mas costuma ser mais mortífero com espaço. É verdade que os dois passes de Hulk, na primeira parte, foram de encontro ao seu pior pé, mas pedia-se mais determinação no remate. Lucho é mais classe do que força, já se sabe. Mas há alturas em que é preciso ser bruto para abrir portas. 

Kléber
Supresa, só no onze. Em campo não alterou o chip das últimas aparições. Distante dos companheiros, com pouco jogo, limitou-se a correr, receber e entregar. Pouco. Ficou no balneário ao intervalo.

in "maisfutebol.iol.pt"

Sp. Braga-F.C. Porto: trunfo de um, fraqueza do outro

«Arsenalistas» dominam bolas paradas, «dragões» são melhores de bola corrida.


Os trunfos de um são a fraqueza do outro. É essa a conclusão que se tira, depois de analisada a forma como Sp. Braga e F.C. Porto chegam aos golos (e também como os sofrem). As bolas paradas são um triunfo «arsenalistas» e o tendão de Aquiles dos «dragões», que se redimem de bola corrida.

A equipa de Vítor Pereira já sofreu treze golos na sequência de lances de bola parada, sendo que cinco dos quais resultaram de livres indiretos (um de livre direto, três de canto, três de penalties e um de lançamento lateral). A formação orientada por Leonardo Jardim tem só oito tentos sofridos de bola parada, quatro dos quais de canto (três penalties e um lançamento lateral). 

A supremacia bracarense nas bolas paradas estende-se ao ataque, com vinte e três golos marcados dessa forma, contra apenas quinze do adversário deste sábado. Em toda a Liga não há quem marque mais de cabeça do que o Sp. Braga (treze tentos).

Olhando para os golos marcados de bola corrida, verifique-se o inverso: foi assim que o F.C. Porto conseguiu 41 dos 56 tentos (73 por cento), e o Sp. Braga conseguiu 31 dos 54 (57 por cento). Em termos defensivos a equipa de Vítor Pereira só sofreu quatro tentos de bola corrida (24 por cento), contra catorze da formação de Leonardo Jardim (64 por cento). Nove dos quais pelo lado esquerdo da defensiva, normalmente entregue a Elderson.

Golos ficam para o fim

Analisando a autoria dos golos, por setores, reparamos que no Sp. Braga festejam sobretudo os pontas de lança, e menos os extremos. Lima (19), Nuno Gomes (5) e Carlão (1) marcaram 46 por cento dos (54) tentos. No F.C. Porto marcam mais os extremos do que os pontas de lança: James (12), Hulk (9), Varela (3) e Rodríguez (1) somam 25 tentos, contra apenas onze de Kléber (6), Janko (3) e Walter (2).

Sp. Braga e F.C. Porto aproximam-se mais no «timing» para marcar golos: normalmente fica para o fim. Tanto os «arsenalistas» como os «dragões» festejaram 52 por cento dos tentos na última meia hora. 

No que diz respeito à equipa de Leonardo Jardim é uma tendência que se aplica também aos golos sofridos, já que consentiram 55 por cento dos tentos no mesmo período.

in "maisfutebol.iol.pt"

Sp. Braga-F.C. Porto (antevisão): pedreira do título

Dragões chegam ao Minho com dois pontos de vantagem


O Momento:

SP. BRAGA: o brilhante ciclo de 13 vitórias seguidas foi interrompido na passada semana. A equipa perdeu por 2-1 no Estádio da Luz, mas mostrou que se comporta como uma equipa grande. Adulta, tranquila, a jogar olhos nos olhos contra o Benfica. No regresso a casa, é importante lembrar que os arsenalistas estão a dois pontos do F.C. Porto e na pedreira (do título?) cederam apenas um empate em 12 jogos. 

F.C. PORTO: aí está o Porto, novamente na frente do campeonato. A vitória no passado fim de semana, frente ao Olhanense, mostrou uma equipa segura e confiante, algo que não se tem visto com a regularidade esperada esta época no Estádio do Dragão. A visita ao Minho reserva sempre dificuldades enormes, mas os campeões nacionais sabem que são os únicos a depender só de si na corrida ao título. 

