quinta-feira, 5 de abril de 2012

MIGUEL MIRANDA: "A PRESSÃO É BOA QUANDO ESTAMOS A JOGAR PARA O PRIMEIRO LUGAR"

Mais uma vitória é o que o FC Porto Ferpinta necessita para terminar, em primeiro lugar, a fase regular da liga de basquetebol. Na 22.ª jornada, os Dragões recebem o Barreirense e o triunfo é decisivo para os azuis e brancos entrarem nos playoffs com a vantagem do factor casa. O jogo está marcado para sábado, às 17h00, no Dragão Caixa.

Em antevisão da última jornada da fase regular, Miguel Miranda disse ao www.fcporto.pt que a equipa sente pressão porque é fundamental ganhar este jogo. O extremo-poste que está a cumprir a segunda época de azul e branco, depois de dez anos fora, admite que é no FC Porto sente-se em casa, não esquecendo o apoio dos adeptos.

O encontro da jornada passada com o CAB Madeira, que o FC Porto venceu mas com algumas dificuldades, serviu de mote para os treinos desta semana. "Penso que ficamos um bocadinho marcados com o jogo passado mas estamos a fazer o máximo esta semana para que não se voltem a repetir os mesmos erros", afirma o jogador.

Esta é sem dúvida uma fase decisiva para o desenrolar do campeonato mas o Barreirense é um adversário que "está bem estudado". "Sabemos aquilo que temos de fazer para ganhar. Temos de seguir o nosso plano, mantermo-nos concentrados, estarmos intensos e lutarmos até ao final da partida", admite.

Ao contrário dos Dragões, o Barreirense não tem nada a perder, estando com quarto lugar assegurado, mas segundo Miguel Miranda "a equipa gosta de jogar sobre tensão". "A pressão é boa quando estamos a jogar para o primeiro lugar. Somos um colectivo de bons profissionais, amigos dentro e fora do campo e vamos trabalhar o máximo para conseguirmos ser campeões".

Nos últimos anos, o extremo-poste passou pelo Queluz e pela Ovarense, onde foi campeão nacional, mas admite que é FC Porto onde se sente em casa. Das vezes em que se sagrou campeão, o factor casa foi decisivo. "Estatisticamente todas as equipas que acabam a fase regular em primeiro lugar acabam por ganhar o campeonato, devido ao apoio dos adeptos que se traduz numa maior confiança na equipa", acredita o jogador.

Ter o factor casa nos playoffs é assim uma vantagem porque os adeptos são vistos como um elemento da equipa. "O basquetebol é uma modalidade de pavilhão e no pavilhão o ambiente é mais familiar porque conseguimos ver perfeitamente as pessoas. Os adeptos são uma peça muito importante para a equipa e têm-nos ajudado ao longo da época. Agora, em casa queremos contar com eles para as fases difíceis que se aproximam", remata Miguel Miranda.



in "fcp.pt"

Guarín: «Não vim para o Inter para ficar apenas seis meses»

Médio colombiano, emprestado pelo FC Porto ao clube italiano, foi apresentado nesta quinta-feira em conferência de imprensa


Fredy Guarín está feliz no Inter e não pensa voltar ao FC Porto. O médio colombiano, emprestado até ao final da época, foi, finalmente, apresentado nesta quinta-feira como jogador «nerazzurro», depois de ter impressionado os adeptos na vitória sobre o Génova (5-4) no passado domingo.

«Há dois anos que sonhava com isto e, de repente, aqui estou eu, muito feliz de estar neste clube e de vestir esta camisola, e assim espero continuar. Sei que tenho uma data fixada, mas já tomei a minha decisão. Não vim para jogar apenas seis meses, mas para ficar muito tempo», assumiu o novo camisola 14 do Inter.

Guarín chegou lesionado a Milão e teve de esperar mais dois meses para voltar a competir, ele que no FC Porto já não jogava desde 5 de Novembro, depois de se ter magoado ao serviço da seleção. O médio admitiu algum nervosismo na estreia, mas também reconheceu que o tempo que ficou de fora serviu para se integrar.

