quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SAD apresenta orçamento recorde

Previsão de 2,1 milhões de euros de lucro
 

A SAD do FC Porto apresenta esta sexta-feira, em Assembleia Geral de acionistas, um orçamento que prevê proveitos de 94,7 milhões de euros e um lucro líquido de 2,1 milhões para o exercício 2010/11.

O maior orçamento da história do futebol português será votado hoje à tarde e prevê, segundo o documento a que a Lusa teve acesso, a participação na próxima edição da Liga dos Campeões, com uma receita orçamentada em 10,54 milhões de euros.

Os direitos televisivos, segundo a mesma proposta, representarão 9,3 milhões de euros, a bilheteira 11,75, dividida entre bilhetes anuais (4,25), bilhetes normais (4,08) e quotização (3,42), e patrocínios de 10,7 milhões.

A receita mais expressiva, no entanto, continua a ser a gerada pela transferência de jogadores, de 47,37 milhões de euros, metade do total de proveitos previstos.

Para realizar este total, a FC Porto SAD precisa de encaixar até 30 de junho de 2011, final do exercício, 12,37 milhões de euros, pois para este número entram as transferências de Bruno Alves para o Zenit (22 milhões de euros) e de Raul Meireles (13 milhões) para o Liverpool, consumadas em agosto passado.

O total de custos operacionais da FC Porto Futebol SAD será de 88,03 milhões de euros, sendo que a maior fatia continua a pertencer aos custos com o pessoal, orçada em 40,26 milhões, em linha com as últimas épocas.

Para amortizações e reforço do plantel o orçamento disponibiliza 26,25 milhões de euros, números também ao nível das últimas temporadas.

O resultado operacional previsto é de 6,7 milhões de euros, que deverá gerar 2,1 milhões de euros de lucro, o que, a confirmar-se, será o quinto ano consecutivo com contas positivas, o que deixará a sociedade em posição confortável para encarar o "fair-play" financeiro imposto pela UEFA a partir de 2013.

in "record.pt"

Villas-Boas conferencia de imprensa


Villas-Boas duvida da intenção de Bettencourt
moutinho terá "nível altíssimo" em alvalade
 
André Villas-Boas não acredita que João Moutinho se deixe afetar por um potencial ambiente hostil no decorrer da visita do FC Porto ao Sporting, no próximo sábado, e manifesta dúvidas quanto às reais intenções de José Eduardo Bettencourt quando elogiou o antigo capitão leonino.

"Não estamos perante nenhum tipo de novidade. Acredito que, pelas qualidade que possui como homem e jogador, não haver qualquer fator inibidor", afirmou antes de comentar as declarações do presidente do Sporting:

"Não sei se essa mensagem não será de cariz inibidor, vinda de pessoa que criticou [Moutinho] com agressividade. Mas o FC Porto não dorme e o João vai manter um nível altíssimo durante o jogo."

Villas-Boas: «Papel de favorito não serve para nada»
treinador quer concentração em alvalade

André Villas-Boas descarta o papel de favorito para o FC Porto na visita ao reduto do Sporting, no próximo sábado.

"O papel de favorito não serve para nada. Serve apenas para se acreditar nele, deixarmo-nos iludir e ser ultrapassado, ou deixar-se adormecer diante de um cenário de grande dificuldade", começou por dizer o treinador portista, encerrando o tema:

"O meu sentimento, e alertei os jogadores nesse sentido, é que favorito é quem ganha o jogo."

Villas-Boas reafirmou depois que a invencibilidade da equipa que orienta funciona como fator extra de motivação para os adversários:

"Enquanto o FC Porto mantiver a invencibilidade, estará sempre sujeito a que os outros se transcendam. A nossa cabeça continua a prémio. É um prémio extra, ser o primeiro a conseguir."

in "record.pt"

Sobre o Real-Barcelona



Sobre o jogo da taça



Sobre a derrota do slb :)



Sobre as palavras de Bettencour


Gomes: «Em condições normais seremos mais fortes»

Dirigente portista confiante para jogo da Taça
 
Realizou-se esta quinta-feira o sorteio dos oitavos-de-final da Taça de Portugal. O FC Porto irá receber no Estádio do Dragão o Juventude de Évora. Fernando Gomes mostrou-se confiante na passagem aos quartos-de-final.

