terça-feira, 31 de maio de 2011

FC PORTO VITALIS CEDE SEIS JOGADORES À SELECÇÃO

Com seis jogadores na convocatória, o FC Porto Vitalis é o clube que cede mais atletas à Selecção Nacional para as duas últimas jornadas de qualificação para o Europeu de 2012. Os convocados são Hugo Laurentino, Inácio Carmo, Wilson Davyes, Dario Andrade, Tiago Rocha e Ricardo Moreira.

Portugal recebe a Eslovénia e visita a Polónia na próxima semana, a 8 e 12 de Junho, respectivamente, iniciando a preparação para os dois encontros já esta quinta-feira, em Espinho.

O Campeonato da Europa de 2012 realiza-se na Sérvia, de 15 a 29 de Janeiro.

Calendário de jogos:

Grupo 3, 5.ª jornada

Portugal-Eslovénia
Nave de Espinho (quarta-feira, 8 Junho de 2011, às 20h25)

Grupo 3, 6.ª jornada
Polónia-Portugal
Poznan, Polónia (domingo, 12 de Junho de 2011, às 14h45 locais – 13h45 em Portugal Continental)

Classificação actual:

Grupo 3

1.º Eslovénia (6 pontos)
2.º Polónia (5 pontos)
3.º Portugal (3 pontos)
4.º Ucrânia (2 pontos)



in "fcp.pt"

Falcao elogia Jesualdo Ferreira 31-05-2011 13:26

O ponta-de-lança colombiano elogia o trabalho e paciência de Jesualdo, que perdeu horas a fio, com as suas movimentações, no sentido de atingir a perfeição.

Radamel Falcao, em entrevista à FOX Sports da Argentina, teceu rasgados elogios a Jesualdo Ferreira, o seu primeiro treinador em Portugal.

O ponta-de-lança colombiano elogia o trabalho e paciência de Jesualdo, que perdeu horas a fio, com as suas movimentações, no sentido de atingir a perfeição.
Falcao não esquece e está grato ao actual técnico do Panathinaikos.
“Cheguei ao Porto na época passada e o treinador que tinha era obcecado com a recepção. Todos os treinos dizia-me como devia fazer para receber bem a bola, para aparecer no segundo poste. Às vezes era estranho, porque durante todo o treino ele falava constantemente comigo. Ele era um dos duros e eu dizia: sim, sim senhor. Mas a verdade é que nos jogos tudo o que ele me dizia acabava por acontecer”, conta o avançado colombiano.

in "rr.pt"

Programas desportivos ou tempo de antena vermelho ?

Realmente é mais do mesmo ...

Ontem estava a ver o programa do desportivo do Porto Canal, do qual sou adepto, quando decidi dar um salto á TVI24 para ver o que por lá se passava. Eis que aparece uma personagem que pensei que seria, a primeira vista, um novo comentador. E eis senão quando me apercebo que mais uma vez, um dos programas supostamente sobre futebol convidou (se não são convidados aparecem ou telefonam) uma personagem ligada ao slb para, neste caso, fora dos tribunais tentar absolver o seu cliente. Pelos vistos até o foram esperar ao aeroporto com direito a tempo de antena em toda a comunicação social.

Já decorria mais de meia hora entre a confusão do negocio com comissões ao proprio advogado, compra de uma percentagem do Beleneses por parte de alguem (tambem cliente do mesmo advogado), esse alguem que pelos vistos viria a comprar o passe do dito guarda-redas que seria vendido ao slb por uma empresa de informatica !!! e a anuência por parte do Barroso que se pôs na pele de cordeiro direccionando os holofotes para si e sobre a injustiça que tinha sido feita sobre a sua pessoa (que recebeu 400.000 € num ano sem fazer uma operação) que veio descrito, e não negado, na comunicação social,  quando o M. Serrão perguntou se podia falar sobre futebol que para isso é que tinha sido convidado.

Nunca gostei, e recuso-me determinantemente, a ver o dito programa supostamente desportivo que passa na SIC, quanto ao da TVI por vezes passo por lá mas sem grande interesse, mas desde que vi o (Dr.) Barroso a mandar calar o (Dr.) Seara de vez enquando dou lá um salto para ver se o circo está animado. Eis que aquando do desaparecimento do saudoso Dr. Poncio Monteiro deu origem a entrada do M. Serrão no dito programa (não sou adepto do estilo e fundamentalmente porque não se prepara minimamente para a função), e apartir achei que aquilo podia animar, mas foi pura ficção o Barroso com o seu ar altivo de visconde dos figados começou constantemente a insultar o suposto colega de painel que representa as nossas cores ... não entendo como é que o M. Serrão não toma uma atitude decente, como fez o Rui Moreira, e das duas uma, ou lhe responde á letra ou pura e simplesmente se levanta e sai.

Voltando ao(s) programa(s) da benficatv 2 e 3, na benficatv 4 temos tido representantes a altura, tenho pena que adeptos deste grande clube que é o FCP se prestem a aparecer e a dar as sua imagem (e a do clube) a estas palhaçadas. 
Não vou dicertar sobre as acusações feitas sistematicamente ao FCP na comunicação social e nos tribunais (desportivos ou civil) sem direito inclusive, nos "tribunais desportivos", a defesa como se viu nos casos recentes, no entanto nunca vi algum dirigente ou advogado do nosso clube a ser convidado ou a fazer-se de convidado ( em directo ou por telefone) neste supostos programas desportivos.