«No início senti alguma ansiedade, pois não é fácil voltar a jogar depois de uma lesão prolongada, enquanto via os meus colegas treinarem diariamente. Agradeço ao departamento médico do Inter por tudo, mas agora só penso em mostrar as minhas qualidades dentro de campo. Quando se chega a um novo clube, temos de nos adaptar à cidade, ao ambiente e ao estilo de jogo, e a parte positiva da minha lesão é que serviu para isso mesmo», contou.

in "maisfutebol.iol.pt"

Vítor Pereira: «Porto tem sido a equipa mais regular»

Técnico portista auxilia-se da classificação para justificar a opinião


Vítor Pereira considera que a sua equipa tem sido a formação mais regular do campeonato, pois é aquela que ocupa o primeiro lugar. O treinador do F.C. Porto diz que sente o grupo preparado para o jogo com o Sp. Braga. 

«O que diz a classificação é que o F.C. Porto tem sido a equipa mais regular. Está em primeiro. É o que traduz a classificação. Na jornada atual é a equipa que amealhou mais pontos e do meu ponto de vista foi a mais regular. Por isso, estamos preparados para os jogos mais pequenos e para os jogos grandes», garantiu o técnico, em conferência de imprensa. 

Em relação ao adversário de sábado, o Sp. Braga, o treinador espera um jogo difícil. «Até pela classificação e pelos resultados, o Sp. Braga tem sido considerado na luta pelo título. Sabemos bem como se organiza, quais são os pontos fortes e os que podemos explorar. Esperamos um jogo competitivo entre duas boas equipas», anteviu. 

O treinador disse ainda que o jogo «só valerá três pontos» mas considera-os «fundamentais numa altura decisiva.

«Estão a definir-se as grandes decisões. Faltam poucas jornadas. Por isso estes três pontos são fundamentais. Não acredito que se possam fazer contas aos resultados dos outros. O que as outras equipas farão está fora do nosso controlo», disse.

Vítor Pereira: Lucho, Fernando e a escassez de médios

Reflexões do técnico sobre a ação do meio-campo azul e branco


Boa parte da conversa entre Vítor Pereira e os jornalistas, nesta quinta-feira, foi dedicada aos processos do meio-campo do F.C. Porto. Falou-se, sobretudo, do papel desempenhado por Lucho Gonzalez - tão criticado nas últimas semanas - e daquilo que o técnico defende para esse setor. 

«Gosto de definir bem as coisas. O que peço ao meio-campo é que joguem em linhas diferentes e permitam equilíbrio em todas ações», começou por referir Vítor Pereira.

«Nunca pedi ao Lucho para jogar entre linhas [meio-campo e ataque] e nunca baixar no terreno. O atleta tem de perceber quando tem de recuar, quando tem de abrir, quando tem de pedir a bola.»

«Quem define o futebol de forma geométrica e em papel quadriculado tem dificuldade em perceber isto. Eu não vejo assim o futebol», acrescentou o treinador do F.C. Porto, antes de mais uma reflexão. 

«Não posso pedir ao Fernando, que se sente confortável como seis e recuperador de bola, que apareça na posição dez. Tenho de potenciar as características dos jogadores.»

Souza, Belluschi e Guarín saíram por empréstimo em Janeiro. O F.C. Porto ficou limitado a quatro médios puros no plantel. Como foi possível a direção ter deixado sair todos eles?

«Os jogadores que saíram tinham competência. Queriam jogar mais e precisavam de um estímulo diferente. Queriam ser mais utilizados e por isso saíram. O plantel dá-me garantias suficientes para os jogos que faltam», respondeu Vítor Pereira à questão do Maisfutebol.

Em Braga, até é provável que o técnico só tenha três médios disponíveis. Fernando continua em dúvida. «Espero que ele recupere. Se não recuperar, teremos de jogar numa dinâmica diferente.»

Vítor Pereira: «Eu vou sair? Isso vem em que jornal?»

Treinador do F.C. Porto refuta as notícias que apontam para o adeus ao clube no final da temporada


Terá sido o momento mais quente da conferência de imprensa. Vítor Pereira reagiu com veemência às notícias que o colocam fora do clube no final da época. Mesmo que seja campeão nacional.

O treinador entrou em diálogo com os jornalistas para criticar os dois diários que avançaram com esse anúncio. 

