domingo, 12 de dezembro de 2010

James Rodríguez e o F.C. Porto: «Não posso perder a paciência»

Adolescente colombiano começa a mostrar o que pode valer

Os 5,1 milhões de euros desembolsados pelo F.C. Porto por 70% do passe de James Rodríguez aconselham paciência. O quase-adolescente colombiano pouco tem jogado, é certo, mas as breves aparições sugeriam talento, muito talento. Quase como um ficheiro secreto, James foi resguardado por André Villas-Boas meses a fio. Até ao jogo com o Juventude de Évora.

Na primeira vez a titular, James jogou muito, assistiu melhor (duas vezes) e só lhe faltou o golo que esteve tão perto. Elogiado pelo seu técnico , o esquerdino assegura que o seu futuro passa pelo F.C. Porto, apesar do muito interesse alheio.

Paciência é a palavra-chave para, a pouco e pouco, tornar-se uma opção regular de Villas-Boas. «É complicado jogar num clube tão grande. Não posso perder a paciência. Tenho é de aproveitar as oportunidades e jogar onde o mister quiser. Esquerda ou centro? Tanto me faz», referiu James, logo após a tremenda demonstração de qualidade diante do Juventude alentejano.

«Não me passa pela cabeça sair do F.C. Porto. Nem penso nisso. Quero é estar bem e ser útil. Estive bem neste jogo, foi uma boa noite e apenas me faltou um golo. Mais importante do que tudo isso foi ver a equipa a ganhar.»

James Rodríguez até fez um golo na primeira vez em que jogou no Dragão (no amigável de pré-época contra o Ajax), deixou bons pormenores e água na boca dos adeptos do Porto. Depois desapareceu das opções e participou somente em três encontros: 22 minutos contra o Limianos; 21 diante do Leiria e oito na goleada ao Benfica.

Frente ao Juventude de Évora jogou mais tempo do que jogara nos quatro meses anteriores.

in "maisfutebol.iol.pt"

DRAGÕES SOFRERAM PRIMEIRA DERROTA

O FC Porto Império Bonança sofreu este sábado a sua primeira derrota no campeonato nacional, frente à Juventude de Viana (9-6), em encontro da 11.ª jornada da prova.

A deslocação a Viana do Castelo é tradicionalmente difícil para qualquer equipa e os Dragões, que até chegaram ao intervalo empatados (2-2) e estiveram a vencer por 2-0, acabaram por ceder na etapa complementar.

Os tentos azuis e brancos foram apontados por Gonçalo Suíssas (2), Reinaldo Ventura, Pedro Gil, Filipe Santos e Emanuel Garcia.


in "fcp.pt"

Helton: Do relvado para o palco

Guarda-redes do F. C. Porto acaba de lançar um disco de música gospel, com o grupo Ministério Shalom, e amanhã à noite actua na Casa da Música