Ausências:

SP. BRAGA: Paulo Vinícius, Leandro Salino, Rúben Amorim e Baiano (lesionados)

F.C. PORTO: Fernando e Danilo (lesionados)


Discurso direto:

LEONARDO JARDIM: «Penso que o jogo não será decisivo. Existem quatro jornadas depois e muitos pontos em disputa. Naturalmente será um fim de semana importante. Cada vez mais é difícil ganhar jogos e existirá campeonato até ao fim. O F.C. Porto tem a estrutura do ano passo, exceção feita ao Falcao».

VÍTOR PEREIRA: «Até pela classificação e pelos resultados, o Sp. Braga tem sido consi-derado na luta pelo título. Sabemos bem como se organiza, quais são os pontos fortes e os que podemos explorar. Esperamos um jogo competitivo entre duas boas equipas».

Registo histórico:
Em 55 visitas a Braga, o F.C. Porto venceu 30. Os dragões empataram 13 vezes e perderam 12. Um saldo positivo, portanto, para os azuis e brancos. Nos últimos cinco anos, duas vitórias para o Braga e três para o Porto.

Equipas prováveis:

SP. BRAGA: Quim; Miguel Lopes, Douglão, Nuno André Coelho e Elderson; Custódio e Hugo Viana; Alan, Mossoró e Hélder Barbosa; Lima

Outros convocados: Tommaso Berni, Ewerton, Vinícius, Djamal, Luís Alberto, Ukra, Paulo César, Nuno Gomes e Carlão

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Maicon, Otamendi e Alvaro Pereira; Lucho Gonzalez, Steven Defour e João Moutinho; Hulk, Marc Janko e James Rodríguez

Outros convocados: Bracali, Rolando, Alex Sandro, Varela, Djalma, Juan Iturbe e Kléber

in "maisfutebol.iol.pt"

«Não poderia recusar um convite do United» – James

Numa altura em que surgem notícias do alegado interesse do Manchester United, o jovem extremo colombiano James Rodriguez reconheceu que seria complicado recusar a oportunidade de jogar ao serviço dos «red devils».

«Não poderia recusar um convite do Manchester United. Por agora estou concentrado na minha aventura em Portugal, mas qualquer proposta dos “red devils” seria complicado declinar», afirmou James, em declarações ao Nuovo Estadio.

James está a realizar uma boa temporada na Liga, onde já contabiliza 12 golos e é o terceiro melhor marcador.


in "abola.pt"

Champions quase garantida

NA IMINÊNCIA DE CARIMBAR O PASSAPORTE



O FC Porto pode assegurar matematicamente um lugar de acesso à próxima edição da Liga dos Campeões, nesta 26.ª jornada da Liga Zon Sagres. Para o conseguir no imediato, o campeão nacional depende, contudo, de outro resultado, no caso o Marítimo-Nacional. Certo é que a equipa já está à porta da principal prova europeia de clubes e dos milhões que dela podem vir.
Conforme é de conhecimento público, os três primeiros classificados desta Liga Zon Sagres vão disputar a próxima edição da Champions, sendo que os dois primeiros têm entrada direta, enquanto o 3.º classificado terá ainda de disputar a 3ª pré-eliminatória da competição.
in "record.pt"

Rolando volta à balança

PODE BENEFICIAR DO ESTILO ATACANTE DOS ARSENALISTAS



Rolando viu o seu peso na equipa do FC Porto colocado em causa na última jornada, quando Vítor Pereira o sentou no banco, mas promete por de novo um pé na balança da... titularidade. Isto a julgar pela justificação avançada pelo próprio treinador portista para o facto de o ter remetido à condição de suplente: Rolando só deixou o onze porque o perfil ofensivo do Olhanense pedia jogadores com as características de Maicon e Otamendi no eixo da defesa.
Se a lógica imperar, a reentrada de Rolando no onze está dependente do estilo atacante do adversário de hoje.E como é que oSp. Braga procura o golo? De uma forma substancialmente diferente da do Olhanense. As semelhanças verificam-se, somente, no capítulo da estrutura: as duas equipas posicionam-se – no papel... – num 4x2x3x1 em que dois alas velozes e um médio-ofensivo alimentam um avançado-centro. Tudo o que é porventura parecido termina aqui e as diferenças saltam à vista.Lima é um avançado repentista que faz da mobilidade uma das suas principais armas e, por isso, substancialmente distinto do ponta-de-lança da natureza posicional que é Meza, do Olhanense.
in "record.pt"

SUB15 ELIMINADOS NA NIKE PREMIER CUP

A equipa Sub15 do FC Porto foi esta sexta-feira eliminada da Nike Premier Cup, após perder, no desempate por grandes penalidades (2-3), com a AD Oeiras. No final do tempo regulamentar registava-se um empate sem golos.