«Essa notícia [da saída] vem em que jornal? E qual é a fonte? Pois, já estávamos à espera. Eu estranharia é que não surgisse nada a apontar nesse sentido», reagiu o técnico do F.C. Porto.

«Há quem queira desestabilizar, já que estamos em primeiro e temos ganho muitos títulos nos últimos anos. E isso incomoda muita gente. Há pessoas que desrespeitam a sua profissão e se colocam ao serviço de terceiros.»

Outro diário foi mais longe e referiu que Leonardo Jardim seria o sucessor de Vítor Pereira. Isto, a dois dias do Sp. Braga. «Estamos habituados a notícias dessas. Se houvesse instabilidade criada de dentro para fora ficaria desgostoso. Vinda do outro lado, é natural. Apenas lamento.» 

E nem o propalado ambiente difícil no seio do grupo de trabalho abala a convicção do treinador: os problemas são criados por quem está de fora. «As conversas com os jogadores antes do treino são naturais, por exemplo. Qualquer treinador as faz. Acho normalíssimo um técnico dialogar com a equipa, não é sinónimo de desunião.»

Vítor Pereira: «Rolando no banco? Não foi para penalizá-lo»

Defesa central deve continuar fora da equipa. «É uma opção»


Rolando foi riscado da equipa inicial frente ao Olhanense. Maicon e Otamendi deram uma boa respostas e é mais do que provável que o internacional português continue no banco em Braga. Vítor Pereira assegura, porém, que a medida não está relacionada com qualquer castigo.

«Escolho sempre a equipa que me dá mais garantias. Para aquele jogo essa era a equipa que me dava mais solidez e equilíbrio. O Rolando tem sido um profissional do melhor que eu vi. Colocá-lo no banco não foi uma medida penalizadora», assegurou o treinador do F.C. Porto.

Para Vítor Pereira, este não é o momento de se falar em individualidades. «Temos de colocar o clube acima de todos, mesmo do seu treinador. É hora de nos unirmos.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Portistas 'avassaladores' no historial com os bracarenses

Sp. Braga e FC Porto defrontam-se este sábado, para a 26.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, naquele que será o 134.º confronto de um historial claramente dominado pelos portistas, que venceram os últimos cinco embates.
Das 133 partidas realizadas, 111 foram para a Liga portuguesa, 15 para a Taça de Portugal, quatro para o Campeonato de Portugal, duas para a Supertaça e uma para a Liga Europa, com o FC Porto a somar 94 triunfos, contra 17 dos 'arsenalistas', além das 22 igualdades registadas.
Num historial de confrontos com quase 86 anos, em que a maioria teve como pano de fundo a principal competição do futebol português, o ponto mais alto aconteceu há pouco menos de um ano, na final da Liga Europa.
Sporting de Braga e FC Porto encontraram-se em Dublin, na Irlanda, depois de terem deixado para trás Benfica e Villarreal, respetivamente, e o encontro seria decidido pelo tento solitário do colombiano Falcao, aos 44 minutos, que permitiu aos portistas conquistarem a sua quinta taça europeia.
O registo em jogos para o campeonato é claramente favorável aos "dragões", que somam 76 vitórias, 15 derrotas e 20 empates, sendo que, em termos de receções aos bracarenses, apenas consentiram três derrotas e sete empates.
A vitória na primeira volta da Liga deste ano foi a 46.ª do FC Porto, em 56 encontros realizados no seu reduto, enquanto o terceiro e último triunfo do Sporting de Braga na casa portista ocorreu na temporada 2004/05, quando Jesualdo Ferreira liderava os bracarenses, que venceram por 3-1, com golos de João Tomás (dois) e Wender.