A vergonha continua e tem que ser sistematicamente denunciada por todos aqueles, como eu,  que para alem de gostarem do FC Porto gostam de ouvir falar de futebol.

Um abraço




Falcão: "No FC Porto todos têm mercado, até o treinador"

O melhor é ir já directo a um dos assuntos mais esperados. Na Argentina, numa entrevista televisiva, Falcao voltou a confirmar que decorrem negociações com o FC Porto para a renovação do contrato, sem descartar a continuidade. "Tenho mais dois anos de contrato e estamos a falar sobre a renovação. Todos os jogadores do FC Porto, e até o treinador, têm clubes interessados", disse o ponta-de-lança colombiano à "Fox Sports", de Buenos Aires, entrevistado para o programa "Futbol para todos".

Apesar de reconhecer a existência de clubes interessados, para lá de considerar que "o FC Porto é o clube mais vendedor do mundo", Falcao não quer forçar a saída. "Estou tranquilo. Sei que no devido momento posso dar o salto para outro campeonato", explicou. Ora, na próxima época há o aliciante de o FC Porto disputar a Liga dos Campeões, algo que pode funcionar como estímulo à permanência.

Em Buenos Aires, depois de uma época histórica e com uma infinidade de vitórias, Falcao conheceu o sabor da derrota. Na companhia de dois amigos colombianos, jogou futvólei com os apresentadores do programa e perdeu 11-9.

Para desanuviar, o goleador abordou a época do FC Porto. "Sonhava e trabalhava para ter uma época como a que tive, mas nunca pensei que podia acontecer desta maneira. Já na época anterior tinha ficado surpreendido, porque não esperava marcar tantos golos e ser tão importante para o FC Porto de uma forma tão rápida. Temos uma equipa completa. Temos Hulk e Varela, ambos muito ofensivos, e médios que se aproximam da baliza, como Belluschi, Moutinho, Guarín... Todos são humildes e todos temos fome de ganhar títulos". Falcao elegeu ainda os jogos com o Villarreal e o Spartak como os melhores. "Foram muitos bons. O dia em que joguei na neve também foi especial. Não se via nada e pensei: como nunca joguei na neve, vou divertir-me". E ainda teve tempo para diferenciar Jesualdo FErreira de André Villas-Boas. É só espreitar aqui ao lado o que disse sobre eles.

Uma equipa armada à sua volta

Falcao está habituado a ter uma equipa a jogar para si. Dizer que é isso que se passa no FC Porto seria um exagero pouco abonatório das qualidades do colombiano. Afinal, para marcar 38 golos em 42 jogos é preciso ser-se um grande matador, mas ter companheiros que o sirvam na perfeição também ajuda à contabilidade. E de que maneira.
Por isso, Falcao não se importava nada que Hernán Darío Gómez, seleccionador colombiano, montasse uma equipa para a Copa América tendo-o como referência. "Seria excelente que a selecção se armasse à minha volta, mas essa decisão quem deve tomar é o treinador. A Colômbia tem muitas alternativas, mas precisamos é de resultados", alertou. A Colômbia está integrada no grupo A da Copa América e terá como adversários a Argentina, país organizador, a Costa Rica e a Bolívia. A prova disputa-se entre o dia 1 e 24 de Julho e além de Falcao também Guarín estará presente. Álvaro Pereira, Fucile e Rodríguez, pelo Uruguai, Otamendi e Belluschi pela Argentina também devem disputar a competição.

in "ojogo.pt"

Bernard Lacombe: "Antes dos reforços temos de vender"

O Lyon não avançou por Fernando, nem avançará nos dias mais próximos, pelo menos. A explicação foi dada ontem por Bernard Lacombe, director-geral do clube e conselheiro para o futebol. "Antes de pensar em reforços, temos de conseguir vender alguns jogadores", declarou, quando confrontado por O JOGO com as notícias que apontavam uma ofensiva do clube francês para tentar levar Fernando. "Vamos ter um orçamento mais reduzido para a próxima época", explicou, daí não ser possível ao clube enveredar por transferências astronómicas, sobretudo quando se sabe que Fernando tem uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros e que os portistas costumam ser inflexíveis - o Lyon sabe-o bem... - a negociar. A maior prova de que o Lyon procura financiar-se são as iniciativas conhecidas do presidente Jean Michel-Aulas no sentido de tentar encontrar investidores no Médio Oriente que possam comprar uma percentagem das acções do clube. Enquanto isso não se concretiza, vai ser preciso ter paciência. "Os processos de alguns jogadores terão de ser negociados e sem desbloquear esses casos, dificilmente será possível ir ao mercado", completou Lacombe. Ou seja: haja paciência.

