quarta-feira, 9 de março de 2011

O relatório do espião

Bruno Alves sabe o que é preciso fazer para derrotar o CSKA. Afinal, no domingo conseguiu-o com o Zenit, conquistando a Supertaça da Rússia. O central mediu o pulso ao adversário europeu do FC Porto e não tem dúvidas em considerar a sua antiga equipa "superior". Por isso, acredita na passagem à fase seguinte e não se importava de marcar já um reencontro para Dublin. "Era sinal que as duas equipas chegavam à final", atirou. Através de O JOGO deixou alguns conselhos aos ex-companheiros e traçou o perfil dos russos.

O internacional português diz que o FC Porto "tem muitas chances" de eliminar o CSKA. "Acredito que, mantendo a postura e qualidade de jogo, pode fazer um bom resultado já aqui na Rússia para depois gerir no Dragão", referiu desde São Petersburgo interrompendo a preparação da mala de viagem. Holanda é o próximo destino do central, onde vai defrontar o Twente, também para a Liga Europa. "Estivemos muito bem na fase de grupos, vencemos os jogos todos e agora passámos o Young Boys com alguma dificuldade, virando a eliminatória em casa. Somos fortes e vamos fazer os possíveis por continuar em prova, afastando o Twente", referiu. Depois, haverá novo sorteio e em sorte poderá sair o FC Porto, se eliminar o CSKA, naturalmente. "Gostava de os encontrar apenas na final, era bom sinal para os dois lados, mas ainda há um longo percurso a percorrer. O FC Porto é um clube especial, tenho um enorme carinho por todos, desde os adeptos, aos dirigentes e aos companheiros que lá deixei. Seria um jogo marcante na minha carreira", considerou.

Há oito meses na Rússia, Bruno Alves já pisou o sintético onde o FC Porto vai disputar a partida de amanhã e diz que o pior vai ser o frio. "Os relvados aqui dão para praticar bom futebol e até ajudam quem tem qualidade, como é o caso do FC Porto. O ambiente que vai encontrar será bastante adverso não só pelos adeptos fanáticos, mas sobretudo pela temperatura, que não é a mais adequada. O CSKA é uma equipa que joga bem, organizada e que aposta muito no contra-ataque. Os jogadores conhecem-se bem, estão juntos já muito tempo", lembrou.


Perigos do CSKA

"O Doumbia e o Vágner Love formam uma frente de ataque perigosa. O guarda-redes é bom e os centrais têm bastante experiência, embora não sejam rápidos. É preciso ter cuidado com as bolas paradas marcadas pelo japonês Honda. O CSKA chega com facilidade ao ataque."


A explorar

"Explorem as faixas porque os laterais do CSKA gostam de subir no terreno e deixam espaços que podem ser aproveitados. Os centrais não são muito rápidos e o Falcao, se for bem assistido, terá grandes probabilidades de marcar. Penso que o FC Porto deverá assumir uma postura um pouco mais de expectativa, para ver o que dá, e aproveitar o contra-ataque."


Relvado

"A relva artificial apresenta boas condições e até pode potenciar as qualidades técnicas dos jogadores do FC Porto. A maior dificuldade será a trajectória da bola e perceber se ela vai prender ou rolar mais rápido. Quando treinarem aqui têm de fazer muita circulação e passes, para que a adaptação seja total."


Frio

"A temperatura não é a mais adequada, mas já esteve muito pior. Acompanhei o jogo em Viena, na neve, e mesmo aí as qualidades do FC Porto evidenciaram-se."

Quando o "Tiempo" faz toda a diferença

Bruno Alves trocou recentemente de chuteiras. Deixou as "Mercurial" e passou a calçar as "Tiempo", num novo modelo da Nike que já ajudaram a derrotar o CSKA de Moscovo, na Supertaça da Rússia. Trata-se, segundo revelado pela marca norte-americana, de botas com palmilha moldada de alta performance, uma zona do calcanhar ajustada, que assegura uma maior comodidade e ajuste ao pé; pítons injectados numa estrutura de carbono para uma maior resistência e retorno de energia e uma parte superior em pele que oferece um ajuste e rendimento excelente em todas as condições. Características elogiadas pelo internacional português. "Joguei com as "Mercurial" durante três anos e estava fascinado, mas entretanto experimentei as "Tiempo" e são, de facto, muito mais confortáveis. Têm um grande toque de bola e ajudam nos relvados mais duros daqui".

