sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ranking UEFA: Portugal atinge novo máximo de pontos!

Resultados da Liga Europa permitem superar recorde de 2002/03



Jornada muito positiva para as contas portuguesas no ranking da UEFA: duas vitórias (Benfica e F.C. Porto) um empate (Sporting) e apenas uma derrota (Sp. Braga) permitem às equipas lusas fixar um novo máximo de pontos numa só temporada (10.800), superando o registo de 2002/03 (10,750). 

Os resultados permitem também aumentar a vantagem sobre os perseguidores mais próximos, Rússia (duas vitórias e duas derrotas) e Ucrânia (duas vitórias e uma derrota). Portugal continua na frente da corrida a três pelo sexto lugar, mas agora com 0,889 pontos de vantagem sobre os russos, e 1,380 sobre os ucranianos.

O sexto lugar vale dois lugares certos na fase de grupos da Liga dos Campeões e uma terceira vaga nas pré-eliminatórias em 2012/13, mas terá de ser defendido durante esta campanha.

Rússia e Ucrânia já perderam duas equipas, das seis que iniciaram a época. Portugal perdeu apenas uma, o Marítimo.

* Ponto da situação (actualizado a 17 de Fevereiro de 2011):


País2006/072007/082008/092009/102010/11TotalEquipas
1ºInglaterra16.62517.87515.00017.92814.50081.9286/7
2ºEspanha19.00013.87513.31217.92812.50076.6155/7
3ºAlemanha9.50013.50012.68718.08313.66667.4364/6
4ºItália11.92810.25011.37515.42811.00059.9814/7
5ºFrança10.0006.92811.00015.00010.08353.0114/6
6ºPortugal8.0837.9286.78510.00010.80043.5964/5
7ºRússia6.62511.2509.7506.1668.91642.7074/6
8ºUcrânia6.5004.87516.6256.4168.41642.2163/6
9ºHolanda8.2145.0006.3339.4169.00037.9633/6
10ºTurquia6.1009.7507.0007.6004.60035.0501/5


*Este ranking vai sendo actualizado com os resultados da época 2010/11 e determina a distribuição nas provas europeias em 2012/13. 

Sistema de cálculo: São consideradas as últimas cinco temporadas. Para cada uma, considera-se o total de pontos conseguidos pelas equipas (2 por vitória, 1 por empate, metade destes valores nas pré-eliminatórias), dividido pelo total de equipas desse país que participam nas competições europeias do ano em causa. A isto há que acrescentar cinco pontos de bónus por cada presença nos oitavos-de-final da Champions e, depois, nas duas provas, um ponto pelos quartos-de-final, meias-finais e outro ainda pela chegada à final. O acesso à ronda de grupos da Liga dos Campeões rende quatro pontos de bónus.

in "maisfutebol.iol.pt"

Iturbe "bisa" em goleada do Cerro Porteño

uan Manuel Iturbe, reforço já assegurado pelo FC Porto para a próxima época, regressou em grande ao Cerro Porteño, após a participação no Sul-Americano de Sub-20 e "bisou" na goleada imposta pelos paraguaios aos chilenos do Colo Colo (5-2).

No encontro que marcou a 1ª Jornada da fase de grupos da Taça Libertadores, o avançado argentino só entrou na 2ª Parte, mas foi bem a tempo de ajudar a sua equipa a consolidar um resultado avultado.

Iturbe fez o 3-1 no primeiro lance em que se envolveu, fixando o 5-2 final aos 84'


in "rr.pt"

Sevilha - Porto (declarações)