Terminada a Ligue 1 no fim-de-semana passado, com o Lyon a conseguir só aí garantir o terceiro lugar do campeonato e, com isso, assegurar as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, será tempo de começar a tratar de vários processos, a começar pelo de Lisandro. O argentino - que já mostrara vontade de sair no mercado de Inverno - acabou por não conseguir fazer uma boa época, um pouco à imagem da equipa, e poderá ver a sua situação reavaliada. Seguindo na mesma linha, a transferência de Michel Bastos - apontado à Juventus - deverá, ao que tudo indica, concretizar-se. O sueco Kallstrom entra no último ano de contrato e possui um dos salários mais elevados do plantel e será mais um a negociar. O internacional Hugo Lloris terá sido abordado pelo Liverpool e deverá ver clarificada a sua situação, depois de a meio da época ter proferido declarações polémicas que incomodaram ao nível interno. O jovem Pjanic também ele muito cobiçado, acabou por ser posto no mercado. E isto interessa ao FC Porto porquê? Precisamente porque Bernard Lacombe garante que, sem dinheiro fresco, não haverá loucuras, seja por Fernando ou Rodríguez, também ele apontado ao Lyon. Desconversando sobre nomes, Lacombe limitou-se a repetir: "Já lhe disse, nem vale a pena falar enquanto não vendermos".

Interesse em Villas-Boas foi mais um rumor

Nos últimos dias, o nome de André Villas-Boas também surgiu na órbita do Lyon, apontando-se o actual técnico do FC Porto, como um dos alvos para substituir Claude Puel, em tempos muito apreciado para os lados do Dragão, mas que não tem tido sucesso no Lyon. Sobre Villas-Boas, Bernard Lacombe foi muito claro: "Não passa de mais uma notícia sem sentido". Na agenda de Jean Michel-Aulas, segundo a Imprensa francesa de ontem, surgia Éric Gerets, antigo técnico do Marselha e actual seleccionador de Marrocos, como o preferido.

in "ojogo.pt"

Pedro Emanuel: Este Barça é um dos maiores desafios de sempre

Pedro Emanuel antecipou o embate da Supertaça Europeia, marcada para 26 de Agosto, no Mónaco. O adjunto de Villas-Boas tem uma certeza: só um FC Porto nos limites poderá discutir o resultado contra uma equipa que também tem no antigo central um grande admirador. "No futebol são 11 contra 11, há dias e dias, e por isso há que estar preparado para defrontar uma das melhores equipas de sempre do futebol mundial. Só num alto nível e com uma alta capacidade de decisão é que poderemos tentar discutir o resultado. E é isso que iremos fazer nesta Supertaça Europeia", referiu.Depois de uma época de sonho, Pedro Emanuel defende que estão lançadas as bases para novas conquistas. "Temos de trabalhar sempre no nível máximo para conquistar tudo. Só com uma equipa extremamente competitiva e com níveis máximos de ambição, dedicação e perfeccionismo é o que o conseguiremos".

in "ojogo.pt"

Beto: "Chorei na palestra antes da final da Liga Europa"

Suplente de Helton no campeonato e na Liga Europa, o guarda-redes do FC Porto tornou-se herói na Taça de Portugal ao defender uma grande penalidade e outros remates com selo de golo. Revelou ter voz e peso no balneário, mas não aguentou a emoção na palestra antes da final de Dublin com um discurso arrebatador de André Villas-Boas. Não quis revelar o teor, embora lhe tenha atribuído o sucesso da conquista da Liga Europa.

Dos quatro troféus conquistados foi a Taça de Portugal que lhe deu mais gozo?

Se pensar apenas a nível pessoal, é óbvio que sim. Porque participei directamente mais vezes na conquista do troféu. Não vou dizer que não participei nas outras provas, porque joguei em todas, desde o campeonato à Liga Europa e à Taça de Portugal. Só não joguei na Supertaça, porque foi apenas um jogo. Sinto-me campeão em todas as provas. Quanto à Taça de Portugal, como joguei mais vezes teve um sabor especial para mim.

No início da época ganhar quatro troféus não passava de um sonho...

Era um sonho, mas também uma ambição, uma vontade colectiva do grupo. A Supertaça com o Benfica funcionou como uma rampa de lançamento para uma época histórica. Foi uma vitória fundamental. A partir desse momento os níveis de confiança foram potenciados, sem dúvida nenhuma.

Como passou para a realidade? Quando é que começaram a acreditar na sucessão de troféus?

A partir do momento em que nos reunimos com o mister André, e toda a estrutura que o envolve, sentimos que este ano seria de sucesso e de vitórias. Com o trabalho que fomos desenvolvendo e com a assimilação da mensagem do treinador, recebida de forma plena e captada a cem por cento, todas as forças se uniram. E quando isso acontece o resultado só pode ser este.

Qual foi o momento que mais o marcou?

Houve vários momentos que me marcaram. A segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, com o Benfica, foi um momento fantástico. Festejar o título na Luz foi lindo, mas a reviravolta na Taça, com toda aquela força e potencialidade que demonstrámos, foi um momento de sonho. E depois houve a palestra antes da final da Liga Europa. Também esse foi um momento especialmente marcante. Chorei. Foi algo lindo.

O que se passou?

Não sei se posso contar. É melhor não. Posso dizer apenas que foram palavras bonitas. Foi a conjugação de sentimentos que se envolveram dentro daquela sala de reuniões. Foi bonito e comovente. A palestra durou 30 minutos, não mais, mas chegou para os jogadores sentirem que era possível vencer e que estávamos à beira de algo histórico. Saímos daquela sala convencidos que íamos ganhar a Liga Europa.

