domingo, 12 de setembro de 2010

Golos FC Porto - Videos

1-1 Varela 32 m

2-2 Hulk 62 m

3-2 Varela 69 m

Clique nos links para visualizar

Hulk: "Só podemos pensar em nós e ganhar"

Hulk voltou a estar em foco no FC Porto, agora com um golo e uma assistência para Varela. "Sabíamos que íamos defrontar um grande adversário. O Braga pratica um futebol bonito, parabéns para eles. É bonito quando todo o mundo dá o máximo e todo o mundo corre", comentou. A equipa segue assim numa cavalgada vitoriosa, mas Hulk deixa o aviso: "Não podemos relaxar". "Começámos bem o nosso campeonato. O objectivo maior é conquistar o título. Temos de entrar em cada jogo com o pensamento de fazer o melhor para sermos campeões. Só podemos pensar em nós e continuar somando", afirmou, feliz por reencontrar Felipe, guarda-redes do Braga de quem já foi colega de equipa. "É um grande profissional, desejei-lhe toda a felicidade", revelou.

Quanto às dificuldades físicas que passou na parte final do jogo, e que o levaram a sentar-se no banco enquanto era assistido antes de reentrar, tudo não terá passado de cãibras, o que atesta o esforço do jogador.

Marcou sete em cinco jogos

Hulk aumentou ontem para sete os golos que já apontou esta época. A veia goleadora começou na deslocação à Naval e continuou com o hat trick ao Genk, feito que dedicou à sobrinha que falecera na véspera do jogo da primeira mão com os belgas, que falhou. Seguiu-se um "bis" ao Rio Ave e mais um ao Braga.

João Moutinho admite que pode dar mais

João Moutinho admitiu ontem que ainda não está no pico da forma e que "pode dar mais à equipa no futuro". Quando à partida de ontem, destacou a importância do triunfo numa jornada em que os rivais perderam pontos. "Fizemos um bom jogo e conseguimos distanciar-nos dos adversários. Não é normal os adversários terem perdido tantos pontos, mas é normal nós estarmos bem e ter estas vitórias", salientou. Na próxima semana há um clássico na Luz, mas Moutinho não se mostrou interessado. "Estamos num ciclo bom e é em nós que temos de pensar e em vencer os nossos jogos porque queremos manter-nos à frente". A terminar, antecipou o jogo com o Rapid. "A ideia é obter um bom resultado porque queremos passar a fase de grupos"

in "ojogo.pt"

Um líder, dois campeões



O FC Porto ganhou um grande jogo de futebol ontem à noite. Tão grande, de facto, que lhe permitiu amealhar não só os três pontos que discutiu no Dragão com o Braga, mas também os dois que o Sporting perdeu em Alvalade e os três que o Benfica deixou ficar em Guimarães. De uma cajadada, a equipa de André Villas-Boas acertou em cheio nas três lebres que lhe discutem o primeiro lugar na corrida pelo título, assegurando uma vantagem considerável na frente do pelotão. Para o conseguir, o FC Porto teve de vencer o maior obstáculo que encontrou esta temporada - sim, mesmo maior do que o Benfica - num duelo que lhe testou os limites e que lhe esgotou as forças, mas que também revelou uma equipa suficientemente madura para reagir às contrariedades sem ceder aos ataques de ansiedade que lhe tolhiam os movimentos num passado recente. Pela frente, o FC Porto encontrou um Braga enorme, maior do que qualquer dos ditos grandes, capaz de olhar o líder nos olhos sem piscar e de o obrigar a dar absolutamente tudo para não deixar nada para trás. Aliás, durante muito tempo, foi a equipa de Domingos que esteve por cima de um jogo que também foi decidido no tabuleiro de xadrez onde mandam os treinadores.

André Villas-Boas cumpriu a máxima que aconselha a não mexer em equipa que ganha e apresentou o 4x3x3 do costume, embora de início com Hulk à esquerda e Varela à direita de Falcao. Domingos foi mais criativo. O treinador do Braga inverteu o triângulo do meio-campo, colocando Salino ao lado de Vandinho na dupla de pivôs defensivos, e fazendo Luis Aguiar avançar para o apoio directo a Lima, no ataque, assegurando o encaixe perfeito com o trio do miolo portista. Mais do que isso, o treinador do Braga fez a sua defesa subir, diminuindo a distância para o meio-campo e aumentando exponencialmente a densidade populacional na zona onde o FC Porto gosta de trocar a bola. Uma jogada arriscada, atendendo à velocidade de Hulk e Varela nas alas, mas bem sucedida na forma como durante muito tempo conseguiu asfixiar a criatividade do meio-campo portista. De resto, essa subida das linhas recuadas do Braga permitiam à equipa de Domingos pressionar alto e começar a construção ofensiva já muito perto do meio-campo portista, garantindo muitas vezes a igualdade numérica com os defesas portistas. O lance do primeiro golo - um livre fabuloso de Luis Aguiar - nasceu precisamente de uma recuperação de bola no meio-campo ofensivo que obrigou Fernando a cometer falta em zona frontal.

