terça-feira, 27 de março de 2012

FOLHA: "SABEMOS QUE NÃO VAI SER FÁCIL"

28 vitórias em 28 jogos. A equipa Sub15 do FC Porto ultrapassou duas fases do campeonato nacional de forma imaculada, mas as maiores dificuldades ainda estão para vir. A terceira e decisiva fase arranca a 15 de Abril, com Vizela, Sporting e Benfica como rivais. O treinador António Folha dá os parabéns aos jogadores, mas salienta que para chegar ao título será necessário vestir o "fato-macaco".

"Os jogadores foram fantásticos. Na segunda fase a exigência aumentou mas conseguiram sempre dar uma excelente resposta. Tudo isto é fruto de uma grande organização e qualidade de resposta dos nossos atletas", assegura António Folha.

A totalidade de vitórias não significa, para o treinador, que a equipa tenha atingido o seu ponto mais alto. "Temos muitos aspectos a melhorar. Dentro deste clube não existe perfeição mas sempre querer mais e melhor. Vamos trabalhar para entrar muito fortes na terceira fase", assegura.

Vizela, Sporting e Benfica são os adversários que os invencíveis Sub15 terão pela frente na fase final. "Sabemos que não vai ser fácil. As equipas que passaram são as melhores. Vai ser uma fase muito competitiva, podemos ganhar nos detalhes e é nisso que estamos focados", explica o treinador.

No último jogo da segunda fase (seis vitórias em seis jogos, 22 golos marcados e quatro sofridos), os Dragões bateram o Taboeira, por concludente 6-1. A equipa terá agora mais dificuldades em conseguir goleadas, mas a filosofia será a mesma: "Vamos continuar a querer mandar no jogo. Queremos mais tempo de posse de bola do que os adversários, mas sempre que for necessário vamos vestir o 'fato-macaco' e dar o máximo".

A primeira jornada está agendada para 15 de Abril e a última para 20 de Maio, o que significa que o título será discutido num curto espaço de tempo. António Folha garante que os jogadores estão preparados: "Eles sabem que as fases finais são muito intensas e com muito bom nível".



in "fcp.pt"

Bock: "Janko não tem qualidade para jogar no FC Porto"

O ponta-de-lança austríaco soma quatro golos em nove jogos oficiais. Bock, experiente avançado do Freamunde, dá a sua opinião sobre a capacidade do avançado austríaco.


Bock considera que a qualidade de Janko não é suficiente para o FC Porto, mesmo reconhecendo que não é fácil preencher um lugar que foi dominado por Radamel Falcao.

O ponta-de-lança austríaco soma quatro golos em nove jogos oficiais. Nos últimos seis jogos, apontou apenas um golo, na Madeira, frente ao Nacional, na 23ª jornada. Em Paços de Ferreira, foi substituído por Kleber, aos 60 minutos.

Na opinião do experiente avançado do Freamunde, que começou a carreira no FC Porto, Pinto da Costa deveria regressar em força ao mercado de Verão, no sentido de contratar "não um, mas dois jogadores" para a frente de ataque.

"Janko não tem uma herança fácil (após a saída de Falcao). O Kléber é bom jogador, mas para mim, sinceramente, o Janko não tem qualidade para o FC Porto. Ir ao mercado? Se fosse presidente do FC Porto iria buscar não um, mas dois jogadores", considera, numa entrevista a Bola Branca.

"O FC Porto tem de ter jogadores de grande qualidade, e esse foi um dos problemas desta época", constata o dianteiro de 36 anos, natural de Vila Nova de Gaia.



in "rr.pt"

Desconcentração defensiva tem penalizado FC Porto

Eduardo Luís, antigo defesa central do Porto, identifica o problema da equipa nas bolas paradas defensivas. A mensagem de Vítor Pereira não tem passado.


Dos 17 golos sofridos pelo FC Porto, no campeonato, esta época, 12 foram na sequência de lances de bola parada. Uma estatística que explica o quão penalizada tem sido equipa azul e branca. Eduardo Luís, em Bola Branca, diz que o problema está em falhas de concentração: "A mim parece-me que é, sobretudo, falta de concentração na sua extrema defesa, porque o FC Porto tem jogadores de qualidade para essa posição".

O antigo central do FC Porto acredita que a equipa ainda vai a tempo de mudar esse estado de coisas, até ao final da época, contudo é necessário que a mensagem de Vítor Pereira comece a ser assimilada pelos jogadores: "Dá-me a ideia que há ali um distanciamento entre a equipa e o treinador. A mensagem não passa muito. O treinador está a sentir dificuldade em incutir confiança e esse é um factor que tem de ser melhorado".