Amanhã, segunda-feira, Helton vai actuar num dos palcos mais nobres da cidade do Porto. Entrará em cena acompanhado por dez amigos. No entanto, o guarda-redes do F. C. Porto não estará de luvas calçadas, nem irá pisar o relvado do Estádio do Dragão. Vai estar na Casa da Música, terá um par de baquetas nas mãos para tocar bateria e irá viver, com toda a certeza, uma das noites mais emocionantes da sua vida.
A paixão do internacional brasileiro pela música não é novidade - "A bola e a música andaram sempre juntas", nunca se cansa de dizer. Vem dos tempos de criança. Desde que, aos 11 anos, se apaixonou pelo som do pandeiro. O futebol acabou por se mostrar mais afinado e ganhar vantagem no marcador da vida, com o sucesso que se conhece, mas a música nunca ficou fora-de-jogo. No entanto, há um ano e pouco, a criação do grupo Ministério Shalom, de música gospel, foi o pontapé de saída, o apito inicial, de um projecto que não tem parado de crescer. Projecto talvez nem seja a melhor designação para aquilo que é uma forma muito própria de um grupo de amigos, portugueses e brasileiros, celebrar a paixão pela música.
A gravação de um disco acabou por ser o desafio natural, o jogo seguinte. E ele aí está, depois de quatro meses de intenso trabalho. "O CD é um sonho realizado, é um agradecimento que faço a Deus. São novas versões de 14 temas já conhecidos. Os originais que já compusemos ficam para uma próxima fase", revela, entre sorrisos, Helton, radiante por se tratar de uma obra totalmente produzida no H1 Produções e Eventos, estúdio que montou há dois anos, em Vila Nova de Gaia. "Tenho de agradecer aos meus dois sócios [Carlos Paranhos e Tato Barcellos]. Sem o apoio deles, nada disto seria possível", sublinha.
Até agora, só actuaram em celebrações religiosas - Helton é um activo praticante da Igreja Pentecostal Shalom, em Canidelo, Vila Nova de Gaia - e em festas de amigos. Até agora. Amanhã, vão conhecer uma experiência especial. Às 20 horas, a Sala Suggia, o principal espaço, o coração da Casa da Música, no Porto, vai receber o primeiro verdadeiro concerto do Ministério Shalom. E que concerto! Tudo foi pensado ao pormenor, até porque será gravado para posterior edição em DVD. Terá responsabilidade áudio de Ézio Filho, que habitualmente trabalha com Zélia Duncan, e produção de Fabíola, ligada a Maria Bethania. "O espectáculo tem por base o disco, mas também haverá surpresas", promete o internacional brasileiro.
Na plateia, 700 convidados (não há venda de bilhetes), entre os quais os elementos que compõem o plantel do F. C. Porto. Também eles desejosos por ver a exibição do guarda-redes num palco bem diferente do que lhes é familiar. Sim, porque Helton até costuma levar um violão ou um cavaquinho para os estágios dos dragões, mas não é para assinar actuações musicais nas horas mortas antes dos jogos. "Só toco no quarto, mas é mais para estudar, para preparar alguns acordes". E nem Maicon, companheiro de quarto de Helton na presente época, é um espectador privilegiado desses momentos. "Gosto de o fazer quando estou sozinho, para estar concentrado". Entre os jogadores azuis e brancos, "há vários que gostam de música, como o Hulk, o Walter, o Fucile, o Cristian Rodriquez e o Palito [Álvaro Pereira]". No entanto, no plantel, é com José Mário Rocha, adjunto de André Villas-Boas, que o guardião mais fala sobre música: "Ele também sabe tocar...".
Suportar financeiramente a edição do disco, que não será colocado à venda, e o espectáculo na Casa da Música "não é barato". Mas o guarda-redes desvaloriza essa componente. "Quero transmitir, através da música, uma mensagem de paz, de amor e de coragem para os nossos dias. Faço-o pelo prazer de passar a mensagem. E, ainda por cima, nesta época do ano...".
Amanhã, o dia de Helton não vai ser especial. Vai ser único. Durante hora e meia - tinham de ser 90 minutos... -, o guarda-redes, na bateria, vai marcar o ritmo do concerto. Um concerto que terá, com toda a certeza, encore, uma espécie de prolongamento e penáltis. E quem melhor do que Helton para fazer a festa até nos penáltis...

in "jn.pt"

Outra goleada para o livro dos recordes


Afinal, desmentindo o credo que a maior parte dos treinadores rezam, ainda há jogos fáceis. O FC Porto garantiu o apuramento para os quartos-de-final da Taça de Portugal com uma goleada assim, fácil, sobre o Juventude de Évora. Pelo caminho, aproveitou para mostrar que há muita vida para além do onze do costume e ainda bateu o recorde de 33 jogos sem derrotas que pertencia a José Mourinho. Aliás, depois de mais uma clara demonstração de poder, a questão que se coloca é a de saber a que nível a equipa de André Villas-Boas vai colocar esta fasquia.

Claro que não era de esperar que fosse o modesto Juventude de Évora a travar a caminhada invicta dos portistas esta temporada, mas os jogos da Taça de Portugal são pródigos em surpresas. Ora, sem grande vontade de ser surpreendido e com a possibilidade de fazer uma maior gestão do plantel no jogo de quarta-feira, na Liga Europa, André Villas-Boas fez alinhar um onze próximo do habitual, embora com alterações pontuais. Kieszek estreou-se na baliza e assinou uma exibição segura ainda que com pouco trabalho, Sereno voltou ao eixo da defesa ao lado de Maicon e não comprometeu, Rúben Micael nem sequer é exactamente uma novidade no meio-campo e James Rodríguez teve finalmente a oportunidade que todos esperavam. Uma oportunidade que o jovem colombiano fez questão de agarrar com as duas mãos. Sempre em acção, esclarecido a distribuir jogo, solícito no momento de criar linhas de passe e concentrado na pressão sobre os adversários, James encheu o campo durante o primeiro tempo. O lance do primeiro golo é uma espécie de compêndio das suas qualidades: intensidade na pressão sobre o portador da bola, rapidez na transição e precisão no cruzamento que foi descobrir Falcao nas costas da defesa. Se faltou alguma coisa à exibição do jovem colombiano foi um golo que ele nunca desistiu de procurar, mas sobra-lhe o mérito da participação em dois dos outros quatro e a certeza de ter ganho um lugar de relevo entre as opções de André Villas-Boas.