Como é que os jogadores foram encarando a invencibilidade que durou até ao final do campeonato? Falavam na possibilidade de perder um dia?

Nunca se falou em perder naquele balneário durante a época inteira. Intimamente, cada jogador poderia pensar que um dia a derrota acabaria por acontecer, porque não existem equipas imbatíveis. Simplesmente não existem. A nível de discursos e de balneário nunca se pronunciou essa palavra.

O que é que os adversários vos diziam no final dos jogos?

Que somos realmente muito fortes. No final da Taça de Portugal fui ao controlo antidoping e o jogador do Guimarães que lá estava disse-me que fomos muitos fortes. Disse-me que mesmo depois da Liga Europa, com dois dias de descanso, viagem para Lisboa e estágio, jogámos e ganhámos porque fomos realmente fortes.

Estava à espera de um rendimento defensivo tão bom depois da saída de Bruno Alves?

Sem dúvida. Saiu o Bruno, que era fundamental, mas ficou o Rolando e o Maicon, dois jogadores de enorme qualidade. Depois houve um acréscimo de qualidade com o Sereno e o Otamendi. São quatro centrais de muita qualidade e, para mim, que jogo atrás deles, actuar com qualquer dupla é igual.

O que é que o FC Porto pode fazer na Champions?

É um sonho. Partilhamos todos desse sonho, que é chegar o mais longe possível. É uma competição de topo europeu e queremos chegar o mais longe possível.

E para esse sucesso será essencial manter esta estrutura de jogadores?

Obviamente, com o conhecimento entre os jogadores e mais tempo juntos há um entrosamento maior da equipa. Mas mesmo com a chegada de dois, três, quatro ou cinco elementos, não sei o que vai acontecer, todos virão para dar mais qualidade ao grupo, ajudando-nos a alcançar mais títulos.

Depois desta época, a fasquia não está demasiado alta e não há o perigo de a decepção ser maior em caso de insucesso?

Há um trabalho do treinador e dos dirigentes, sempre presentes com a equipa, que nos dizem que as fasquias funcionam como motivação e alavanca.

"Tenho peso e voz no balneário"

Como analisa a época do Helton?

Fez uma época muito boa, positiva. Obviamente, o meu trabalho e o do Pawel reforça esse bom momento do Helton. Tendo três guarda-redes praticamente ao mesmo nível, e havendo um que joga e outros dois que trabalham para conquistar esse lugar, obriga o titular a ter concentração e dedicação máximas. Para o treinador é um sonho ter três guarda-redes assim, que querem jogar, que querem dar essa contribuição à equipa. São três guarda-redes com qualidade.

E como se arranja ambição não jogando muitas vezes?

Tenho total ambição em todos os treinos. Para além disso, tenho peso no balneário, tenho voz, e tenho uma boa relação com todos, a quem gosto de dar a minha opinião.

Já que ninguém vê os treinos, como é trabalhar com Wil Coort?

Ele é supermoderno. Tem um método de trabalho adequado a uma equipa grande. Trabalhamos o posicionamento, o jogo de pés, a distribuição e, sobretudo, fazemos muitos exercícios com a equipa. Fazemos parte da equipa e não somos apenas guarda-redes, portanto, treinamos com a equipa. É fácil trabalhar com o Wil. Dá-nos muita tranquilidade e isso nota-se quando chegamos ao jogo.

Jogar menos vezes é compatível com a evolução de um guarda-redes? Como se faz isso?

Com o trabalho ao longo da semana. Trabalho todos os dias para melhorar as minhas capacidades e potencialidades. Trabalho para estar preparado para jogar, mesmo que depois seja o Helton ou o Pawel que joguem. O espírito é esse. No treino coloco fasquias a mim mesmo e daí dar respostas positivas quando sou chamado.

"Contava ser chamado por Paulo Bento"

Como se concilia o facto de ser suplente no FC Porto com a ambição de chegar à Selecção?

É difícil. Tenho que perceber que isto é tudo muito prático. Jogando com menos frequência, as minhas expectativas ficam limitadas em relação à Selecção. Mas as pessoas conhecem o meu trabalho e o meu valor. Com mais minutos tenho mais possibilidades de fazer parte dos planos do Paulo Bento. Depois há outra coisa. O meu papel no FC Porto vai além dos relvados. Há um bom ambiente no balneário e eu sou muito bom colega. Quero melhorar e quero que os meus colegas melhorem. Mesmo no banco falo muito para dentro do campo, sou muito activo. O meu papel é ajudar o FC Porto.

É legítimo pensar que se fosse titular do FC Porto, ou de outro clube do género, já seria titular na Selecção?

É legítimo da minha parte pensar isso. Se fosse titular do FC Porto as probabilidades de jogar na Selecção seriam maiores. Tenho noção disso e é legítimo pensar dessa forma.

Pensava ser chamado agora por Paulo Bento para o duplo compromisso da Selecção Nacional?

Sinceramente, depois dos seis jogos que fiz na parte final da temporada, em que as minhas prestações foram boas e dei uma grande resposta em jogos com mais ou menos pressão, contava ser chamado. Fui igual a mim mesmo em todos os jogos. Contava ter o reconhecimento por parte do seleccionador. Mas tal não aconteceu e quero deixar claro que respeito todas e quaisquer decisões do seleccionador. Fico com um amargo de boca por não fazer parte do grupo, porque gosto de o fazer, porque sou português e quero representar a minha Selecção e o meu país. A Selecção é o topo. Fico à espera de uma oportunidade.

