quinta-feira, 10 de maio de 2012

Varela é para continuar no FC Porto

O avançado teve várias lesões ao longo da época, mas não deixou de ser utilizado por Vítor Pereira, daí que o representante do internacional português espere a sua continuidade na próxima temporada.


Paulo Barbosa, empresário de Silvestre Varela, refere que o avançado deve continuar no FC Porto, na próxima época. "O Varela tem contrato e vai continuar", diz o representante o jogador, em entrevista a Bola Branca.

Este foi o ano mais irregular do avançado, no Dragão. Realizou 20 jogos, mas as lesões, acabaram por limitá-lo. Paulo Barbosa ressalva que Varela "continua a ser considerado um jogador importante".

Neste sentido, e ainda que o jogador tenha mercado, o empresário reforça que a avaliação deve ser feita pelo "conjunto de épocas que o jogador realizou". Varela tem contrato até 2015 com o FC Porto e espera pela divulgação da lista de convocados para o Euro 2012 para perceber se tem lugar nas opções de Paulo Bento.


in "rr.pt"

Benfica-FC Porto é o prato forte da ronda


Na Luz, o Benfica vai querer vencer o campeão nacional que, por seu lado, chega a Lisboa com o título garantido e a festa feita.


Benfica-FC Porto é o prato forte da ronda
O Benfica recebe este sábado (15h05 – RTP 2) o FC Porto Vitalis, em jogo da nona e penúltima jornada da fase final – grupo A – do Andebol 1. 
Com o título nacional há muito atribuído à equipa do Porto, as atenções voltam-se agora para os jogos em que estão em causa os lugares ‘europeus’ e também as partidas em que se decide a descida de divisão.
No que ao grupo A diz respeito, as atenções voltam-se para as receções do SL Benfica ao tetracampeão nacional FC Porto Vitalis e do Águas Santas ao Madeira SAD, com madeirenses e benfiquistas a lutarem ombro a ombro pelo segundo lugar. 
Na Luz, o Benfica vai querer vencer o campeão nacional que, por seu lado, chega a Lisboa com o título garantido e a festa feita.  
Na Maia, o Madeira SAD tentará vencer para não deixar fugir o SL Benfica, enquanto o Águas Santas tentará pontuar, pensando no quinto lugar, prevenindo-se para a última jornada, onde viaja até Braga para defrontar o ABC.
ABC que nesta ronda tem tarefa muito complicada na deslocação ao Casal Vistoso, onde defronta o Sporting. O favoritismo recai para a equipa do Sul, mas não deixa de se perspetivar um bom jogo.
Quanto ao grupo B, e com os dois primeiros lugares entregues a Sp.Horta e Delta Belenenses, a luta pela fugo à despromoção está ao rubro. As derrotas caseiras do SC Fafe, frente ao Maia ISMAI, e da formação maiata perante o Sporting da Horta, lançaram a confusão na cauda da classificação. O Xico Andebol, com 33 pontos, é a formação em melhor situação, mas Maia ISMAI e AC Fafe (ambos com 29) e São Bernardo (26) vão travar luta interessante nas duas últimas ronda. Tudo poderá, no entanto, ficar mais clarificado nesta jornada
in "sapodesporto.pt"

Vítor Pereira: «Arrependo-me de quando não fui eu próprio»


Treinador faz uma retropetiva da temporada e lembra o jogo em Barcelos: quando aconselhou a entrega das faixas de campeão ao Benfica.


No fim de uma época longa e muito desgastante, Vítor Pereira está finalmente mais solto. Sorri mais e deixa o coração chegar-lhe à boca para falar com toda a sinceridade. Nesse sentido fez um reflexão interior e admitiu que nem tudo foi pefeito. «Ser treinador é um desafio permanente.» 

Embora não o tenha dito, pareceu que o treinador lamentava sobretudo as vezes em que entrou em discussões. Por exemplo com Jorge Jesus. «Há momentos da época em que a tensão é enorme e deixamos de ser nós próprios. É desses momentos que me arrependo, quando nunca fui eu próprio.» 