A discussão do resultado ficou encerrada com o primeiro golo do FC Porto, logo aos 11 minutos e a incapacidade do Juventude de Évora para criar perigo percebe-se facilmente pela constatação empírica de que a maior parte das intervenções de Kieszek foram feitas com os pés, em tabelas com os centrais. De facto, a história do jogo é a da resistência dos alentejanos às sucessivas vagas do ataque portista, pontuada pelos golos tornados previsíveis perante o caudal ofensivo da equipa de Villas-Boas. E se o de Falcao é uma espécie de inevitabilidade estatística e o de Walter representa o rendimento mínimo garantido do brasileiro na Taça, já o de Moutinho representa uma estreia absoluta a coroar uma exibição enorme do inesgotável internacional português que, depois de ter passado a maior parte do jogo no papel de principal municiador do ataque, terminou o jogo como trinco, e sempre com a mesma eficácia. De resto, também o regresso de Álvaro Pereira à equipa foi assinalado por um golo e pela reposição da normalidade no lado esquerdo da defesa portista depois das oscilações provocadas pela ausência por lesão do uruguaio nas últimas semanas.

in "ojogo.pt"

Noticias Breves

Capitão Falcao

Falcao e o FC Porto construíram, ao longo do último ano e meio, uma relação forte e recheada de bons momentos. Ontem, assistiu-se a mais um capítulo desta história de cumplicidade: o avançado colombiano capitaneou a equipa pela primeira vez em jogos oficiais, já depois de ter experimentado a sensação num amigável de início de temporada frente à Sampdória. De resto, como de costume, Falcao marcou, inaugurando o marcador em resposta a cruzamento de James. Já perto do final, Falcao foi substituído e Álvaro Pereira também se estreou com a braçadeira de capitão.

João, aí está o golo

Muitos jogos depois, João Moutinho estreou-se a marcar pelo FC Porto. O médio já tinha reconhecido que ansiava pelo momento de festejar um golo com a camisola dos dragões; esse momento chegou ontem, aos 40 minutos, na sequência de uma excelente jogada colectiva. Ora, o sentido colectivo é uma das imagens de marca do médio…

Promessa cumprida

Villas-Boas prometeu e cumpriu. James foi mesmo titular pela primeira vez esta época, numa equipa que se apresentou com mais novidades no onze: Kieszek estreou-se em jogos oficiais, Sereno repetiu pela segunda vez a titularidade na Taça, Maicon voltou depois do castigo, Álvaro Pereira regressou à competição, e Rúben substituiu Belluschi.

Para mais tarde recordar

O dia foi de festa para os adeptos eborenses que se deslocaram ao Dragão, em número apreciável atendendo à distância que separa a cidade do Alentejo da Invicta. Os jogadores não quiseram deixar o Dragão sem uma recordação, pelo que, logo a seguir ao aquecimento, o plantel se reuniu para tirar uma foto bem perto dos seus adeptos.

Folga antes do CSKA

André Villas-Boas resolveu dar folga aos seus jogadores depois do triunfo de ontem. Apesar de jogar na quarta-feira com o CSKA de Sófia para a Liga Europa, o FC Porto já assegurou o primeiro lugar no Grupo L daquela competição, pelo que o técnico terá entendido por bem dar mais um dia de descanso aos atletas.

in "ojogo.pt"

FC Porto um a um


A figura: João Moutinho

Primeiro golo num hino colectivo

Fim da pressão, se é que ela existia: o primeiro golo pelo FC Porto está feito. E bem feito, porque a jogada, que envolveu James, Guarín e Falcao foi um hino ao futebol colectivo, o que assenta bem à definição de Moutinho. Aliás, como se viu depois: aberturas brilhantes, uma delas a desbravar caminho ao que haveria de ser o golo de Walter, inúmeros roubos de bola e, na segunda parte, quando poderia ter descansado numa posição mais recuada, como trinco, passou ao lado dessa ideia, mantendo-se firme num ritmo acelerado.

Kieszek | Baptismo tranquilo, sem grandes sobressaltos. Aliás, terá jogado mais vezes com os pés, em resposta a atrasos dos companheiros, do que com as mãos, como lhe compete.