Futebol espectáculo no Mónaco

O FC Porto vai ter um início de época a todo o gás. Depois da Supertaça Cândido de Oliveira, com o Guimarães, e de três jornadas no campeonato, a equipa vai defrontar o Barcelona no Mónaco para a disputa da Supertaça Europeia. "O Barcelona vai funcionar como um estímulo. Vamos defrontar aquela que é a melhor equipa do mundo e é aliciante poder discutir um título com esta envergadura. Sem deixar de elogiar o futebol do Barcelona, a verdade é que temos princípios de jogo que não abdicamos e queremos vencer", reagiu Beto. O guarda-redes antevê um jogo de dois sentidos. "Acima de tudo que seja uma partida com qualidade, um bom espectáculo. Para nós, a vitória pode ser algo de extraordinário e de grande motivação para o resto da época". A Supertaça Europeia está agendada para o dia 26 de Agosto.

"Villas-Boas é quase perfeito a nível motivacional"

A explicação de Beto para o sucesso do FC Porto engloba vários factores. "O colectivo, a organização, o treinador. Foi a mistura de tudo isso. A estrutura do FC Porto é única e proporciona as bases para o sucesso", revelou. O guarda-redes apreciou a forma como Villas-Boas lidou com o grupo. "Não o conhecia, apenas de nome, nem conhecia os seus métodos de trabalho. É inovador, moderno e apresenta um futebol de ataque que procura sempre a vitória, algo aliciante para quem trabalha com ele. Para os jogadores é muito bom ter um líder como ele. A nível motivacional é quase perfeito. É uma experiência muito boa trabalhar com ele".

"Helton é o melhor, depois sou eu e o Pawel"

Quem é o melhor guarda-redes a actuar em Portugal?

É difícil responder. O Helton é o guarda-redes que melhor se apresenta.

E quem vem a seguir?

[pausa] Eu e depois o Pawel [Kieszek]. Os guarda-redes do FC Porto são os melhores.
Como vê as críticas que se fazem ao Roberto?

Não sou apologista de críticas a guarda-redes. Tenho alguns problemas entre aspas com os meus colegas no FC Porto, porque defendo os guarda-redes nas discussões que temos. Sou o primeiro a defendê-los, porque sei quanto é difícil ser guarda-redes. Há lances infelizes para toda a gente, só que quando o guarda-redes falha, coitado, não há mais ninguém atrás dele. Quando falha é golo e fica marcado para o resto do jogo. Sou defensor acérrimo dos guarda-redes.Não gosto de ver, ler e ouvir críticas seja a que guarda-redes for.

"No Jamor, sabia que o Edgar ia marcar para aquele lado"

Diz um estudo científico que numa baliza de futebol cabem 365 bolas, o número possível de pontos de mira para quem vai rematar. A tarefa de Beto, como de todos os guarda-redes, é tentar anular essa miríade de hipóteses de sucesso dos adversários. No Jamor, ao defender uma grande penalidade marcada por Edgar num momento crucial do jogo, o guarda-redes portista tornou-se num dos heróis da final da Taça de Portugal.

Então diga-nos lá como se defende uma grande penalidade?

Existem inúmeros factores que condicionam a defesa de uma grande penalidade, desde o conhecimento do jogador, a visualização de imagens desse jogador, muito treino e o instinto.

O que valeu mais no Jamor?

O que prevaleceu foi juntar um pouco de tudo.

Sabia que o Edgar ia marcar para aquele lado?

Sabia que o Edgar bate muitas vezes para o lado direito do guarda-redes. Mas isso pode nem valer nada, porque o Edgar também pode pensar que o conheço e mudar o lado. É sempre imprevisível para quem bate o penálti e para quem o defende. No Jamor juntou-se um conjunto de factores.

Foi então o Beto que decidiu o lado para onde se atirou ou recebeu alguma informação na altura?

Decidi na altura. As únicas pessoas que me disseram algo foram o Maicon e o Rolando. Disseram-me isto: fica tranquilo, porque sabemos que vais defender.

E logo a seguir o FC Porto marcou o quinto golo. Foi aquele o momento do jogo?

Sem falsa modéstia, foi um lance que acabou por decidir o rumo do jogo. O Guimarães podia ter reduzido para 4-3, os jogadores galvanizavam-se e o resultado seria incerto. Ao defender a grande penalidade e ao marcarmos logo de seguida aqueles instantes acabaram por decidir o rumo do jogo.

Na época passada defendeu cinco penáltis no Restelo e no Jamor defendeu mais um. É uma especialidade?

É muito subjectivo dizer isso. Esta época, na Luz, o Cardozo marcou um golo de penálti porque mudou o lado. Rematou para o meio. Eu sabia mais ou menos para que lado ia marcar, mas ele mudou. É sempre subjectivo. Tenho a felicidade de ter defendido muitos, mas mesmo muitos penáltis na minha carreira...

Sabe quantos defendeu?

Não tenho ideia. São muitos, mas não faço a contabilidade. Fico feliz por os defender.