"Estamos conscientes que o Juventude de Évora tem as suas forças, mas em condições normais seremos mais fortes", afirmou o antigo Bota de Ouro.

Fernando Gomes pede que haja "respeito e seriedade em todas as fases do jogo" frente ao clube alentejano.

O dirigente azul e branco congratulou com o facto do jogo se realizar no reduto dos dragões: "Jogamos em casa é sempre bom. Quanto menos viagens melhor".

O FC Porto pediu à Federação para que o jogo seja realizado a 11 de dezembro, um dia antes do previsto.

in "record.pt"

Em defesa de Carlos Queiroz

DE DRAGÃO AO PEITO
 
A Seleção efetuou uma das suas melhores exibições de sempre e cilindrou a campeã mundial por inequívocos 4-0. Bem sei que o jogo não era “a doer” – mas estou em crer que, aos espanhóis, doeu e muito. Ainda assim, tem de reconhecer-se uma mudança radical e para melhor desde que Bento tomou o comando.

Nada disto obsta a que preste a minha homenagem a Carlos Queiroz. O ex-selecionador foi vítima de uma ampla trama que transbordou canalhice por todos os poros, percebe-se agora melhor do que nunca. Para o despedirem, inventaram-se as historietas mais estapafúrdias e alegaram-se razões de uma sensatez digna de um jardim infantil. Mas este triste enredo começou muito antes.

Recuso-me a conceder a Paulo Bento (todos) os méritos na revolução do modo de jogar da Seleção – assisti a muitos jogos do seu Sporting e não reconheço o seu toque naquela equipa-maravilha que reduziu a Espanha a cacos. Foram os jogadores que puseram o seu melhor em campo – Bento limitou-se a não atrapalhar com triângulos invertidos ou outras esquisitices.

Infelizmente, sou levado a concluir, foram também os jogadores (alguns) que mostraram quem manda ali e fizeram o que puderam para que Queiroz falhasse. Depois de criado o clima propício, a direção da FPF e o secretário de Estado, cujo nome o pudor me impede de pronunciar, perpetraram aquela infâmia a Queiroz. O país que temos, desvalido e sem brio, aplaudiu. Bento não deve inchar com o inusitado êxito que agora conhece – amanhã pode ter de provar o remédio que já foi servido a Queiroz. E oferecido pelas mesmas figurinhas…

O FC Porto é a prova acabada de que uma equipa portuguesa só consegue manter-se no topo se existir confiança e lealdade entre os seus elementos: dirigentes, treinadores e jogadores. A Seleção costuma primar por ser o contrário. Já que Bento não conseguiu chegar ao FC Porto, pelo menos que reproduza um pouco da sua lógica na Seleção. Portugal ficará bem se souber imitar o melhor exemplo desportivo de que desfruta.

in "record.pt"

FC Porto defronta Juventude de Évora na Taça de Portugal

O FC Porto, actual detentor da Taça de Portugal, vai receber o Juventude de Évora, da II Divisão, em encontro da quinta eliminatória da prova. O jogo está marcado para o fim-de-semana de 11 e 12 de Dezembro.