«Sinto-me bem comigo e quero ser sempre eu. Se calhar houve momentos em que não tive a educação e os princípios morais que sempre dirigiram a minha vida. Para aqueles que em algum momento se sentiram desrespeitados por mim, não foi a minha intenção», finalizou o treinador.

Pelo meio falou do final do jogo em Barcelos. O F.C. Porto perdeu com o Gil Vicente e Vítor Pereira atirou que podiam entregar as faixas de campeão ao Benfica. Naquilo que foi uma crítica à arbitragem do jogo. «Acho que foi o único jogo em que falei de arbitragem», lembra. 

Não foi: falou também de arbitragem, por exemplo, no fim da eliminação da Taça da Liga no Estádio da Luz. Mas enfim, voltando a Barcelos: «Nunca seria capaz de avaliar a pessoa, porque devemos sempre respeitar a pessoa, mas aquele jogo correu-lhe claramente mal», sublinhou.

«Nós também não estivemos ao nosso melhor nível e esses fatores determinaram a única derrota do F.C. Porto no campeonato. Essa declaração contra a arbitragem de Bruno Paixão traduziu o que sentia naquele momento e não me arrependo dela por isso», finalizou.

«Qualquer um é campeão no Porto? Vão ver a história»

Vítor Pereira lembra que sempre teve de lidar com a desconfiança e garantiu que vai continuar a ganhar.


Vítor Pereira respondeu à pergunta que remete para aquilo que muita gente diz: que ser campeão no F.C. Porto é um feito ao alcance de qualquer treinador. O que no fundo só serve para retirar o mérito do técnico campeão nacional, como há uns anos já servia para retirar mérito a Jesualdo Ferreira.

Perante ta pergunta, o treinador não perdeu a compostura e reagiu com uma evidência, claro. «Nós aqui podemos ser treinadores porque nos transmitem confiança para sermos treinadores. Pergunta-me se qualquer treinador é campeão neste clube? Basta ir à história e ver que não é assim», disse.

«A vida é feita de desafios, temos de mostrar sempre que temos competência e muita dedicação. Este clube tem uma estrutura muito forte. Mas a minha vida tem sido isto, tem sido sempre mostrar que ultrapasso desconfianças. Vou continuar a ganhar títulos e a ter conquistas na minha vida.»

Pelo caminho o treinador revelou os momentos mais complicados da temporada. «A eliminação da Liga do Campeões e a derrota em Coimbra que nos afastou da Taça e Portugal», atirou. «Mas essa derrota trouxe também o momento em que todos percebemos que tínhamos de arrepiar caminho.»

«A partir de Coimbra percebemos que devíamos focar-nos nos nossos objetivos. Às vezes nas derrotas, e essa derrota foi dolorosa, aprendemos certas lições e essa derrota foi o momento de viragem», atirou, concluindo que «foi um campeonato bem discutido, decidido jogo a jogo».

Vítor Pereira: «O mais difícil foi gerir as expectativas»

Treinador garante que qualquer treinador sentiria as dificuldades que ele sentiu: como motivar um grupo que ganhara tanto no ano anterior?


Vítor Pereira surgiu mais solto na conferência de imprensa: após o primeiro título de campeão nacional como treinador principal, sente-se que é um homem com o sentido de dever cumprido. Sorri muito mais, admite erros, responde às perguntas sem carregar no tom de desafio.

Por isso diz compreender as dúvidas que houve ao longo da temporada em torno do trabalho que estava a fazer. «Esta é uma profissão posta à prova diariamente, os nossos adeptos são muito exigentes, mas no momento de reconhecer o nosso trabalho, tambem sabem fazê-lo», referiu.