Contudo, o FC Porto dá-se igualmente bem com os "ares" de Braga, já que ali venceu 30 das 55 partidas realizadas para o campeonato, cedendo ainda 13 empates.
O registo recente não tem sido particularmente feliz para o Sporting de Braga, que apenas conseguiu quatro triunfos caseiros sobre os "dragões" nos últimos 30 anos, embora o último tenha acontecido há apenas duas temporadas.
Na quinta jornada da Liga 2009/10, um tento solitário de Alan, aos 69 minutos, permitiu aos bracarenses manterem a liderança isolada, numa época em que lutaram até ao final por um inédito título de campeão nacional, que acabaria por ser arrebatado pelo Benfica.
" semelhança dos jogos da Liga, os 15 confrontos da Taça de Portugal têm domínio "azul e branco", com 12 triunfos do FC Porto, contra apenas dois do Sporting de Braga, além de um empate.
Neste registo, contam-se igualmente dois encontros para a Supertaça 1997/98, numa final a duas "mãos": os portistas bateram em casa o adversário por 1-0 e, um mês depois, empataram 1-1 em Braga, conquistando a competição pela 10.ª vez.

A encerrar o capítulo de confrontos entre "dragões" e "arsenalistas" surgem quatro encontros realizados para o remoto Campeonato de Portugal, precisamente a prova que deu início ao histórico, registando-se um pleno de triunfos "azuis e brancos", dois deles por números bem dilatados (13-0, em 1928/29, e 11-0, em 1935/36).
No total dos 133 jogos disputados, o FC Porto soma 312 golos marcados, quase o triplo dos tentos apontados pelos minhotos (108).
O encontro entre Sporting de Braga e FC Porto está marcado para sábado, às 20:30, no Estádio Axa, em Braga.

in "dn.pt"

Alejandro Díaz, 3 épocas e 9 minutos no FC Porto: «Dei tudo!»

Há um Sp. Braga-F.C. Porto que não sairá da memória do uruguaio. Reportagem Maisfutebol


Alejandro DíazSonhos perdidos na incompreensão, carreira comprometida por falsas promessas, labor honesto por recompensar. Alejandro Díaz sente ter uma dívida por pagar e uma imagem por corrigir. «Os adeptos do F.C. Porto merecem tudo», desabafa ao Maisfutebol, ainda angustiado por não ter consolidado o nome no Estádio das Antas. 

Não é para menos. Rotulado de promessa maior do futebol uruguaio, chegou a Portugal em 1996 e partiu definitivamente três anos depois. Embrulhado no anonimato e vexado pelo rótulo de flop. 

Pelo meio, apenas nove minutos (mais descontos) de dragão ao peito. «Foi numa derrota em Braga, por 2-1. Dei tudo de mim nesse bocado. Entrei a substituir o Folha e soube a pouco. Joguei para ser campeão nacional», conta, a partir de Montevideu. 

A memória pode ser injusta. Por esquecimento, triagem precipitada ou má vontade. Alejandro Díaz é muito provavelmente vítima desse lapso de rigor. O uruguaio, inteligente e culto, foi desaproveitado nas Antas, depois de ter estado bem perto de Real Madrid e Barcelona. Os jornais da época não deixam mentir.

«Fui injustiçado», lamenta, 16 anos depois. «Tinha 22 anos e dois grandes jogadores para a minha posição: Aloísio e Jorge Costa. Aprendi muito, treinei sempre no duro e só tive uma oportunidade. Mais por política do que por outro motivo», sugere o antigo internacional uruguaio. 

Vamos lá ver: como é que um jogador refinado, de elevada estatura (1,97m) e que tão boas referências deixou numa célebre pré-época em Inglaterra, joga apenas uma vez pelo F.C. Porto? 

«Ainda hoje não sei, nunca me explicaram. Tinha condições para ser útil ao clube. No Liverpool Montevideu era a principal referência. Podia ter ido para Espanha e não fui porque o Porto se antecipou. Depois¿ não sei, honestamente. Só o treinador António Oliveira poderá explicar.»

«Teve de ser o Mielcarski a devolver-me a roupa»

O nosso jornal recupera Alejandro Díaz precisamente na véspera de um Sp. Braga-F.C. Porto. O único jogo onde o uruguaio sujou o equipamento em Portugal. «Pensei que depois dessa noite ia ter mais oportunidades. Infelizmente não. Ainda estive no banco contra o Sp. Espinho e acabou-se.» 

Verão de 97, esperanças retemperadas e logo esvaziadas. Ao primeiro treino da que seria a segunda temporada no plantel. «Saiu a convocatória para o estágio na Suécia e o meu nome não estava lá. Passei depois 22 dias a treinar sozinho, à espera que os meus colegas voltassem», lembra Alejandro Díaz. 