Sapunaru | Com boas arrancadas, sobretudo na primeira parte, ajudou a dinamizar o lado direito, ainda que o regresso de Álvaro Pereira o tenha convidado a ficar mais vezes pela defesa.

Sereno | Segundo jogo, outra vez completo e novamente na Taça. Dois ou três cortes em antecipação permitiram-lhe marcar presença num território sobrelotado de alternativas para Villas-Boas.

Maicon | Regressou após castigo, beneficiando do atrevimento limitado do ataque alentejano para passar ao lado de problemas comprometedores.

Álvaro Pereira | Passeou pela esquerda a todo o vapor. Quatro jogos depois, e já ninguém tinha dúvidas disso, voltou para provar que faz toda a diferença. Fez também um golo e uma assistência de bandeja para Walter marcar. Queixou-se de um penálti aos 89'.

Guarín | Despediu-se do jogo com um sprint de fazer inveja a Usain Bolt. Um detalhe que ajuda a ilustrar uma entrega sem reservas, primeiro a trinco e, na segunda parte, numa zona mais avançada do meio-campo. Tentou várias vezes o golo, mesmo de distâncias impensáveis, mas falhou.

Rúben Micael | Muleta perfeita para garantir fluidez de jogo, feita à base de toques curtos e sem perda de tempo no raciocínio. Entendeu-se bem com Guarín e Moutinho, sem tirar o pé do acelerador.

Hulk | Acelerações promissoras a começar, sem que daí resultassem problemas relevantes. As fintas nem sempre lhe saíram bem, apesar da insistência.

Falcao | Assinou o ponto, aproveitando a assistência bem medida de James. Um ponta-de-lança perfeito há-de ser isto: alguém que não desperdiça golos óbvios. Mais discreto na segunda parte, acabando substituído.

James | Muito prazer em conhecê-lo, terão exclamado os adeptos. El Bandido não demorou muito a brilhar, cruzando para o golo de Falcao. Fez mais numa primeira parte recheada de toques de qualidade. Da esquerda à direita e muitas vezes pelo meio, onde estacionou depois do intervalo. Talvez não seja um extremo clássico, mas é, pelo que se viu, a alternativa mais consistente a Varela. Procurou o golo e esteve quase a marcar num cabeceamento no último minuto. Enfim, foi de chorar por mais...

Walter | Continua sem desmentir a ideia de ser um jogador lento, mas, verdade seja dita, também não desperdiçou a oportunidade óbvia que surgiu pela frente, a passe de Álvaro Pereira. Aliás, apesar da utilização residual já leva cinco golos, quatro deles na Taça. Mais: parece ter sofrido falta na área aos 82'.

Castro | A atitude positiva do costume, injectando energia pelo meio. Dois remates e um amarelo, eis o saldo que fica.

Ukra | Menos tempo para mostrar serviço, já numa altura em que o FC Porto atacava de forma menos consistente.

in "ojogo.pt"

Declarações

Castro

"Quero ser uma referência do FC Porto"

Castro entrou a meio da segunda parte, mas no final pouco falou do jogo. O tema era outro e vinha da véspera, com os elogios de André Villas-Boas e a promessa de não sair em Janeiro. "Fiquei muito feliz com as palavras do treinador. São o reconhecimento do trabalho que tenho feito, embora não tenha jogado muito. Sei que o clube conta comigo e isso é muito importante. Para termos um grupo forte não contam apenas os que jogam, os outros são muito importantes", disse. Referindo que o objectivo é "triunfar no FC Porto", Castro pretende ainda mais: "quero ser uma referência do clube". No imediato, quer jogar mais vezes. "Se entenderem que vou ter oportunidades, não me importo de ficar", referiu o médio.


Sereno

"Quero aproveitar"

O central Sereno contrariou a ideia de que o jogo tinha sido fácil para o FC Porto, referindo que foi a equipa que o tornou assim. "Estes jogos às vezes são complicados, mas com a nossa exibição ele acabou por ficar fácil", disse. Já sobre o seu rendimento e o facto de ser pouco utilizado, o defesa assumiu que sentiu algumas dificuldades no início. "O maior problema é a ausência de ritmo de jogo". Apesar de jogar pouco, Sereno não está arrependido de ter rumado ao Dragão. "O FC Porto é um grande clube e tenho orgulho de estar aqui. Já sabia que ia ser difícil, mas quero aproveitar as oportunidades."

in "ojogo.pt"