O mais difícil, acrescentou, foi gerir as expectativas de um grupo de jogadores que no ano anterior tinha ganho tudo. «Depois de tanta vitória, de tantas conquistas, é natural que os jogadores elevem as suas expectativas de vida. O ponto de viragem foi o tomar de consciência disso mesmo.» 

«Acredito que a grande dificuldade para mim ou para qualquer outro treinador que cá estivesse este ano, seria ultrapassar e gerir essas expectativas legítimas de quem ganhou tanto no ano anterior. Se sentia que os jogadores queriam dar o salto para um clube maior? Estamos num grande clube.»

«Sinto um orgulho enorme de toda a gente que aqui trabalha. As expectativas são coisas legítimas do ser humano. Mas não acredito, sinceramente, que se consigam ganhar campeonatos quando não há uma comunhão forte de objetivos entre equipa técnica, jogadores, estrutura e administração.»

Conquistado o título, Vítor Pereira lembrou que foi um troféu ganho com muito sacrifício, com muito trabalho, pelo que a festa que fez foi sobretudo interior. «Sou uma pessoa que está satisfeita, sem dúvida, mas a minha alegria é uma alegria interior. Não sou muito de extravasar sentimentos.»

«Fiquei feliz com aquilo que foi a nossa festa, estou muito satisfeito, mas na hora de ganhar um título, e um título como este foi ganho com muito sacrifício, é disso tudo que me lembro e que me vem à memória. É uma festa interior e a alegria de ver a satisfação da massa associativa.»

«Ficaria admirado se nos reconhecessem o mérito»

Vítor Pereira fez a antevisão ao último jogo da época e comentou a campanha do Benfica contra as arbitragens.


Vítor Pereira reagiu esta quinta-feira declarações de Jorge Jesus, do diretor de comunicação do Benfica João Gabriel e do guarda-redes Artur, que apontaram os árbitros como principal razão da perda do título. O treinador do F.C. Porto garantiu não ter ficado nada surpreendido com o tom.

«Podíamos ter começado pelas coisas boas...», atirou em jeito de brincadeira. «Ficava admirado se nos fosse reconhecido mérito por parte deles. Estávamos à espera exatamente disto. Neste clube está-se preocupado em melhorar já no próximo ano, em vez de discutir coisas que não existem.» 

Aqui não nos lamentarmos. Quem quiser compra esse discurso, compra, quem não quiser, não compra. Nós não compramos.Acreditamos no valor do trabalho e é assim que temos ganho.Neste clube acredita-se no espírito de conquista, de união e é assim que vamos conquistando títulos.»

Vítor Pereira falou a propósito da visita a Vila do Conde, em jogo da última jornada da Liga. A conversa, porém, foi dominada quase por completo pelo futuro no clube. Como tem acontecido nos últimos tempos, o futuro do treinador voltou a ser questiona. ««É assunto que não tem assunto.» 

«O presidente não diz mais porque não há nada para dizer. Para mim não faz sentido, para ele também não. A dúvida são vocês que alimentam. Vamos trabalhando», respondeu o técnico quando questionado pela não afirmação pública da continuidade. «Não estou preocupado com isso.»

O responsável também não quis desvendar quais os objetivos dos dragões para o próximo ano. «O clube trabalha, prepara as coisas com antecedência. As coisas estão a andar. E é isso que tenho para dizer. São coisas para ficar no clube. Este clube luta por todas as provas em que compete.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Atl. Madrid pode ter que vender Falcao para pagar ao FC Porto

Conquista da Liga Europa complica as contas dos madrilenos que ainda não pagaram a totalidade do passe de "El Tigre" aos portistas.


O Atlético de Madrid vê as suas contas com o FC Porto complicadas depois da conquista da Liga Europa. É que o triunfo na prova aumenta para 47 milhões de euros o preço a pagar à SAD da Invicta pelo passe de Radamel Falcao.