Os Dragões ficaram assim de fora nos quartos-de-final da fase nacional da competição, que dava acesso ao torneio europeu, em Polz, na Polónia.



in "fcp.pt"

JUNIORES GOLEIAM NACIONAL (4-0)

O FC Porto venceu na tarde desta sábado o Nacional por 4-0, em jogo a contar para a 9.ª jornada do campeonato nacional de juniores. Com este resultado os Dragões mantêm a terceira posição, com menos dois do que o Benfica, adversário na próxima jornada.

A subida de forma do FC Porto voltou a confirmar-se esta jornada, com uma goleada que expressa a superioridade dos jovens Dragões.

A entrada no jogo foi muito forte e aos 38 minutos o FC Porto já vencia por 3-0, confirmando a goleada na segunda parte, com mais um golo.

Na próxima jornada, marcada para 21 de Abril, o FC Porto desloca-se a Lisboa, para defrontar o Benfica, oportunidade para ultrapassar o actual líder e que na primeira volta perdeu por 0-3 com o FC Porto.



in "fcp.pt"

FC Porto hoje na final

O FC Porto disputa hoje a final do Torneio de Matosinhos frente ao ISMAI, depois de ontem ter vencido, na sua poule, o CALE, clube organizador, por 33-17, e o Xico Andebol, por 28-27. Os portistas alinharam com a melhor equipa, excetuando os jogadores que estão nas Seleções. Em femininos, a final será disputada por CALE e Juve Mar. Refira-se ainda que os juniores do FC Porto venceram ontem o I Algarve Handball Cup, torneio jogado em Lagos.


in "ojogo.pt"

James Rodríguez ameaça Hulk debaixo do olho dos colossos

Falta um golo a James Rodríguez para igualar Hulk e subir ao topo dos melhores marcadores portistas ao longo de toda a época. No campeonato, há muito que o colombiano lidera a sós, com 12 golos marcados, mais três do que o brasileiro, mas bastante abaixo dos 19 com que Lima lidera a lista da Liga ZON Sagres. A diferença entre os dois está, essencialmente, nas competições europeias, onde Hulk faturou por quatro vezes e James apenas uma, em São Petersburgo. O brasileiro tem ainda mais um tento para a Taça da Liga.
Ao todo, o Incrível conta 14 golos, contra 13 do colombiano, que nesta fase volta a puxar para si o protagonismo, depois de um apagão de quatro jogos que se seguiu à glória vivida no Estádio da Luz e ao estatuto de "arma secreta" que conquistou com três golos a partir do banco dos suplentes em menos de um mês. Desta feita, James volta a ser titular indiscutível. Ao entrar hoje em campo, somará o terceiro jogo consecutivo para o campeonato nessa condição. Há quase quatro meses que isso não acontecia, mas Braga não poderia, para si, surgir em melhor altura. Além da confiança que o golo ao Olhanense lhe injetou, nas bancadas estarão, entre muitos outros, observadores de Inter de Milão, Manchester United ou Paris Saint-Germain, clubes que recentemente foram associados ao futuro do jogador.
Os holofotes estarão, pois, sobre James Rodríguez, que tem a perfeita noção da importância deste jogo nas contas do título. "Amanhã [hoje], jogo decisivo", escreveu na sua página de Facebook. "Muito importante", frisou, agradecendo também as mensagens de apoio que foi recebendo ao longo do dia. Na conta de Twitter também considerou "importante" o jogo e mostrou-se "preparado para chegar da melhor maneira".
O Braga é um dos cromos que faltam na caderneta de golos de James. Apesar de ter menos de duas épocas no futebol português e de "só" contar 20 golos de azul e branco, dos clubes que competem no primeiro escalão só ainda não marcou a Sporting, Gil Vicente, Braga e Paços de Ferreira. Mas só com os dois últimos teve já mais de uma oportunidade para o fazer.

in "ojogo.pt"

Quem fica a sós?