"FC Porto precisava de alguém como Villas-Boas"

Bruno Alves saiu do FC Porto para o Zenit no início de Agosto e trabalhou sob as ordens de Villas-Boas apenas duas semanas, tempo suficiente para perceber que Pinto da Costa acertara em cheio. "Deu para ver que é um treinador com personalidade, bem organizado, com ideias claras e próprias que transmitia ao grupo de trabalho. E quando se acredita no próprio trabalho tudo fica mais fácil. O FC Porto precisava disto. Está muito forte, quer no campeonato quer na Liga Europa. É uma equipa que está muito bem organizada em campo e que é muito difícil de bater", sublinhou. O FC Porto tem a melhor defesa dos campeonatos europeus e Bruno Alves não estranha. "A minha vaga foi bem preenchida. Sempre acreditei que havia alternativas de qualidade. A afirmação do Rolando, do Maicon e do Otamendi é a prova disso mesmo. Têm muita qualidade e podem jogar ao mais alto nível. São jogadores motivados que querem fazer parte da história do clube. Além disso, ainda têm grande margem de progressão", considerou.

in "ojogo.pt"

Pinto da Costa: "Um dia todos os árbitros vão recusar apitar o Benfica fora"

Pinto da Costa não parece ter ficado surpreendido com a reacção do Benfica à derrota em Braga. Ora, antes mesmo de embarcar para a Rússia, onde o FC Porto defronta amanhã o CSKA de Moscovo, o presidente portista referiu-se, questionado pelos jornalistas no aeroporto do Porto, à expulsão de Javi García, como um lance em que só não vê uma agressão, "quem for cego ou não quiser ver". "É uma forma de tentar condicionar e há-de haver um dia em que todos os árbitros vão pedir dispensa quando o Benfica jogar fora, porque as reacções são perfeitamente extemporâneas, mas sucedem sempre da mesma forma", apontou, antes de prosseguir: "Faz-me lembrar um indivíduo que tinha privilégios de poder estacionar em sítios proibidos até que um dia um senhor agente o multa e ele fica indignado, porque acha que está acima de todos os outros".

Para Pinto da Costa, a expulsão chegou tarde: "Já devia ter acontecido há muitos jogos com aquele [Javi García], essencialmente, e com outros jogadores, porque fazem dos cotovelos e das agressões uma forma normal de entrar nas jogadas e, portanto, quando aparece um que cumpre a lei, eles acham mal, porque consideram que estão acima da lei. No fundo, fazem este alarido para justificar os 11 pontos de diferença, mas agressões daquelas vêem-se, agora menos porque o David Luiz já saiu, em quase todos os jogos do Benfica. E a passar impunes".

Sobre o futuro, falou também Pinto da Costa. No início de Abril, o FC Porto desloca-se ao Estádio da Luz, mas o presidente portista não acredita que possa festejar aí o título: "Não, quero é ganhar o próximo jogo e depois, quando se consumar, como espero, a vitória, festejaremos seja onde for. Na Luz não me diz nada de especial. Mas não fiz contas, nem estou preocupado com isso. Preferia no Estádio do Dragão. Agora, faltam oito jornadas e vamos encará-las com seriedade, até porque quando o campeonato estiver ganho os nossos resultados podem ter influência nas classificações de terceiros e não queremos de modo nenhum contribuir para isso". Num cenário com tanta animosidade à mistura, o presidente portista não receia pela segurança do FC Porto na Luz, demonstrando confiar nas autoridades. "Tenho a certeza que o senhor ministro da Administração Interna, que é sempre tão cuidadoso em tudo o que se passa na Luz, vai poder garantir, como sempre, a segurança que ele tem obrigação de garantir a qualquer cidadão".