A transferência do avançado do Dragão para Madrid foi efetuada por 40 milhões de euros, mas ficou estipulado um aumento desse valor no caso de o avançado cumprir determinados objetivos desportivos. Assim, a vitória na Liga Europa significa para a SAD azul e branca um acréscimo de sete milhões de euros ao valor inicial do negócio. Ora se os madrilenos já estavam com dificuldades em pagar a totalidade da dívida, mais ficam as suas contas complicadas...

A Rádio espanhola Antena 2 aponta mesmo que o Atlético de Madrid poderá ver-se forçado a vender Falcao de modo a conseguir pagar o que deve ao FC Porto. Interessados em "El Tigre" não faltam! Manchester City, Chelsea, Juventus e Liverpool foram alguns dos emblemas colocados no caminho do internacional colombiano que tem contrato com os madrilenos até 2016 com uma cláusula de rescisão de 65 milhões de euros.

No meio destas contas entra o nome de Salvio que poderá ser utilizado como moeda de troca para amenizar a dívida do Atlético. O Diário de Notícias apontava esta semana que o ex-Benfica seria visto como uma boa opção na SAD portista para substituir Hulk, em caso de transferência do "Incrível". E os de Madrid poderão pensar em ceder o argentino como forma de amenizar as verbas em falta aos dragões. De resto já terão tentado incluir o ex-benfiquista no processo negocial por Falcao no verão passado.

Uma última esperança para os "colchoneros" seria a qualificação para a Liga dos Campeões da próxima época, o que permitira encaixes financeiros mais generosos ao clube. Mas essa meta não está fácil. O clube tem que derrotar o Villarreal na última jornada da Liga espanhola, mas terá que ficar a torcer para que o Málaga não ganhe em casa frente ao já despromovido Sporting de Gijón.

in "relvado.pt"

Moutinho driblou o sol

ASSINALOU O DIA DO EUROMELANOMA NO IPO-PORTO


João Moutinho fez ontem uma visita às instalações da Clínica da Pele do IPO-Porto, no âmbito das comemorações do Dia do Euromelanoma. O médio azul e branco deu largas às suas preocupações sociais e passou parte da tarde juntamente com jovens, com problemas cancerígenos de pele, que estão a ser tratados naquela unidade de saúde da Invicta.

O internacional português teve a oportunidade de conhecer as condições em que os pacientes são tratados, distribuiu alguns autógrafos e assistiu ainda a uma pequena conferência sobre os cuidados a ter na prevenção deste tipo de doença. O próprio João Moutinho fez questão de deixar algumas palavras aos cerca de 20 jovens estudantes que também foram convidados para conhecer as instalações e assistir às explicações do corpo clínico. Entre eles esteve presente o seu companheiro de plantel, Kadú. O guardião angolano foi um dos jovens estudantes do ExternatoSanta Clara, do Porto, que marcou presença na plateia, juntamente com o guarda-redes dos Sub-17 dos dragões, João Costa.

in "record.pt"

Dossiês prioritários

HULK, ROLANDO E ALVARO PEREIRA


A próxima temporada já está a ser preparada pela estrutura azul e branca e há dossiês relativos ao futuro de alguns jogadores que se tornam prioritários. Entre eles, claro está, surge o de Hulk. Todavia, os casos de Rolando e Alvaro Pereira também são para resolver com a maior celeridade possível.

Como prova disso mesmo está o facto de os empresários dos referidos jogadores terem lançado âncora recentemente em Portugal. Teodoro Fonseca, Cardoso da Silva e Alejandro Savich viajaram do Brasil, de Cabo Verde e do Uruguai, respetivamente, para estarem mais perto dos jogadores que representam nesta reta final da temporada e para iniciarem a definição do futuro imediato de todos eles.