André Villas-Boas reagiu à desvantagem deslocando Varela para a esquerda e devolvendo Hulk à direita onde o Incrível iria explorar as debilidades defensivas de Elderson até à exaustão… de ambos. Foi Hulk quem desenhou o primeiro golo do FC Porto, ultrapassando o lateral em velocidade, para oferecer a igualdade a Varela, e também foi Hulk quem marcou o segundo dos portistas, mais uma vez às custas de Elderson, desequilibrado pelo passe de calcanhar de Álvaro Pereira. Domingos acabaria por ceder à evidência, trocando o nigeriano por Miguel Garcia que iria para a direita, libertando Sílvio para a marcação a Hulk na esquerda. Antes disso, Lima tinha contrariado o domínio que o FC Porto exerceu durante quase toda a segunda parte com mais um golo monumental, garantido por um remate disparado a cem quilómetros por hora e a uns bons trinta metros da baliza de Helton.

Ao fim de uma hora, o jogo estava empatado e, mais do que isso, dividido e tão imprevisível e incerto como quando começou. O FC Porto dominava, forçava, empurrava, mas o Braga não torcia. Acabaria por quebrar num lance de insistência de Falcao, que deixaria a bola à mercê de Varela para um remate indefensável. Aos 70 minutos, o FC Porto chegava à vantagem pela primeira vez. O Dragão explodiu, mas voltaria a engolir em seco quando percebeu as dificuldades de Hulk numa altura em que Villas-Boas já tinha esgotado as substituições. O Braga percebeu a fragilidade e carregou, o FC Porto reconheceu a debilidade e resistiu. Ambos como campeões.

in "ojogo.pt"

André Villas-Boas: "As duas melhores equipas até agora"

A forma efusiva como André Villas-Boas festejou, logo após o apito final, o triunfo demonstra na perfeição as dificuldades que os dragões enfrentaram. "Foi um jogo de grande intensidade emocional para as duas equipas. Duas boas organizações e duas equipas extremamente competitivas que são, para já, as duas melhores do campeonato, talvez só a par do Guimarães", começou por dizer. De resto, o treinador do FC Porto apreciou o modo como viu os jogadores reagir aos golos contrários. "Controlo emocional", repetiu, vezes sem conta ao logo do discurso. "Quando se sofre e se perde o controlo é grave e entra-se num jogo de transições que não é o nosso. Com a nossa calma e força, acabámos por conseguir resolver", explicou.

Pelo que se ouviu, esse foi o grande segredo do FC Porto. "Não teríamos ganho sem isso", afirmou, convencido. O adversário foi merecedor de elogios. "Foi um jogo de alta exigência, com um Braga extremamente motivado e com grande organização, principalmente em termos defensivos. Qualquer erro nosso potencia ataques perigosos. Demonstrou em Sevilha que é capaz de matar qualquer equipa em transições. Se não tivéssemos mantido o rigor e fôssemos ao encontro do público, em termos de pressa, podíamos ter sofrido o 2-0", reforça.

Contas feitas, André Villas-Boas leva sete vitórias noutros tantos jogos oficiais. O avanço para os mais directos candidatos já é interessante, mas o treinador põe água na fervura. Antes de mais porque, acredita, este "tem sido um começo anormal". "Os adversários mais directos têm sido penalizados em pontos", sustenta, pedindo atenção para outras equipas. "Quem diz que o Guimarães não faz o que o Braga fez na época passada? Temos de olhar para quem está mais perto e manter uma regularidade pontual. Se o fizermos em quatro/cinco jornadas poderemos aumentar a distância", sublinhou. "Podemos aumentar essa vantagem mas qualquer ponto reduzido para o FC Porto será um balão de oxigénio". Para dar mais força à tese, André Villas-Boas deu um exempo do Chelsea. "Tínhamos o Manchester United a 12 pontos e a coisa ficou feia. Terminámos com mais três ou quatro à frente. Se não foi exactamente assim, foi parecido", recordou. "É preciso manter a lucidez e continuar a pontuar. Temos um calendário que começa a apertar e só com grande lucidez e organização se continua a ganhar. Há deslocações muito importantes e difíceis fora", continuou. E a próxima é já à Choupana. "Há muito grande que perde pontos na Madeira", atirou, lembrando o Benfica.