Hulk: "Temos valor para vencer a Liga Europa"
Ainda não foi ontem que Falcao regressou à competição, mas os resultados positivos do FC Porto acabam por secundarizar a importância do colombiano na equipa. Hulk concorda com a ideia, mas não deixa de elogiar a resposta do colectivo perante as adversidades. "É um grande jogador e faz sempre falta, mas a equipa tem sabido lidar com a sua ausência. Apesar disso, não considero que falte uma referência no ataque. É lógico que com o Falcao em campo os outros avançados ficam com a tarefa mais simplificada, mas, mesmo assim, temos vindo a vencer", respondeu o brasileiro, que se colocou, uma vez mais, à disposição do treinador "para jogar onde ele entender". Hulk revelou ainda uma total satisfação pela vitória e garantiu que, com este resultado, os portistas até podem encarar o jogo da segunda mão bem mais sossegados. "Estou feliz com o resultado, mas foi um jogo muito difícil, contra uma grande equipa, conhecida mundialmente. Estamos todos de parabéns, porque demos os máximo durante os 90 minutos. Agora, podemos jogar mais sossegados na próxima quarta-feira. Sem facilitar, claro". O internacional brasileiro considerou, no entanto, que esta vantagem ainda não é decisiva - "é apenas importante" -, antes ainda de voltar a assumir os objectivos prioritários para esta temporada: "Claro que pensamos na conquista da Liga Europa. O objectivo passa por ganhar esta competição, tal como o campeonato, pois são estes os nossos principais objectivos para esta época. Temos valor para o conseguir, mas também temos de manter a mesma humildade de sempre".

Rolando
"Golo ajudou a equipa a serenar"

Rolando abriu caminho para a vitória. No final, explicou para que serviu o golo. "Foi muito importante, porque os golos marcados fora valem sempre a dobrar. Mas esse golo também ajudou a equipa a serenar e, depois disso, partimos para uma grande exibição". Apesar do triunfo, o central recusa anunciar desde já o sucesso na eliminatória. "O nosso objectivo principal era fazer um bom jogo e, se possível, ganhar. Sofremos, mas é uma vitória importante. Sabemos da capacidade do Sevilha, é uma equipa de Champions como nós".


Álvaro Pereira
"Fomos inteligentes e ganhámos bem"

Álvaro Pereira regressou ontem à competição, dois meses depois do último jogo, com o objectivo de somar minutos para o que se segue. "Estou feliz pelo regresso, e agora é uma questão de ganhar ritmo para voltar a 100 por cento. A ideia para este jogo era mesmo essa: ganhar ritmo". O lateral reconheceu ainda que o FC Porto "sofreu" em determinados momentos do jogo, mas não deixa de considerar a vitória "justa". "Fomos inteligentes e ganhámos bem. Mostrámos que somos capazes de ir buscar forças ao colectivo", concluiu.

Guarín: um golo para a filha

Guarín marcou, fez a coreografia de embalar no relvado e, no twitter, pouco depois de terminar o jogo, explicou porquê. "Amanhã [hoje] nasce a minha Danna; foi uma bênção do meu deus". "É sempre bom marcar, mas o mais importante é o grupo. E quando digo grupo, falo de todos e não apenas de alguns jogadores. Estávamos confiantes para este jogo e trabalhámos para a vitória. Agora, seguimos motivados para o que se segue", disse também na zona mista. O colombiano explicou ainda o recente desabafo no Twitter, onde lamentava não ser titular. "Temos de ser pacientes, seja no onze inicial ou no banco de suplentes, compreender o que o treinador quer de nós e depois aguentar", explicou. Depois, a concluir, analisou o jogo: "Conseguimos aproveitar as oportunidades que criámos".

in "ojogo.pt



André Villas-Boas: "Explorámos bem a ganância do Sevilha"

Villas-Boas admitiu que o FC Porto sentiu muitas dificuldades em Sevilha e que o empate até seria um resultado justo, só que a falta de cuidados dos espanhóis acabou por ser bem aproveitada, justificando, segundo Villas-Boas, o triunfo. "Encontrámos um Sevilha penalizado no campeonato e que queria dar um grito de revolta. Nesse sentido, foi uma grande resposta do FC Porto. É verdade que passámos por algumas dificuldades, mas mostrámos sempre competência na forma como defendemos. Explorámos o contra-ataque e a ganância do Sevilha, que depois de marcar o primeiro teve a ganância de querer chegar ao segundo. O adversário teve muita posse de bola e criou muitas oportunidades, porque tem uma grande quantidade e qualidade de atacantes, mas também é verdade que, no contra-ataque, podíamos ter marcado mais. É um Sevilha forte e há uma segunda mão para disputar. Queremos um FC Porto superior ao de hoje", alertou.