Na última jornada, o Porto perdeu dois pontos em Paços de Ferreira, tendo sofrido o golo do empate, precisamente, na sequência de um pontapé de canto.



in"rr.pt"

«Como é que o F.C. Porto não foi buscar o Lima?»

Jacques estranha movimentações do clube no mercado de transferências em busca do sucessor do Falcao


Lima tem 28 anos, contrato com o Sp. Braga até 2016 e uma cláusula de rescisão no valor de 15 milhões de euros. Está na fase decisiva da carreira. É o melhor marcador do campeonato e o segundo melhor na história do clube minhoto. Faria falta ao F.C. Porto.

Jacques, goleador português que passou por F.C. Porto e Sp. Braga, não tem dúvidas. Enquanto fala com o Maisfutebolsobre Lima, lamenta a aposta dos dragões em outros nomes. Kléber é novo, Janko não o convence.

«Sinceramente, no ano passado comecei a acompanhar atentamente o Lima e só comentava com os meus amigos: como é que o F.C. Porto não foi buscar o Lima? Acho que seria o substituto ideal para o Falcao.»

Jacques conquistou a Bola de Prata de dragão ao peito. No Sp. Braga, não conseguiu. Até por isso, acha que os 19 golos de Lima no campeonato têm outro valor.

«Eu, por exemplo, fui o melhor marcador porque no último jogo recebemos o Sporting de Jordão, eu e ele discutíamos esse título, o Sporting já era campeão. A equipa ajudou-me, marquei e esse golo deu-me o troféu. Num grande é sempre mais fácil», salienta.

Sobram elogios para o brasileiro do Sp. Braga. «Marcar golos no Braga serve para o valorizar ainda mais. Acho que tem qualidades muito boas.»

«Enfim, o Porto não pensou da mesma forma. Tinha Falcao, um jogador extraordinário, e Lima é um finalizador do género. Mas foram pelo Kléber, que ainda vai dar grande jogador mas é novo. E quanto ao que chegou agora (Janko), acho que não foi uma aposta muito feliz», conclui o antigo avançado, ao Maisfutebol.

in "maisfutebol.iol.pt"

Danilo e Djalma regressaram ao relvado

O defesa brasileiro e o avançado angolano coninuam a recuperar das respectivas lesões. Os dois jogadores trabalharam, esta quarta-feira, com a restante equipa, ainda que de forma condicionada.


Danilo e Djalma estão de volta ao trabalho de campo, embora ainda condicionados. O plantel do FC Porto prepara a recepção ao Olhanense, marcada para sábado, referente à 25.ª jornada da Liga. 

O brasileiro Danilo tem vindo a efectuar tratamento desde o jogo com o Manchester City, para a Liga Europa. Já Djalma recupera de lesão que o afastou da equipa desde o último jogo no Dragão, frente à Académica. 

Rafa e Cristían Rodríguez estiveram, de novo, ausentes da sessão de treino dos azuis e brancos.



in "rr.pt"

Proibido esbanjar

ATAQUE DEIXOU A EQUIPA EM RISCO



Falta de sorte, baixos níveis de concentração, mérito do adversário ou pouco trabalho específico durante a semana? Onde está a justificação para tamanho desperdício de oportunidades do FC Porto, em Paços de Ferreira? Vítor Pereira falou em falta de eficácia, Henrique Calisto considerou que a coisa só vai lá com mais treino, ao passo que Daúto Faquirá, ouvido por Record, entendeu que se trata de “questões emocionais ligadas ao próprio jogo”.
O certo é que o FC Porto dispôs de seis boas situações para marcar e só conseguiu festejar à custa de um autogolo de Ricardo. Isso não chegou para sair da Mata Real com uma vitória, complicando as contas do título. Percebeu-se a irritação de Vítor Pereira no final do encontro, depois de ter trocado Janko por Kléber, num processo inverso ao que tinha feito, dias antes, no clássico da Luz. O resultado da substituição voltou a ser nulo. Assim, só mesmo Hulk foi capaz de levar o perigo até junto da baliza de Cássio.
in "record.pt"