Villas-Boas bate recorde de Mourinho

Mais um registo histórico para o FC Porto com a assinatura de André Villas-Boas. Depois da vitória de ontem, os dragões asseguraram o 34º jogo consecutivo sem derrotas, ultrapassando, deste modo, a marca alcançada por José Mourinho na temporada de 2003/04, época da conquista da Liga dos Campeões. Este feito do mais novo treinador da história do FC Porto terá de ser, no entanto, repartido com Jesualdo Ferreira, uma vez que o professor, actualmente no Panathinaikos, terminou a última temporada com dez partidas consecutivas sem perder, registo que lhe valeu a conquista da Taça de Portugal. Apesar disso, André Villas-Boas tem a maior parte do mérito neste novo recorde, até pelo número significativo de jogos que já disputou este ano (24). E se continuar assim, o treinador arrisca-se mesmo a tornar esta equipa "inesquecível", objectivo anunciado na véspera pelo próprio.

in "ojogo.pt"

Moutinho: «Que estejam muitos mais a caminho»

JÁ SÓ PENSA NA PRÓXIMA OPORTUNIDADE PARA MARCAR



Foi uma “ótima sensação” nas próprias palavras de João Moutinho. O médio estreou-se a marcar pelo FC Porto em jogos oficiais e, apesar do adversário ser um escalão inferior e dar pelo nome de Juventude de Évora, esse não deixou de ser um momento especial.
“Foi muito bom apontar o meu primeiro golo no FC Porto e só espero que estejam muitos mais a caminho. O golo ajudou a equipa a vencer e isso é o mais importante. Seguimos em frente na prova, que era o nosso grande objetivo”, disse, agradecendo aos companheiros a bandeja de ouro em que foi servido: “Não sei se foi o golo mais fácil da minha carreira, mas foi sem dúvida uma jogada muito bem conseguida pelos meus colegas. Só tive que encostar a bola e por isso tenho que lhes agradecer.” Apesar do sentimento de satisfação que o preenchia após o apito final, o médio, de 24 anos, não deixou de lamentar uma abordagem ao jogo, na sua opinião, muito “pequena” por parte do conjunto alentejano. “Fizemos uma boa exibição contra uma equipa de um escalão inferior que só defendeu. Tentámos impor um ritmo alto, mas nem sempre o conseguimos”, referiu.
Noutro plano, Moutinho foi convidado a comentar as declarações de Jorge Jesus nas quais o técnico do Benfica indicava os penáltis como um fator desequilibrante em favor do FC Porto, no que ao campeonato diz respeito. O internacional português não desarmou. “Não falo disso. Limito-me a concentrar-me no meu trabalho e estou feliz por seguirmos em frente na Taça de Portugal”, concluiu.
in "record.pt"

F.C. Porto-Juv. Évora, 4-0 (crónica)

Cumprir a tradição com seriedade e o menino James


O pano levanta-se e entra em cena uma nova personagem. Ávida por reconhecimento, determinada a impressionar. Chama-se Rodríguez, James Rodríguez, e tem sido uma espécie de pedra preciosa manobrada com o mais redobrado dos cuidados. Percebe-se. O investimento foi pesado e o retorno é imperativo. No F.C. Porto-Juv. Évora estreou-se a titular, participou em dois golos dos dragões e exibiu um manancial técnico digno de louvores.

James saiu da redoma que o vem envolvendo e o público gostou. Gostou de o ver acariciar a bola com o pé esquerdo, a driblar em velocidade sempre com o pé esquerdo e a rematar uma e outra vez de pé esquerdo. Gostou, enfim, daquele pé esquerdo. 

Mas o jogo foi mais do que James Rodríguez, naturalmente. Foi, acima de tudo, uma prova mais do carácter nobre do dragão. Sério, respeitador, competitivo, o líder da Liga dilacerou o sonho alentejano logo aos dez minutos e partiu para uma cerimónia cordial mas inacessível ao visitante. 

Radamel Falcao abriu as contas; João Moutinho marcou pela primeira vez de dragão ao peito; Alvaro Pereira sublinhou o regresso após lesão com a autoria do 3-0 e Walter encostou sem dificuldades para o quarto da noite. 



O segundo golo do F.C. Porto - pese embora a posição duvidosa de Guarín - é uma ode ao futebol. Tudo ao primeiro toque, tudo envolvente, tudo em movimento até à finalização de João Moutinho. Um pedaço de arte no Dragão, um lampejo de futebol total a entreter os mais de 25 mil espectadores. 