Os colegas vieram e o uruguaio continuou à parte. «Passei a ir para o Parque da Cidade e cheguei a estar no Atlético Samil (Vigo) só a treinar. O meu contrato era válido e sentia-me jogador do clube. Foi pena.»

A dada altura, Alejandro Díaz percebeu tudo: a relação com o F.C. Porto chegara ao fim. «Tentei ir buscar a minha roupa e nem isso consegui. Teve de ser o Mielcarski a trazer-me tudo à socapa, no carro. O mundo caiu-me em cima.»

«Aloísio, João Pinto, Rui Barros, Jardel, Silvino, Mielcarski, grandes amigos», enumera Alejandro Díaz, desafiado pelo nosso jornal. «Ficaram chocados ao saber que me ia embora. O Aloísio levava-me a almoçar, pedia-me paciência, era como um pai para mim.»

Apesar da frieza cruel inerente à dispensa, Díaz nada tem a apontar aos responsáveis. «Até aí todos tinham sido excelentes. O presidente era fabuloso, dizia-me que eu era o sucessor do Aloísio. O treinador era um pouco excêntrico, mas sempre me tratou bem. Gostava de voltar ao clube e colocar a conversa em dia com o senhor Pinto da Costa, um génio.» 

«Quando rescindi o contrato, em 1999, percebi o quão desconfortável ele estava.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Sapunaru no eixo forte

PROVA DE CONFIANÇA PARA O LATERAL



Cristian Sapunaru já não se deve lembrar da última vez que cumpriu 3 jogos a titular pelo FCPorto. Pois bem, isso aconteceu há mais de cinco meses. Daí para cá viu Fucile, Maicon e Danilo passarem-lhe à frente, mas a sua persistência permitiu-lhe chegar a esta fase da época entre as primeiras opções de Vítor Pereira.
Mas com Danilo muito próximo do regresso à competição, Braga deverá ser a derradeira paragem para o internacional romeno, que mantém elevados os índices de motivação, graças à confiança que Vítor Pereira tem depositado na sua experiência e qualidade. Até por isso, o técnico não hesita em colocar Rolando no banco de suplentes e desvia Maicon para o centro.
in "record.pt"

"Iturbe passou por mau bocado"

Iturbe tem feito parte dos 18 eleitos de Vítor Pereira nos últimos encontros, ainda que não tenha voltado a ter uma oportunidade desde o jogo da Taça da Liga com o Benfica, na Luz, onde foi chamado para entrar nos minutos finais do encontro. A deslocação a Braga, porém, deve devolvê-lo às bancadas porque Djalma está recuperado e Vítor Pereira não deverá prescindir do angolano, cuja polivalência e experiência podem ser trunfos para um jogo importante como este. O pior, porém, já passou para Iturbe, que agora compreende e aceita melhor as decisões do treinador portista. Quem o garante é Iván Torres, companheiro inseparável do extremo do FC Porto nas duas épocas em que jogaram juntos no Cerro Porteño. "A experiência dele no FC Porto começou por se revelar uma desilusão porque ia com expectativas muito altas e não conseguia jogar. Passou por um mau bocado", contou a O JOGO Torres, que mantém contacto regular com o "mini Messi", sobretudo através das redes sociais. A fratura do cotovelo esquerdo, na estreia, frente ao Pinhalnovense, na Taça de Portugal, também não ajudou. Mas os problemas não ficaram por ali: "Ele passou uma fase mais complicada por causa de questões pessoais, mas agora está bem. O apoio da família tem sido importante e já conseguiu ultrapassar isso. Também se sente mais tranquilo agora no FC Porto", frisou.
Torres compreendeu os desabafos de Iturbe ao longo da época. "É natural todos querem jogar e Iturbe não é diferente", frisou sublinhando uma disposição diferente no amigo: "Com o tempo, começou a entender a situação e a aceitar, porque sabe que é para o bem dele, está a aprender e a crescer".
Nas conversas entre ambos, o médio do Cerro Porteño garante que nunca foi discutida a possibilidade de saída por empréstimo: "Disso nunca falou comigo". Pelo contrário, Iturbe está aparentemente empenhado em continuar a trabalhar no FC Porto, apesar das contrariedades. "Ele treina para estar disponível, para jogar quando tiver uma oportunidade", frisou, sem deixar de o compreender e incentivar a ter paciência para esperar. "Ninguém gosta de estar parado, mas não é um drama. Iturbe é novo e percebe que não é fácil entrar numa equipa como o FC Porto. Ele próprio farta-se de dizer que o plantel tem jogadores de muita qualidade e percebe que tem de ser paciente, porque não faltam alternativas de grande nível. O que está a acontecer com ele é normal, mas ele sabe que não pode desesperar", sublinhou.