"Roberto está a ser injustiçado"

No livre originado pelo lance da expulsão de Javi García, no Braga-Benfica de domingo, o guarda-redes Roberto terá avaliado mal a trajectória da bola, acabando por ser mal batido no golo de Hugo Viana, que empatou o jogo ainda antes do intervalo. Pinto da Costa, sem ironia aparente, saiu ontem em defesa do espanhol: "Acho que é um bom guarda-redes e que está a ser injustiçado, porque uma falha qualquer um tem. Mesmo em Braga teve grandes defesas e acho que é um excelente guarda-redes", referiu. A questão é que a falha terá ajudado à perda de três pontos e afastado o Benfica da corrida ao título. Confrontado por um jornalista sobre as falhas de Roberto, ao longo da época, Pinto da Costa reconheceu o inevitável: "Para si podem ser muitas, para mim são poucas", disse com óbvio sentido de humor.
Confrontado com a primeira página do jornal A Bola de segunda-feira, em que se destacava peso do árbitro Carlos Xistra no resultado do Braga-Benfica, o presidente do FC Porto foi mais directo: "Não faço comentários aos jornais de outros clubes. O senhor Mesquita Machado diz uma coisa interessante hoje [na edição de ontem de O JOGO]. Diz que o jornal A Bola devia ter o emblema do Benfica, na primeira página, como símbolo, por isso não falo, nem comento nada desse jornal, nem da BenficaTV".

Estrelas não são o seu forte

O CSKA de Moscovo é o "cliente" que se segue na Liga Europa e Pinto da Costa não conteve a ironia, quanto às expectativas para o jogo, aproveitando para endereçar mais farpas ao Benfica. "Vamos disputar mais um jogo da Liga Europa, sofremos uma derrota até este momento, esperamos ganhar, embora não possa dizer nada porque ontem à noite estive a tentar ler nas estrelas, a ver se estava lá escrito o resultado, mas não consegui. Realmente não sou 'expert' em astrologia e bruxarias e não consegui ler nada nas estrelas, de modo que vamos confiantes, mas sem certezas quanto a resultados. A única coisa que vi é que quando começar estará 0-0, não consegui ver mais nada", ironizou.
Apesar de apontado como favorito à vitória na Liga Europa, o campeonato foi sempre a prioridade do FC Porto. "Estivemos sempre concentrados nas duas provas. Mas é evidente que não vamos poupar qualquer jogador no campeonato a pensar seja em que prova for. Na Taça da Liga aproveitámos para rodar jogadores, porque nunca foi prioridade. Agora se pudermos ir mais longe e até chegar à final da Liga Europa, não vamos dizer que não".

Confronto alucinante testa registo perfeito

PLENO DE VITÓRIAS NA EUROPA AQUECE PORTISTAS


Quando, após garantir o apuramento para os oitavos-de-final, frente ao Sevilha, André Villas-Boas afirmou que o CSKA Moscovo realizou um percurso “alucinante” na Liga Europa, provavelmente o seu homólogo Leonid Slutskiy estaria a pensar o mesmo sobre a carreira dos dragões. A atuar fora de casa, então, o registo azul e branco é simplesmente perfeito, sendo cravejado por um pleno de vitórias em Genk, Sófia, Istambul, Viena e Sevilha.
Conquistar Moscovo nunca foi historicamente fácil para ninguém, mas o FC Porto aterrou ontem, ao início da noite local, na capital russa, aureolado pelos sucessos averbados por cá na Liga dos Campeões. Nem sequer o clima será um verdadeiro obstáculo, tendo em conta que, esta época, os azuis e brancos já ganharam numa verdadeira piscina em Coimbra e numa pista de esqui, em Viena. Quanto ao frio, a solução preconizada pelo lateral-esquerdo Lino, agora no PAOK e eliminado pelo CSKA nos 16 avos, “correr ainda mais” parece uma solução tão simples que até pode ter o seu quê de genial.
in "record.pt"

Experiência de Varela prevalece em Moscovo

APESAR DE JAMES SER UMA REVELAÇÃO EM CRESCENDO


James Rodríguez é a grande revelação do FC Porto 2010/11. A sua ascensão no novo ano tem sido notável e nas últimas duas vitórias, sobre o Olhanense e o Vitória de Guimarães, teve um papel preponderante. No entanto, isso não é suficiente para se intrometer entre o trio dourado do ataque. Falcão e Hulk são indiscutíveis e até Varela impõe a sua experiência para garantir um lugar no onze que vai defrontar o CSKA de Moscovo.
O internacional português ainda não voltou ao nível que demonstrou no primeiro terço da época, altura em que marcou 7 golos, mas a sua disponibilidade para o jogo, a velocidade que emprega nas alas e a sua cultura tática são importantes quando se chega a esta fase de uma competição tão exigente como é a Liga Europa.
in "record.pt"

