segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

«Quero fazer história no FC Porto», confessa Falcao

Radamel Falcao, em declarações ao diario desportivo argentino Olé, revelou querer fazer história no FC Porto, assim como, ter muitos objectivos por cumprir na Europa, demonstrando a sua intenção de permanecer nos «dragões» por muito tempo. 

«Tenho grandes ilusões na Europa, muitos objectivos por cumprir. Um dia voltarei ao River Plate, mas tenho contrato com o FC Porto até 2013 e a minha intenção é continuar por cá mais um tempo», disse o avançado colombiano.

A confiança de Falcao em relação ao futuro, envergando a camisola azul e branca, parece inabalável, demonstrando que está na Europa e em Portugal para fazer história. 

«Quero fazer história neste clube, ser campeão como fui no River Plate, que é o maior objectivo de todos.»

Sobre os rumores do interesse de clubes estrangeiros na sua aquisição, o colombiano fez questão de frisar que de momento a sua cabeça está só no Porto.

«Na imprensa sai muita coisa, que aquele e o outro clube estão interessados em ti, mas mantenho-me um bocado à margem disso tudo e não prestar atenção, porque a minha concentração está no FC Porto», revelou.


in "abola.pt"

O FC Porto um a um

Kieszek 2
Veredicto: culpado. Comprometeu a equipa no primeiro golo do Nacional, ao largar a bola quando parecia ter o lance controlado após um cruzamento. Anselmo não perdoou. Até aí deu nas vistas a jogar com os pés.

Fucile 5
Controlou Skolnik e, até sair lesionado, surgiu muitas vezes no ataque.

Rolando 5
Impediu uma série de lances perigosos do Nacional com cortes longe da área. No entanto, ficou com culpas no primeiro golo, porque podia ter evitado o lance se aliviasse atempadamente a bola da zona defensiva.

Sereno 3
Irremediavelmente ligado ao resultado, ficou pregado ao chão no lance do segundo golo. Foi o erro mais visível de uma exibição com outras manchas, como quando deixou Orlando Sá com o golo à vista.

Rafa 5
Evidenciou-se com a postura ofensiva, garantindo lances perigosos e até fintas vistosas, mas nem sempre esteve presente na retaguarda.

Guarín 7
Com o colombiano em campo a lei do mais forte é sempre aplicada. A favor dele, claro. Recuperou inúmeras bolas e poucas vezes errou no passe. Na segunda parte, Villas-Boas colocou-o na posição de Moutinho e o resultado continuou a ser bom. Sempre em jogo, foi dele o cruzamento para Walter sofrer falta para penálti.

João Moutinho 6
Mostrou mais uma vez grande capacidade de trabalho, tanto a organizar jogo como nas tarefas defensivas, que desempenhou, aliás, na segunda parte.

Rúben Micael 6
Bem a distribuir jogo e no apoio aos avançados, esteve mal nos remates (errou o alvo nas duas tentativas).

Hulk 6
Perdeu uma quantidade anormal de bolas e não se livrou de ouvir uns assobios na primeira parte. Melhorou após o intervalo, levou a equipa para a frente com lances individuais, obrigou Bracali a uma grande defesa e marcou um golo.

James 5
Livrou-se bem das marcações, mas poucas vezes acertou nos cruzamentos. Em situação de golo, e foram duas, falhou: primeiro porque não acertou na bola aos 27' e depois porque lhe "faltou" o pé direito aos 57'.

Walter 5
Dá a sensação de jogar em câmara lenta, demorando a libertar a bola. Destaque para uma assistência a James e para a falta que sofreu na área e que deu origem ao golo.

Sapunaru 5
Criou perigo com cruzamentos para a área.

Belluschi 4
Não mexeu com a equipa.

Ukra -
Nada a fazer.

André Villas-Boas: "Acho que não nos podem penalizar"

Ao 27º jogo, o FC Porto perdeu - em casa, com o Nacional -, mas mais do que os erros individuais, para André Villas-Boas esteve em causa o colectivo, o que explica este primeiro passo em falso da época. "Não me parece que os meus jogadores se tenham ido abaixo de forma alguma. A questão tem mais a ver com erros colectivos e com a eficácia do Nacional, que deixou pouco tempo e pouca margem de manobra ao FC Porto para dar a volta aos resultado", apontou antes de dividir o jogo em dois tempos para se justificar. "Na primeira parte podíamos ter feito mais, penso que faltaram mais remates à baliza e um colectivo mais incisivo. No segundo tempo, a ganhar, pagámos caro por erros colectivos. Mas não está em causa o nosso compromisso com a Taça da Liga e com este jogo, nem a concentração." O técnico do FC Porto também rejeitou que alguma vez tenha dado menos importância à Taça da Liga: "Nada disso. Ainda podemos fazer seis pontos e esperar que o Nacional e o Gil Vicente escorreguem, mas vamos tentar inverter a situação para tentarmos ainda passar às meias-finais da Taça da Liga." De seguida passou a jogar em defesa do grupo. "Relativamente ao que se passou aqui, acho que não se pode penalizar uma equipa depois do bom percurso feito até agora. Vamos focar-nos no Marítimo com a mesma preponderância da primeira volta", prometeu.