O técnico considerou ainda que o FC Porto soube sofrer durante os 90 minutos. "O primeiro golo surgiu num momento bom nosso, mas, depois, o Sevilha empatou, o que seria sempre um bom resultado e, se calhar, o mais justo. Só que o Sevilha foi-se expondo e acabámos por voltar a marcar", insistiu. Confrontado com o lance do empate do Sevilha, em que Kanouté pareceu ter-se apoiado em Otamendi, Villas-Boas jogou à defesa, admitindo que faltou competência à equipa. "Ainda não vi o lance. O Kanouté é um jogador com uma impulsão superior à do Otamendi e não sei se houve falta. Foi um lance em que não demonstrámos a mesma competência que tivemos em muitos outros, mas, no global, estou satisfeito", frisou.

Apesar da vantagem, Villas-Boas lembrou que ainda há um segundo jogo por disputar, não dando a eliminatória como ganha. "Será um jogo seguramente diferente. Podemos ter mais iniciativa e ser mais controladores. O ambiente do Dragão é forte e aí poderemos construir ainda mais o resultado. Eliminar um adversário destes será sempre bom, mas ainda há 90 minutos por disputar e, com uma boa entrada, o Sevilha pode mudar a história da eliminatória. Temos de fazer um jogo melhor, como nos primeiros 15' deste em que fomos mais agressivos na pressão. Mostrámos aqui um dos nossos principais argumentos, que é a organização defensiva, e fizemos um bom resultado, mas que não decide nada", referiu.

Villas-Boas aproveitou a flash-interview para dedicar o triunfo a dois destinatários: "Ao Rafa pela grave lesão e ao senhor Lourenço, o trompetista, que nos mandou uma mensagem na véspera" [ver caixa].
Com esta vantagem conseguida em casa do adversário, Villas-Boas voltou a assumir a candidatura à Liga Europa. "Este poderá vir a ser o maior desafio nesta competição, o que não quer dizer que as outras equipas que podemos encontrar não sejam competentes. Mas, o Sevilha tem uma grande equipa. A seguir poderá ser o PAOK ou o CSKA [os russos estão em vantagem]. Primeiro vamos pensar na segunda volta", sublinhou, concluindo a recordar que o FC Porto "já fez a sua parte" na 20ª jornada, ao vencer o Nacional, aguardando tranquilamente o resultado do clássico, mas sem cachecol do Sporting ao pescoço. "De forma alguma. O nosso objectivo era manter a vantagem que tínhamos e, claro, se pudermos aumentar, tanto melhor. Mas não estamos preocupados, vamos ver o jogo com tranquilidade."

in "ojogo.pt"

Breves

Villas-Boas iguala Mourinho

O FC Porto carimbou em Sevilha a oitava vitória europeia da época (play off incluído), em nove jogos, igualando o recorde de triunfos do FC Porto em competições da UEFA numa só temporada, que pertencia a José Mourinho. Em 2002/03, Mourinho guiou o FC Porto até Sevilha, onde conquistaria a Taça UEFA, com oito vitórias em 13 jogos (perdeu três e empatou dois). Villas-Boas já igualou esse feito, tendo apenas empatado com o Besiktas nos encontros jogos disputados. No que respeita a golos, o FC Porto de 2002/03 tinha marcado 20 nos primeiros nove desafios europeus e o de Villas-Boas já vai em 23. Em golos sofridos, estão, à "nona jornada", empatados: sete.

Polícia a carregar

Ainda não tinham decorrido 10 minutos de jogo e a polícia de choque fazia a primeira investida com bastões sobre os adeptos do FC Porto, como que para impor respeito, mas foi só o FC Porto começar a marcar para se ouvirem alguns petardos. Ao intervalo, ouviu-se também gritar pelo Bétis (o grande rival) e o Sánchez Pizjuán respondeu com um coro de assobios à provocação.