O caso do Incrível acaba por ser aquele que mais interesse suscita, até para o FC Porto, pois terá influência direta na estruturação do próximo plantel. Basta ter em conta as palavras proferidas por Pinto da Costa, no início da presente época. “Se saírem 10 jogadores, tenho substitutos para cada um deles. Só há um para quem não tenho substituto, que é para o Hulk. Como não há nenhum com as características dele, o jogo teria de ser diferente”, assumiu o presidente.

in "record.pt"

Varela até à última

ÚLTIMA OPORTUNIDADE PARA CONVENCER BENTO



Silvestre Varela vai, com toda a certeza, dedicar especial atenção à conferência de imprensa de Paulo Bento, marcada para segunda-feira, em Óbidos, na qual o selecionador nacional anunciará os jogadores que vão representar Portugal no Euro’2012. É que o extremo portista, que na época passada esteve sempre por dentro das opções nacionais, é um dos grandes pontos de interrogação nas escolhas e tem somente mais 90’ para convencer Paulo Bento.


Vila do Conde é, assim, a derradeira oportunidade para Varela mostrar o seu valor e o próprio técnico Vítor Pereira terá percebido a importância do momento para o seu pupilo, uma vez que lhe entregou um lugar no onze nos dois últimos jogos, diante de Sporting e Marítimo. Antes do jogo na Madeira, o extremo, de 27 anos, já não era titular pelos dragões desde o final de fevereiro, aquando da receção aoFeirense, numa ausência à qual não é alheio o facto de ter contraído uma rotura muscular na face posterior da coxa esquerda.

O mesmo deverá voltar a acontecer frente ao Rio Ave, até porque as últimas indicações de Paulo Bento não abonam a favor do azul e branco. Por últimas indicações entendam-se as mais recentes convocatórias do selecionador nacional da qual Varela esteve pura e simplesmente arredado. Ficou de fora do jogo particular com a Polónia, no final de fevereiro – no momento estava lesionado –; foi excluído do playoff de apuramento para o Europeu frente à Bósnia-Herzegovina; e falhou os dois últimos encontros da fase de apuramento, diante deIslândia e Dinamarca.

in "record-pt"

Benny McCarty: "Hulk, tem calma e pede que joguem para ti"


Improvável, mas possível. Com sete golos nas últimas quatro jornadas, Hulk deu um pulo na tabela dos marcadores e está a um hat trick de Cardozo e Lima, os avançados que pareciam condenados a uma luta a dois pelo título individual que ainda pertence ao Incrível (23 remates certeiros em 2010/11). Hulk tem, pelo menos, o mérito de ser levado em consideração à entrada para a última jornada, podendo ser o primeiro goleador a repetir a distinção desde Jardel.
Para a disputa com o paraguaio e o brasileiro, serve de exemplo e de inspiração o feito de Benni McCarthy em 2003/04, quando assinou três golos na última jornada para ultrapassar Adriano (então no Nacional) e juntar o troféu de melhor marcador ao bicampeonato (outra coincidência) do FC Porto de Mourinho.
O sul-africano, hoje no Orlando Pirates, falou a O JOGO sobre esse feito e deixou uma dica a Hulk. "Quem sou eu para te dar conselhos, mas tem calma e pede à equipa que jogue para ti. Se estiveres ansioso vais atrair os adversários, eles sentem e caem logo em cima de ti", atira Benni, que não vê a ambição pessoal como um troféu fútil: "É ótimo para uma equipa ser campeã, ter o melhor jogador e o melhor marcador. Não acreditam? Perguntem ao Mourinho..."
Podíamos fazê-lo, mas McCarthy tem uma memória prodigiosa e recua com detalhe até àquela tarde de maio de 2004. "O Adriano, do Nacional, jogou antes de nós e marcou um golo, passando a ter mais dois do que eu. O Mourinho entrou no balneário e disse: 'Atenção, hoje é preciso que o Benni marque três golos. Quero ter o melhor marcador, por isso hoje mais ninguém marca golos, nem que o guarda-redes não esteja na baliza. Hoje é para jogar para o Benni.'"
Dito e feito. Os dragões venceram por 3-1 e McCarthy chegou aos 20 golos, ultrapassando assim o avançado que, pouco tempo depois, viria a ser seu companheiro no FC Porto. "Contado assim parece que foi fácil, mas eu até de pontapé de bicicleta marquei. E estivemos a perder. Depois empatei a passe do Maniche, fiz o 2-1 após centro do Nuno Valente, na tal bicicleta, e fechei com uma cabeçada após passe do Pedro Emanuel", evoca, com o detalhe que há pouco elogiávamos e que fica bem vincado na precisão com que relata cada lance.
Não é certo que Vítor Pereira tenha a obsessão individual que Mourinho teve há oito anos, mas pelo menos a discussão está aberta e Hulk não se fará rogado caso lhe peçam que entre na disputa.