Na época passada fez os jogos da Taça de Portugal, mas foi o Helton que defendeu na final. Esta época foi diferente, porque não só fez todo o percurso, como foi titular no Jamor. Até que ponto foi importante sentir essa confiança do treinador?

A confiança da parte do mister André foi depositada desde o primeiro dia em que cheguei ao Olival. Cheguei mais tarde, por causa do Campeonato do Mundo, e na primeira conversa que tive com ele foi-me depositada total confiança. Portanto, a confiança durou desde o início até ao fim. Sabia que ia chegar o meu momento e que o mister ia ter confiança em mim. Foi o que aconteceu. Na segunda mão da meia-final partimos para Lisboa com um resultado desvantajoso de 2-0, mas o mister André disse-me que estava tranquilo por ir jogar. Ele sabe que eu gosto de jogos com pressão, de jogos difíceis. Lido bem com a pressão e a partir daí junta-se o útil ao agradável.

"Ia jogar em Dezembro e Janeiro, mas lesionei-me"

Continuando a ter Helton como principal concorrente, que expectativas alimenta para a próxima época?

Quero ter uma utilização mais frequente, como é habitual pensar em todas as épocas. Quero dar o meu contributo ao FC Porto e conquistar títulos, porque é deles que este clube vive. O FC Porto sonha com títulos, respira títulos.

Não começa a recear tornar-se um eterno suplente?

Não. Só estou a ser suplente no FC Porto. Desde menino que fiz praticamente toda a carreira a jogar. Nestes dois anos de FC Porto tenho sido menos utilizado, se bem que na última época tenha tido a infelicidade de ter uma lesão que me afastou dos relvados durante algum tempo. Podia somar mais nove jogos. Foi o momento mais triste para mim durante a época, o que mais me custou. Iam ser dois meses, de Dezembro e Janeiro, em que teria uma utilização maior. Já tinha falado com o mister André sobre o assunto. Mas chego a Viena e lesiono-me quando ia ser titular. Animicamente acabei por quebrar. Não é segredo para ninguém, mas o departamento médico do FC Porto é de topo mundial e conseguiu recuperar-me, tanto física como psicologicamente de maneira a encarar o resto do campeonato.

Todos os nomes de Beto Pimparel, Pimpas ou Betão

Praticamente todos os jogadores do FC Porto têm uma alcunha no balneário e Beto não foge à regra. Aliás, tem mais do que uma. O último nome do guarda-redes, Pimparel, que por ser pouco conhecido e foneticamente engraçado, serviu de inspiração aos companheiros. "Chamam-me pelo último nome ou então Pimpas ou Betão". O guarda-redes responde por todos.

Festejar entre finais "Guinness? Só apareceu Heineken"

O FC Porto conquistou a Liga Europa num país conhecido pela cerveja Guinness, mas Beto garantiu que nem provou o néctar preto de sabor estranho e cativante. O que não quer dizer que não tenha bebido umas cervejas. "Não provei a Guinness. A cerveja que apareceu foi a Heineken. Celebrámos com moderação, porque a época ainda não tinha terminado. Bebemos com moderação, divertimo-nos, cantámos, dançámos e estabelecemos os nossos limites porque ainda havia competições para ganhar", afirmou. Com outra final pela frente, Beto explicou que o segredo esteve na forma como os festejos foram abordados. "Dormimos as horas necessárias, com o descanso necessário e no dia a seguir desligámos o chip Liga Europa e ligámos o chip Taça de Portugal". E resultou.

Quando Hulk e Guarín atiram à baliza "Chamo-lhes os violência"

Há dois jogadores do FC Porto conhecidos pela potência do remate: Hulk e Guarín, obviamente. Ora, se os guarda-redes adversários têm dificuldades em parar os remates do brasileiro e do colombiano, o que acontece nos treinos do FC Porto? Beto dá a resposta. "Defendo os remates do Hulk e também os do Guarín, ambos violentos. Por vezes, eles ficam a treinar no fim do treino, mas também nos exercícios de finalização, e até lhes costumo chamar os violência. São remates realmente fora do normal." Quanto a Falcao, Beto diz que há outra forma de parar um cabeceamento do colombiano sem o derrubar. "Há que tentar conhecê-lo e tentar perceber o movimento dele e fazer alguma antecipação". É uma questão de tentar.

Gosta de os ver defender Lloris e Cech

Beto não tem um ídolo na baliza, embora actualmente aprecie dois guarda-redes. "Gosto muito do Lloris, do Lyon, de França. É um grande guarda-redes", revelou. O outro está em Inglaterra, no Chelsea. "Também gosto muito do Petr Cech. Apesar de não ser muito espectacular, é extremamente eficaz."

in "ojogo.pt







Pedro Moreira renova com FC Porto

O jogador vai para a sua nona época ao serviço dos portistas.