O Juventude de Évora, actual segundo classificado da zona sul da II Divisão, chegou a esta eliminatória depois de ultrapassar, sempre no seu terreno, Valenciano, Académico de Viseu, Santa Clara e Santa Maria FC.
 
in "fcp.pt"

Inglaterra está de olho neles

Os clubes ingleses estão atentos ao percurso imaculado do FC Porto esta temporada. Prova disso é o facto de Hulk e Rodríguez terem marcado a actualidade noticiosa em Inglaterra durante o dia de ontem. Os dois jogadores do FC Porto foram apontados como alvos preferenciais do Manchester City, no caso do brasileiro, e do Everton no que ao uruguaio diz respeito. Ora, se os 20 milhões de libras (cerca de 23 milhões de euros) que, segundo o "Daily Mirror", o City está disponível para pagar por Hulk ficam muito aquém do valor de mercado do avançado brasileiro e a anos-luz dos cem milhões de euros previstos na cláusula de rescisão, já os sete milhões de libras (cerca de 8,5 milhões de euros) que o Everton poderá colocar em cima da mesa por Cristian Rodríguez parecem um bom ponto de partida para a eventual negociação de uma transferência do extremo.

Rodríguez está longe do seu melhor rendimento e tem sido uma segunda escolha no ataque portista, onde só as eventuais lesões de Varela e a inexperiência de James Rodríguez lhe têm garantido algum espaço de afirmação. Com o contrato a expirar em 2012 e depois de alguns sinais de insatisfação por parte do próprio jogador, o FC Porto poderá estar na disposição de admitir a sua transferência, embora os 8,5 milhões de euros de que fala a Imprensa inglesa fiquem aquém das pretensões dos portistas. David Moyes, treinador do Everton, tem alguma urgência em encontrar uma alternativa para o sul-africano Steven Pienaar, que deve deixar o clube no Verão. Um caso para seguir com alguma atenção. Já o interesse do Manchester City em Hulk parece ser pouco mais do que ruído. Alegadamente, Roberto Mancini teria voltado a sua atenção para o brasileiro depois de ter sabido que o Wolfsburgo pedia 60 milhões de euros por Edin Dzeko. Ora, é improvável, para não dizer impossível, que o FC Porto aceite negociar Hulk por valores inferiores...

100
O contrato de Hulk prevê a maior cláusula de rescisão do futebol português. São precisos 100 milhões de euros para que o FC Porto seja obrigado a libertar o brasileiro sem fazer mais perguntas.

45
O FC Porto tem em sua posse apenas 45 por cento do passe do avançado brasileiro. Por isso mesmo, os portistas não admitem negociar o extremo por valores abaixo da barreira dos 40 milhões de euros.

7
Cristian Rodríguez foi contratado pelo FC Porto em 2008 por sete milhões de euros, depois de o extremo ter protagonizado uma passagem pelo Benfica na época anterior. O contrato com Rodríguez expira em 2012.

70
Os portistas detêm 70 por cento do passe do uruguaio e, apesar de não fecharem as portas a negociações, não admitem a sua transferência por valores inferiores aos sete milhões investidos

Standard de Liège interessado em Abdoulaye


Abdoulaye Ba, defesa que o FC Porto emprestou ao Covilhã, está nos planos do Standard de Liège para o mercado de Inverno. O JOGO sabe que emissários do clube belga já abordaram o internacional senegalês no final de um encontro com o Egipto, no passado mês de Outubro, e podem voltar à carga na reabertura do mercado de transferências, em Janeiro. Abdoulaye ainda tem mais três anos de contrato com os azuis e brancos, que depositam muitas esperanças no defesa, e não estarão na disposição de negociar qualquer cedência definitiva. Contudo, e dadas as boas relações existentes entre os dois emblemas, o empréstimo é uma possibilidade que pode ganhar força e ajudar Abdoulaye a evoluir a um nível mais exigente na rodagem que iniciou esta temporada com João Pinto, no Covilhã. Abdoulaye, recorde-se, treinava regularmente com o plantel profissional às ordens de Jesualdo Ferreira e chegou a actuar em jogos da Taça de Portugal (Sertanense e Oliveirense), da Taça da Liga (Leixões, Académica e Estoril) e da Liga Intercalar. Esta época, com o Covilhã, Abdoulaye já leva três golos na Liga Orangina, sendo um dos jogadores mais destacados da equipa serrana.
in "ojogo.pt"