Valeri, goleador na Argentina: «Sair do Porto doeu-me muito»

Chamado à selecção, médio fala sobre o que correu mal em Portugal


Mentalmente arrasado com a decepcionante aventura europeia, Diego Valeri faz uma cura de confiança em Buenos Aires. Desadaptado, desenquadrado e rejeitado no F.C. Porto, é no familiar Lanús que volta a acreditar em si mesmo. Dir-se-ia até que Diego está envolvido numa luta interior, para a qual convoca todas as imagens do passado. As mesmas que o levaram ao Dragão e que em Portugal, misteriosamente, desapareceram. 

Um ano e meio após a chegada à Cidade Invicta, Diego Valeri é o segundo melhor marcador da liga argentina e foi chamado na passada semana pelo seleccionador Sergio Batista a um período de observação. É outro jogador, outro homem. Numa longa conversa com o Maisfutebol, o Bibliotecário abre a alma e aproveita para desabafar.

«Necessitava muito disto. Estou a jogar, a marcar sempre golos e estive na selecção», refere Valeri, sem esconder o alívio. «É difícil explicar, mas aqui tudo me sai bem. De uma semana para a outra passei do inferno ao céu.»

Dispensado pelo F.C. Porto, pouco utilizado no modesto Almería até Dezembro e, num ápice, o reconhecimento unânime. «Tudo aconteceu depressa. Vinha farto de estar no banco, entrei logo a titular no Lanús e fui chamado pelo seleccionador. Vestir a camisola do meu país é uma bênção. Dei o máximo naqueles dias e acredito poder voltar muitas vezes. O próximo objectivo é ser convocado para o amigável com a Venezuela.»

Dois anos de empréstimo ao F.C. Porto foram abortados a meio. Insatisfeitos com o rendimento de Valeri, a direcção e o técnico Villas-Boas decidiram prescindir do argentino. Afinal, que explicações encontra o médio para uma época tão pobre de dragão ao peito? Ele que, insiste-se, é agora goleador no Torneio Clausura e está na órbita da selecção. 

«O Porto tinha um plantel espectacular e nunca encontrei a regularidade necessária. Fazia um jogo e sentia que tinha de fazer tudo nesses 90 minutos. Foi a minha primeira experiência fora de casa e aprendi muito. Sempre fui bem tratado e queria ficar mais tempo. Não deu, por circunstâncias que me escapam», refere Diego Valeri, ainda copiosamente marcado pela desilusão.

«A dispensa não me surpreendeu, mas doeu. Eu sabia qual era a minha situação, tinha a convicção que não ia ser a primeira opção do novo treinador e tive de sair. Acredito que as minhas características podiam ser úteis. Enfim, o Porto continua a ter grandes jogadores no meio-campo.»

E um regresso ao Porto?

E se, de repente, o F.C. Porto voltasse de novo a desejar Diego Valeri? Aceitaria o argentino uma nova tentativa de sucesso no Dragão? A resposta não pode ser mais esclarecedora.

«Foi uma honra estar nesse clube e seria a minha grande prioridade voltar, caso estivessem interessados.»

Valeri: «Jesualdo nunca me deu qualquer explicação»

Médio argentino recorda os melhores e piores momentos em Portugal


21 jogos oficiais, apenas sete a titular e nenhum golo. Um pecúlio pobre, anémico, de um atleta cujo perfil prometia mundos e fundos no F.C. Porto. Na verdade, Jesualdo Ferreira raramente demonstrou confiar no talento discreto de Diego Valeri. Em conversa com o Maisfutebol, a referência principal do Lanús conta como era trabalhar sob as ordens do professor.

«Ele era muito calado. Nunca me deu qualquer explicação sobre as suas opções. Apenas me dizia que confiava mais nos que estavam a jogar, como o Raul Meireles, o Belluschi ou o Guarín. O que podia eu fazer? Aceitar e tentar aproveitar as oportunidades que me dava. Não foram muitas e senti sempre problemas em encontrar o ritmo certo quando jogava», replica Valeri.