Há uns meses, Lima e Hulk cruzaram-se num restaurante, trocaram cumprimentos e seguiram, cada qual para o seu lado. Hoje, o ritual repete-se, mas alguém vai passar fatura. As referências atacantes de Braga e FC Porto - as duas únicas equipas que marcaram sempre na segunda volta do campeonato - têm mais pontos de contacto do que a história desta Liga recomenda.
A questão é simples: ou alguém dispara, prescindindo da companhia do outro, ou a palavra passa para o Benfica de Cardozo, que ficará com a liderança à mercê se os dragões não vencerem no AXA.
Dito assim, parece que a bola está do lado do FC Porto, mas o Braga não precisa de assumir a candidatura verbalmente quando o faz semana após semana em campo. Os minhotos correm pelo título, mas uma derrota acabará com o sonho e o empate pode permitir a descolagem das águias. O diálogo paralelo a esta conversa a três será travado por Lima e Hulk, os tais jogadores que já dividiram protagonismo na primeira volta (dois golos para cada), nos prémios mensais da Liga (dois para cada um) e até no percurso que os trouxe até aqui e que começou com uma primeira passagem quase anónima por Portugal.
É certo que a tabela dos melhores marcadores desequilibra a balança para o lado de Lima, mas o máximo goleador da temporada passada tem compensado com assistências o que tem perdido em remates certeiros. Num duelo entre treinadores que também têm uma história muito idêntica, discutem-se sobretudo competências coletivas que ganham expressão nos jogadores que decidem. Lima e Hulk são a sinédoque de um duelo decisivo. Quem vai ficar a falar sozinho?

Moutinho ampara Defour na ausência de Fernando


Fernando não joga hoje em Braga. O treino de ontem subtraiu o médio das opções de Vítor Pereira, depois de ter "apresentado queixas dolorosas" e de se ter "limitado a realizar tratamento" na última sessão de trabalho antes do confronto desta noite. Fernando tinha sofrido uma contusão na perna direita durante a partida com o Olhanense, tendo terminado esse jogo em dificuldades físicas, sem que tivesse sido substituído. No entanto, depois de ter falhado os primeiros treinos da semana, o médio regressou na quarta-feira aos trabalhos com a equipa, tal como estava inicialmente previsto. Ainda anteontem Vítor Pereira deu a entender que teria o médio pronto para jogar na Pedreira, mas também explicou, inclusivamente, o que faria se não tivesse Fernando. E foi isso que acabou por acontecer. "Esperemos que esteja recuperado. Se não for possível, jogamos com outros jogadores que dão garantias, numa dinâmica diferente, pois têm características diferentes."
Pois bem, O JOGO foi à procura de perceber o que muda na equipa sem Fernando e encontrou as respostas em Pedro Caixinha, treinador do Nacional que defrontou recentemente o FC Porto sem... o Polvo. No desenho da equipa, mudará pouco com a entrada de Defour, embora a dinâmica vá ser diferente, defende Caixinha, sobretudo porque a falta de Fernando mexe nas funções de João Moutinho. "Com o Fernando em campo, o João [Moutinho] tem maior liberdade para fazer o vaivém, para pegar no jogo em zonas mais recuadas e esticá-lo até à frente. Não havendo Fernando, o João terá de ficar mais preso a zonas recuadas, de forma a oferecer um maior equilíbrio defensivo à equipa", começou por explicar o treinador do Nacional.
De uma forma mais abrangente, Pedro Caixinha considera que a ação de Fernando é importante na forma como a equipa defende, mas pode ser ainda mais importante na forma como a equipa... ataca. "O equilíbrio defensivo que o Fernando oferece à equipa permite libertar mais facilmente os outros jogadores para saírem para o ataque. Ele permite que a equipa arrisque mais, porque os seus companheiros sentem que depois é mais fácil recuperar a bola no momento da perda", defendeu.
No meio de tantas dúvidas sobre a forma como o FC Porto irá responder no jogo desta noite, sobra apenas uma certeza: Fernando "é um jogador importante" e "vai fazer falta".