Revista de imprensa

Estadio Deportivo

A menos que haja um milagre, o Sevilha cairá na Liga Europa aos pés do FC Porto (...) quando tudo parecia encaminhado para o empate, uma enésima distracção da defesa acabou por provocar novo erro de Palop e originar o golo de Guarin.

as.com

O Sevilha teve a virtude de mostrar-se competitivo ante um rival trabalhado até à exaustão pelo jovem Villas-Boas, com personalidade para se apresentar em Nervión (zona do estádio) de forma autoritária, com galões (...) Há erros imperdoáveis, sobretudo contra rivais como o FC Porto.

Marca.com

O Sevilha está a um passo do KO europeu. Sempre a reboque do FC Porto, que marcou primeiro, por Rolando. Kanouté ainda deu esperanças, mas Guarín acabou com elas.
Os portugueses não perdoaram (…) O futebol voltou a ser cruel, muito cruel, com um Sevilha que fez um bom jogo contra um grande rival, acabando por perder num desajuste defensivo que retrata na perfeição a temporada

O FC Porto um a um

A ESTRELA

Rolando 8
Enorme nas duas áreas

Cortou tudo e mais alguma coisa, de cabeça, com os pés, antecipando as jogadas, ganhando na luta ombro a ombro... Evidenciou grande leitura de jogo para se colocar a preceito, recuperou, interceptou e respondeu sempre à altura da pressão exercida pelo adversário. Aos 18' teve uma intervenção primordial sobre Luís Fabiano, tirando-lhe a bola na hora certa, aliás tal como fez sobre Kanouté (30'). Se já tinha feito a diferença na defesa, Rolando ainda foi ao ataque tirar partido de um livre para abrir o primeiro buraco no porta-aviões sevilhano. Numa noite de gala do central do FC Porto, nunca será demais lembrar que teve pela frente Luís Fabiano e Kanouté, avançados que pesaram muito em cima da defesa azul e branca e dos centrais em especial.

Helton 7
Se as vitórias começam na defesa, então Helton cumpriu na íntegra, com três intervenções de altíssimo nível, que evitaram golos do Sevilha. Primeiro num remate de Navas (38'), a seguir, num cabeceamento de Luís Fabiano (67') e, por fim, num grande disparo de Negredo (77').

Sapunaru 6
Não se aventurou muito no ataque, porque o Sevilha insistiu bastante pelos flancos. Solidário a defender e a fazer as dobras, travou alguns cruzamentos na origem e nunca virou a cara à luta.

Otamendi 7
Outra das maiores exibições da noite. Só não travou o cabeceamento de Kanouté no golo do Sevilha, lance em que parece haver falta do jogador africano. De resto, foi uma sombra dos dois avançados adversários, aos quais ganhou lances de cabeça e tirou bolas que evitaram males maiores - a Fabiano aos 6' e a Kanouté aos 10' e 20'.

Fucile 7
Muito difícil a noite de Fucile, tal a pressão de Cáceres, Navas e, mais tarde, de Negredo. Teve muito trabalho e sofreu para segurar a pressão pelos flancos do Sevilha. Aos 37' fez uma dobra preciosa a Otamendi e evitou que Luís Fabiano pudesse semear o pânico na área portista.

Fernando 6
Com a pressão do Sevilha no meio-campo e o perigo que surgiu dos flancos, viu-se obrigado a encostar nos centrais para ajudá-los. Exibição sacrificada e uma certa dificuldade para sair com a bola, porque não teve espaços para isso.

Belluschi 6
Outra exibição sacrificada em tarefas defensivas, tentando fechar no meio. Esteve bem no auxílio às recuperações, mas distraído com a bola nos pés, deixando que o adversário lha roubasse em várias ocasiões, e pouco esclarecido no passe.

João Moutinho 5
Esta não será seguramente uma exibição para recordar. Passou por muitas dificuldade para engrenar o último passe e fazer a diferença. Lutou, é verdade, mas faltou-lhe ser o médio esclarecido, capaz de passes de ruptura bem medidos para isolar os avançados.