A vida na cidade do Porto era «maravilhosa», dividida entre casa, trabalho, mar e rio. Diego Valeri é um amante da cultura, visitava cinemas e teatros, mesmo «sem perceber muito bem o que ouvia», e até algumas viagens fez pelo interior de Portugal.

Nessa perspectiva, a experiência não podia ter sido melhor. Só faltou mesmo «continuidade» e «um golo no momento certo». «A pressão no F.C. Porto é óptima, só se fala de ganhar. Por isso sentia-me desconfortável quando saía de campo e não tinha jogado bem. Conheci gente fantástica e fiz grandes amigos. O Alvaro Pereira, o Falcao, o Prediger, todos os outros. O grupo era brilhante.»

O pior e o melhor de Valeri no F.C. Porto

Na despedida, Diego Valeri aceita falar sobre o melhor e o pior jogo ao serviço do F.C. Porto. Mas antes ainda recorda as noite «inesquecíveis» da Liga dos Campeões. «Joguei duas vezes contra o Atl. Madrid. Em Espanha fui titular. Nunca vou esquecer esses jogos tremendos. Trago-os no meu coração. Já posso dizer que joguei na mais bela competição do mundo. Em Madrid estava forte e pensei que ia agarra o lugar. Não foi possível.»

Para Diego, então, o melhor jogo no F.C. Porto foi «contra o Rio Ave, na Taça de Portugal». «Ganhámos 4-0 e tudo me saiu bem. O passe, o remate, o drible. Faltava pouco para o fim da época e senti que estava a chegar ao meu máximo.»

A pior exibição teve lugar diante da Académica, na Taça da Liga. «Saí muitas vezes chateado, mas esse foi o pior. O jogo foi horrível, estava frio e pouca gente nas bancadas. Muito mau. Contra o Benfica, na final dessa prova, também me custou muito engolir a derrota. Entrei ao intervalo e fui incapaz de fazer algo de interessante.»

Na Argentina, Diego Valeri recupera o prazer pela competição. Leva quatro golos em quatro jogos e a atenção do seleccionador Sergio Batista. Custa acreditar que estamos a falar do mesmo jogador que passou completamente ao lado de um percurso positivo no F.C. Porto. 

Falcao: «Quero fazer história com o F.C. Porto»

Avançado colombiano confiante num bom resultado em Moscovo


O F.C. Porto está em Moscovo para defrontar o CSKA e Radamel Falcao só pensa em fazer golos e ganhar. Em declarações ao site oficial da UEFA, o avançado colombiano acredita que o bom momento da equipa não vai sofrer qualquer revés no frio quase glaciar da capital russa.

«Estamos focados num único objectivo. A equipa está a jogar bem e os resultados demonstram-no», referiu Falcao, que cumpre a segunda temporada de dragão ao peito.

Depois de uma Fase de Grupos imaculada, o F.C. Porto ultrapassou o Sevilha nos 16-avos-de-final da Liga Europa, com vantagem nos golos marcados fora.

«Foi uma eliminatória difícil e estamos aliviados pelo desfecho final. Agora temos de estar ao nosso melhor se quisermos ultrapassar o CSKA Moscovo», sublinhou El Tigre.

Na mesma conversa, Falcao referiu estar decidido a «fazer história com o F.C. Porto». «Quero ganhar o campeonato, como fiz com o River Plate na Argentina. Nada pode ser melhor do que isso», completou o atacante, 

Em nove jogos já disputados na Liga Europa, Falcao fez oito golos. Em Moscovo tentará elevar a fasquia. 

in "maisfutebol.iol.pt"

Castro, mais um golo no Sp. Gijón: «Cânticos fizeram-me voar»

Médio cedido pelo F.C. Porto está a encantar os adeptos do clube

Castro está a dar nas vistas com a camisola do Sp. Gijón. O clube espanhol pondera até, segundo a imprensa do país vizinho, avançar para conversações com o F.C. Porto para a continuidade do médio.