Moutinho e Varela nas opções


Quem os viu a correr e a saltar ficou com poucas dúvidas: João Moutinho e Varela estão bem e recomendam-se a André Villas-Boas. Se a disponibilidade de Moutinho para Alvalade era um dado adquirido, porque a paragem da véspera tinha sido apenas uma medida preventiva, testemunhar a evolução de Varela acabou por ser o dado mais relevante. O problema muscular que o obrigou a sair na primeira parte do jogo com o Portimonense e a falhar a deslocação de Taça a Moreira de Cónegos parece ultrapassado. Sabia-se que o extremo já participara de forma limitada no treino de terça-feira, mas só ontem se viu que essas limitações, que continuaram assinaladas no boletim clínico, não o excluíram de nenhum dos exercícios de aquecimento, alguns deles a puxar os músculos até ao limite.

Varela correu, saltou, sprintou, ziguezagueou e travou. Enfim, fez tudo o que, em teoria, é humanamente desaconselhável a quem quer evitar rasgar um músculo. E, sendo assim, o mais certo é que também ele seja incluído nas escolhas de Villas-Boas para Alvalade, superando o diagnóstico inicial, que sugeria uma paragem mais prolongada. As reservas que surgem na informação clínica disponibilizada podem resultar da necessidade de acautelar qualquer recaída, como determina o bom senso dos problemas musculares. Hoje, quando antecipar o clássico em conferência de Imprensa, Villas-Boas deve ser mais taxativo sobre a aparente disponibilidade de Varela e, mais concretamente, sobre a viabilidade de o utilizar sem restrições. Aliás, nos dois dedos de conversa que ontem trocou com António Dias, recuperador-físico da equipa, esse poderá ter sido um dos assuntos discutidos, assim como a completa e inequívoca recuperação de Fernando.

Juntando tudo - que é como quem diz juntando Moutinho, Fernando e Varela -, o onze mais rotinado do FC Porto vai ganhando corpo para Alvalade. A ala esquerda, que chegou a ser uma dor de cabeça para Villas-Boas depois de ter perdido Varela e Álvaro Pereira em menos de uma semana, pode afinal não ter passado de um susto. Para já, como se pode ler mais baixo, a questão parece resumir-se a Álvaro Pereira, a quem ninguém pôs ainda a vista em cima.

in "ojogo.pt"

Carimbo de qualidade

Madrid e Porto são as capitais do bom futebol
 

“Desde que cheguei a Portugal que não tenho feito outra coisa do que afastar-me da clonagem que vocês tentam fazer ao José Mourinho”, dizia Villas-Boas em agosto. O técnico do FC Porto ganhou nome próprio e dá a cara por um conjunto invicto, líder destacado na Liga, firme na Europa e que já conquistou um título (Supertaça).

Não tem, contudo, por onde fugir aos números e esses colocam-no bem próximo do Real Madrid do seu antigo chefe de equipa. É que o paralelismo não se esgota na invencibilidade (de que também o Manchester United goza, ainda que com muito menor brilhantismo): dragões e merengues têm, nesta fase, o mesmo número de golos marcados e sofridos. Coincidências a mais quando só há um jogo de diferença no currículo de equipas que fazem da capacidade concretizadora uma marca, mas que também primam pela consistência defensiva.

Aqui, vale a pena olhar para outro dado: Helton e Casillas são guarda-redes que quase deviam pagar bilhetes nos jogos do campeonato. É que ambos precisam de mais de 50 minutos para serem obrigados a fazer uma defesa. São marcas sem paralelo na Europa (o Barcelona perdeu estabilidade defensiva) e que denunciam uma partilha de princípios e uma idêntica eficácia na transmissão da mensagem. Com o toque pessoal de quem não repete fórmulas, o caminho de Villas-Boas volta a cruzar-se com o de Mourinho.

São máquinas de rendimento ofensivo, mas também equipas que procuram uma organização perfeita e que nunca descuram o momento da perda de bola. A qualidade posicional e a agressividade coletiva dos dragões têm significado menos calafrios a Helton. Os próprios números dão força a esta realidade: o FC Porto destes 20 jogos permite ao adversário, em média, 8,4 remates por jogo. Há um ano, e em igual números de encontros, a média ascendia a 11,9 remates por jogo.