Fernando foi vítima do princípio da chiclete

PARA NÃO PROVOCAR AFASTAMENTO DE DEFOUR



Seguindo o mesmo princípio que permitiu a James Rodríguez, Varela e Maicon manterem a titularidade quando eram contestados, face à disponibilidade de outras opções mais válidas, Vítor Pereira optou por segurar Steven Defour no onze frente ao Paços de Ferreira.
O internacional belga acabou por beneficiar do tal princípio da chiclete que o treinador revelou em tempos para justificar a forma como gere o balneário. O técnico não gosta de usar os jogadores e depois deitá-los fora quando tem outras alternativas.
in "record.pt"

Inter disposto a ganhar James

A Imprensa italiana noticiou ontem que o Inter de Milão está disposto a "esticar-se" por James Rodríguez, depois de ter tido conhecimento que também o Paris Saint-Germain tem interesse no jovem colombiano. Com ou sem André Villas-Boas na próxima época, os nerazzuri pretendem fazer uma reformulação larga no plantel, procedendo simultaneamente ao rejuvenescimento dos seus quadros. James enquadra-se nessa linha de pensamento, mas o FC Porto não estará disposto a vendê-lo a troco de qualquer preço.
O esquerdino tem uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, valor bem superior aos 20 milhões que o PSG estaria, de acordo com notícias recentes, disposto a pagar por ele. O Inter estará então disposto a subir a parada para ganhar James.
Bruno Carpeggiani, agente do jogador para o mercado italiano, já confirmou há algumas semanas o interesse do Inter, mas disse também que seria o FC Porto a conduzir as negociações. Na altura falou de 30 milhões de euros como um interessante ponto de partida para as negociações. James prometeu muito na época passada e nesta tem confirmado as expectativas: já leva 12 golos.

Teo Gutierrez volta a ser notícia

O presidente do Racing, Gaston Cogorno, revelou ontem que Teo Gutiérrez não continuará no clube argentino depois de junho. "Vamos deixá-lo sair para que possa tentar a sua sorte noutro país. Muito dificilmente continuará connosco", disse a uma rádio. O clube atravessa uma grave crise financeira e a venda de Gutiérrez é uma forma de equilibrar as contas, daí que na Argentina volte a ser noticiado o interesse do FC Porto no avançado.

in "ojogo.pt"

"Queria ser campeão, mas não me deixam"

Paco Casal, empresário de Cristian Rodríguez, chega na próxima quinta-feira ao Porto para intermediar as negociações que devem culminar na rescisão de contrato do jogador com o FC Porto. A SAD dos portistas quer resolver esta questão delicada o quanto antes, depois da agressão do uruguaio a João Moutinho num treino e levou ao afastamento do Cebola do plantel, conforme O JOGO revelou em primeira-mão. O esquerdino está impedido de treinar e é certo que não voltará a vestir a camisola do FC Porto, com quem ainda tem vínculo até ao final de junho. Em todo o caso, refira-se, Rodríguez já é livre de escolher clube, por estar em final de contrato.
Afastado do grupo de trabalho do FC Porto desde as vésperas do jogo na Madeira com o Nacional, Cristian Rodríguez tem-se mantido em silêncio, desconhecendo-se qual o seu destino, apesar do campeonato brasileiro ter sido apontado já várias vezes como destino provável, com o Grémio a encabeçar a lista de clubes interessados. Através do Facebook, o uruguaio lamentou esta situação. "Obrigado pelo apoio. Estou mesmo triste por ter de sair assim. Queria terminar o ano e voltar a ser campeão, mas não me deixam", escreveu no final da semana passada em resposta a "amigo virtual".
Apesar do incidente com Moutinho, não foi instaurado um processo disciplinar a Cebola e tudo indica que Paco Casal vai conseguir acertar uma rescisão amigável entre o seu representado e o FC Porto.
Cinco vezes titular esta época com Vítor Pereira, no campeonato, Cristian Rodríguez acabou remetido à condição de suplente na maior parte dos jogos, tendo sido utilizado em mais cinco encontros, somando 490 minutos. Até ao final da semana, Cebola deverá ficar desligado do FC Porto.

in "ojogo.pt"