Walter Perazzo
"Contamos com ele mas é preocupante"

Walter Perazzo, selecionador sub-20 da Argentina, é um dos mais interessados na evolução de Iturbe no FC Porto. "Ele não joga e é óbvio que temos de levar isso em conta na seleção. É normal que estejamos preocupados, porque está sem ritmo competitivo e vamos precisar dele. Contamos com ele e vamos chamá-lo para a preparação das próximas competições", garantiu a O JOGO. Com o preparador físico da seleção a seguir o jogador, Perazzo mantém-se informado de tudo. "Sei que está muito ansioso com esta situação. Jogar é importante, só assim se evolui, mas quando isso não acontece complica-se tudo", apontou, antes de deixar alguns conselhos: "É importante que se mantenha forte mentalmente, que acredite nas suas capacidades, que são enormes, e não deixe de treinar bem para corresponder, quando tiver uma oportunidade".
Confiante naquilo que os responsáveis do FC Porto estão a fazer com Iturbe, Perazzo não deixou de fazer uma constatação: "Para quem gosta tanto de futebol como ele e não joga deve estar a atravessar uma fase muito difícil. Mas não se esqueçam que é um jovem, que apostou numa das equipas mais fortes da Europa para prosseguir a sua carreira".

in "ojogo.pt"

Só a Juventus rivaliza com a defesa dos dragões

O FC Porto tem a segunda defesa menos batida dos principais campeonatos da Europa, com os mesmos 17 golos encaixados da Juventus, mas os italianos já disputaram 30 jornadas e os campeões nacionais apenas 25. Um dado estatístico interessante atendendo às recentes críticas ao setor mais recuado dos dragões e, sobretudo, às constantes mudanças de que tem sido alvo. Basta recordar que há 15 jogos que o treinador muda pelo menos um dos intervenientes do quinteto.
Há uma semana, Vítor Pereira defendeu-se da acusação de irregularidade defensiva. "Há dias li uma coisa engraçada, que dizia: 'Esta é a equipa do FC Porto que mais golos sofreu nos últimos anos.' E eu digo assim: provavelmente será [...] mas neste campeonato não há nenhuma equipa que tenha sofrido menos golos do que nós", lembrou. O Sporting surge a seguir com mais dois golos encaixados, apesar do quinto lugar da tabela. Os 17 golos em 25 jogos significam que o FC Porto sofre um golo a cada 132 minutos. Uma estatística reforçada na partida com o Olhanense em que conseguiu manter a baliza inviolada.
É em Itália, onde o futebol defensivo tem tradição, que os dragões encontram concorrência, mas os 17 golos sofridos pela Juventus não chegam para ser líder, sublinhe-se. Na Alemanha, o Bayern de Munique tem apenas mais um golo sofrido e, curiosamente, também está em segundo. Assim como em Espanha, com o Barcelona a ter o melhor registo (22 golos).

in "ojogo.pt"

Van der Gaag, ex-treinador de Djalma "Djalma pode ser lateral no futuro"

1 - Djalma recuperou mais depressa do que era suposto. Surpreendido com isso ou já era recorrente no Marítimo?
O Djalma é muito forte psicologicamente e nunca teve lesões graves. Pode ser por isso que o seu corpo está bem preparado para recuperar depressa. Acho que ele estava muito motivado para recuperar, pois vinha de um bom momento. Toda a gente quer jogar a reta decisiva do campeonato. Isso pode ter sido um impulso.

2 - Djalma tem sido importante nos jogos grandes. A qualidade tática é o seu principal atributo?
Não sei se é o principal. Mas é verdade que taticamente é forte. Ajuda muito a equipa e, defensivamente, cumpre sempre a sua parte. Contra o Benfica, por exemplo, foi exemplar do ponto de vista tático. Penso que isso é apenas algo mais que ele pode acrescentar à equipa do FC Porto e o pode ajudar a lutar por um lugar.