Em Alvalade, onde com Jesualdo os dragões sofreram sempre (6 jogos, 12 golos), Villas-Boas procura o tento 50 da época, mas também o 3.º clássico com a baliza de Helton em branco.

in "rwcord.pt"

João Moutinho elogiado

Carlos Carvalhal destaca caráter
 

Carlos Carvalhal teceu rasgados elogios a João Moutinho. Na semana que antecede o regresso do médio a Alvalade, depois de trocar o Sporting pelo FC Porto, o ex-técnico dos leões sublinhou o caráter do internacional português e garante que o ambiente no clássico não será fácil para o ex-pupilo.

“Não estou à espera que o João Moutinho seja bem recebido. Isso é quase impossível. Por tudo aquilo que deu e recebeu do Sporting ambos mereciam uma situação diferente. O João, enquanto profissional do Sporting, foi um profissionalão”, sublinhou Carlos Carvalhal em declarações à Rádio Renascença.

A propósito do período em que treinou o jogador em Alvalade, Carlos Carvalhal não hesita em considerar Moutinho um exemplo daquilo que pretende de um jogador. “O João é a minha cara dentro do campo.”

in "record.pt"

Prograda das modalidades para o fim de semana

ANDEBOL

Dragão Caixa
Sexta-feira, 19h30
3.ª eliminatória da Taça EHF, 1.ª mão
FC Porto Vitalis-Dunaferr SE (HUN)

BASQUETEBOL

Dragão Caixa
Sábado, 15h00
6.ª jornada da LPB
FC Porto Ferpinta-CB Penafiel

HÓQUEI EM PATINS

Dragão Caixa
Sábado, 18h00
9.ª jornada do Nacional da I Divisão
FC Porto Império Bonança-Limianos

ANDEBOL

Dragão Caixa
Domingo, 17h00
3.ª eliminatória da Taça EHF, 2.ª mão
FC Porto Vitalis-Dunaferr SE (HUN)

Dragões marcaram 10 em Espinho

O FC Porto Império Bonança venceu esta quarta-feira no terreno da Académica de Espinho, com um resultado robusto (10-6), em encontro em atraso da oitava jornada do campeonato nacional. Os Dragões retomaram assim a liderança da prova, a par da Oliveirense.

Filipe Santos e Pedro Gil conseguiram «hat-tricks», enquanto que André Azevedo, Pedro Moreira, Reinaldo Ventura e Gonçalo Suíssas apontaram os restantes tentos. Ao intervalo, os azuis e brancos venciam por 3-1.
 
in "fcp.pt"

Everton interessado em contratar Rodriguez ao FC Porto

O Everton está interessado em contratar Cristian Rodriguez ao FC Porto, de acordo com a imprensa inglesa, que divulgou a informação esta quarta-feira.

A notícia, avançada pela rádio Talk Sport, avança que o extremo internacional uruguaio dos "dragões" é um jogador apreciado por David Moyes, treinador dos "toffees".

Ainda assim, e a concretizar-se uma proposta junto da SAD "azul-e-branca", a equipa de Merseyside terá de pagar 8 milhões de Euros pelo passe do jogador de 25 anos.

in "rr.pt"

Diferença pontual é a mais dilatada dos últimos 15 anos

Os 13 pontos de diferença entre o líder FC Porto e o Sporting, quarto na Liga portuguesa de futebol, correspondem à maior diferença pontual, desde 1995/96, entre as duas equipas à 11.ª jornada.

Nas últimas 15 edições do campeonato, desde que o sistema de pontuação consagra três pontos por vitória, os “dragões” estiveram à frente dos “leões” em 14 ocasiões, após os primeiros 11 jogos.

Até à presente temporada, as maiores vantagens saldavam-se em dez pontos, nas temporadas de 1997/98, com António Oliveira no banco dos “azuis e brancos”, e em 2007/08, sob a orientação de Jesualdo Ferreira.