Também as cinco alterações efectuadas na equipa em relação ao último jogo, com o Paços de Ferreira, não terão consequências directas, garantiu ainda o técnico perante uma pergunta que visava saber se ia haver reflexos individuais depois desta derrota: "Parece-me uma análise demasiado agressiva quando o que aconteceu foram erros colectivos, mais do que situações individuais. Mas não haverá qualquer tipo de penalização no plantel."

in "ojogo.pt"


Desligados da corrente pelo herói conhecido

O que começa tem sempre um fim e ontem chegou o ponto final para a esta série de jogos sem perder do FC Porto, que fica para a história por ter durado 36 partidas. Mas, por consequência, também acabou a estreia sem derrotas de André Villas-Boas, que ainda não conhecera esse amargo sabor desde que vencera o Benfica na Supertaça, no início da época desportiva. O registo fica então nos 26 encontros a somar pontos e um troféu. Números que saltam para a ribalta na sequência da derrota de ontem, na primeira jornada da fase de grupos da Bwin Cup e que tem consequências no futuro próximo da equipa. Consequências práticas e uma outra mais teórica. Antes de mais, obriga os portistas a vencerem as duas outras partidas desta fase da competição - em casa do Gil Vicente e depois na recepção ao Beira-Mar -, num outro patamar, os dois golos de Anselmo terão feito soar o alarme entre o plantel. E, neste caso, Villas-Boas pode vir a agradecer o momento da primeira derrota e suspirar de alívio pelo facto de a perda de pontos não ter consequências na classificação da I Liga. É uma acha para a fogueira, mas ainda assim parece incapaz de incendiar os rivais do FC Porto no campeonato.

O feito de derrotar o FC Porto pertence ao Nacional, a glória fica para Pedrag Jokanovic, o quarto treinador da equipa madeirense a vencer em casa dos Dragões, desde um 2-1 em 1991/92, ainda no Estádio das Antas, era Manuel de Oliveira o técnico. Ora, o que fica bem no currículo do sérvio são esses dois pormenores deliciosos dos golos da reviravolta terem sido marcados por um suplente lançado no jogo momentos antes e da assistência do golo da vitória pertencer a outro jogador colocado na partida pouco antes. Anselmo - pela terceira vez marcou e derrotou o FC Porto - e João Aurélio ficaram assim ligados a um triunfo que chegou a parecer pouco provável ainda antes do FC Porto chegar à vantagem no marcador.

O jogo não começou bem para os portistas. Culpa própria, porque apenas incluíram a velocidade de procedimentos nos extras da segunda parte, passando os primeiros 45 minutos à espera do que vinha parecendo inevitável esta época, um golo e consequente vitória. O Nacional esfregou as mãos, mas pouco mais fez, porque também não se revelou perigoso, apesar de dois lances em que tanto Diego Barcellos como Skolnik podiam ter definido melhor. Do mesmo pode queixar-se o FC Porto, ainda que neste caso a maioria das tentativas de fazer golo fossem remates de meia distância. Facto comprovativo: só por uma vez Bracali defendeu - todos os outros seis pontapés acabaram atrás ou ao lado da baliza do Nacional.

André Villas-Boas fez as contas e enquanto não chegou o intervalo, onde poderia passar melhor a sua mensagem, ensaiou o que ia fazer na segunda parte: recuou João Moutinho para trinco e esperou que o médio desse ideias que Guarín não é capaz de ter quando joga tão recuado. A ideia era boa, mas precisava da tal velocidade de procedimentos que só os segundos 45 minutos trariam.

A ironia da melhoria do FC Porto traduz-se no nome do maior beneficiário: Guarín, sério candidato a melhor em campo se Anselmo tivesse ficado pelo banco do adversário. Mais perto do ataque - ou mais longe do início do processo criativo - a força do colombiano foi o poder que levou os portistas à vantagem do marcador por volta da hora de jogo. Um penálti e um golo, de Hulk, com sabor a justiça ante um Nacional que perdera a noção do espaço onde estava a baliza de Kieszek. Haveria de a descobrir de uma forma quase acidental. Na frente do marcador, jogo controlado, os portistas pareciam estar, uma vez mais, confortavelmente instalados no comboio da invencibilidade. Tão confortáveis que nem terão dado excessiva importância às alterações decididas por Jokanovic e que, em nome da verdade, pareceram apenas meras tentativas de refrescar unidades: Orlando Sá por Anselmo, Skolnik por João Aurélio, Diego Barcellos por Pecnik...

Mas, um erro clamoroso do guarda-redes do FC Porto, Kieszek, e dois golos em seis minutos tiveram a virtude de tornar as decisões de Pedrag Jokanovic providenciais. Afinal, foi o primeiro a derrotar Villas-Boas. Devia valer um póster.


FC Porto–Nacional 1-2

Estádio do Dragão
Relvado em bom estado
Espectadores 30018
Árbitro Olegário Benquerença (AF Leiria)
Golos 1-0 Hulk (g.p.) 64'; 1-1 Anselmo 78', 1-2 Anselmo 84'