Uma jornada onde há um clássico Benfica-Sporting. "Não me diz respeito", respondeu. Villas-Boas interessa-se, isso sim, pela "disciplina colectiva". Ainda que isso não o impeça de deixar uma palavra para Hulk, que terminou o jogo em dificuldades, mas sempre com grande vontade. "Corria o risco de rasgar. A atitude é de salientar", terminou.

in "ojogo.pt"

Se juntar Hulk a Varela dá... espectáculo

A ESTRELA

Hulk 8

Assiste, baralha, dá e encanta

O momento de forma é sublime e os adeptos deliciam-se com cada jogada, cada finta, cada assistência e cada golo. Hulk faz de tudo um pouco e faz quase sempre tudo bem. A glória do brasileiro é a desgraça dos adversários. Elderson nem sabe o que lhe aconteceu e Domingos foi obrigado a retirá-lo do jogo, tantas foram as vezes que Hulk passou por ele. E que jogada foi a do golo do empate! Fez uma diabrura a Elderson, ultrapassou-o em velocidade e cruzou para a cabeça de Varela. Tudo rápido, tudo dentro dos limites. Antes já tinha rematado à barra, continuando o festival com jogadas em que colocou a defesa do Braga à beira de um ataque de nervos e Elderson a gritar por um Xanax. De tanto tentar o golo, conseguiu um dos momentos da noite aos 63'. Passou por Elderson, claro, e bateu Felipe. A 110 quilómetros/hora.

Helton 5

Sofreu os primeiros dois golos da época - que foram os primeiros dois do FC Porto no campeonato - e, apesar da excelência das execuções de Luis Aguiar e Lima, ficou a sensação de que podia ter reagido mais depressa no livre do uruguaio. No resto, defendeu um remate de Paulo César e resolveu bem um atraso de Maicon na primeira parte. Já na segunda, após um atraso de Belluschi, arriscou a finta e rematou contra Alan. Um perigo.

Sapunaru 4

Depois de recuperar a tempo da lesão que tinha sofrido num tornozelo, não esteve ao nível dos últimos jogos. Falhou muitos passes, encravou a progressão da equipa em alguns lances e também deixou sozinho Paulo César uma vez, valendo a defesa de Helton.

Rolando 6

Controlou as investidas de Lima na área portista, obrigando-o a recuar para procurar espaços. Tirando um mau passe, fez tudo bem, com segurança e rigor nas saídas para o ataque.

Maicon 6

Também não deixou que os avançados bracarenses criassem perigo dentro da área portista. Tirando um atraso complicado para Helton, não comprometeu a equipa.

Álvaro Pereira 6

Mais um bom jogo do uruguaio, apesar do muito trabalho que Alan lhe deu. Com um penteado a fazer lembrar Ronaldinho Gaúcho, andou várias vezes divertido no ataque, assistindo mesmo Hulk no segundo golo portista. Depois, esteve perto do golo com um remate forte, mas por cima da barra.

Fernando 7

Villas-Boas deu-lhe asas e agora é ver o brasileiro em todo o lado, não só recuperando bolas como pressionando o adversário em zonas altas, sem medo também de tentar as jogadas individuais. Nas subidas, Moutinho protegeu-lhe as costas, embora, às vezes, isso tenha também criado alguns desequilíbrios. Ao travar um contra-ataque bracarense, fez a falta que deu origem ao primeiro golo.

Belluschi 7

Foi o grande dinamizador do meio-campo, escolhendo os tempos de passe e progressão da equipa. Não deixou de defender e massacrar os adversários, sofrendo nas canelas algumas entradas duras.

João Moutinho 5

Deu uma boa ajuda nas tarefas defensivas, com recuperações e entrega (viu um amarelo na segunda parte), mas não conseguiu criar muitos desequilíbrios na organização do jogo ofensivo.

Varela 8

Depois de ter sido decisivo na Supertaça, os jogos seguintes não lhe correram tão bem. Mas ontem surgiu revigorado depois da paragem. Fez o primeiro empate com um cabeceamento fulgurante, surgindo na área para responder a um cruzamento de Hulk, e depois simplesmente resolveu o jogo com um remate portentoso, a 110 quilómetros por hora. Um golo de raiva, após ter beneficiado do bom trabalho de Falcao na área.