Diagnóstico: falta atitude

Que motivos podem estar na origem de um FC Porto tão irregular desde o início da época, que não aproveitou uma vez mais o passo em falso do Benfica, na véspera, e que permitiu ao Braga chegar ao primeiro lugar da tabela? Esta foi a questão que O JOGO colocou a adeptos e treinadores e todos concordam que a intermitência exibicional é atípica no clube, apontando o dedo ao treinador, ao setor defensivo, mas também ao planeamento da época.
Um aspeto em que muitas das opiniões ouvidas coincide é o da "falta de atitude" da equipa, uma constatação que se tem verificado frequentemente e que foi mais evidente a seguir ao jogo da Luz para o campeonato (3-2). O empate caseiro com a Académica foi muito criticado, até porque o Benfica perdeu pontos nessa jornada e o FC Porto podia ter descolado na liderança. Entre os adeptos, Miguel Guedes diz que "não há liderança", mas ainda acredita na revalidação do título. Para Álvaro Magalhães esta equipa do FC Porto "é um mistério" e sublinha a "deficiente condição física" dos jogadores". Já Manuel Serrão tem ficado com a sensação de que "não se quer vencer o campeonato". Menos apaixonada e mais técnica é a análise de Daúto Faquirá. O treinador deteta "problemas emocionais", "falta de intensidade de jogo" e um Rolando "menos concentrado" do que noutras épocas. Com ligação aos dragões no passado, Eduardo Luís e Rodolfo Reis concordam que "não há consistência de jogo nem agressividade quando a equipa está sem bola".
Depois do triunfo na Choupana, os azuis e brancos não só foram incapazes de aproveitar um novo deslize do Benfica, que desta vez jogou antes, como perdeu a liderança para o Braga. Neste particular, adeptos e treinadores acrescentam dados como "falta de concentração e de empenho" e recordam que a defesa tem sofrido alterações constantes, o que não tem ajudado a consolidar processos que permitam alcançar a consistência necessária.
O jogo da Mata Real coloca Rolando no banco dos réus, na sequência da desconcentração que permitiu o empate, mas não o único a ser responsabilizado. "A atitude certa esteve nos jogos com o Benfica, a seguir deviam ter esmagado a Académica e convencido com o Nacional, porque aquele resultado foi uma mentira. É na atitude sem bola que está o problema da equipa", acusa Rodolfo Reis. A opinião geral é que não tem havido pressão no adversário para lhe roubar a bola, nem capacidade para sair em velocidade para o ataque.
Por outro lado, e apesar das contratações de Janko e Lucho no mercado de inverno, apontou-se ainda o emagrecimento das opções a meio-campo como fator para ajudar a explicar o atual contexto portista. Uma situação dificultada ainda mais pela recente lesão de Fernando, que reduziu para três os disponíveis para esse setor.

Longe do registo de Villas-Boas


Os números de Vítor Pereira enquanto treinador principal do FC Porto não são brilhantes, sobretudo se comparados com os do seu antecessor. É verdade que a herança era muito pesada, mas, feitas as contas, os portistas têm vacilado muito: foram eliminados na fase de grupos da Liga dos Campeões e logo a seguir na Liga Europa, ficaram pelo caminho bem cedo na Taça de Portugal e falharam o acesso à final da Taça da Liga. E no campeonato, andaram muito tempo longe do primeiro lugar, e já se percebeu que o título corre o risco de ser disputado até aos descontos da última jornada.
A estatística ajuda a perceber melhor o que tem acontecido: o FC Porto de Vítor Pereira tem ganho apenas seis em cada dez jogos, são 24 triunfos em 40 partidas oficiais, a que se juntam oito empates e outras tantas derrotas. Ora, com Villas-Boas a época passada terminou com metade das derrotas e cinco empates em 58 jogos. Ou seja, 84 por cento de triunfos contra os 60 atuais. Além disso, o número de golos também é muito diferente: os 79 golos desta campanha traduzem-se numa média de 1,98 por encontro, bem abaixo dos 2,5 da época passada. O mesmo se aplica aos golos sofridos. Com Vítor Pereira a média é um golo em cada um dos 40 jogos. Com o antigo treinador, o FC Porto sofreu 42 nos tais 58 jogos...

Pedido original de apoio não resultou...

C.G.

Conforme O JOGO mostrou na edição de ontem, os jogadores do FC Porto fizeram um pedido aos adeptos para reforçaram o apoio à equipa antes do encontro com o Paços de Ferreira. Mas, desta vez, não se limitaram a ir à linha de fundo para levantar as mãos. O pedido foi por escrito e com a assinatura de todos os convocados, treinador incluído. Consciente da importância do jogo, os portistas responderam com cânticos durante os 90 minutos, mesmo depois do golo do empate dos pacenses. Porém, como se sabe, de nada valeu porque o FC Porto só ganhou um ponto nesta partida. A ideia do cartaz surgiu na viagem da Invicta até à Capital do Móvel e foi concretizada em pleno balneário da Mata Real. Os capitães pediram a Vítor Pereira uma folha e escrevem a mensagem "Hoje precisamos da vossa força para sermos campeões". Hulk subiu ao relvado com o cartaz enrolado e foi entregá-lo aos SuperDragões na companhia de Rolando, Moutinho e Helton, os outros capitães da equipa.