Contudo, os dragões não parecem dispostos a abdicar do seu concurso. No contrato de empréstimo, o F.C. Porto recusou colocar qualquer cláusula de compra do passe. A cedência é válida até final da presente temporada.

No fim-de-semana, o médio português marcou o seu segundo golo na Liga espanhola, com um belo remate a trinta metros da baliza. O Sp. Gijón venceu o Getafe por 2-0 e Castro foi ovacionado no momento da substituição, ao minuto 88.

«Os cânticos e os aplausos fizeram-me voar. OS adeptos foram fantásticos comigo e tenho de lhes agradecer. Vir para o Gijón foi a melhor coisa que me podia ter acontecido», disse o jovem, no início da semana de trabalho.

Castro evita pensar sobre o futuro. «Fico feliz. Se querem ficar comigo, é sinal que estão satisfeitos com o meu rendimento, mas não quero falar de coisas que não sou eu a decidir. Depende do meu trabalho, do F.C. Porto e do Sp. Gijón. Neste momento, estou feliz», resumiu o jogador.

O médio português marcou o seu primeiro golo frente ao Maiorca (0-4), a 29 de Janeiro, e aumentou a conta pessoal na recepção ao Getafe (2-0).

in "maisfutebol.iol.pt"



JUNIORES A GOLEIAM SPORTING EM ALCOCHETE


Depois de três dias antes ter derrotado o SC Braga, então líder isolado da fase final do Campeonato Nacional de Juniores A, a equipa Sub19 do FC Porto foi, esta terça-feira, a Alcochete vencer o Sporting, repetindo os números (3-0) da jornada anterior, com os golos dos azuis e brancos a serem apontados por Christian, Fábio Nunes e Rafael.

Dominadores praticamente desde o primeiro minuto, os Dragões atingiram o intervalo a vencer por 1-0, depois de Christian de ter provocado o balanço das redes leoninas aos 19 minutos de jogo.

A segunda parte revelou um FC Porto ainda mais soberano, dado posteriormente confirmado pelos golos de Fábio Nunes, aos 57 minutos, e de Rafael, oito minutos depois.

No campo n.º 1 da Academia de Alcochete, a equipa orientada por Rui Gomes alinhou com Maia, David, Romário, Hugo Sousa «cap.», Ricardo (Tiago Ferreira, 70m), Paulo Jorge, Christian, Bacar, Rafael (Lupeta, 80m), Edu e Fábio Nunes (Filipe, 75m).

Depois de disputadas quatro jornadas, o FC Porto lidera a fase final que apura o campeão nacional de Juniores A, somando nove pontos, os mesmo que V Guimarães e SC Braga, mas apresentando um melhor registo de golos marcados e sofridos (11-1).

Na próxima ronda, o FC Porto recebe a Naval 1.º de Maio às 15h00 de sábado.


in "fcp.pt"

Villas-Boas. Recorde de Jesus à porta com Oliveira em mente

Na sombra do mediatismo do Benfica, o FC Porto foi somando triunfos e já leva dez seguidos na liga. António Oliveira conseguiu 15 em 1996/97.

"Sabemos que as vitórias do FC Porto são difíceis e as dos outros, no último minuto, são fantásticas." André Villas-Boas deixou o toque de alerta depois do triunfo sobre o Vitória de Guimarães (2-0) no sábado. O treinador do FC Porto queixa-se que o Benfica tem sido constantemente elogiado por todos, enquanto os feitos dos dragões são sempre vistos como resultado de um esforço sofrido para atingir o objectivo.

A teoria de Villas-Boas era simples de seguir. O Benfica estava, antes do jogo com o Sp. Braga, numa série de 11 vitórias consecutivas na liga (a uma do recorde de Eriksson em 1990/91) e de 18 triunfos em todas as competições (igualando a marca de Eriksson também, mas em 1982). A marca empolgou benfiquistas e entrou directamente para os maiores destaques da semana. Durante todo este período, o FC Porto de Villas-Boas esteve na sombra. Falando apenas no campeonato, enquanto o Benfica de Jesus somou 11 triunfos com 31-6 em golos, Villas-Boas e o FC Porto ganharam dez jogos (só empataram em Alvalade) com 24-3 em golos. Ou seja, a marca do Benfica foi melhor, mas os encarnados estão hoje com mais um ponto de desvantagem para o líder do que estavam depois de serem goleados no Dragão por 0-5.