Falcao 6

Se o colombiano chegou morto da selecção, não se notou nada. Correu, massacrou os defesas, tentou o golo e foi determinante no lance que definiu o resultado. Arrastou dois defesas e isso permitiu que Varela ficasse solto.

Rúben Micael 5

Tentou ser mais criativo do que Moutinho e alternou coisas boas com algumas falhas.

Rodríguez 5

Entrou para segurar a defesa bracarense e, pelo menos isso, conseguiu.

Souza 6

Apesar de ter sido o último a entrar, fez tudo bem no pouco tempo de jogo. Formou com Fernando um muro e saiu a jogar com classe.

João Moutinho: «Ainda posso render mais»

Foram precisos 11 milhões de euros para a transferência mais marcante do último defeso se concretizar. João Moutinho saiu de Alvalade debaixo de fogo cruzado e chegou ao Dragão para ajudar a salvar a honra de uma equipa que tinha acabado de perder o campeonato.

As portas do onze abriram-se sem qualquer dificuldade, mas, apesar de vitórias atrás de vitórias, parece pairar alguma dúvida sobre o rendimento do antigo capitão do Sporting. “Ainda posso render mais”, confessa, antes de apelar aos colegas que o ajudem a explodir de azul e branco: “Todos procuramos dar sempre mais e, com a ajuda da equipa, acredito que posso vir a fazer melhores jogos.”

Sucessor de Raul Meireles, o internacional português há muito desejava lutar verdadeiramente pelo título nacional. Não esperava é que com apenas um mês de campeonato percorrido as faixas pudessem estar tão perto de encomendar.

“Estamos à frente e queremos continuar a ganhar mais jogos para no final do campeonato terminarmos em primeiro. É sempre bom aumentar a vantagem pontual para os nossos adversários diretos na luta pelo título”, assume João Moutinho, antes de lançar uma olhadela para a próxima jornada em que a sua antiga equipa se vai deslocar ao terreno do eterno rival da 2.ª Circular: “Vamos ver o que dá o clássico... Nós temos de pensar mais em nós, concentrarmo-nos em ganhar as nossas partidas, queremos continuar esta fase de bons resultados. Temos estado muito bem.”

Antes há ainda lugar para as provas europeias onde o FC Porto vai medir forças com o Rapid de Viena: “Vamos tentar repetir os bons resultados também na Europa. Com a ajuda dos adeptos, vamos conseguir.”

in "record.pt"

Varela diz "bi(s)tória"


quatro dezenas de golos em portugal

Houve de novo “ Incrível” na equipa azul e branca mas também houve “Fenomenal”. Silvestre Varela bisou mais uma vez com a camisola portista – na última época marcou dois golos na goleada por 4-0 sobre o Nacional da Madeira, tendo apontado um golo desde a marca dos 11 metros – e esse feito valeu 3 preciosos pontos ao FC Porto, que sai desta jornada deixando Sp. Braga e Sporting a 5 pontos e o Benfica a 9 quando apenas estiveram 12 pontos em disputa. Este pleno do FC Porto de André Villas-Boas fala por si, com o “caçula” dos treinadores portugueses a vencer, embora com esforço, a sua segunda grande prova de fogo, defrontando adversários de alto nível.

Para o herói da noite, mais um portista gerado na maternidade de Alvalade, este foi o seu 40.º golo sob emblemas nacionais, num total já de 167 jogos disputados, com as camisolas de Sporting, V. Setúbal, Estrela da Amadora e FC Porto.

Numa noite em que Rolando completou o seu 200.º jogo e na qual Falcão fez o seu 50.º jogo com a camisola do FC Porto. Curiosamente, o colombiano tinha tantos golos marcador por cá quanto Silvestre Varela, que agora lhe ganhou avanço numa corrida na qual, naturalmente, terá sempre desvantagem pois surge muito menos na zona de tiro.

in "record.pt"

«É preciso manter a lucidez» - André Villas Boas


André Villas Boas, treinador do FC Porto, alertou esta noite, depois da vitória sobre o Sp. Braga, para a necessidade de a sua equipa procurar manter o ritmo evidenciado neste arranque de temporada.

«É preciso manter a lucidez e continuar a pontuar. Temos calendário que começa a apertar, só com grande lucidez e organização se continua a ganhar, disse no final da partida o técnico que valorizou «a grande intensidade emocional e colectiva das duas equipas», no confronto com o Sp. Braga.