Varela 5
Este jogo não era para ele, porque não teve espaços nos flancos, não conseguiu ganhar bolas e acabou por perder-se com ela. Para além disso, sentiu muitas dificuldades a defender.

James Rodríguez 6
Foi dos pés dele (24') que saiu o primeiro e verdadeiramente único sinal de perigo do FC Porto na primeira parte, quando obrigou Palop a uma defesa enorme, na sequência de um cabeceamento de Otamendi, que o guarda-redes espanhol sacudira a soco. Depois, sofreu a falta para o livre que marcou e que deu origem ao primeiro golo portista.

Hulk 5
Um livre perigoso (73') que Palop sacudiu por cima da trave, foi pouco. Até ali mal se vira. Perdido no eixo, entre os centrais, procurou espaços trocando de posição várias vezes, mas sem consequências práticas.

Rodríguez 6
Entrou para o lugar de James (58') e fez a diferença no lance de que haveria de resultar o segundo golo do FC Porto, insistindo na pressão sobre Palop, tentando o remate, até a bola sobrar para Guarín marcar.

Guarín 6
Substituiu Varela tarde (69') e começou por tirar uma bola perigosa da área (80'). Depois esteve no sítio certo para marcar e consumar a vitória do FC Porto (85').

Álvaro Pereira 5
Regressou quase dois meses depois - não jogava desde 19 de Dezembro, em Paços de Ferreira, onde se ressentiu da lesão no ombro que obrigou à operação. Apoiou Fucile, que tinha de se haver com Negredo e Navas.

in "ojogo.pt"

Missão cumprida em Sevilha para ser confirmada no Porto

O FC Porto concluiu com sucesso a primeira etapa da sua semana europeia. Os “dragões” venceram em Sevilha por 2-1, na primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa, com golos de Rolando e Guarín. Agora, a equipa de André Villas-Boas tem alguns dias para se concentrar na segunda partida, em casa, pois já disputou o jogo da 20.ª jornada e não tem compromissos este fim-de-semana.

Os “dragões” entraram bem na partida, com uma pressão muito alta, jogando com o nervosismo do Sevilha e praticamente não deixando o adversário construir jogo. O avançado Falcao não entrou nas contas de André Villas-Boas – não se sentou sequer no banco de suplentes – e assim o técnico construiu o seu tridente atacante com Hulk, Varela e James Rodríguez. Na defesa, foi Fucile a ocupar a lateral esquerda.



O clube andaluz vive uma fase descendente após a glória europeia (venceu a Taça UEFA em 2006 e 2007, ano em que também conquistou a Supertaça europeia). Tudo começou com o afastamento nos play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, frente ao Sporting de Braga. Eliminado na Taça do Rei pelo Real Madrid de José Mourinho e oitavo classificado no campeonato – com a terceira pior defesa da Liga espanhola – resta ao Sevilha a Liga Europa para salvar a temporada.


O sentimento de desânimo é perceptível. À hora de almoço, num restaurante discreto no centro histórico de Sevilha, quatro operários conversavam: “Com quem joga logo o Sevilha?”, perguntou um. “Oporto”, respondeu outro. “- UEFA? - Sim”. E deixaram-se ficar os quatro em silêncio.

Porém, antes do início da partida havia um grande ambiente no Sánchez Pizjuán. Mesmo sem encherem o estádio, os adeptos da casa demonstraram a sua fé e, ao mesmo tempo, o sentido de urgência de que se revestia o jogo.

Apesar de rondar com insistência a área adversária, o FC Porto não conseguia traduzir essa superioridade em situações de golo. Por fim, aos 24’, os “dragões” estiveram perto de inaugurar o marcador. Na sequência de um canto, Palop afastou mal a bola e James Rodríguez rematou à entrada da área, com Gary Medel a evitar, de cabeça, o que seria o primeiro golo.