Pedro Moreira, 24 anos, renovou esta segunda-feira contrato com a equipa de hóquei em patins do FC Porto, indo para a sua nona temporada ao serviço dos dragões.
Nestes nove anos, o hoquista já conquistou sete títulos e pode festejar o oitavo consecutivo (10º do clube) este sábado, caso o FC Porto passe a Oliveirense.
O guarda-redes Filipe Magalhães também renovou e em dúvida mantêm-se, apenas, André Azevedo e Emanuel Garcia, que não se sabe se na próxima temporada serão comandados por Tó Neves, novo técnico. Tiago Santos, ex-Oliveirense, é, para já, o único reforço.
in "sapodesporto.pt"

Juary fez um hat-trick ao Barça: «Eu explico como é»


Antiga glória do F.C. Porto quer ajudar Villas-Boas a preparar a Supertaça. «O Hulk ou o Falcao podem imitar-me»



Há algum problema? Então é melhor chamá-lo. Placa levantada, arma secreta formatada no número 13. E lá ia Juary, o inesquecível Juary. Era quase sempre assim. Quando as primeiras opções de Artur Jorge não resolviam a questão, ospeedy Gonzalez brasileiro funcionava como SOS. 

Naquela noite não foi diferente. 6 de Novembro de 1985, Taça dos Campeões Europeus, oitavos-de-final. O F.C. Porto chegava com uma desvantagem de 2-0 de Camp Nou, num jogo em que Juary viu um golo ser «mal anulado» e uma grande penalidade terá ficado por marcar. A favor dos dragões, claro. 

Intervalo, nulo obstinado. Artur Jorge chama Juary e faz-lhe um pedido muito simples. «Leva velocidade ao jogo», recorda o antigo avançado ao Maisfutebol. «E lá fui eu. Marquei dois quase seguidos, estávamos a esmagar o grande Barça, até que o escocês Steve Archibald estragou a noite. Ainda marquei mais um perto do fim, mas não chegou.»

Juary, conversador contagiante, tem tudo na cabeça. «No dia seguinte o Artur Jorge chamou-me à salinha dele. Naquela voz colocada dele disse-me: se soubesse tinha-te metido de início. Eu fiquei sem saber o que dizer, mas respondi-lhe que ele tinha sido justo. Esse jogo ficou marcado em mim até hoje. Arrasei aquela defesa, eles olhavam e eu já lá não estava.»

«Hulk ou Falcao podem imitar o meu feito»

A 26 de Agosto o F.C. Porto reencontra o Barcelona. O palco de glamour será o Estádio Louis II no Mónaco. Juary está à espera «de um convite do Pinto da Costa» para assistir ao duelo e, «quem sabe», ir ao balneário. 

«Se o André Villas-Boas quiser eu explico como se faz três golos ao Barcelona», dispara Juary, sempre imprevisível, mesmo com as palavras. «Vão estar frente a frente as duas melhores equipas da actualidade. Mas não duvido que o Hulk ou o Falcao, por exemplo, podem imitar o meu hat-trick. São avançados de enorme categoria.»
Juary tem 52 anos, é treinador em Itália e levou o Sestri Levante ao quarto lugar na liga regional da Ligúria (no norte). Não perde um jogo do F.C. Porto e é comentador numa televisão italiana. «Tenho uma boa vida em Itália, possuo uma academia de futebol em Avellino e estou feliz. Mas tenho um sonho enorme. Sabe qual é?» Não. «É voltar a fazer parte da família azul e branca.»

«Fui convidado para isso há uns anos, até para abrir horizontes ao clube no Brasil. Recusei. Estava embrenhado na minha carreira de treinador e achei que o timing era mau. Agora aceitaria.» 

«Villas-Boas ficou mais envergonhado do que eu»

A recente deslocação do F.C. Porto a Viena, no decurso da Liga Europa, reuniu os campeões de 1987. Juary conheceu André Villas-Boas e ficou rendido. «Ele viu-me ao lado do Madjer e disse que dois! Ficou mais envergonhado do que eu», indica a antiga glória. «Ele é o melhor treinador do mundo da nova geração».

André Villas-Boas já sabe. Se precisar de uma ajuda-extra na palestra da Supertaça Europeia, Juary está disponível. 


Juary: «A psicologia do Artur Jorge fez-me tocar o céu»

A final de Viena revisitada por um dos seus heróis. A lesão escondida, o discurso ao intervalo, as saudades dos irmãos de armas



1,68 metros de gente a pegar numa alma sem fim. Jogada sublime de Rabah Madjer, olhos trocados a um alemão caído em desgraça, o centro para a finalização surreal de Juary. Consagração máxima de uma grande equipa de futebol. Nunca é de mais recordar Viena, 1987.

«Eu nem devia ter jogado», diz o baixinho brasileiro aoMaisfutebol. «Estava lesionado no tornozelo direito, sem condições nenhumas. Mas a psicologia única do Artur Jorge fez-me tocar o céu. Ele pediu ao Rodolfo Moura para me deixar em condições de jogar. Não precisa de ser muito tempo, em 30 minutos o Juary decide. E pronto, perante isto, eu tinha mesmo de entrar.»

Juary começou a aquecer perto do intervalo. Foi ao balneário e escutou o discurso do rei Artur. «Foi simples, muito simples. O campeonato de Portugal podemos ganhar quase sempre. Fazer história tem de ser hoje. O que preferem vocês? Vão lá para dentro e joguem à Porto. Disse-nos isso, deixou-nos o peito a ferver. Só queríamos ir para cima do Bayern.»

Artur Jorge, de resto, merece as mais sinceras loas de Juary. «Tínhamos uma relação de pai e filho. Respeitava-o muito. Como treinador e como homem. Era uma pessoa educadíssima, inteligente e culta. Para ele todos os jogadores eram iguais», conta Juary, voz embargada pela saudade.