Villas Boas não tinha ainda experimentado estar a perder esta temporada. Frente ao Sp. Braga aconteceu-lhe por duas vezes. E das duas a equipa conseguiu dar a volta: «Acho que o mais importante era ter o controlo emocional. Quando se sofre um golo e se perde controlo é que é grave. Conseguimos manter o nosso. Com a nossa calma e força, acabámos por conseguir resolver».

Com cinco pontos de avanço sobre o Sp. Braga e Sporting, nove sobre o Benfica, Villas Boas recusa, ainda assim, grandes euforias: «É muito, muito cedo e depois se entrarmos num padrão classificativo como este, qualquer ponto que reduzam será sempre grande bolsa de oxigénio para os outros».

in "abola.pt"

Noite de gala no Dragão


Grande jogo no Dragão, onde o F. C. Porto reforçou a liderança com um bis de Varela

Quatro jogos, quatro vitórias, liderança reforçada, a cinco pontos do Braga e do Sporting, a nove do Benfica. O F. C. Porto venceu o Braga (3-2), mas sofreu a bom sofrer num grande jogo. Varela marcou dois golos, Hulk foi sensacional.

André Villas-Boas e Domingos Paciência têm muitos pontos de contacto. Um é um treinador a dar passos seguros, o outro foi um jogador brilhante e que também está a dar cartas como técnico. Ambos não fazem bluff. Defendem o jogo pelo jogo, gostam de assumir o risco e o futebol de ataque e ontem apostaram as fichas todas na vitória. Sem receios. Por isso, o Dragão assistiu a um desafio eléctrico: cinco golos e uma reviravolta sensacional do F. C. Porto. Esteve a perder por duas vezes, mas deu a volta e venceu por 3-2. Um bis de Varela, em mais uma noite de sonho de Hulk: marcou um golo e fez uma assistência.

Os dragões mostraram todos os predicados recentes, mas agora revelaram que são uma equipa com grande arcaboiço psicológico. Não se deixam abater, vão buscar forças ao infinito e são capazes de dobrar montanhas para agarrar a vitória. É um conjunto de aço, a antítese perfeita do conformismo que imolava o a equipa na época passada. Há mérito do treinador, que recuperou o código genético da equipa e o que é jogar à F. C. Porto. E agora sorri: liderança destacada no campeonato, a cinco pontos do Braga e a nove do Benfica. A passadeira está estendida...

Mas não foi fácil, porque o Braga é como um relógio suíço. Joga um futebol personalizado e teve o descaramento de perder o respeito pelo adversário. É essa a imagem de marca das equipas de Domingos Paciência, actuam no campo todo e respiram confiança nos ambientes adversos. Tudo somado, os minhotos foram os que mais problemas causaram aos dragões neste arranque de época e mancharam a folha imaculada da estatística de Helton. O guarda-redes sofreu o primeiro golo na Liga, na sequência de um livre directo do sempre perigoso Luís Aguiar.

O F. C. Porto entrou mal no jogo, mas tem individualidades para resolver os problemas mais complicados. Quando se tem Hulk em grande forma, como é o caso, quando se tem um jogador capaz de deixar os adversários à beira de um ataque de nervos, tudo é possível. E foi o brasileiro a rasgar a teia defensiva dos minhotos: mandou uma bola ao ferro e desenhou a jogada para o golo do empate, um excelente pique na direita, onde centrou para a cabeça de Varela.

Depois, a segunda parte foi de loucos. Um grande golo de Lima a dar a vantagem ao Braga, mas a tenacidade do dragão voltou a ser o fio condutor da noite. Hulk voltou a fazer uma grande jogada e a empatar o desafio. Depois, Varela fixou o 3-2 final. Quem pára este F. C. Porto?

in "jn.pt"

FC Porto-SC Braga, 3-2: Noite alucinante no Dragão

Intenso, de cortar a respiração, por vezes verdadeiramente alucinante. À desvantagem, que por duas vezes apontou na direcção contrária ao sentido do jogo, o FC Porto replicou com talento e uma generosidade ilimitada, num misto raro de que se fazem as grandes equipas. E ganhou. Apenas porque foi o melhor num encontro fantástico, que chegou a parecer uma final.

Do ritmo moderado de um previsível estudo mútuo, que se sobrepôs às intenções, ao balanço veloz que multiplica momentos de desequilíbrio, foi questão de 15 minutos. No seguinte, Helton, que até então não tivera oportunidade de esboçar uma defesa, foi forçado a recolher a bola do fundo das redes. Luís Aguiar transformara um livre de forma irrepreensível.