Espicaçado, o Sevilha foi melhorando, embora muitas vezes a pressa redundasse em precipitação. Kanouté (30’) e Navas (37’) protagonizaram os lances de maior perigo para os anfitriões. O Sevilha, que é mais perigoso nos minutos finais da primeira parte (oito dos seus dez golos na fase de grupos da Liga Europa foram marcados entre os 30’ e os 45’) não fez jus à estatística.

Os golos estavam reservados para a segunda parte, que começou confusa e esteve interrompida durante alguns minutos por desentendimentos entre os jogadores, com o árbitro a ser inábil na gestão. Aos 58’, o FC Porto adiantou-se por intermédio de Rolando, que desviou na pequena área um livre cobrado por James Rodríguez, num lance muito contestado pelos adeptos da casa. Porém, a reacção do Sevilha não se fez esperar e, na sequência de um livre de Rakitic, Kanouté saltou 
mais alto que os defesas e restabeleceu o empate (65’).

A equipa de Gregorio Manzano melhorou significativamente, enquanto o FC Porto recuou e apostou no contra-ataque. Após uma fase de maior aperto, com o Sevilha a criar perigo, os “dragões” retiraram dividendos dessa aposta. Medel perdeu a bola para Cristián Rodríguez, que a levou até à área. Palop interveio mas a bola sobrou para Guarín, que atirou para o fundo da baliza.

O Sevilha voltou a perder (leva quatro derrotas nos últimos seis jogos em todas as provas) e não conseguiu sacudir a crise. O FC Porto foi eficaz e somou mais uma vitória que o coloca em boa situação para seguir em frente na Liga Europa. E para acentuar a depressão que assola a Andaluzia.

Ficha de jogo
Sevilha, 1
FC Porto, 2

Jogo no Estádio Sánchez Pizjuán, em Sevilha. 
Assistência Cerca de 25.000 espectadores.

Sevilha Palop 5, Cáceres 6, Sanchez 5, Fazio 5, Fernando Navarro 5, Rakitic 6 (Romaric -, 74’), Medel 6, Navas 6, Perotti 6 (Diego Capel -, 86’), Luís Fabiano 5 (Negredo -, 75’) e Kanouté 6. 
Treinador Gregorio Manzano.

FC Porto Helton 8, Sapunaru 7, Rolando 8, Otamendi 6, Fucile 7, Fernando 7, João Moutinho 7, Varela 6 (Guarín 7, 69’), Belluschi 7 (Álvaro Pereira -, 86’), James Rodríguez 6 (Cristian Rodríguez 6, 59’) e Hulk 6. 
Treinador André Villas-Boas.

Árbitro Craig Thomson 4, da Escócia. 
Amarelos James Rodríguez (24’), Cáceres (53’), João Moutinho (53’), Perotti (53’) e Guarín (88’).

Golos 0-1, por Rolando, aos 58’; 1-1, por Kanouté, aos 66’; 1-2, por Guarín, aos 85’.


in "publico.pt"

FC Porto. Sevilha é isto? Nem foi preciso um golo de um avançado

Rolando e Guarín encaminham a eliminatória para os dragões. Resultado fabuloso, ao contrário de Fabiano

Competições europeias, segundo Platini, presidente da UEFA: Há jogos de Champions que podiam ser de Liga Europa (finalmente a competição está a aquecer), mas também há jogos de Liga Europa que podiam ser de Champions. Como o Sevilha-FC Porto de ontem, com ambiente na bancada, com tensão no relvado, à primeira vista com tudo menos a inspiração dos avançados, porque uns é como se lá não estivessem (Fabiano e Kanouté, deitem-se no divã!) e outros não estiveram mesmo (Falcao afinal não jogou, aliás, nem sequer se sentou no banco). De resto, os dragões voltaram para o Porto com a eliminatória bem encaminhada, graças a golos de Rolando e Guarín, defesa central e médio centro.