Na última época, apesar da supremacia do Benfica, o actual treinador dos gregos do Panathinaikos dobrou a 11.ª ronda com uma diferença de oito pontos sobre os “verde e brancos”, enquanto Oliveira, na época de 1996/97, e José Mourinho, em 2003/04, angariaram sete pontos de diferença.

Desde 1995/96, só o croata Mirko Jozic conseguiu levar o Sporting a enfrentar a 12.ª ronda do campeonato à frente do FC Porto, com uma margem de dois pontos.

Durante este período, o Sporting nunca enfrentou o “clássico” da primeira volta tão distante dos “dragões”. A maior diferença ocorreu na temporada de 2002/03, quando o FC Porto, orientado pelo actual treinador do Real Madrid, visitou o Estádio José Alvalade, à 17.ª ronda, com 11 pontos de vantagem.

O líder FC Porto, com 31 pontos, defronta sábado o Sporting, quarto classificado com 18 pontos, às 21:15 horas, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, em jogo da 12.ª jornada da Liga.

in "sapodesporto.pt"

Villas-Boas e Sporting. Do Gerês a Alcobaça foram quatro horas de distância

O treinador eterno prometido volta a Alvalade mas como adversário. Viagem por uma história de acordos e rescisões


Podia ser uma história de encantar: afinal, um dos protagonistas da intriga foi fundado por viscondes em 1906 (Sporting) e a personagem principal, que até tem traços de príncipe, é tão só o bisneto de José Gerardo Coelho Vieira Pinto do Vale Peixoto de Villas-Boas, o primeiro visconde de Guilhomil, e tem sangue inglês pelo lado da avó, Margaret Neville Kendall. Mas a narrativa ganhou sempre tendências de tragédia grega e três noivados não deram um casamento. E é por isso que André Villas-Boas vai chegar novamente a Alvalade como adversário e não como técnico dos lisboetas. Fica, ainda assim, a história de uma relação que envolveu sonhos, acordos, projectos e rescisões com vários palcos diferentes mas espalhados por Portugal.

ACTO I - LISBOA Na mesma altura em que era preparada uma importante assembleial-geral, em Abril de 2009, tinha começado já a contagem de espingardas para as eleições do clube, em Junho. Havia três correntes distintas - a da continuidade, uma alternativa e uma da oposição. Diferença: as últimas tinham nomes preparados, ao contrário da primeira. O preferido era Soares Franco, mas o líder torcia o nariz a novo mandato por considerar que o seu reinado teria chegado ao fim. Ainda assim, levantou-se uma vaga de fundo - expressão própria do léxico sportinguista - para levar Franco a reconsiderar. E aqui entra pela primeira vez o nome de Villas-Boas, na altura adjunto de Mourinho no Inter mas com a ambição de iniciar uma carreira a solo.

No plano desportivo, havia uma dúvida: manter Paulo Bento, o Ferguson do Sporting, ou apostar num rosto novo com perfil semelhante? Ambas as opções estavam ponderadas, e a aposta de Franco, caso tivesse avançado e o actual seleccionador recusasse renovar, poderia ser Villas-Boas, pelas capacidades reconhecidas de fazer um projecto a médio prazo. O ex-líder não avançou, José Eduardo Bettencourt surgiu em cena e esmagou nas eleições, Bento ficou em Alvalade (não forever mas mais quatro meses).

ACTO II - COIMBRA A incapacidade para investir na equipa impossibilitou Paulo Bento de passar da teoria à prática: havia necessidade de reformular de forma profunda o plantel, para iniciar um novo ciclo, mas foram feitos apenas pequenos ajustes. E, alicerçado a isso, ia-se notando um crescente desgaste da imagem do técnico tantas vezes incompreendido em Alvalade. Só os resultados poderiam inverter a realidade mas tardaram em aparecer - a rescisão chegou como fim óbvio.