Com o golo disparava o compasso do jogo, num reflexo claro da pretensão portista, cujo plano sofreria uma rápida reformulação. Sem alternativa que não fosse continuar a ditar o sentido e as direcções do encontro, o Dragão expunha-se aos perigos do contra-ataque adversário, num risco calculado.

O empate até poderia ter chegado na primeira resposta à desvantagem, mas a trave negou o adjectivo soberbo, ou outro semelhante com o mesmo significado, ao remate de Hulk, que serviria o empate ainda antes do intervalo. Aí, o brasileiro voltou a ser incrível, ou a fazer o incrível, tirando adversários do caminho e «obrigando» Varela a cabecear para golo.

Num decalque da primeira metade, embora numa versão mais óbvia e descarada, o SC Braga recolocou-se em vantagem na primeira vez que redescobriu a direcção da baliza de Helton. Só que agora Hulk responderia de imediato, em cheio nas redes, depois de tabelar com Alvaro Pereira, que devolveu subtilmente com o calcanhar.

Parceiro do brilho, o FC Porto recuperava de duas situações de desvantagem, mas estava longe de dar a tarefa por concluída. A missão só terminava na vitória, para lá do remate cruzado e fulminante de Varela, que promoveu a aproximação do resultado ao jogo que as duas equipas proporcionaram, ou da persistência de Hulk em campo, mesmo em inferioridade física. Porque no Dragão até a determinação cintila e a fibra confunde-se com génio. Com bom génio. Que só dá vitórias e uma boa vantagem na liderança.

FICHA DE JOGO

Liga 2010/11, 4ª jornada

11 de Setembro de 2010

Estádio do Dragão, no Porto

Assistência: 47.617 espectadores

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)

Assistentes: Tiago Trigo e André Campos

4º Árbitro: Vasco Santos

FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Alvaro; Fernando, Belluschi e João Moutinho; Hulk, Falcao e Varela

Substituições: João Moutinho por Rúben Micael (66m), Falcao por Cristian Rodríguez (77m) e Varela por Souza (83m)

Não utilizados: Beto, Fucile, Walter e Otamendi

Treinador: André Villas-Boas

SC BRAGA: Felipe; Sílvio, Moisés, Rodriguez e Elderson; Alan, Leandro Salino, Vandinho «cap» e Paulo César; Luís Aguiar e Lima

Substituições: Elderson por Miguel Garcia (65m), Lima por Matheus (67m) e Luís Aguiar e Hugo Viana (72m)

Não utilizados: Artur Moraes, Paulão, Andrés Madrid e Elton

Treinador: Domingos Paciência

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Luís Aguiar (16m), Varela (33m), Lima (61m), Hulk (62m) e Varela (70m)

Disciplina: cartão amarelo a Fernando (15m), Rodriguez (36m), Paulo César (43m), João Moutinho (56m), Leandro Salino (72m), Belluschi (81m), Sapunaru (89m)

Villas-Boas: «Cuidado, este início de campeonato é anormal»


André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, comentando a vantagem ganha à quarta jornada e que já se traduz em 5 pontos para o Sp. Braga, 6 para o Sporting e 9 para o Benfica:

«É preciso ter algum cuidado, porque este é um início de campeonato completamente anormal. Os nossos adversários têm sido extremamente penalizados, mas quem diz que o Guimarães não pode fazer o que o Sp. Braga fez? Temos de olhar para quem está mais perto. Temos de manter uma regularidade pontual, se o fizermos em 4, 5 jornadas poderemos aumentar a distância. Mas depois, qualquer ponto perdido por nós vai ser um balão de oxigénio para os nossos adversários. Numa das épocas em que estava com o José Mourtinho no Chelsea, tínhamos o Manchester United a 12 pontos, a determinada altura, e a coisa ficou feia. Terminamos com 3 ou 4 pontos. É anormal esta distância, mas temos de continuar a ganhar, pontuar e a mostrar regularidade de vitória.»

Sobre o Benfica-Sporting: «Não me diz respeito, nem há resultados que me interessem. Interessa-me pontuar na Madeira. É um campo que afecta mentalmente quem o visita porque há muitos grandes a perder lá pontos. É importante ir à Madeira ganhar.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Villas Boas fala nas «emoções», Domingos diz que Porto «foi feliz»

André Villas Boas e Domingos Paciência em declarações à TVI depois da vitória do F.C. Porto sobre o Sp. Braga (3-2) em jogo da 4ª jornada da Liga:

André Villas Boas:

«Foi um jogo de grande intensidade emocional para as duas equipas. Duas boas organizações e duas equipas extremamente competitivas que são, para já, as duas melhores equipas do campeonato, talvez só a par do Guimarães. O mais importante era ter o controlo emocional. Quando se sofre um golo e se perde o controlo é que é grave. Se se perde o controlo entra-se num jogo de transições que não é o nosso. Fazemos um jogo de organização. Acho que é muito cedo para se fazer contas. É normal, mas é muito cedo. Qualquer ponto que os outros ganhem ao F.C. Porto será sempre uma grande bomba de oxigénio. Temos deslocações difíceis, o calendário começar a apertar. Só com uma grande capacidade de organização seremos capazes de ganhar».