Vejamos: até o árbitro era de Champions. Craig Thomson, aquele senhor escocês que há uns tempos apitou o Ajax-Real Madrid e se viu embrulhado na encenação de Mourinho, quando o português lhe arrancou duas expulsões convenientes (Sergio Ramos e Xabi Alonso), também se baralhou desta vez, quando andou uns dois minutos a tentar perceber a quem mostrar um amarelo. A fava saiu a João Moutinho. E depois saiu ao Sevilha, porque o jogo serenou e o FC Porto surpreendeu com um lance na área que deu o tal golo de Rolando. Estava feito o 1-0 para os portistas, apesar de estes nem sempre estarem por cima dos acontecimentos, especialmente no final da primeira e no início da segunda parte. A perspectiva da vitória era fabulosa e Luís Fabiano, o fabuloso, ajudava à ideia - o brasileiro, que jogou no Dragão e se foi embora depois de apenas três golos em 27 jogos, parecia ter voltado aos tempos de nulidade. 


O problema é que o Sevilha ainda tinha Kanouté, o tal que chegou a pagar 500 mil euros para manter uma mesquita aberta na cidade onde joga. Ontem, Kanouté tentou deixar em aberto a eliminatória, com o golo do empate. O treinador do Sevilha, Manzano, um professor formado em Psicologia e conhecido por tratar os traumas das suas equipas, deve ter suspeitado que o goleador estava de regresso da sua fase menos boa, mas logo depois perdeu a esperança quando viu o internacional do Mali perder uma oportunidade em cima da linha de golo. O que foi fabuloso para o FC Porto! Duplamente, porque Fabiano também teve a sua perdida (ou uma grande defesa de Helton).


A equipa de Villas-Boas, que começou de peito feito mas depois se foi afundando, não estava a ser muito mais do que um livre directo de Hulk. Mas atenção, estávamos em Sevilha e não é novidade que este clube está habituado a passar as passas do Algarve para acabar por ser bem--sucedido. No final, Guarín aproveitou uma insistência para fazer o 2-1. O resultado é enorme para os dragões. E a crise do Sevilha, agora, é muito maior do que isso.

in "ionline.pt"

Dragões demolidores nos jogos fora de portas

CEM POR CENTO VITORIOSOS NO CARTÃO-DE-VISITA



O FC Porto assumiu-se desde o primeiro dia da época como um dos mais fortes candidatos a vencer a Liga Europa deste ano e os resultados são a melhor prova disso. O triunfo de ontem, em Sevilha, foi apenas mais um episódio de uma equipa que tem dado cartas, com especial destaque para a sua carreira longe da Invicta. Os azuis e brancos estão 100 por cento vitoriosos fora do Estádio do Dragão.
Em cinco deslocações, a equipa de André Villas-Boas levou sempre a melhor. A série demolidora começou em Genk, no playoff. Um autêntico passeio para preparar a fase de grupos. Em Sófia, na primeira saída, um golo de Radamel Falcão foi determinante para dar os 3 pontos. Aquela que, supostamente, era a viagem mais complicada fora de portas acabou por ser ultrapassada com a classe de quem está habituado a figurar entre os clientes da Liga dos Campeões. Mesmo reduzidos a 10 jogadores ainda na primeira parte, os portistas bateram o Besiktas. El Tigre indicou o caminho que mais tarde seria aproveitado por Hulk para fazer a diferença.
in "record.pt"

Falcão: «Traz-me sofrimento»

NÃO GOSTA DE ESTAR LONGE DOS RELVADOS


Falcão não jogou, mas disponibilizou-se para falar aos jornalistas. Questionado sobre o longo tempo de paragem, o ponta-de-lança fez notar que, acima de tudo, esta é uma situação que o entristece. “É muito melhor estar dentro de campo. Para dizer a verdade, estar fora do relvado sem poder jogar, traz-me algum sofrimento”, referiu o avançado, assegurando que “as dores no joelho já passaram” e que os seus “níveis de confiança estão a subir”.
Espectador atento do encontro, Falcão ficou satisfeito com a exibição coletiva protagonizada pelos seus companheiros. “O FC Porto impôs-se bem. Fomos sérios e encarámos o jogo com pragmatismo. Este foi um primeiro passo importante, mas ainda há mais um jogo pela frente”, alertou.
in "record.pt"