Hegemonia também chegou aos goleadores


Antes de Gomes (melhor marcador pela primeira vez em 1976/77), o FC Porto não tinha o goleador do campeonato há 16 anos. Ora, esse período de seca é tão longo como a atual hegemonia. Nos últimos 16 campeonatos, o máximo artilheiro vestiu de azul e branco por nove vezes, com Jardel (4) a ser o único repetente de um lote que compreende ainda os nomes de Domingos (1995/96), Pena (2000/01), McCarthy (2003/04), Lisandro López (2007/08) e Hulk (2010/11).
Esta é a expressão de uma supremacia que é extensível aos troféus coletivos, mas que confirma o FC Porto como um colecionador de troféus que potencia o valor das suas individualidades. Hulk não terá vida fácil para repetir o feito da época passada e a última disputa do título de melhor marcador decidida sobre a meta não sorriu aos dragões, com Cardozo (26 golos) a ganhar a Falcao (25) no sprint final de 2009/10.
Com os 64 golos da equipa esta temporada a serem repartidos por 19 jogadores, é natural que o destaque individual fique para segundo plano. Hulk só descolou nas últimas jornadas e foi esse impulso final que lhe permitiu reentrar na disputa.

in "ojogo.pt"

Diferença que garantiu o título foi cavada na Liga dos grandes


Costuma dizer-se que os campeonatos se ganham nos jogos contra os clubes ditos mais pequenos. A temporada 2005/06 foi sintomática. Co Adriaanse foi campeão com sete pontos de avanço sobre o Sporting com apenas seis pontos feitos nos jogos entre candidatos ao títulos. O FC Porto foi, aliás, o pior de todos. Mas a carreira da época que está a terminar prova que nem sempre é assim. Os dragões não foram melhores do que o Benfica nos ditos jogos pequenos e cavaram a diferença que valeu o título precisamente nos confrontos diretos. Não só contra os encarnados, mas também contra Sporting e Braga, candidatos menores que também não se conseguiram afirmar nos duelos entre os mais fortes.
Os seis pontos de avanço sobre o Benfica foram precisamente conseguidos neste minicampeonato. Nos outros jogos, ambas as equipas contam quatro empates e uma derrota. Foi a consistência nos momentos decisivos que fez a diferença.
Acusado muitas vezes de não ganhar jogos a sério, Vítor Pereira provou, especialmente na segunda volta, que até é aí que se destaca. As vitórias na Luz e em Braga e, na última jornada, contra o Sporting, garantiram uma época imaculada contra os rivais diretos. Com Villas-Boas foi ainda melhor (16 em 18 pontos possíveis). Mas é preciso recuar às épocas de José Mourinho para se encontrar um percurso igualmente imbatível contra as equipas de topo. E o treinador do Real Madrid só no primeiro ano fez melhor do que Vítor Pereira.
O grande obreiro deste feito é indiscutivelmente Hulk. Apagado nos empates com Benfica e Sporting, foi decisivo nas quatro vitórias somadas. Na Luz marcou o primeiro golo. Ao Braga marcou dois golos no Dragão e o solitário que garantiu o triunfo no Minho. E na receção ao Sporting também bisou. Foram seus seis dos 11 golos da equipa. E num dos que sobram ainda esteve na assistência.
Falta disputar o Sporting-Braga para que este minicampeonato seja encerrado, mas nenhum resultado terá efeitos práticos na classificação ponderada. Aliás, o melhor que Sporting e Braga poderão fazer é atingir metade dos 14 pontos somados pelos portistas.
Os dragões são também a única equipa que conseguiu ganhar a todos os adversários do campeonato. E mais: se a Liga fosse uma prova a eliminar, só o Gil Vicente conseguiria ir a prolongamento, uma vez que em Barcelos venceu por 3-1, resultado igual ao da vitória portista no Dragão. O Benfica seria eliminado pelo Guimarães. O Braga por Benfica e Leiria e o Sporting por Marítimo e Olhanense. E todos, claro, pelo FC Porto.