Domingos Paciência:

«Toda a gente viu que entregámos a vitória ao F.C. Porto. Dois lances nossos, um em que o Miguel escorrega e outro num ressalto. Acho que o F.C. Porto acaba por ser feliz. O Braga foi uma equipa muito coesa, conhecedora como joga o F.C. Porto. Conseguimos o objectivo que era fazer golos, mas chegamos ao final com a sensação de que perdemos por culpa própria. Acima de tudo ficou provado que o Braga é uma equipa que sabe aquilo que faz. Na primeira parte vimos um Braga inteligente e quando assim é o Braga é uma equipa forte. Não estava à espera deste resultado, não estava a espera de perder. Na quarta -feira é outro jogo [frente ao Arsenal], temos de estar mais concentrados para conseguirmos segurar resultados».

F.C. Porto-Sp. Braga, 3-2 (destaques)

Hulk

O «Incrível» mostrou um novo super-poder. Depois do pontapé mortífero e da velocidade supersónica, Hulk apresentou ao mundo o drible criador: inventa espaço onde ele não existe. Foi-lhe bastante útil esta noite, para se livrar de Elderson no lance que viria a resultar no golo de Varela. Antes disso até parecia algo confuso nas ideias, mas foi sol de pouca dura. O que dizer da segunda parte? Fulminante a fazer o segundo tento portista (o quarto no campeonato), já depois de ter assinalado a melhor jogada individual do desafio, que não deu golo por acaso.

Varela

Depois de algumas exibições abaixo do que havia feito na Supertaça, o extremo português voltou a subir de rendimento. Dois golos, um deles num desvio à boca da baliza e outro num pontapé fulminante, numa noite com vários artistas na linha da frente com quem colher os louros. Está de volta às boas exibições.

Falcao

«Jogatana» do colombiano! Não marcou mas nem foi preciso tantos foram os quilómetros percorridos, as bolas ganhas, correctamente dominadas e entregues numa bandeja. Não marcou mas merecia, apetece dizer. O lance do terceiro tento, por exemplo, é revelador do altruísmo de Falcao que transformou um lance que parecia perdido no pontapé fulminante de Varela que levou o Dragão à loucura.

Fernando

Bem, onde anda o Fernando? É um pensamento que, certamente, assolou as mentes de muitos dos mais de 46 mil espectadores que estiveram no Dragão. É a face mais visível das alterações que Villas-Boas introduziu no futebol dos dragões e nem o amarelo visto ainda cedo o intimidou.

Belluschi

Muito rapidamente: a jogar assim, dificilmente perde o lugar no meio-campo azul e branco.

Vandinho

Não sabe jogar mal. A expressão é tão banal como significativa quando se fala de Vandinho. O patrão do meio-campo minhoto voltou a estar em evidência no Dragão. Foi ele que, por exemplo, conquistou a falta que Luís Aguiar viria a concretizar em golo, numa arrancada pelo miolo ao seu estilo.

Luís Aguiar e Lima

Dois «golaços». Luís Aguiar mostrou no Dragão o porquê de o F.C. Porto o ter ido buscar ao Uruguai. O azar é que foi quando representava o adversário. Primoroso o golo que abriu o activo, num livre superiormente executado. Lima não quis ficar atrás e, depois se vestir a capa de herói em Sevilha, quase o fez de novo no Dragão, com um pontapé do meio da rua. Não deu para mais, porque o F.C. Porto não deixou. A noite era de outro(s) super-herói(s)...

in "maisfutebol.iol.pt"

F.C. Porto-Sp. Braga, 3-2 (crónica)



Há uma teoria interessante defendida no mundo da psicologia. Dizem os entendidos que os pacientes mais felizes são aqueles que acreditam piamente que o são. Parece simples e pode muito bem ser aplicado a esta equipa do F.C. Porto. A redoma de felicidade que envolve os dragões é a principal arma do séquito de Villas-Boas. É também este estado de euforia a principal explicação para o triunfo por 3-2, diante de um Sp. Braga pintado de candidato ao título da cabeça aos pés.