«O maior mérito dele era a comunicação, talvez. Conseguia fazer com que o plantel percebesse a relevância de cada jogo. Nunca o questionei por ser suplente ou titular, nunca. Aceitava as escolhas dele e aproveitava ao máximo o que ele me dava.»

«Pensava que o Futre se ia perder»

A entrevista percorre nomes sagrados na nação azul e branca. Fala-se da «genialidade» de Rabah Madjer, do «menino» Futre, dos «senhores» Gomes e Eurico, e ainda de Lima Pereira, Jaime Pacheco, João Pinto, Zé Beto, Mlynarczyck e Celso.

«O Pinto da Costa não escolhia nenhum jogador que não fosse um grande homem. Estudava-nos a todos. Construiu a equipa devagar, minuciosamente, até chegar ao título europeu. Sinto uma grande nostalgia porque todos eram meus irmãos. Se eu estava mal havia sempre alguém disposto a ajudar.»

Juary sente falta, por exemplo, «dos almoços de sexta-feira». «Eram fantásticos, mas para participar tínhamos de conquistar a confiança dos jogadores mais influentes. Eu consegui. Dava-me bem com toda a gente, mas tenho de destacar os exemplos do Eurico, do Gomes e do Lima Pereira. Tiveram lesões gravíssimas e nunca deixaram de estar connosco.»

Paulo Futre é outra «criatura especial». «Era o nosso menino. Vi-o crescer, vi aquele talento extraordinário e vi também algumas asneiras. Às vezes pensava que ele se ia perder. Enfim, joguei com o Pelé, defrontei o Maradona e o Van Basten, mas o que mais me orgulha é ter jogado naquele F.C. Porto», conclui o ex-atacante.


Juary: um disco, a terra a tremer e um tiro a mudar a vida

Um avançado viciado na alegria e no golo. Recordações de uma carreira cheia de sucessos e de uma existência de sustos



A vida de Juary mudou no dia em que ouviu um tiro. Ou, pelo menos, esse instante mudou a forma como Juary olha para a vida. «Estava inserido num projecto de futebol comunitário. Visitava as favelas de São Paulo três vezes por semana», narra ao Maisfutebol a velha glória do F.C. Porto.

«Estava a treinar uma equipa de miúdos e ouvimos um estrondo. Corremos para fora do campo e vimos um rapaz de 13 anos com uma pistola na mão. Tinha acabado de matar uma pessoa. A vida lá é dura, é barra pesada. Nem todos são criminosos, mas o tráfico de droga impõe um clima assustador.»

Nesta fase da conversa, a animação de Juary esvai-se. Em Itália, a arma secreta de Artur Jorge ouviu um estrondo ainda mais dilacerante. «Foi a 23 de Novembro de 1980. Jogava no Avellino e tínhamos ganho ao Ascoli. Fui para casa descansar e acordei com um barulho. Parecia uma bomba, mas era um tremor de terra. Morreram 3500 pessoas», lembra Juary.

«Quando as coisas acalmaram meti-me no carro com o Stefano Tacconi, que depois foi guarda-redes da Juventus e da selecção. Andámos à procura dos nossos colegas, a ver se todos estavam bem. Foi horrível.»

Juary esteve de 1982 a 1985 em Itália, fez golos na Cremonese, no Inter de Milão, no Avellino, no Ascoli e gravou um disco. Sim, Juary foi cantor. «Eu desafinava mais do que uma mula. Mas estava lesionado e quis ajudar as vítimas do terremoto. Por isso aceitei o desafio. O álbum chamou-se Sara Cosi [assim será]. Devo ter vendido aí umas 30 cópias!»

Para Juary o futebol era alegria e só fazia sentido com golos. Criou uma forma original de celebrar e dava sempre uma volta à bandeirola de canto depois de cada remate vitorioso. «Só não festejei assim em Viena. Fiquei tão siderado que corri e ajoelhei-me. Tudo começou no Santos, num jogo que me correu bem. Depois mantive o ritual.» 

in "maisfutebol.iol.pt"

Saída de Berbatov abre portas a Hulk

APONTADO PARA RENDER BÚLGARO NO MANCHESTER


A ausência na final da Liga dos Campeões pode ter sido a gota de água que colocará Dimitar Berbatov de partida do Manchester United. O búlgaro não gostou de ficar de fora do mais importante jogo da temporada e a imprensa inglesa aponta já substitutos para o goleador dos red devils.
O jornal "Manchester Evening News" avança, esta segunda-feira, a possibilidade de os red devils contratarem o portista Hulk para colmatar a saída de Berbatov já na próxima janela de transferências.
Além do Incrível, os campeões ingleses estão atentos à situação de Karim Benzema no Real Madrid. De acordo com a mesma fonte, Alex Ferguson pondera ainda chamar o jovem avançado Danny Welbeck, emprestado ao Sunderland.
Quanto ao futuro de Berbatov, em Inglaterra fala-se no interesse de Manchester City, Juventus, Roma, Borussia Dortmund, Bayern Munich e Tottenham, clube que vendeu o búlgaro em 2008, por 35 milhões de euros.
in "record.pt"