in "ojogo.pt"

Fernando: "Percebemos que o título não podia escapar"


Direto, conciso e sem medo das palavras, Fernando fez um balanço positivo de uma "época complicada", mesmo a nível pessoal. Numa entrevista a O JOGO, o médio também assumiu erros de um passado recente e admitiu ainda que Vítor Pereira não teve vida fácil no Dragão...
Foi a época mais complicada que teve no FC Porto?
Como vencemos o campeonato, todas essas dificuldades foram um pouco amenizadas. O ano mais difícil foi mesmo aquele em que perdemos o campeonato para o Benfica... Este ano, e apesar de a época ter sido complicada, a conquista do título acabou por nos trazer um maior conforto, até porque sabemos que a vitória na Liga sempre foi o nosso principal objetivo.
Fazendo a pergunta de outra forma: dos três campeonatos que já venceu no FC Porto, este foi o mais difícil?
Sim, sem dúvida que este título foi o mais complicado, porque nem sempre fomos regulares. Também vivemos um momento de transição de treinador e isso é sempre um pouco complicado. Para além disso, havia muitos jogadores que, no início, não estavam totalmente focados no clube, como foi o meu caso. Reconheço isso sem problemas. No entanto, conseguimos estabilizar a equipa para a segunda metade da época e acabámos por perceber que o título não nos podia escapar.
Depois da derrota em Barcelos, o FC Porto ficou a cinco pontos do Benfica. Nessa altura, ainda acreditava na vitória no campeonato?
Sabíamos que ia ser difícil, mas também sabíamos que se chegássemos perto eles iam tremer. Foi disso que fomos à procura a partir daquele momento. Ficámos à espera que eles errassem para nós aproveitarmos e eles erraram mesmo. Depois, acabámos por passar para a frente do campeonato e, a partir daí, não demos mais hipóteses.
O Benfica tem-se queixado das arbitragens nos últimos tempos, mas, para si, ficou provado no jogo da Luz que o FC Porto foi a melhor equipa do campeonato?
Claro que sim. Não só durante este ano, mas também nos últimos. Temos provado que somos a melhor equipa portuguesa, sem dúvida. Esta época, até pelo título conquistado, voltamos a demonstrar que somos a melhor equipa de Portugal. Agora, espero é que o clube continue nesta senda de vitórias por muitos mais anos.
Qual foi a importância que Lucho teve nesta conquista?
O Lucho foi muito importante. Não tenho dúvidas disso. Também não é segredo para ninguém que eu sou um fã do Lucho, não só do seu futebol, mas também da sua personalidade. Ele representou o FC Porto dentro do campo, com a qualidade e classe que todos lhe reconhecem, mas também foi fundamental no balneário, pelo pessoa que é e por tudo aquilo que representa. Ele transmite-nos sempre muita confiança antes dos jogos e foi uma contratação muito importante para todos, como acabou por ficar provado pela influência que ele teve na conquista deste campeonato.

"Não foi fácil gerir jogadores que tinham ganho tudo..."