Entre a urgência e o prazer, o Porto faz pela vida e consolida uma liderança indiscutível. Não há tempo para conversas inúteis sobre questões laterais, nem desculpas que soam a cliché estafado e perdido nas agruras do tempo. Neste Porto o pensamento esgota-se na busca da vitória.

Felicidade e pensamento, a alma infinita e a capacidade de ser racional sob pressão. É assim a natureza de um organismo selvagem, bárbaro, por vezes insidioso. Num serão reservado a candidatos ao título, preenchido por cenas feéricas e um espectáculo venial, saiu por cima o que se agarrou à felicidade e ao pensamento.

Na cabeça de Hulk mora a esperança do dragão

O relvado do Dragão parecia um jardim de chalet suíço. Palco idílico, encrostado na encosta de um campeonato que só agora começa a ascensão ao topo. O pontapé de Luís Aguiar abriu as hostilidades e quebrou o protocolo inicial. As equipas deixaram-se de cerimónias típicas de canapés e boas maneiras, entregaram-se à luta, desapertaram a gravata e amachucaram a camisa.

Os Destaques do jogo

A Ficha do jogo

Os donos da casa sentiram-se ofendidos. Encostaram o dedo à testa do visitante abusador e puseram tudo em pratos limpos aos 33 minutos. Hulk agitou as hostes sobre a direita, levantou a cabeça verde de esperança e encontrou Varela ao segundo poste.

Um a um no marcador, o paraíso para o adorador do bom futebol. Bom futebol, grande futebol.

Dois Titanics em choque ao som de violinos

Eram dois Titanics gigantescos, frente a frente, choque esperado. A intensidade e a dinâmica faziam adivinhar o naufrágio de um dos contendores. No filme multi-premiado por Hollywood, a banda toca violino enquanto a embarcação se afunda, na tentativa de enganar com arte um destino facínora.

No Dragão foi um pouco do mesmo. O teor bélico do duelo era pintalgado por notas artísticas, de violino ou de pés afinados. Sabia-se que alguém ia cair, naufragar na ditadura do resultado. Foi o Sp. Braga a morrer, apesar do tremendo pontapé de Lima, que a 30 minutos do fim colocou o F.C. Porto de colete salva-vidas e muita aflição.

Daqui para a frente, tudo foi Porto, tudo foi categoria de uma equipa que toca violino enquanto sofre. A reacção foi violenta, castigadora.

Uma realidade demasiado boa para ser real

Um toque em habilidade de Alvaro Pereira e uma escorregadela de Elderson deixaram Hulk de frente para o golo. O brasileiro, num pontapé que mais parecia um fuzilamento, deixou o marcador em 2-2 e a multidão em euforia.

Havia mais a chegar, ainda antes da embarcação bracarense submergir. Silvestre Varela na esquerda, a driblar para o meio e pontapear para o golo. O Porto resgatava-se das brumas, de uma água gélida, e abria em definitivo uma vantagem gigantesca sobre os três restantes candidatos ao título.

O Sp. Braga, apesar da bela exibição, fica a cinco pontos; o Sporting a seis e o Benfica a nove. Demasiado bom para ser verdade.

A felicidade e o pensamento do F.C. Porto dançam ao som de violinos.

in "maisfutebol-iol-pt"

Atenção F.C. Porto: Besiktas também vence sem Quaresma

O Besiktas, adversário do F.C. Porto na Liga Europa, somou mais uma goleada na liga turca, com uma vitória categórica sobre o Ankaraguçu (4-0) em jogo da 4ª jornada, destacando-se no terceiro posto, ainda atrás do Bursaspor (+ três pontos) e do Kayserispor (+ um).

Desta vez sem Ricardo Quaresma, poupado para a recepção ao CSKA Sofia, da primeira jornada da Liga Europa, a equipa de Istambul venceu com um «bis» do brasileiro Bobo (29 e 67m) e golos de Toraman (61m) e do também brasileiro Mário Nobre (75m).

O Besiktas, que recebe o F.C. Porto a 21 de Outubro e vai ao Dragão a 4 de Novembro, apresentou a seguinte formação este sábado: Cenk Gönen, İsmail Köybaşı, İbrahim Toraman, Ferrari, Nihat Kahveci (Tabata, 59m), Nobre, Bobo (Holosko, 75m), Guti, Ekrem Dağ, Necip Uysal, Fabian Ernst.

in "maisfutebol.iol.pt"