Reações ao empate na Mata Real


Miguel Guedes, músico

"Não há liderança"

"Este FC Porto está ligado às origens da construção da equipa. Houve um esforço para manter a base, mas também houve e continua a haver lacunas no plantel. Nota-se uma clara falta de liderança, numa equipa que desperdiça dois "match points" do Benfica. Podem queixar-se de falta de sorte, mas creio que há falta de audácia e de empenho. Acredito no título, não porque mostram bom futebol, mas porque o Benfica tem apresentado a mesma irregularidade e não podemos esquecer um Braga que vence há doze jogos consecutivos, sete desses jogos marcando três ou mais golos."


Eduardo Luís, Treinador de futebol

"Sem consistência de jogo"

"Este FC Porto tem feito um campeonato irregular em termos exibicionais e isto leva a que hoje tenhamos uma luta a três pelo título. Mas acho difícil compreender tanta falta de consistência de jogo, como é que se falha tanto na defesa. Penso aliás que o elo mais fraco desta equipa está no centro da defesa. Os centrais têm comprometido. Quando se tem jogadores altos e experientes na defesa, custa engolir certas falhas. O Boavista também foi campeão e ninguém esperava que isso acontecesse. Mas este Braga tem uma boa estrutura e tem sido mais regular do que FC Porto e Benfica."


Álvaro Magalhães, Escritor

"Esta equipa é um mistério"

"Este FC Porto é um mistério, mas salta à vista a falta de condição física. Aos 15 minutos da segunda parte, em Paços de Ferreira, já não aguentavam. Não têm capacidade física para jogar com intensidade. As lacunas na finalização mantêm-se apesar da contratação de Janko. Falta alma a esta equipa, parece que não querem ganhar. Podiam pelo menos mostrar vontade de ganhar, mas não se vê. Também não deixo de atribuir uma certa falta de competência de Vítor Pereira para motivar os jogadores. O Braga poderia ser o castigo merecido para dois grandes que não querem ganhar."


Daúto Faquirá, Treinador de futebol

"Problemas emocionais"

"Houve uma tentativa para estabilizar a equipa com a contratação do Lucho, até por aquilo que ele representa do ponto de vista emocional para o clube, mas isso implicou a perda de soluções a meio-campo. A equipa tem revelado irregularidade também por causa disso, depois perderam Danilo e foi mais um handicap com implicações diretas no rendimento. A equipa não tem jogado com intensidade, como fazia e tem havido muitas alterações na defesa. Rolando não parece concentrado como noutras épocas e isso retira consistência. É uma equipa com problemas emocionais."


Manuel Serrão, Empresário

"É inacreditável!"

"Dá ideia que não se quer vencer, que é fácil ganhar este campeonato, mas não é. É preciso estar concentrado até ao fim. É inacreditável. Como é que se sofre um golo a dez minutos do fim, deixando saltar um avançado com pouco mais de 1,60m? Desperdiçam golos uns atrás dos outros. Depois de terem recuperado da desvantagem para o Benfica, tinham obrigação de estar na frente. O Braga vai entrar no campeonato do título na próxima semana, mas não acredito que vença Benfica e FC Porto. De qualquer modo, este campeonato já nunca será ganho de forma brilhante."


Rodolfo Reis, Treinador de futebol

"Não há atitude sem bola"

"Este FC Porto é demasiado passivo quando a bola está no adversário, não faz pressão para a recuperar e depois sai a jogar muito lentamente e dá tempo ao adversário para se colocar na defesa. Depois perdem a concentração com muita facilidade. Mas é essencialmente na falta de atitude desta equipa sem bola que me parece estar o problema. A atitude certa esteve nos jogos com o Benfica. A seguir deviam ter esmagado a Académica e convencido contra o Nacional, porque aquele resultado foi uma mentira. Mas é na atitude sem bola que está o problema desta equipa."

in "ojogo.pt"