Pediu publicamente para sair no final da última época. Como contornou essa situação?
Todos os jogadores trabalham para conseguir sempre mais para as suas carreiras, tal como acontece em todas as profissões. No final da última época, não estava a atravessar um bom período a nível pessoal e, naquele momento, disse que queria sair, algo que não devia ter feito. Aconteceu, não posso fazer nada. Depois disso, no início desta temporada, ainda passei por um momento confuso, um momento de desequilíbrio, mas consegui voltar a ganhar a mentalidade habitual. Ou seja, voltei a concentrar-me naquilo que realmente é importante e acredito que acabei por fazer uma excelente época. Não vou repetir declarações daquele género, porque tenho é de me concentrar no meu trabalho. Tenho mais dois anos de contrato e passei a dar ainda mais valor ao clube que me dá trabalho.
Sendo assim, os adeptos podem contar com o Fernando para a próxima época?
Claro que sim. Podem, claro. Enquanto tiver contrato com o clube podem contar sempre comigo, porque vou estar sempre a lutar pelo FC Porto e a dar o máximo todos os dias. Não vão ouvir mais pedidos para sair, nem este ano, nem nunca mais, seja no FC Porto ou noutro clube qualquer. Vou respeitar sempre a instituição que me dá trabalho. Foi um erro que não se repetirá. Não devia ter falado com a Imprensa sobre esse assunto; devia, antes, ter conversado calmamente com as pessoas do clube. Mas é mesmo assim: ainda sou novo e vou continuar a aprender com a vida.
Foi muito difícil gerir as vitórias do ano passado? E acredita que Vítor Pereira sofreu com isso?
Reconheço que foi muito complicado para ele. Não é fácil gerir jogadores que, no ano anterior, tinham ganho tudo o que havia para ganhar. Por vezes, os jogadores deixam a humildade um pouco de lado e cada um começa a olhar para o seu umbigo. Para o Vítor Pereira foi muito complicado, mas a verdade é que ele conseguiu dar a volta à situação da melhor forma; conseguiu manter o grupo unido e ainda conquistámos o campeonato. Considero que o principal mérito é dos jogadores, mas muito desse mérito também é do treinador, porque conseguiu voltar a focar os jogadores no essencial, que são as vitórias.


"Festejos na expulsão? Foi como um desabafo"


Que festejo foi aquele no momento da expulsão no jogo com o Sporting?
Foi um momento de euforia, de alegria, foi como libertar tudo o que passei durante esta época. Naqueles segundos, expressei tudo o que estava guardado, foi algo que aconteceu no momento. Agora que vejo as imagens, acho que vai ficar para a história (risos). Fiquei feliz por ter realizado uma excelente temporada e por ter ajudado o FC Porto a conquistar um título muito importante, embora espere que aquele festejo por um cartão vermelho não se volte a repetir. Quero é festejar mais títulos e muitos golos.
Mas, então, foi um momento em que se libertou da pressão de uma época que considerou complicada?
Foi exatamente isso. A época foi muito desgastante, com muitos altos e baixos, e tivemos um ano muito difícil. Acho que aquele momento foi como um desabafar de tudo o que estava guardado. Acredito que foi algo saudável, que me expressei de uma maneira divertida, sem maldade, e ainda acho que pus muitos adeptos a rir, o que é sempre bom.


Hulk, o incrível também é "fantástico"


A pergunta surgiu enrolada no meio de tantas outras, mas Fernando não hesitou nem um segundo quando foi convidado a escolher o melhor jogador do campeonato. "Foi o Hulk, claro", atirou de pronto, antes de passar a explicar de uma forma entusiasmada uma opção que até parece óbvia. "Ele foi o melhor, sem sombra de dúvidas. E foi o melhor pela forma como jogou, como decidiu os jogos, pela potência que tem... Ele é incrível. Tem um talento fantástico e voltou a ser o melhor jogador do campeonato com uma diferença muito grande para todos os outros", afirmou o médio, que também considerou o Hulk como o "jogador mais difícil de anular" de todos os que foi encontrando ao longo da carreira.

in "ojogo.pt"