Já com Sá Pinto a trabalhar com Bettencourt numa solução, o nome de Villas-Boas voltou à mesa. Desta vez, como uma primeira opção. O treinador tinha chegado dois meses antes à Académica (onde tinha recusado a hipótese Costinha como adjunto) mas os métodos de trabalho, as planificações e os resultados impressionaram os responsáveis leoninos, que não ligaram aos currículos que iam recebendo (Aragonés, Pekerman, Juande Ramos) e começaram a tentar o jovem técnico.

O acordo entre clube e treinador ficou estabelecido (salário a rondar os 30 mil euros por mês, cláusulas por objectivos etc.) na noite de 12 de Novembro mas, a 13, tudo ficou sem efeito face à intransigência da equipa de Coimbra em baixar o valor pedido: um milhão de euros, com o Sporting a dar 500 mil euros mais dois jogadores por empréstimo. Dois dias depois, na madrugada de domingo, Carlos Carvalhal era anunciado à CMVM.

ACTO III - Gerês Villas-Boas classificou todas as notícias de "palhaçadas", Sporting e Académica negaram tudo mas, a 12 de Fevereiro, os leões e o técnico assinaram um acordo por dois anos, a contar a partir de 2010-11. Com a intermediação de Jorge Mendes, o super-empresário que já tinha ajudado o clube na reabertura de mercado, houve um encontro no Gerês onde tudo ficou definido. A partir daí, era só uma questão de ir mantendo sigilo enquanto se planificava toda a temporada seguinte: falou-se de nomes (Quaresma, Lima, Lazzaretti, Hilário, Manuel Fernandes, Cléber Santana...), de estágios de pré-época, da equipa técnica (onde Costinha voltou a ser "barrado"). De tudo. E a sintonia entre Villas-Boas e Bettencourt era total, algo que nem os lamentos de Carvalhal conseguiram sequer afectar minimamente.

ACTO IV - ALCOBAÇA Duas semanas depois, Bettencourt escolhia Costinha para director de futebol, pasta que estava órfã desde a saída de Sá Pinto. E, a partir daí, a história mudou: as dissonâncias entre o antigo médio e o treinador (sobre Izmailov, sobre regras, sobre possíveis reforços ou sobre Nuno Dias, novo director da comunicação do clube) foram-se sucedendo e, a certa altura, Villas-Boas, que ouvira rumores sobre um possível interesse do FC Porto (além do Recreativo Huelva), solicitou a rescisão do acordo existente, pedido aceite por Bettencourt. O encontro entre o treinador e Costinha (aí sem Bettencourt) deu-se em Alcobaça. Tudo voltou à estaca zero mas não por muito tempo - ainda nesse mês de Março, o Sporting anunciou a saída de Carvalhal no final da época e a contratação de Paulo Sérgio ao V. Guimarães para 2010-11 por 600 mil euros; mais tarde, os portistas confirmaram a aposta em Villas-Boas no seguimento da saída de Jesualdo. E todos ficaram felizes com o desfecho.

Agora, quando o FC Porto der entrada em Alvalade, Villas-Boas irá para o banco da esquerda quando sempre foi o prometido para o da direita. E tem a possibilidade de provar, matematicamente, que o último capítulo da trama foi mais prejudicial para uns do que para outros: uma vitória dos dragões coloca os rivais a 16 pontos do título. É o fim da história.

in "ionline.pt"

Sporting vs Porto: a antevisão

Entrar no domínio das antevisões não se afigura uma tarefa fácil. É um mergulho na dificuldade de antever e antecipar acontecimentos num jogo de futebol, que à partida, e por si só, se vislumbra de resultado imprevisível, e que ao mesmo tempo, encerra um elevado grau de complexidade.

Todos os jogos da natureza de um clássico trazem consigo uma carga histórica a ter em consideração (último resultado foi favorável ao Sporting por 3-0). Além disso, a carga emocional resultante de alguns acontecimentos recentes, vão seguramente apimentar este embate entre “leões” e “dragões” (a mudança de Moutinho para o FC Porto no último defeso, num processo que levou o ex “capitão”, e a maior referência do universo leonino na altura, a ser apelidado de “maçã podre”). De notar ainda, as dúvidas e eventuais regressos: a possibilidade de o FC Porto ter de remodelar a sua ala esquerda, devido às lesões de Álvaro Pereira e Varela, e se vislumbrarem os regressos de Fernando e Maniche às suas equipas.