Tudo o restante foi previsível. Principalmente pela postura seríssima do F.C. Porto e pelo nervosismo latente do Juventude. Num ritmo regular, cheio de bons momentos, os dragões deram por duas vezes razão a Villas-Boas.

Primeiro ao assinar por baixo o tratado de psicologia motivacional do técnico e depois a provarem que as armas eram, de facto, desiguais. Quando assim é, o argumento desenrola-se pardacento, obediente, sem grandes desvios ao rumo traçado em todas as previsões. 

Apesar da colocação de Kieszek, Sereno e James na equipa inicial, André Villas-Boas não facilitou um milímetro. Manteve seis das suas unidades de maior confiança, somou-lhes outras desejosas de mostrar serviço e o antídoto funcionou em pleno. 

Não é a mesma coisa, de resto, lançar nestes jogos 11 atletas sem ritmo ou apostar nesta mistura equilibrada. Villas-Boas prefere assim e os factos dão-lhe razão. O técnico cria um ambiente cómodo aos que menos vezes jogam e dá um sinal de exigência competitiva aos habituais titulares. 

13 anos depois do último Porto-Juventude, não houve Mário Jardel nem uma goleada histórica. Falcao não fez dez golos, conforme pediu o brasileiro, mas a tradição jamais esteve ameaçada. 



in "maisfutebol.iol.pt"

F.C. Porto e a herança sublinhada

Recorde de 34 jogos sem perder salienta o excelente momento


O novo recorde de jogos sem perder é apenas mais uma oportunidade de salientar o excelente momento que o F,C. Porto atravessa. Até porque estamos a falar de partidas disputadas em competições diferentes e em fases distintas.

Mas este número (34 jogos sem perder) é também uma oportunidade para sublinhar a boa herança que André Villas-Boas recebeu de Jesualdo Ferreira. Jogadores de qualidade, uma organização, regras claras e até dinheiro para gastar. 

Foi neste banco que o jovem treinador do F.C. Porto se sentou quando 2010/11 começou. Não quero com isto dizer que o trabalho realizado desde então é simples. Nem pouco mais ou menos. Significa apenas que André Villas-Boas não foi obrigado a enfrentar uma clube e uma equipa necessitados de uma revolução. Bem pelo contrário.

Até pro ser verdade, ficou bem a André Villas-Boas lembrar a boa herança que recebeu de Jesualdo Ferreira. Uma declaração que fica bem ao técnico portista e demonstra humildade.

P.S.: Por outro lado, foi pena que antes da partida André Villas-Boas tivesse, numa única conferência de imprensa, atacado o Sporting (respondido a uma indirecta de Costinha, dirão os puristas) e provocado Benfica e Sporting de Braga com uma discussão artificial sobre a «aberração» Liga Europa. Desnecessário.


in "maisfutebol.iol.pt"

Villas-Boas: «Juntar títulos a esta série positiva»

TÉCNICO ELOGIOU ATITUDE DOS ADVERSÁRIOS


André Villas-Boas ficou satisfeito com a vitória dos dragões sobre o Juventude de Évora, por 4-0, que garantiu a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal. No entanto o técnico do FC Porto garante que “é preciso juntar títulos à série de resultados positivos”.
“É preciso juntar títulos a esta série de resultados. Só nos podemos orgulhar desta fase que estamos a atravessar, mas se não juntarmos títulos a isso, não interessa. O risco de perder alguma competição vai fazer esquecer logo este momento. Sabemos como isso funciona”, sublinhou o técnico dos dragões em declarações à imprensa no final da partida.
Villas-Boas gostou da exibição da equipa e deixou ainda elogios ao adversário: “Foi um jogo bem conseguindo. O resultado podia ter sido outro, pois tivemos boas oportunidades para fazer mais golos, mas deixo uma palavra de apreço ao adversário pois mostrou-se organizado”.
in "record.pt"

James Rodríguez: «Aproveitar todas as oportunidades»

COLOMBIANO FELIZ COM A SUA PRESTAÇÃO


James Rodríguez mostrou-se agradado com a sua exibição, na vitória do FC Porto frente ao Juventude de Évora para a Taça de Portugal, e está confiante para o futuro.
“Graças a deus fiz uma boa exibição, não marquei mas estive bem. É muito importante merecer a confiança do treinador. Quando entrei em campo ia com muita confiança e isso é importante”, revelou o extremo colombiano no final da partida deste sábado em declarações à imprensa.
Quanto ao futuro, James promete muito trabalho: “Há que trabalhar todos os dias no máximo e aproveitar todas as oportunidades que me são dadas”.
in "record.pt"