Palito em risco para Braga

Álvaro Pereira está em risco de falhar a deslocação a Braga, novo líder do campeonato. O Palito soma oito cartões amarelos e está a um de ser obrigado a cumprir um jogo de suspensão. O uruguaio já estava em risco em Paços de Ferreira, mas aguentou-se e pode jogar contra o Olhanense. Aí, um deslize será fatal.


in "ojogo.pt"

Defesa sempre a mudar

Sete golos sofridos nos últimos cinco jogos confirmaram a ideia que há muito se vinha criando, de que este FC Porto defende pior do que é o hábito, ainda que continue a ser a equipa menos batida do campeonato. Vítor Pereira já se insurgiu contra este facto, mas os números não mentem: com 40 golos sofridos em 40 jogos oficiais disputados, a equipa atual supera, pela negativa, as anteriores nove. Só em 2001/02 o dragão sofreu mais golos do que a média que agora conta. Pode até ser mera coincidência, mas a verdade é que também nunca durante esse período um treinador mudou tanto o setor defensivo como Vítor Pereira. Nos últimos 14 jogos (desde a receção ao Rio Ave, a 15 de dezembro em que usou a mesma configuração que empatou no jogo anterior com o Sporting) nunca repetiu a mesma fórmula. E se algumas vezes as trocas se devem a castigos ou lesões, na maioria são mera opção. Que o digam Maicon, Otamendi ou Sapunaru, aqueles que mais rodam. O primeiro volta de castigo contra o Olhanense e há nova alteração em perspetiva. Falta saber se é Otamendi ou Sapunaru o preterido.
O treinador portista começou a época com algumas surpresas. Paulatinamente, Fucile, Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira marcaram uma posição, que raramente se alterou. Os problemas com o uruguaio, que entretanto saiu para o Santos, precipitaram a escolha de Maicon para a lateral-direita. A afirmação deste e a inconstância dos centrais foram depois a base para que as trocas se tornassem recorrentes. E essas são, para parte dos adeptos que O JOGO inquiriu [ver páginas 14 e 15], uma boa parte da explicação para a irregularidade da equipa.
Do setor, só Helton, Rolando e Álvaro Pereira são imunes às opções do treinador. Se não jogam é porque estão castigados ou lesionados. Ou então porque o jogo é de Taça da Liga. Com esta competição já terminada, esta parece a altura certa para Vítor Pereira normalizar as suas escolhas. O regresso de Danilo pode ser o clique que falta para que o primeiro terço do terreno assente, finalmente, numa única fórmula. O lado direito tem sido o que mais varia. Fucile, Sapunaru, Maicon, Danilo e até Fernando e Djalma, em situações pontuais, já tomaram conta do lugar. De resto, só Alex Sandro se pode queixar de uma utilização diminuta: sete jogos. Segue-se Mangala, com 13, mas neste caso com duas lesões a impedirem mais e melhor.

Danilo só estará disponível para a vista a Braga


Danilo regressa esta manhã ao Olival, depois de ter dado um "pulo" ao Brasil, devidamente autorizado pela SAD, para tratar de assuntos pessoais. Porém, ainda não deve receber autorização para começar a treinar com o plantel. Dito de outra forma, Danilo ainda não estará apto para a receção ao Olhanense, ficando o regresso aos eleitos adiado para a visita a Braga, o compromisso que se seguirá na agenda do FC Porto. Um cenário, aliás, que O JOGO já tinha traçado.
Danilo sofreu uma lesão no ligamento lateral interno do joelho esquerdo, logo nos minutos iniciais do primeiro encontro com o Manchester City e revelou, dias depois, que a paragem seria de seis semanas, um prazo que, ao que parece, será cumprido escrupulosamente. Danilo será reforço para os últimos jogos do campeonato, em que pelo andar da carruagem, tudo se decidirá.
O segundo jogador mais caro de sempre da história do FC Porto, contratado no verão, mas que chegou apenas no inverno, só conseguiu fazer cinco jogos de azul e branco, os dois primeiros como suplente utilizado e os outros três como titular. Ao terceiro, lesionou-se com gravidade e Maicon voltou a ser desviado...

Janko e Lucho estabilizaram


Se agora é a defesa que não se repete, noutra fase da época todo o onze esteve em constante rotação. O mercado de inverno, porém, colocou um ponto final nas interrogações. Lucho González assumiu o lugar no miolo que variava entre Belluschi, Guarín e Defour. E Janko resolveu as dúvidas entre Kléber e Hulk no eixo do ataque. Além da defesa, agora só não se sabe bem quem é o extremo-esquerdo.

in "ojogo.pt"