3 - Reconhece-lhe capacidades para que no futuro possa ser lateral-direito, como pontualmente acontece no FC Porto?
Penso que é uma hipótese para o futuro dele. Já falamos da elevada capacidade tática e, além disso, fisicamente é capaz de fazer todo o corredor. A adaptação foi, para mim, uma surpresa. Mas cumpriu e abriu novas portas para o futuro. Contudo, acho que ainda só devemos olhar para ele como um extremo.

in "ojogo.pt"

Vítor Pereira quer "entrar forte"

A nota artística foi sempre uma preocupação de Vítor Pereira, mas nesta fase da época, na liderança do campeonato e apenas com mais cinco jogos para disputar, o treinador portista parece contentar-se apenas com a vitória. Foi essa a ideia que passou ao plantel, ontem de manhã, instantes antes do treino começar. Numa curta palestra, que durou sensivelmente 10 minutos, "ganhar" foi a palavra de ordem. Vítor Pereira vincou-a até à exaustão, para que a equipa perceba que um sucesso em Braga pode escancarar definitivamente as portas do título de campeão, sobretudo se o Benfica perder pontos no clássico com o Sporting. "O fundamental é ganhar. Isso é o fundamental", repetiu, num som perfeitamente audível pelos jornalistas, que assistiram a tudo a 50 metros.
Vítor Pereira quer uma equipa pragmática e apelou à concentração. O FC Porto deve ser prático nas suas ações e estar focado exclusivamente na vitória e não em qualquer outro aspeto coletivo ou individual. Neste momento decisivo, a vitória deve ser colocada sempre em primeiro lugar e o foco não pode ser outro. Foi basicamente essa a mensagem que o técnico tentou passar.
Entre várias coisas que disse aos jogadores que não se ouviram, outra foi também perfeitamente percetível. "Importante é entrar forte no jogo", destacou, a propósito da abordagem tática que será feita. O passado recente aponta várias entradas sonolentas do FC Porto e alguns dissabores em consequência disto. Vítor Pereira pretende um conjunto dominador, como aconteceu com o Olhanense. Até porque a história desta época dá-lhe razão: o FC Porto nunca perdeu para o campeonato sempre que marcou primeiro. Os empates contra Benfica (em casa) e Paços de Ferreira (fora) são os piores registos depois de ter aberto o marcador. Pelo contrário, quando a equipa sai em desvantagem ou vai a zero para o intervalo, costuma ter dificuldades. Empatou em casa de Feirense, Olhanense e Sporting, além de ter perdido em Barcelos e, recentemente, somado apenas um ponto em casa, contra a Académica.
O plantel escutou atentamente o treinador e ninguém terá ficado com dúvidas sobre a mensagem. Ganhar foi palavra repetida até à exaustão e o espírito será esse. Finalizada a conversa, o grupo começou o treino compenetrado, mas não perdeu a boa disposição. No monólogo, a que assistiram 20 jogadores - Danilo está lesionado, Cristian Rodríguez está a tratar do futuro e Kadú foi dispensado para treinar com a equipa júnior, que disputa o título do respetivo escalão - o técnico abordou ainda alguns aspetos táticos, especialmente aqueles que são relacionados com a forma de defender da equipa. Não se sabe ao certo o que pediu a Sapunaru, Maicon, Otamendi e Álvaro Pereira, o quarteto previsivelmente titular, mas a verdade é que o ataque do Braga - marca há 15 jornadas consecutivas - impõe respeito e daí a preocupação.
A noção da importância do jogo de sábado não é, pois, escondida por ninguém. Recorde-se que anteontem foram Pinto da Costa e Antero Henrique a estar no treino, noutro sinal claro de união e concentração em torno do único objetivo que resta à equipa: ser campeão nacional.

Concentração com boa disposição

O grupo uniu-se para ouvir o treinador e só se dispersou depois da palestra completa. A boa disposição reina, mesmo nos que vivem um momento menos bom, como é o caso de Rolando.

in "ojogo.pt"