A derrota em Braga deixou-os a 11 pontos do FC Porto, que agora, se vencer o próximo jogo do campeonato em Leiria, consegue igualar a marca de Jesus no campeonato, 11 vitórias consecutivas. Com triunfos esforçados ou não, Villas-Boas tem o título na mão, mas quererá mais do que se limitar a igualar o recorde do rival da Luz. O feito do Benfica de Jimmy Hagan na década de 1970 (29 triunfos consecutivos no campeonato: últimas seis jornadas de 1971/72 mais as primeiras 23 de 1972/73) continua intocável, mas olhando para os últimos 20 anos há várias marcas que estão ao alcance deste FC Porto.

Para já, com dez vitórias, os dragões já igualaram duas das melhores marcas dos últimos dez anos. Em 2000/01, o FC Porto de Fernando Santos fez um autêntico sprint na recta final da liga com dez vitórias nas últimas dez jornadas. O esforço foi inglório porque o Boavistão de Jaime Pacheco não cedeu à pressão e conseguiu mesmo o título com um único ponto de vantagem. Cinco anos depois, foi o Sporting de Paulo Bento a registar a mesma marca na segunda volta da liga. Mais uma vez, como com Fernando Santos, o esforço não foi suficiente. A série terminou com uma derrota caseira com o FC Porto (golo de Jorginho), que atribuiu quase definitivamente o primeiro lugar aos dragões.

Se Villas-Boas quiser olhar mais para a frente, terá dois antecessores para ultrapassar. Primeiro, José Mourinho, depois, António Oliveira. Em 2002/03, no primeiro ano completo do actual treinador do Real Madrid nas Antas, o FC Porto somou 13 triunfos consecutivos entre a nona e a 21.ª jornadas, com uma diferença de golos de 33-10. Para imitar o antigo chefe de equipa, Villas-Boas terá não só de vencer o Leiria como ultrapassar ainda o V. Guimarães e o Benfica, na Luz. Se for realmente ambicioso e quiser igualar as 15 vitórias de António Oliveira em 1996/97 (42-8), a celebração será feita no Dragão, já com o título na mão, frente ao outro grande rival histórico: o Sporting. Mas, para já, o objectivo é mesmo sair da sombra e igualar a marca de Jesus na liga.


in "ionline.pt"

Os senhores da Europa

O FC Porto está na Rússia com números que metem imenso respeito. Dragões são a única equipa nas competições da UEFA só com vitórias fora. Genk, Istambul, Sófia, Viena, Sevilha: com eles viajar só quer dizer ganhar. 

Por cá, na Rússia, o jogo não está a despertar grande curiosidade, mas os russos que gostam de futebol respeitam muito o clube português e ficam em sentido quando espreitam os resultados dos dragões esta época.

Na Liga portuguesa, o domínio tem sido total e, na UEFA, o rendimento do FC Porto é ainda melhor, ao ponto de ser a única equipa que chegou até esta fase nas competições europeias com uma contabilidade imaculada nos jogos realizados na condição de visitante. E nem deve ser questionada a qualidade dos adversários, pois se CSKA de Sófia e Rapid Viena eram adversários teoricamente acessíveis, o mesmo não se pode dizer do Besiktas e, principalmente, do Sevilha, opositor que o FC Porto superou com dificuldades mas com muito mérito pela forma como venceu na Andaluzia. Colossos como o Barcelona, Real Madrid, Manchester United ou Chelsea foram quase imbatíveis na Liga dos Campeões, mas tiveram os seus tropeções...

Em Moscovo, há mais um teste duro à resistência do dragão, mas existem também muitas razões para o optimismo geral que reinava na comitiva que ontem chegou à capital da Rússia. Na histórica cidade da Praça Vermelha, o FC Porto venceu as duas partidas que realizou frente ao CSKA, primeiro em 2004, com um golo de McCarthy, depois em 2006, com Quaresma e Lucho a gelarem o poderoso opositor. E nem um golo sofrido para amostra, o que se repetiu nos dois nulos registados no Dragão. 


in "abola.pt"