“Fait divers” e outros acontecimentos à parte, creio que vai ser um jogo bastante emotivo e interessante de seguir. Do meu ponto de vista muito pessoal, creio que mais que um embate em que se defrontam estilos e filosofias diferentes, vai ser um duelo de equipas com dinâmicas distintas.

O FC Porto tem vindo a mostrar que não mudará a sua abordagem ao jogo. Apesar de se ver forçado a mudar alguns jogadores, manterá a postura, estrutura táctica e a mesma filosofia. Espero o mesmo 4-3-3 ofensivo, com um pivot no meio campo, fazendo uma pressão intensa, em especial nalgumas zonas, com o intuito de ganhar a bola para mandar no jogo através da posse. Se ou quando os leões o forçarem a jogar no momento defensivo, para não desgastar muito o Hulk em tarefas defensivas, e para aproveitar as transições ofensivas, este assegurará uma referência de transição para o ataque num espaço entrelinhas e mais subido em relação ao bloco da sua equipa. No outro corredor, e até porque o Sporting terá naturalmente uma maior capacidade de projecção no eixo profundo pela sua direita, o extremo baixará um pouco para ajudar o seu lateral nas tarefas defensivas, incorporando uma 2ª linha no bloco da equipa, posicionando-se sempre de frente para o lateral do adversário (Abel ou João Pereira).

Será que o Sporting vai manter o 4-4-2, ou vai mudar e assim dar indicações de adaptação face ao que o FC Porto tem produzido? Não posso assegurar com toda a certeza se vai jogar com um ou dois pontas de lança. Baseando-me um pouco no que tem sido o leque de decisões utilizado até ao momento, pode até vir a apresentar-se num 4-2-3-1. No entanto, mais do que o sistema a utilizar, a organização colectiva e a dinâmica irão ao encontro dos comportamentos tácticos evidenciados até ao momento. Devido ao facto de jogar em casa e de contar o apoio do seu público, tentará fazer uma pressão um pouco mais subida e mais agressiva. Julgo que o grande desafio dos leões, nesta partida, vai ser a eficácia desta pressão, não afastando demasiado as suas linhas, pois devido à elevada capacidade de posse e circulação de bola dos portistas, podem ficar mais expostos se a equipa não estiver bem posicionada e com coberturas próximas, em especial no corredor onde actua Hulk.

Paulo Sérgio irá ter especiais cuidados? Talvez. Essencialmente, terá de ocupar bem as zonas ou espaços referência de transição ofensiva do Porto. A equipa deverá dominar a carga emocional do jogo, pois sofrer um golo primeiro, pode levá-los a cometer erros e a ter de suportar a pressão do seu público e a entrar em crise de raciocínio táctico. Manter-se em campo com igualdade numérica também será um desafio, especialmente para os jogadores que normalmente são mais intensos e agressivos. Devido ao excelente posicionamento da cortina defensiva do meio campo portista, onde é evidente uma articulação de equilíbrios e de coberturas interiores muito completa, o Sporting terá todo o interesse em aproveitar o jogo exterior, pois naturalmente, nesta partida, terá mais dificuldade em dar profundidade ao seu jogo.

O equilíbrio global e a inteligência táctica para superar eventuais obstáculos criados pelo adversário vão ser determinantes no desfecho deste emocionante jogo entre equipas com estados de espírito diferentes! Acredito que mais do que a capacidade que uma equipa terá para aproveitar o que o jogo lhe trouxer, será determinante aquilo que a mesma será capaz de provocar não só na partida, mas acima de tudo no adversário. É nesta dimensão da confrontação que se joga a excelência das equipas, ou não...

João Carlos Pereira in "publico.pt"