Três jogos, três resultados diferentes


Fernando não foi titular em 12 jogos durante esta temporada e o FC Porto venceu sete, empatou dois e perdeu três. Para a análise que interessa, tendo em conta o jogo em Braga, o foco recai essencialmente nos últimos três jogos, altura em Vítor Pereira utilizou a mesma configuração do meio-campo que iniciará a partida de hoje (Defour, Moutinho e Lucho). Neste caso, os resultados não são tão animadores. E se os portistas até começaram com uma vitória na Madeira (2-0), diante do Nacional, o que se seguiu foi uma derrota na meia-final da Taça da Liga (2-3) e um empate (1-1) na deslocação a Paços de Ferreira, onde Fernando foi utilizado apenas na segunda parte.

Jogos sem Fernando a titular


Competição Adversário Resultado


Campeonato (J24) Paços de Ferreira (f) 1-1
Taça da Liga Benfica (f) 2-3
Campeonato (J23) Nacional (f) 2-0
Campeonato (J17) Gil Vicente (f) 1-3
Taça da Liga Estoril (c) 1-0
Taça de Portugal Pêro Pinheiro (f) 8-0
Campeonato (J5) Feirense (f) 0-0
Campeonato (J4) Setúbal (c) 3-0 Supertaça Europeia Barcelona 2-0
Campeonato (J2) Gil Vicente (c) 3-1
Campeonato (J1) Guimarães (f) 1-0
Supertaça Guimarães 2-1



Lucho também "sofre" sem o Polvo


Nos últimos três jogos em que apresentou Defour no lugar de Fernando - com a companhia de Lucho e Moutinho -, o FC Porto só venceu por uma vez, precisamente na Madeira, frente ao Nacional. No entanto, Pedro Caixinha recordou as muitas oportunidades que a sua equipa teve para marcar e até as explicou, em parte, com a ausência de Fernando. "Tivemos várias possibilidades de marcar, porque o espaço oferecido no meio permitiu-nos colocar várias bolas nas costas da defesa ou nos corredores laterais." A culpa voltou a ser da "ausência" de Fernando, que também tem implicações no jogo de Lucho. "Como não tem Moutinho tão perto dele, joga mais sozinho. A bola não lhe chega com tanta qualidade, nem em tanta quantidade", explicou.


"FC porto é favorito e vai ganhar 2-1"


Avançar com um prognóstico num jogo considerado de tripla não é um desafio fácil de aceitar. As hipóteses de errar, por força da classificação das equipas e da campanha que têm realizado, são bastante elevadas, mas Deco enfrenta-o com a mesma naturalidade com que fazia gato-sapato dos marcadores diretos e aposta num triunfo do líder do campeonato. "Não vai ser um jogo com muitos golos, mas acredito que o FC Porto vai ganhar por 2-1", indicou o internacional português, que não esconde a enorme paixão que sente pelo clube azul e branco, muito por culpa dos anos de glória que nele viveu. A análise, porém, foi feita com a cabeça e não com o coração. "Por muito que o Braga esteja bem e a realizar uma grande época, o FC Porto é favorito para ganhar este jogo e para ser campeão nacional. O FC Porto é mais forte", sublinha o médio.


Djalma é solução alternativa


A ausência de Fernando precipitou o regresso aos convocados de Djalma, menos de um mês depois de ter saído lesionado contra a Académica, no último empate no Dragão registado pelo FC Porto.
O angolano será, ao que tudo indica, uma solução para Vítor Pereira lançar a partir do banco se a equipa estiver a perder. Varela, pelo que subiu de rendimento neste ano civil, será sempre o extremo de prevenção a Hulk e James. Mas Djalma já foi útil como lateral-direito muito ofensivo em jogos tão decisivos como o que se prevê hoje. Na Luz, por exemplo.
Em relação aos outros convocados, destaca-se a permanência de Iturbe, um dos que, antes de se saber que a lesão de Fernando é impeditiva, estariam na calha para deixar entrar Djalma. Mangala volta ser o único jogador de campo disponível a ficar de fora. O facto de Maicon estar destacado para jogar no eixo relega Rolando para o banco e deixa o francês no papel de quarto central.
Os outros ausentes são Danilo e Fernando, que estão lesionados, e Cristian Rodríguez, de saída do clube.

in "ojogo.pt"